XIII: CORRER LIVRE
ÍNDIO: Agora podemos contar histórias ao redor do fogo. Há muito tempo fiquei aqui acorrentado e hoje eu posso correr livre, nesta vastidão da natureza, tenho que proteger, pois ela é tudo o que temos. Será que eu posso ver a sua estrela? Eu gostaria de ver na noite a estrela que me guia.
ALQUIMISTA: Se eu tiver uma fé morta, que me levem ao túmulo e me deixem por com uma espada cravada no peito como o de vida para trás. Um triste final infeliz é o meu corpo começa a pousar na miséria do espírito, pois durmo com meus pecados.
ÍNDIO: Não diga isso, você está a salvo agora, faz parte de nossa tribo.
ALQUIMISTA: Você já viu um espelho?
ÍNDIO: Já.
ALQUIMISTA: Mas os meus s&ati
XIV – ORÁCULOCIGANA: Então veio ao oráculo... Qual é a palavra em silêncio que você gostaria de ouvir? Sua fé então não é o bastante para entender o significado dos sonhos?CAVALEIRO: Eu queria poder saber se sou apenas um miserável espiritualmente.CIGANA: Poderia vir mais do seu coração e menos apenas dos seus sentidos.CAVALEIRO: Perto e longe disso. Eu só queria abri-lo para alguém que me amasse.CIGANA: Cuidado para não abrir demais. A vida entra em colapso quando não se sabe o que se quer.CAVALEIRO: Há anos havia me apaixonado, mas era por uma moça que estava procurando. Mas ela está morta, nunca mais a vi.CIGANA: Então quer saber o que o orá
XV - NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOSCAVALEIRO: Acho que você quer falar das viagens que já fez...ESCUDEIRO: Ah sim, como era belo o caminho com a bela a estação quando as montanhas estão cobertas de gelo, com desenhos brancos e lilás, com nuvens mais perto do sólo contrastando a paisagem de clima quente. Nós víamos os animais e os campos de batalha com mortos caídos e fogo em torno deles, o que era desagradável.CAVALEIRO: Temos uma nova viagem. Temos que salvar alguém.ESCUDEIRO: Sim, já que a água afunda nossos corpos, assim que sobe aos céus ou desce como a chuva. Não sei o que dizer às vezes, maravilhoso seria mergulhar com asas para voar como se eu fosse um anjo.CAVALEIRO: Ver os lírios do campo rapidamente como eu rodopiando e enxerg
XVI – A UM PASSO DA SUA LUZCAVALEIRO: Avistei você aqui, graças a Deus meu nobre amigo.ALQUIMISTA: É uma honra vê-los novamente. Fiz uma súplica para revê-los cavaleiro, escudeiro, monge.MONGE: Irmão que bom te ver agora, você precisa de um local seguro. “Deleite-se no Senhor e ele atenderá os desejos do coração” (Salmos 37.4).ALQUIMISTA: Eu vi em meu espelho, um outro eu. Era como uma passagem para uma secreta saída. Lá eu poderia falar sobre cosmologia? A vida humana retratada é como uma esfera, um círculo dividido em doze partes e signos do zodíaco representando cada planeta ao redor de nossa espécie. Lá a nossa corrente de imaginação se desprende. É de lá que vem os monstros, os nossos para&iac
XVII - DIAS FINAISALQUIMISTA: Esses são dias finais. Estamos a esperar a nau para navegar por mares ainda não descobertos. Aqui é belo, mas imagine: temos que ter cuidado com as criaturas ferozes.ESCUDEIRO: Cuidado com o Filho de Leviatã! Cuidado com as tempestades de Poseidon! Cuidado com o Ciclope! Cuidado com a Hidra! Eu só tenho um escudo e uma espada para enfrentá-los todos. E não quero nem imaginar um dragão!PIRATA: Esse filho de Leviatã emerge como um polvo gigantesco das águas ou um dragão voador, que enrola a presa e a esmaga para engoli-la. Ou pode ser um peixe assombroso com dentes afiados que agarra como um tubarão enorme.ALQUIMISTA: Será que nossa nau é forte o bastante para fugir dela? O deus Poseidon é o rei de todos os mares e o ciclope que &ea
XVIII - CEMITÉRIO DOS INOCENTESESCUDEIRO: Existia uma donzela em minhas reminiscências. Eu a olhava como se nunca tivesse antes olhado alguém antes. Parecia que juntos nos completavam. Certo dia, após cavalgarmos a noite inteira, seus pés cansados pediram para parar a longa jornada. Em um grande rio, via a vida exuberante dos animais que passavam ali, mas que não cantavam. O olhar era de alguém na espera por ternura há anos, com olhos verdes como safira que me olhavam como duas portas secretas. Eu às vezes me queixava por estar tão longe dela. O seu coração batia como se batesse num tambor, cada vez mais rápido. Suas mãos continuaram a gelar e suas pernas e braços ficaram trêmulos, aflitos com o futuro que não se pode revelar.CAVALEIRO: Procuramos a donzela em perigo, jamais a encontramos. Nem nos vales, nem
XIX - PORTA SECRETA:CAVALEIRO: Procuramos a donzela em perigo, jamais a encontramos. Nem nos vales, nem nas proximidades do reino e nem nas cidadelas. Às vezes imagino a suavidade da moça que amava os animais. [...]. Silêncio! Eu vi um vulto. Parece que foi uma criatura esquisita vindo por detrás de nós! Embanhem as espadas! Shhhh...ESCUDEIRO: Pode ser uma mantícora, um dragão, um devorador de sombras...CAVALEIRO: Vai vigiar ali atrás escudeiro...ESCUDEIRO: Vamos pegar esse barco e remar.CAVALEIRO: Mas você só viu um vulto.ESCUDEIRO: E você pensou ser uma criatura das trevas?CAVALEIRO: Ora tudo por causa de um javali.ESCUDEIRO: Aqui está tudo escuro, só há uma clareira por causa do b
XX – O REINO DOS MORTOS CAVALEIRO: Altíssimo sonda-me nesta aurora. Tu és tão mais fundo quanto o perfeito abismo de escuridão da dor que me afronta. Mas tu me conheces bem. Tão bem quanto às profundezas dos oceanos, quanta a vasta terra onde pisam meus pés, quanto o grandioso céu que me rodeia. Há visões
XXI - O CASTELO EM RUÍNASCAVALEIRO: Parece que durmo em frente ao castelo em ruínas. Ele parece sombrio e ao mesmo tempo vindo de um conto de fadas. Ele é encantado por criaturas imaginárias. As gotas de orvalho parecem mais brilhantes ao redor de seu jardim, onde há um lago, denso que reflete tudo ao redor. Seria eu triunfante? Eu veria uma fada voando com graciosidade em pompas e circunstâncias?Com a espada e o escudo eu vou com o brasão de fogoE passo por milhas andantes envolto da cruzSonhando com as descobertas, com o sonhos não vividosCom os dragões que nunca existiramPeço ao Senhor dos senhoresQue me tire do perigo e que me envolva em suas mãos Meu coração se derrama e eu te peço