Capítulo 08

(Giannis Blacktone)

Eu já havia descrito a mulher que eu tinha visto na nuvem de poeira para o coronel Aluisio, e a todos os empregados de sua fazenda, e ninguém soube me dizer quem era.

Não havia a menor possibilidade de deixar o Brasil sem descobrir quem era a garota.

Não se falava em mais nada, a não ser no tal leilão que madame Carrero ia fazer em seu bordel.

Os homens estavam em polvorosa, incluindo os peões da fazenda do coronel, que sabiam muito bem que não tinham dinheiro suficiente para entrar no palacete de Madame Carrero.

Mas até aquele momento, não me entrava na cabeça, alguém leiloar a virgindade de uma mulher. Não que eu nunca tenha ouvido falar, sobre isso, já ouvi sim.

Mas era algo demasiadamente errado! Mas às vezes o errado sempre me excitava, e confesso que depois de saber sobre o leilão, pensei em comparecer ao bordel tão badalado.

Nico que mesmo antes de saber sobre o leilão já tinha planos de conhecer o lugar, agora mais do que nunca ele ansiava por isso.

-- Você não será tão idiota de gastar o seu dinheiro para comer uma virgem, não é?

-- E você, não? – Nico me perguntou, provocando-me com um sorriso.

-- Já comi várias virgens, sem precisar pagar um centavo para isso. E eu tenho certeza também que você já comeu.

Andávamos a cavalo pela fazenda do coronel Aluisio. Nossos cavalos trotavam lado a lado.

-- Eu não posso partir sem antes descobrir quem é a garota com quem eu sonho todas as noites. Agora que eu sei que ela existe, e que mora nesse fim de mundo, eu quero achá-la. Eu a quero pra mim, Nico.

-- Você tem certeza que se trata mesmo da garota com o qual você sonha?

-- Absoluta! Ela foi feita pra mim, Nico, pra mim!

-- E se ela for casada?

-- Eu sou capaz de comprá-la do marido dela e levá-la comigo.

-- Giannis, mulher não um objeto que você compra. E com certeza, se você fizesse está proposta ao suposto marido, ele te daria um tiro na testa.

-- Ela não é casada, eu tenho certeza. Aquela garota nasceu pra mim, Nico. – Disse eu exasperadamente entusiasmado.

-- Então você não pensa em partir depois do leilão de madame Carrero?

-- Enquanto não encontrá-la, não! Alguém por essas redondezas, ou na cidade, deve conhecê-la.

-- Não vai ao leilão?

-- Eu já disse que não pago para ter sexo.

-- Não precisa ir para fazer sexo, apenas consumir, conhecer.

-- Vou pensar.

Fiz a égua em que eu estava montado, disparar numa corrida pela planície, deixando Nico para trás.

Mesmo sem olhar para trás, eu sabia que ele tentava me alcançar.

Eu não permitiria que aquela jovem fosse de nenhum outro homem, pois eu seria capaz de matar para evitar isso.

Quando a encontrasse, eu tinha planos de dar um bom dinheiro para a família dela, caso existisse família, e levá-la comigo.

À noite no jantar, percebi que a filha do coronel Aluisio não tirava os olhos de mim.

Ele tinha somente uma filha, e era solteira. Ele era viúvo e criou a filha, com ajuda da sogra.

Guta era bem avançada para quem morava naquele fim de mundo.

Senti, ela, deslizar o pé em minha perna por debaixo da mesa, enquanto jantávamos.

E é claro que o meu pau endureceu, pois eu não era de ferro.

À noite, deixei a porta do meu quarto, semiaberta e quando já estavam todos dormindo, ela me procurou.

-- Você é um homem muito bonito.

-- Obrigado.

Abri o zíper da minha calça, expus para fora, o que ela desejou a noite toda.

Guta ficou maravilhada com o tamanho, com a grossura. Meu pau já estava duro, e começava a babar. As veias salientes, se, destacavam por toda a extensão.

Guta se ajoelhou diante de mim, com o rosto bem próximo do meu pau. Ela contornava a língua pelos próprios lábios, só para me provocar.

Ela tinha o cabelo bem curtinho, aloirados e olhos verdes. De forma alguma, ela havia deixado de ser feminina por ter os cabelos cortados num corte masculino.

Em cada orelha, brincos de argola gigante, balançavam de um lado para o outro, assim que tomou meu pau em sua boca.

Guta parecia ser professor em boquete, pois quase me levou a loucura, levando a cabeça do meu pau até a sua garganta.

Quando vi que ia gozar, comecei a me afastar, para não gozar dentro de sua boca, e sim em seu rosto.

Mas ela não deixou, e fez questão de engolir todo o meu sêmen.

-- Estava uma delícia! – Disse-me ela, com a maior cara de safada.

 (Blanka Biachi)

Confesso que eu mesma não me reconheci, olhando ali para a minha imagem naquele espelho.

Eu usava um vestido bege, estonteante, comprado por madame Carrero especialmente para eu usá-lo no leilão.

-- Você está parecendo uma princesa, Blanka. Os homens caíram aos seus pés. Eu e as outras garotas, só seremos notadas, depois do sortudo dessa noite, vencer o leilão.

A minha vontade era de chorar. A minha mãe nunca aprovaria o que estava para acontecer comigo. Teria vergonha.

Eu mesma tinha vergonha de mim!

Florinda percebeu que eu queria chorar.

-- Não vale chorar, Blanka, ou vai borrar toda a maquiagem.

-- Da noite para o dia, a minha vida mudou completamente.

-- De todas nós, meu bem, de todas nós. Cada garota aqui tem uma história para contar. Nenhuma de nós gosta de estar aqui, mas é a única coisa que sabemos fazer.

Ronda entrou no quarto.

-- A casa está lotada! Temos clientes novos, homens que eu nunca imaginava que viriam aqui. Vieram por sua causa, Blanka. Espero que o seu primeiro homem seja gentil com você. Quando eu vim para este lugar, eu já não era mais moça. Meu primeiro homem foi um namorado. Não foi nada gentil, parecia um cavalo.

-- Ronda, não assusta a garota. – Pediu Florinda, olhando com certa pena para mim.

-- Poxa, Blanka, me desculpa, às vezes eu falo demais.

Seu pedido de desculpas foi sincero, por isso eu aceitei.

A batida na porta disparou o meu coração. Quando eu vi madame Carrero entrar, me senti pior ainda, o meu coração afundou no peito, pois eu sabia que já estava chegando a hora da minha virgindade ser leiloada como objeto.

-- Alegra essa cara, Blanka. – Disse madame Carrero, com uma voz brusca e uma expressão nada amigável. – Você está linda, mas com essa sua cara séria, pode espantar clientes! Vamos, sorria!

-- Madame Carrero, quer dizer que amanhã eu posso partir, certo?

-- Pra que falar nisso agora, garota? – Expressou madame com certo azedume na voz.

Florinda e Ronda, trocaram olhares Eu percebi. O que elas temiam sobre madame não querer me deixar partir depois do leilão, podia ser verdade.

-- A senhora prometeu! – Elevei a minha voz.

E ela apontou o dedo para mim, numa explosão, perigosa.

-- Eu não prometi nada! Quem promete é político!

-- Eu não vou continuar nesse lugar, eu não vou! Essa noite com esse maldito leilão, a senhora vai conseguir muito mais do que vale aquela casa.

Perdendo completamente a paciência, eu avancei para cima da penteadeira e peguei a tesoura, apontando-a para madame Carrero.

Percebi que Florinda e Ronda, ficaram surpresas, pois nem eu esperava que eu fosse capaz de fazer tal coisa, quanto mais elas.

A expressão sarcástica daquela mulher, me, deixou com o desejo de não só ameaça-la, mas fura-la de verdade.

Por causa daquela mulher eu ia me deitar com um homem que eu não, amava, que eu não conhecia.

Eu ia me deitar com um desconhecido, com um daqueles homens que estavam lá embaixo, sedentos por carne nova.

-- Depois do leilão, eu vou embora desse lugar! E nem tente me impedir!

Sarcástica, desprezível! Essa era madame Carrero.

Naquele momento eu não tinha medo dela, eu a odiava.

Quando eu entrei no salão e madame Carrero me apresentou, como a  nova garota da casa, a mocinha virgem, todos os olhares daquele homens se voltaram para mim.

Eles aplaudiram, assoviaram e muitos deles me chamaram de gostosa.

Madame Carrero sorria e agradecia a todos por estarem presentes.

A minha vontade era de chorar e vomitar ao mesmo tempo. Olhando para cada um daqueles homens ali, eu só senti nojo, revolta!

Muitos ali eram casados, pai de família e estavam traindo suas esposas.

Aquele era o último lugar em que eles deveriam estar, mas estavam. Estavam ali com os seus paus duros, loucos para me foderem, e serem o primeiro a invadir o meu corpo.

Qual daqueles homens ali venceria o leilão? Qual deles daria o maior lance para foder de vez com a minha vida?

Se alguém me perguntasse com qual daqueles ali, eu desejaria me deitar, eu responderia com nenhum!

Eu odiava a todos ali!

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