XXII - A DANÇA DA MORTE
FANTASMA:
Você e eu andamos juntos na mesma roda
Onde se formam as alianças de poder
Após a morte não há milagre o suficiente
Para lhe tirar das trevas para o aniquilador
Esta é a dança dos mortos
Bem de longe eles vêm.
Bem de longe eles se vão
Me diga alto antes que tudo se feche.
A morte é a passagem para o outro mundo
Obscuro e cheio de trevas
Lá nada quase dá para se ver, mas é lá que um dia todos irão
Esquecer-se-iam de alguém?
Por favor, não me deixe aqui
A morte não esquece de ninguém
Nem de papas, nem de reis, nem de imperadores
E
XXIII – ANJOS E DEMÔNIOSCAVALEIRO: Onde estou? O mundo em ruínas parece tão desolado em profundo silêncio que nem pássaros aqui cantam. O homem nasce como flor, vive ao brilho do sol e ao da lua e sente as lágrimas celestiais que caem dos céus e murcha. Às vezes a inquietação, como um mar revoltado, vem e o engole e com a brisa do vento e o arrasta feito areia.DEMÔNIO: Está onde deveria estar, não se preocupe. Confia em mim e eu lhe apresento o verdadeiro paraíso. Lá você ficará longe de perigos e aflições. Você só precisa comer este fruto. Coma.ANJO: Espere. Saia de perto dele! O exército de anjos vem com a graça de Cristo para lhe proteger. Siga o desejo de seu coração e que ele seja a vontade divina.&
XXIV - O JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENASFAUNO: Sinto o sabor da uva em minha língua, tão doce. Aproveitai e bendizei! Unidos somos poetas segurando o mesmo pomo da imortalidade [toca flauta com as ninfas ao redor].Ó Deus do Trovão, será que eu posso sentir o teu choro entre minhas mãos?Ou podes consumir os homens como as chamas?Aqui posso montar em unicórnios e dançar com as ninfasÓ, anjo dourado, que tu fizeste? Escutei tua voz?CAVALEIRO: Olá, boa vida para os demais. Estou encontrando o fantasma que me deixou por aqui e que parecia querer dominar o meu ser. Eu vejo a cruz e penso que ele queria desprezá-la. Quebrado o cálice da vida, tu entrarás no caminho da perdição, aquele que conduz às trevas.
XXV- A ILHA DAS FADASCAVALEIRO: Ora meu rapaz, que alegria!ESCUDEIRO: Te encontramos aqui!ALQUIMISTA: Aqui na ilha estou refugiado numa gruta com a tribo indígena guarani-kaiowá, uma esfera nativa. Eles me ajudam depois que sabem de minha história, depois de ter enfrentado o caos e bebido da fonte de sabedoria. Aqui posso voltar a entender a Ilha das Fadas, um lugar cujo espírito parece imortal. Somente os muitos especiais são capazes de enxergá-la, por isso criei um antídoto para ver além do que o mundo me propõe em torno de máscaras. São nas sombras da noite que ouço fábulas, sinto o cheiro de perfumes de plantas em um lugar com a atmosfera fantástica.Oh, como é belo ver tu de coração quebrantadoUm rei quer te proteger Mas
XXVI: DESCENDENTES DO SOLALQUIMISTA: E então, vocês estão sujos demais de barro e lama, por onde andaram? O índio não precisa me abandonar.CAVALEIRO: Você construiu uma casa para nós vermos o inverno na neve? Ela é sempre bem-vinda quando a luz do Criador está em nós, não é?ALQUIMISTA: Você sempre um tanto engraçado.CAVALEIRO: Eu vim aqui pelo chamado de um anjo. Confia que Deus que ele faz com a misericórdia. O dom se refugia e nos torna uma lembrança alegre. Eles vão se casar? Glória ao Pai, ao Filho ao Santo Espírito! E eu construirei minha morada ainda para eu morar num lugar belo, mesmo com todos os dias de angústia dessa ida para baixo. Parece que senti o fogo em mim, mas a temperatura do corpo estava normal.
XXVII: VISÕESMONGE: Lá fora está frio demais e neva belissimamente, mas nessas tantas há brigantes e podemos ser assaltados, por isso meu mosteiro me serve como refúgio.ALQUIMISTA: Os vitrais das catedrais góticas mostram como os planetas são criação de Deus e o espiral do universo é contemplado: O vitral conta uma história em forma de uma flor, é como se o pecador atingisse os céus entrando na Igreja. Ao olhar para a obra se percebe que o construtor tinha um dom encantador.MONGE: Antes de tudo peço que o alquimista conte um pouco sobre seu passado, já que somos amigos.ALQUIMISTA: Há anos atrás foi o meu batismo. Eu era uma criança curiosa e travessa, mas que se interessava pelo mun
XXVIII: A DEUSA[Todos se reúnem ao redor de um lago, há uma dança tribal e depois aparece a dama de cristal]. PRINCESA:Eu estou desistindo da minha vida passadaComo um fantasma que se deita nos túmulos, vago como se estivesse no limboEu vejo seu reflexo nos meus pensamentosE sinto o gosto amargo da discórdiaComo é doce o seu encanto preenchido com todos os mistérios do cosmos!Ela é a que eu desejo ser, com asas angelicaisDe pele macia, olhar suave, aura repleta de misticismosEu posso ouvir o som da sua voz, um prelúdio para minha existência Seu perfume é cálido como o de uma flor que derrama seu próprio deleiteQuem &eacut
Personagens: PRINCESACIGANAPARCANORMAALQUIMISTAÍNDIOÍNDIO IIMONGEFRA ANGELICOPIRATACAVALEIROESCUDEIROPROSTITUTAANJOBOBOTROVADORPADRETABERNEIROEMMANUELPROFETAJUIZADIVINHOANCIÃODEMÔNIOFAUNONINFAFADAPRÓLOGONARRADOR: Há muito tempo, havia uma princesa que desapareceu de um castelo após a desaparição de seu cavalo. Sua madrasta era uma rainha muito má que fazia bruxarias. Não a encontravam em nenhum lugar, até que um dia a missão de um nobre cavaleiro se tornou o meio para finalmente achá-la. I - O SOB
II - AS PROFECIASCIGANA: Venha, chegue cá, deixe eu ler a sua mão... Você parece tão cansado, deprimido... Tu podes me dar velas para algum trabalho?PIRATA: Não tenho nada. E não acredito em encostos... Você parece querer bancar uma de sábia com essas, mas não tem problema...CIGANA: Ora, pois eu venho a dizer que essas profecias devem se cumprir nos dias próximos... Sempre é a mesma coisa: temos o que prever. Há uma maldição por trás de outra... Está como os dias dos mortais, tão frio, o seu coração. O deus do trovão quer vir até nós para lembrardes que este povoado não fez coisas certas, e em breve ele pagará pela falta de prudência.PARCA: Eu vejo no Livro das Horas, um banquete para a c