XV - NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS
CAVALEIRO: Acho que você quer falar das viagens que já fez...
ESCUDEIRO: Ah sim, como era belo o caminho com a bela a estação quando as montanhas estão cobertas de gelo, com desenhos brancos e lilás, com nuvens mais perto do sólo contrastando a paisagem de clima quente. Nós víamos os animais e os campos de batalha com mortos caídos e fogo em torno deles, o que era desagradável.
CAVALEIRO: Temos uma nova viagem. Temos que salvar alguém.
ESCUDEIRO: Sim, já que a água afunda nossos corpos, assim que sobe aos céus ou desce como a chuva. Não sei o que dizer às vezes, maravilhoso seria mergulhar com asas para voar como se eu fosse um anjo.
CAVALEIRO: Ver os lírios do campo rapidamente como eu rodopiando e enxerg
XVI – A UM PASSO DA SUA LUZCAVALEIRO: Avistei você aqui, graças a Deus meu nobre amigo.ALQUIMISTA: É uma honra vê-los novamente. Fiz uma súplica para revê-los cavaleiro, escudeiro, monge.MONGE: Irmão que bom te ver agora, você precisa de um local seguro. “Deleite-se no Senhor e ele atenderá os desejos do coração” (Salmos 37.4).ALQUIMISTA: Eu vi em meu espelho, um outro eu. Era como uma passagem para uma secreta saída. Lá eu poderia falar sobre cosmologia? A vida humana retratada é como uma esfera, um círculo dividido em doze partes e signos do zodíaco representando cada planeta ao redor de nossa espécie. Lá a nossa corrente de imaginação se desprende. É de lá que vem os monstros, os nossos para&iac
XVII - DIAS FINAISALQUIMISTA: Esses são dias finais. Estamos a esperar a nau para navegar por mares ainda não descobertos. Aqui é belo, mas imagine: temos que ter cuidado com as criaturas ferozes.ESCUDEIRO: Cuidado com o Filho de Leviatã! Cuidado com as tempestades de Poseidon! Cuidado com o Ciclope! Cuidado com a Hidra! Eu só tenho um escudo e uma espada para enfrentá-los todos. E não quero nem imaginar um dragão!PIRATA: Esse filho de Leviatã emerge como um polvo gigantesco das águas ou um dragão voador, que enrola a presa e a esmaga para engoli-la. Ou pode ser um peixe assombroso com dentes afiados que agarra como um tubarão enorme.ALQUIMISTA: Será que nossa nau é forte o bastante para fugir dela? O deus Poseidon é o rei de todos os mares e o ciclope que &ea
XVIII - CEMITÉRIO DOS INOCENTESESCUDEIRO: Existia uma donzela em minhas reminiscências. Eu a olhava como se nunca tivesse antes olhado alguém antes. Parecia que juntos nos completavam. Certo dia, após cavalgarmos a noite inteira, seus pés cansados pediram para parar a longa jornada. Em um grande rio, via a vida exuberante dos animais que passavam ali, mas que não cantavam. O olhar era de alguém na espera por ternura há anos, com olhos verdes como safira que me olhavam como duas portas secretas. Eu às vezes me queixava por estar tão longe dela. O seu coração batia como se batesse num tambor, cada vez mais rápido. Suas mãos continuaram a gelar e suas pernas e braços ficaram trêmulos, aflitos com o futuro que não se pode revelar.CAVALEIRO: Procuramos a donzela em perigo, jamais a encontramos. Nem nos vales, nem
XIX - PORTA SECRETA:CAVALEIRO: Procuramos a donzela em perigo, jamais a encontramos. Nem nos vales, nem nas proximidades do reino e nem nas cidadelas. Às vezes imagino a suavidade da moça que amava os animais. [...]. Silêncio! Eu vi um vulto. Parece que foi uma criatura esquisita vindo por detrás de nós! Embanhem as espadas! Shhhh...ESCUDEIRO: Pode ser uma mantícora, um dragão, um devorador de sombras...CAVALEIRO: Vai vigiar ali atrás escudeiro...ESCUDEIRO: Vamos pegar esse barco e remar.CAVALEIRO: Mas você só viu um vulto.ESCUDEIRO: E você pensou ser uma criatura das trevas?CAVALEIRO: Ora tudo por causa de um javali.ESCUDEIRO: Aqui está tudo escuro, só há uma clareira por causa do b
XX – O REINO DOS MORTOS CAVALEIRO: Altíssimo sonda-me nesta aurora. Tu és tão mais fundo quanto o perfeito abismo de escuridão da dor que me afronta. Mas tu me conheces bem. Tão bem quanto às profundezas dos oceanos, quanta a vasta terra onde pisam meus pés, quanto o grandioso céu que me rodeia. Há visões
XXI - O CASTELO EM RUÍNASCAVALEIRO: Parece que durmo em frente ao castelo em ruínas. Ele parece sombrio e ao mesmo tempo vindo de um conto de fadas. Ele é encantado por criaturas imaginárias. As gotas de orvalho parecem mais brilhantes ao redor de seu jardim, onde há um lago, denso que reflete tudo ao redor. Seria eu triunfante? Eu veria uma fada voando com graciosidade em pompas e circunstâncias?Com a espada e o escudo eu vou com o brasão de fogoE passo por milhas andantes envolto da cruzSonhando com as descobertas, com o sonhos não vividosCom os dragões que nunca existiramPeço ao Senhor dos senhoresQue me tire do perigo e que me envolva em suas mãos Meu coração se derrama e eu te peço
XXII - A DANÇA DA MORTEFANTASMA:Você e eu andamos juntos na mesma rodaOnde se formam as alianças de poderApós a morte não há milagre o suficiente Para lhe tirar das trevas para o aniquiladorEsta é a dança dos mortosBem de longe eles vêm.Bem de longe eles se vãoMe diga alto antes que tudo se feche.A morte é a passagem para o outro mundo Obscuro e cheio de trevasLá nada quase dá para se ver, mas é lá que um dia todos irãoEsquecer-se-iam de alguém?Por favor, não me deixe aquiA morte não esquece de ninguémNem de papas, nem de reis, nem de imperadoresE
XXIII – ANJOS E DEMÔNIOSCAVALEIRO: Onde estou? O mundo em ruínas parece tão desolado em profundo silêncio que nem pássaros aqui cantam. O homem nasce como flor, vive ao brilho do sol e ao da lua e sente as lágrimas celestiais que caem dos céus e murcha. Às vezes a inquietação, como um mar revoltado, vem e o engole e com a brisa do vento e o arrasta feito areia.DEMÔNIO: Está onde deveria estar, não se preocupe. Confia em mim e eu lhe apresento o verdadeiro paraíso. Lá você ficará longe de perigos e aflições. Você só precisa comer este fruto. Coma.ANJO: Espere. Saia de perto dele! O exército de anjos vem com a graça de Cristo para lhe proteger. Siga o desejo de seu coração e que ele seja a vontade divina.&