(Giannis Blacktone)
Eu já havia descrito a mulher que eu tinha visto na nuvem de poeira para o coronel Aluisio, e a todos os empregados de sua fazenda, e ninguém soube me dizer quem era.
Não havia a menor possibilidade de deixar o Brasil sem descobrir quem era a garota.
Não se falava em mais nada, a não ser no tal leilão que madame Carrero ia fazer em seu bordel.
Os homens estavam em polvorosa, incluindo os peões da fazenda do coronel, que sabiam muito bem que não tinham dinheiro suficiente para entrar no palacete de Madame Carrero.
Mas até aquele momento, não me entrava na cabeça, alguém leiloar a virgindade de uma mulher. Não que eu nunca tenha ouvido falar, sobre isso, já ouvi sim.
Mas era algo demasiadamente errado! Mas às vezes o errado sempre me excitava, e confesso que depois de saber sobre o leilão, pensei em comparecer ao bordel tão badalado.
Nico que mesmo antes de saber sobre o leilão já tinha planos de conhecer o lugar, agora mais do que nunca ele ansiava por isso.
-- Você não será tão idiota de gastar o seu dinheiro para comer uma virgem, não é?
-- E você, não? – Nico me perguntou, provocando-me com um sorriso.
-- Já comi várias virgens, sem precisar pagar um centavo para isso. E eu tenho certeza também que você já comeu.
Andávamos a cavalo pela fazenda do coronel Aluisio. Nossos cavalos trotavam lado a lado.
-- Eu não posso partir sem antes descobrir quem é a garota com quem eu sonho todas as noites. Agora que eu sei que ela existe, e que mora nesse fim de mundo, eu quero achá-la. Eu a quero pra mim, Nico.
-- Você tem certeza que se trata mesmo da garota com o qual você sonha?
-- Absoluta! Ela foi feita pra mim, Nico, pra mim!
-- E se ela for casada?
-- Eu sou capaz de comprá-la do marido dela e levá-la comigo.
-- Giannis, mulher não um objeto que você compra. E com certeza, se você fizesse está proposta ao suposto marido, ele te daria um tiro na testa.
-- Ela não é casada, eu tenho certeza. Aquela garota nasceu pra mim, Nico. – Disse eu exasperadamente entusiasmado.
-- Então você não pensa em partir depois do leilão de madame Carrero?
-- Enquanto não encontrá-la, não! Alguém por essas redondezas, ou na cidade, deve conhecê-la.
-- Não vai ao leilão?
-- Eu já disse que não pago para ter sexo.
-- Não precisa ir para fazer sexo, apenas consumir, conhecer.
-- Vou pensar.
Fiz a égua em que eu estava montado, disparar numa corrida pela planície, deixando Nico para trás.
Mesmo sem olhar para trás, eu sabia que ele tentava me alcançar.
Eu não permitiria que aquela jovem fosse de nenhum outro homem, pois eu seria capaz de matar para evitar isso.
Quando a encontrasse, eu tinha planos de dar um bom dinheiro para a família dela, caso existisse família, e levá-la comigo.
À noite no jantar, percebi que a filha do coronel Aluisio não tirava os olhos de mim.
Ele tinha somente uma filha, e era solteira. Ele era viúvo e criou a filha, com ajuda da sogra.
Guta era bem avançada para quem morava naquele fim de mundo.
Senti, ela, deslizar o pé em minha perna por debaixo da mesa, enquanto jantávamos.
E é claro que o meu pau endureceu, pois eu não era de ferro.
À noite, deixei a porta do meu quarto, semiaberta e quando já estavam todos dormindo, ela me procurou.
-- Você é um homem muito bonito.
-- Obrigado.
Abri o zíper da minha calça, expus para fora, o que ela desejou a noite toda.
Guta ficou maravilhada com o tamanho, com a grossura. Meu pau já estava duro, e começava a babar. As veias salientes, se, destacavam por toda a extensão.
Guta se ajoelhou diante de mim, com o rosto bem próximo do meu pau. Ela contornava a língua pelos próprios lábios, só para me provocar.
Ela tinha o cabelo bem curtinho, aloirados e olhos verdes. De forma alguma, ela havia deixado de ser feminina por ter os cabelos cortados num corte masculino.
Em cada orelha, brincos de argola gigante, balançavam de um lado para o outro, assim que tomou meu pau em sua boca.
Guta parecia ser professor em boquete, pois quase me levou a loucura, levando a cabeça do meu pau até a sua garganta.
Quando vi que ia gozar, comecei a me afastar, para não gozar dentro de sua boca, e sim em seu rosto.
Mas ela não deixou, e fez questão de engolir todo o meu sêmen.
-- Estava uma delícia! – Disse-me ela, com a maior cara de safada.
(Blanka Biachi)
Confesso que eu mesma não me reconheci, olhando ali para a minha imagem naquele espelho.
Eu usava um vestido bege, estonteante, comprado por madame Carrero especialmente para eu usá-lo no leilão.
-- Você está parecendo uma princesa, Blanka. Os homens caíram aos seus pés. Eu e as outras garotas, só seremos notadas, depois do sortudo dessa noite, vencer o leilão.
A minha vontade era de chorar. A minha mãe nunca aprovaria o que estava para acontecer comigo. Teria vergonha.
Eu mesma tinha vergonha de mim!
Florinda percebeu que eu queria chorar.
-- Não vale chorar, Blanka, ou vai borrar toda a maquiagem.
-- Da noite para o dia, a minha vida mudou completamente.
-- De todas nós, meu bem, de todas nós. Cada garota aqui tem uma história para contar. Nenhuma de nós gosta de estar aqui, mas é a única coisa que sabemos fazer.
Ronda entrou no quarto.
-- A casa está lotada! Temos clientes novos, homens que eu nunca imaginava que viriam aqui. Vieram por sua causa, Blanka. Espero que o seu primeiro homem seja gentil com você. Quando eu vim para este lugar, eu já não era mais moça. Meu primeiro homem foi um namorado. Não foi nada gentil, parecia um cavalo.
-- Ronda, não assusta a garota. – Pediu Florinda, olhando com certa pena para mim.
-- Poxa, Blanka, me desculpa, às vezes eu falo demais.
Seu pedido de desculpas foi sincero, por isso eu aceitei.
A batida na porta disparou o meu coração. Quando eu vi madame Carrero entrar, me senti pior ainda, o meu coração afundou no peito, pois eu sabia que já estava chegando a hora da minha virgindade ser leiloada como objeto.
-- Alegra essa cara, Blanka. – Disse madame Carrero, com uma voz brusca e uma expressão nada amigável. – Você está linda, mas com essa sua cara séria, pode espantar clientes! Vamos, sorria!
-- Madame Carrero, quer dizer que amanhã eu posso partir, certo?
-- Pra que falar nisso agora, garota? – Expressou madame com certo azedume na voz.
Florinda e Ronda, trocaram olhares Eu percebi. O que elas temiam sobre madame não querer me deixar partir depois do leilão, podia ser verdade.
-- A senhora prometeu! – Elevei a minha voz.
E ela apontou o dedo para mim, numa explosão, perigosa.
-- Eu não prometi nada! Quem promete é político!
-- Eu não vou continuar nesse lugar, eu não vou! Essa noite com esse maldito leilão, a senhora vai conseguir muito mais do que vale aquela casa.
Perdendo completamente a paciência, eu avancei para cima da penteadeira e peguei a tesoura, apontando-a para madame Carrero.
Percebi que Florinda e Ronda, ficaram surpresas, pois nem eu esperava que eu fosse capaz de fazer tal coisa, quanto mais elas.
A expressão sarcástica daquela mulher, me, deixou com o desejo de não só ameaça-la, mas fura-la de verdade.
Por causa daquela mulher eu ia me deitar com um homem que eu não, amava, que eu não conhecia.
Eu ia me deitar com um desconhecido, com um daqueles homens que estavam lá embaixo, sedentos por carne nova.
-- Depois do leilão, eu vou embora desse lugar! E nem tente me impedir!
Sarcástica, desprezível! Essa era madame Carrero.
Naquele momento eu não tinha medo dela, eu a odiava.
Quando eu entrei no salão e madame Carrero me apresentou, como a nova garota da casa, a mocinha virgem, todos os olhares daquele homens se voltaram para mim.
Eles aplaudiram, assoviaram e muitos deles me chamaram de gostosa.
Madame Carrero sorria e agradecia a todos por estarem presentes.
A minha vontade era de chorar e vomitar ao mesmo tempo. Olhando para cada um daqueles homens ali, eu só senti nojo, revolta!
Muitos ali eram casados, pai de família e estavam traindo suas esposas.
Aquele era o último lugar em que eles deveriam estar, mas estavam. Estavam ali com os seus paus duros, loucos para me foderem, e serem o primeiro a invadir o meu corpo.
Qual daqueles homens ali venceria o leilão? Qual deles daria o maior lance para foder de vez com a minha vida?
Se alguém me perguntasse com qual daqueles ali, eu desejaria me deitar, eu responderia com nenhum!
Eu odiava a todos ali!
(Giannis Blacktone)Não. Eu não ia ao leilão da madame Carrero!Pelo menos havia decidido assim que Nico e o Coronel Aloísio saíram para o bordel.Novamente Guta se ofereceu para mim, mas naquela noite eu estava inquieto.-- Me desculpe, Guta, mas hoje, eu não estou bem.-- No fundo, eu acho que você queria ter ido ao bordel com o meu pai e o seu primo. Vocês homens são todos iguais.Percebi que ela havia ficado magoada por eu tê-la rejeitado.E o pior era que ela estava certa. Eu não sabia dizer por que, mas eu sentia curiosidade de conhecer o lugar, e principalmente a jovem que teria virgindade leiloada.Eu não tinha interesse de entrar na disputa pela virgindade da jovem, mas queria conhecê-la. Nem que fosse de longe, eu queria ver a jovem.Eu queria ter a certeza se ela era realmente linda, como todos falavam!Como uma mulher que nunca havia se deitado com ninguém, pudesse ser capaz de querer leiloar algo, que devia ser guardado somente para o amor de sua vida?Me, aproximei de Gu
(Blanka Bianchi)Meu Deus, ele havia vencido o leilão. Eu não sabia se ria, ou se chorava.Ele era grego. Florinda me disse bem baixinho, assim que madame Carrero bateu o martelo dizendo que ele seria o primeiro da minha vida.Grego, arrogante, machão e intensamente gostoso! Eu sabia que aquele homem, não teria o mínimo de carinho comigo na cama.Mas por outro lado, eu parecia feliz por ele ter vencido o leilão.Eu tremia, e estava gelada! Nunca pensei que a minha primeira vez não fosse ser com o meu marido.Sempre pensei em dar o meu melhor que para mim era a minha virgindade, para o homem amado.Eu tinha planos de me casar virgem e agora, simplesmente a minha virgindade era leiloada e a minha primeira vez ia ser com um grego gostoso e arrogante.-- Acalme-se. – Falou ele com a sua voz masculinamente sensual.Voz rouca, forte, poderosa!Ele fechou a porta do quarto e eu fiquei mais trêmula ainda! Eu havia percebido o volume que havia se formado na calça nele, no momento em que ele de
(Blanka Bianchi)A voz rouca e dominadora daquele homem sacudiu todo o meu corpo.Senti ele se aproximar por trás e deslizar os seus lábios suavemente pelo meu pescoço.Um arrepio percorreu por toda a minha pele.-- Passarei a noite toda aqui. Não podemos levantar suspeita de que não tenha acontecido nada, entre a gente.-- Por que não me toma logo de uma vez e acaba logo com isso?-- Já disse, eu não quero que seja aqui. Quero que seja na minha casa, no meu território. Eu não tenho presa, Blanka.E assim, ele ajeitou na cama com o seu corpo grande e atlético para juntos passarmos aquela noite, mas sem sexo!Sem sexo! O meu medo era esse! Eu não devia mais nada para madame Carrero, mas devia para aquele homem esplendidamente gostoso e dominador ali naquela cama.Ele cobraria! E o pior, ele poderia marcar território de posse, assim que me fizesse mulher!Ele estava sendo bonzinho demais, compreensível demais naquela noite. E mesmo conhecendo-o há poucas horas, eu sabia que aquele não e
(Blanka Bianchi)Eu havia fechado os olhos, assim que madame Carrero começou a me chutar sem dó e nem piedade.Por alguns momentos eu desejei que ela me matasse. Acho que foi por isso, que eu não reagi ao seu ataque violento.Quando eu ouvi aquela voz, ordenando para ela parar de me chutar, eu a reconheci, lentamente abri os meus olhos.Ele estava ali, só de cueca para me defender.O corpo musculoso e maravilhoso, bíceps, peitoral, coxas, abdômen, tudo, de primeira qualidade e no ponto certo.Aquele homem tinha um corpo 100% fantástico!Quando ele me levantou do chão e me abraçou, eu me agarrei a ele não pelo desespero pelo que havia acontecido, e sim, porque eu queria sentir o seu calor de macho.Eu acho que naquele momento, eu faria tudo que ele ordenasse. Eu iria para onde ele mandasse.Ele me deixou aos cuidados de Florinda e Ronda, enquanto se vestia no quarto.Elas estavam horrorizadas pelo que madame Carrero havia feito comigo.-- Bruxa miserável! Como ela pode? – Explodiu Flor
Florinda e Ronda, chamaram o delegado Gilmar da pequena cidade Campo Pequeno, assim que conseguiram dominar madame Carrero e tirar a arma de suas mãos.Ela foi presa, mas ficou apenas algumas horas atrás das grades, devido à interferência de um político de Campo Grande, que ordenou que o delegado a soltasse, por Blanka não correr risco de morte.Giannis e o delegado Gilmar começaram a bater boca, enquanto o grego o acusava de estar sendo um pau mandado de político comedor de puta.-- Eu posso prendê-lo por desacato a autoridade, senhor Giannis.-- Pois tente! O senhor não tem nenhum moral para isso. Não depois de soltar uma mulher, só porque um político safado pediu!Nico e o coronel Aloísio chegaram ao momento certo para acalmar a todos. O primo de Giannis o chamou para o fundo da sala, dizendo que o avião decolaria, assim que o médico liberasse Blanka para a viagem.Nico nunca tinha visto Giannis tão fascinado por uma mulher como estava por Blanka.Quando ele viu o primo chegar ao l
A primeira coisa que madame Carrero fez quando chegou ao palacete, foi despedir Florinda e Ronda.-- Vocês são duas traidoras! Dou uma hora para vocês, deixar o meu palacete. Vocês ficaram do lado da pessoa errada.-- Eu não me arrependo e você, Ronda?-- Também não. Pelo menos agora a garota vai se, dar, bem com aquele grego rico e gostoso. Eu aposto que ele vai casar com ela!-- Eu também. Ele chegou no momento certo. Foi o primeiro homem dela e conhecendo Blanka como eu conheço, será o único! Blanka não é como nós, ela é mulher de um homem só.Ronda deu uma risada, deixando madame Carrero mais irritada, com as próximas palavras que disse.-- No fundo, madame Carrero, a senhora acabou ajudando Blanka, quando inventou esse leilão.Madame Carrero ficou sozinha no palacete, assim que Ronda, e, Florinda, passaram, pela porta com suas malas.As outras garotas estavam pra rua.Madame Carrero estava em seu quarto, fazendo uma avaliação dos últimos acontecimentos em sua vida.O maldito greg
(Blanka Bianchi) Sim. Eu já sabia da morte de madame Carrero e estava assustada!Assustada por causa da conversa que eu tinha ouvido entre Giannis e o primo dele.Agora eu sabia que o sujeito com o qual ele conversava no quarto ao lado da minha cama, enquanto ele pensava que eu ainda dormia, era primo dele.Ele saiu pouco depois do pedido de Giannis.E foi então que eu abri os meus olhos.Eu vi o sorriso em seu rosto, assim que abri meus olhos. Giannis segurou as minhas duas mãos entre as suas.-- Como você está?-- Acho que bem.-- Sente dor? Se quiser posso pedir para lhe darem outro medicamento para a dor...-- Não. Está tudo bem.Mas tarde ele voltou para dizer que madame Carrero estava morta.-- Como?-- Ela caiu da escada. Ou foi empurrada, sei lá.Ele mandou que o primo a matasse! E o primo dele a, empurrou da escada para que parecesse acidente.-- O delegado Gilmar não descarta assassinato, mas também não confirma. Ele começou uma investigação.-- Zeus! Cadê Zeus!-- Quem?--
No meio do mato, Zulu mirava em seu alvo.Havia ficado sabendo, quando chegou á cidade, da morte de madame Carrero.Mas não ia ser porque ela estava morta, que não seria feito o que ela havia lhe pedido.Tinha sido o último pedido de madame Carrero, para a sua pessoa. E o seu pedido seria atendido.O grego morreria!Se não fosse a polícia ter chegado, não seria possível fazer o serviço naquele momento, pois o avião já estava para decolar.O grego já estava sob a sua mira.Então disparou!Mas o que não se esperava, era que Giannis fosse ver a sua silhueta na mata, e que tão pouco, houvesse tempo para ele se jogar no chão e alertar a todos.O que aconteceu em seguida foi vários disparos do delegado Gilmar e seus homens, em direção de onde havia partido o tiro.Giannis se arrastou para perto da escadaria do avião. Ele estava bem, não havia sido ferido.O delegado Gilmar e seus homens adentraram para o meio do mato, a procura do atirador.Giannis entrou no avião e já ia puxar as escadas,