-- Aquele bêbado miserável enfiou a minha casa no rabo! – Gritou madame Carrero, bem ali, no centro do seu salão, onde funcionava o seu bordel. – Tudo virou cinzas!
-- Ele morreu, madame Carrero! – Disse uma de suas garotas, que atendia a noite na casa.
-- Eu não me, importo, que ele tenha morrido, Eu importo com a minha casa! Que prejuízo, meu Deus, que prejuízo!
Madame Carrero era uma mulher loira, de sessenta anos, ainda muito bem conservada e bonita.
Com elegância e sempre com um sorriso no rosto, ela recebia os homens mais ricos e poderosos ali em seu bordel.
Pessoas importantes frequentavam o seu bordel. Seu bordel era bem falado, por ter as mais lindas garotas.
-- De forma alguma que eu vou ficar no prejuízo! Madame Carrero nunca fica no prejuízo!
-- O homem morreu, madame Carrero, não tem como ele pagar o prejuízo para a senhora. E mesmo se não tivesse morrido, ele nem tinha onde cair morto!
-- Ele morreu. Mas a filha, não!
Florinda se espantou! E de repente, sentiu pena da filha de Dito Bianchi, caso o que ela imaginava se concretizasse.
-- Ele tem uma filha linda! Como eu disse, madame Carrero nunca fica no prejuízo. Se eu não me engano, o nome dela é Blanka.
-- Sim. Ela está no hospital!
-- Acho que preciso fazer uma visita a ela! Linda e virgem! Não é segredo para ninguém que ela é virgem.
-- Por Deus, madame. A senhora não está pensando em...
-- Leiloar a virgindade dela. Claro que estou!
Florinda mesmo acostumada com aquele tipo de coisa ficou chocada.
-- Ela nunca vai aceitar uma coisas dessas, madame, nunca!
-- Por causa do pai dela, eu perdi uma boa fonte de renda, e como eu já disse, madame Carrero não fica no prejuízo. Querendo ou não, ela vai ser a nova garota de madame Carrero. Ou ela aceita, ou então eu terei um imenso prazer em mandá-la para um hospício, ou para prisão. E você sabe que eu conheço muita gente influente que pode mandá-la para qualquer um desses lugares, e jogar para sempre a chave fora!
Florinda sempre soube que madame Carrero, não valia nada, mas ela não imaginava que ela fosse capaz de ir tão longe para não ficar no prejuízo.
-- Pega leve com ela, madame Carrero, ela acabou de perder o pai.
-- Tá com pena dela? – Madame Carrero acendeu o cigarro, tragando e dando uma baforada bem no rosto de Florinda. – Ajuda ela então a pagar a minha casa.
(Blanka Bianchi)Eu estava bem, apesar de ter inalado um bom tanto de fumaça. O medico disse que seria bom eu passar o dia todo no hospital, mas eu não faria isso.Eu precisava cuidar do enterro do meu pai, pois fui informada pelo delegado Gilmar, que o meu pai havia morrido carbonizado.Na hora eu chorei, eu chorei muito. Agora eu não tinha mais ninguém para chamar de minha família.Tanto o meu pai, como a minha mãe, eram filhos únicos. E os pais dos dois também já tinham morrido, ou seja, eu estava completamente só.Órfão de pai e mãe, órfã de tudo!Eu só tinha Zeus. E naquele momento, eu não sabia onde o meu cachorro poderia estar. O medo de perdê-lo também, me fez pular o mais rápido possível daquela cama.Então eu me lembrei de que não tinha para onde ir, eu não tinha uma casa para morar. Tudo o que eu tinha havia se queimado na casa.Eu não tinha nem roupa para usar.Quando eu dei alguns passos para chegar até a porta, esta se abriu e uma mulher entrou.Seu perfume enjoativo s
( Giannis Blacktone)Partes da cidade são tomadas por nuvem de poeira. A cidade havia amanhecido com tons de marrom, quando vários pontos da cidade foram invadidos por nuvem de poeira.Aparentemente o vento forte atuando em grandes áreas de queimadas, sem cobertura vegetal, levantou a poeira no chão. Em algumas ruas, a visibilidade estava reduzida, mas eu podia muito bem vê-la, bem ali, no meio da nuvem de poeira.Eu tentava alcançá-la, mas ela desaparecia em um redemoinho, me deixando apenas com a mão estendida para tocá-la.-- Giannis, Giannis! Estamos chegando ao Brasil!Senti a mão de Nico tocar o meu ombro e sua voz, chegar até aos meus ouvidos.Nico era o meu braço direito nos negócios, além de ser meu primo. Era ele quem cuidava de minha agenda, dos jantares de negócios, viagens e etc.Eu estava sonhando novamente com a minha deusa. E confesso que se o sonho não tivesse chegado ao fim, eu teria mandado Nico tomar na bunda.-- Chegamos ao fim do mundo? – Perguntei a Nico.-- Não
(Giannis Blacktone)Partes da cidade foram tomadas por nuvem de poeira. A cidade havia amanhecido com tons de marrom, quando vários pontos dela foram invadidos por nuvem de poeira.Aparentemente o vento forte atuando em grandes áreas de queimadas, sem cobertura vegetal, levantou a poeira no chão. Em algumas ruas, a visibilidade estava reduzida, mas eu podia muito bem vê-la, bem ali, no meio da nuvem de poeira.Eu tentava alcançá-la, mas ela desaparecia em um redemoinho, me deixando apenas com a mão estendida para tocá-la.Só que agora, o que mais me deixava assustado, é que não era um sonho.Não se tratava mais de um sonho, era real!Eu estava vivendo aquilo!A minha deusa estava ali, envolvida pela nuvem de poeira, assim como eu.-- Hei, você! – Gritei. – Espera, espera!Mas assim como aconteceu no sonho, eu tentei alcançá-la, mas ela desapareceu, sem minha mão tocá-la.Meu Deus, ela existia, ela era real! E ela vivia ali, naquele fim de mundo!O sonho que eu sempre tinha, havia se t
(Giannis Blacktone)Eu já havia descrito a mulher que eu tinha visto na nuvem de poeira para o coronel Aluisio, e a todos os empregados de sua fazenda, e ninguém soube me dizer quem era.Não havia a menor possibilidade de deixar o Brasil sem descobrir quem era a garota.Não se falava em mais nada, a não ser no tal leilão que madame Carrero ia fazer em seu bordel.Os homens estavam em polvorosa, incluindo os peões da fazenda do coronel, que sabiam muito bem que não tinham dinheiro suficiente para entrar no palacete de Madame Carrero.Mas até aquele momento, não me entrava na cabeça, alguém leiloar a virgindade de uma mulher. Não que eu nunca tenha ouvido falar, sobre isso, já ouvi sim.Mas era algo demasiadamente errado! Mas às vezes o errado sempre me excitava, e confesso que depois de saber sobre o leilão, pensei em comparecer ao bordel tão badalado.Nico que mesmo antes de saber sobre o leilão já tinha planos de conhecer o lugar, agora mais do que nunca ele ansiava por isso.-- Você
(Giannis Blacktone)Não. Eu não ia ao leilão da madame Carrero!Pelo menos havia decidido assim que Nico e o Coronel Aloísio saíram para o bordel.Novamente Guta se ofereceu para mim, mas naquela noite eu estava inquieto.-- Me desculpe, Guta, mas hoje, eu não estou bem.-- No fundo, eu acho que você queria ter ido ao bordel com o meu pai e o seu primo. Vocês homens são todos iguais.Percebi que ela havia ficado magoada por eu tê-la rejeitado.E o pior era que ela estava certa. Eu não sabia dizer por que, mas eu sentia curiosidade de conhecer o lugar, e principalmente a jovem que teria virgindade leiloada.Eu não tinha interesse de entrar na disputa pela virgindade da jovem, mas queria conhecê-la. Nem que fosse de longe, eu queria ver a jovem.Eu queria ter a certeza se ela era realmente linda, como todos falavam!Como uma mulher que nunca havia se deitado com ninguém, pudesse ser capaz de querer leiloar algo, que devia ser guardado somente para o amor de sua vida?Me, aproximei de Gu
(Blanka Bianchi)Meu Deus, ele havia vencido o leilão. Eu não sabia se ria, ou se chorava.Ele era grego. Florinda me disse bem baixinho, assim que madame Carrero bateu o martelo dizendo que ele seria o primeiro da minha vida.Grego, arrogante, machão e intensamente gostoso! Eu sabia que aquele homem, não teria o mínimo de carinho comigo na cama.Mas por outro lado, eu parecia feliz por ele ter vencido o leilão.Eu tremia, e estava gelada! Nunca pensei que a minha primeira vez não fosse ser com o meu marido.Sempre pensei em dar o meu melhor que para mim era a minha virgindade, para o homem amado.Eu tinha planos de me casar virgem e agora, simplesmente a minha virgindade era leiloada e a minha primeira vez ia ser com um grego gostoso e arrogante.-- Acalme-se. – Falou ele com a sua voz masculinamente sensual.Voz rouca, forte, poderosa!Ele fechou a porta do quarto e eu fiquei mais trêmula ainda! Eu havia percebido o volume que havia se formado na calça nele, no momento em que ele de
(Blanka Bianchi)A voz rouca e dominadora daquele homem sacudiu todo o meu corpo.Senti ele se aproximar por trás e deslizar os seus lábios suavemente pelo meu pescoço.Um arrepio percorreu por toda a minha pele.-- Passarei a noite toda aqui. Não podemos levantar suspeita de que não tenha acontecido nada, entre a gente.-- Por que não me toma logo de uma vez e acaba logo com isso?-- Já disse, eu não quero que seja aqui. Quero que seja na minha casa, no meu território. Eu não tenho presa, Blanka.E assim, ele ajeitou na cama com o seu corpo grande e atlético para juntos passarmos aquela noite, mas sem sexo!Sem sexo! O meu medo era esse! Eu não devia mais nada para madame Carrero, mas devia para aquele homem esplendidamente gostoso e dominador ali naquela cama.Ele cobraria! E o pior, ele poderia marcar território de posse, assim que me fizesse mulher!Ele estava sendo bonzinho demais, compreensível demais naquela noite. E mesmo conhecendo-o há poucas horas, eu sabia que aquele não e
(Blanka Bianchi)Eu havia fechado os olhos, assim que madame Carrero começou a me chutar sem dó e nem piedade.Por alguns momentos eu desejei que ela me matasse. Acho que foi por isso, que eu não reagi ao seu ataque violento.Quando eu ouvi aquela voz, ordenando para ela parar de me chutar, eu a reconheci, lentamente abri os meus olhos.Ele estava ali, só de cueca para me defender.O corpo musculoso e maravilhoso, bíceps, peitoral, coxas, abdômen, tudo, de primeira qualidade e no ponto certo.Aquele homem tinha um corpo 100% fantástico!Quando ele me levantou do chão e me abraçou, eu me agarrei a ele não pelo desespero pelo que havia acontecido, e sim, porque eu queria sentir o seu calor de macho.Eu acho que naquele momento, eu faria tudo que ele ordenasse. Eu iria para onde ele mandasse.Ele me deixou aos cuidados de Florinda e Ronda, enquanto se vestia no quarto.Elas estavam horrorizadas pelo que madame Carrero havia feito comigo.-- Bruxa miserável! Como ela pode? – Explodiu Flor