Léo me buscou exatamente às 18 horas, conforme o combinado. Ele estava vestido elegantemente num terno cinza escuro com camisa branca. Fiquei feliz de estar acompanhada dele. Léo sabia se portar nestas ocasiões e tê-lo ao meu lado seria bom. Minha mãe estava fascinada com minha aparência, embora ainda achasse que eu deveria ter usado um longo.
- Mãe, não vai faltar oportunidade. Se eu conseguir a vaga como dama de companhia da rainha, acho que vou usar vestido longo em muitas ocasiões.
- Ou não... – ela disse. – Aquela megera é capaz de deixar você de fora dos eventos para não chamar a atenção.
Eu ri:
- Se é mais um elogio, obrigada.
- Se comportem. – ela disse acenando para Léo quando ele abriu a porta para mim.
Quando entramos no carro ele me olhou nos olhos e disse:
- Kat... Você est&aac
- Você pode encontrar esta moça aqui, príncipe Dereck?- Ninguém me disse que era proibido falar com as participantes. – disse ele.- Não seria melhor que isso acontecesse em público? Afinal, a moça está acompanhada. - disse ela com voz mansa, não escondendo a ironia no olhar.- Não entendi seu comentário, Lady Vitória. De qualquer forma, obrigada Alteza, por me ajudar a encontrar o caminho de volta ao salão. Foi generoso de sua parte.Fiz uma reverência e sai, voltando para o salão. Estava tão nervosa e irritada com aquela mulher irônica que não vi ninguém na minha frente, esbarrando em alguém. Quando levantei os olhos, vi Magnus. Alguns guardas vieram intervir e chegaram a encostar em mim, mas ele fez sinal para que saíssem.- Me desculpe. – eu falei, fazendo uma reverência.- Par
Acordei na sexta-feira com o telefone tocando. Não reconheci o número e atendi deitada.- Senhorita Katrina Lee?- Sim. – confirmei.- Hoje, às 17 h, a senhorita terá entrevista com a dama de companhia da rainha, Lana Davis e com Vossa Majestade, a rainha Anne Marie Chevalier.Meu coração bateu mais forte. Sentei rapidamente na cama:- Estarei no horário agendado. Alguma coisa que eu deva fazer além disso?- 17 horas. – foi a resposta seca do outro lado.A ligação foi encerrada e eu fiquei ali, com o telefone na mão, quase não acreditando. Se não estava na reta final estava quase lá. Eu conheceria a tão temida rainha Anne Marie Chevalier. Era quase inacreditável. Embora eu não gostasse dela, conhecê-la seria um privilégio e algo que eu jamais imaginei fazer na vida. Pessoas dariam qualquer coi
Quando saí do castelo, o carro do príncipe estava esperando por mim. Abri a porta e entrei, dando de cara com Dereck.- Dereck?- Boa noite, Kat.Eu fiquei feliz em vê-lo. Estava tão confusa, com tantas dúvidas...- Eu precisava ver você... Parece que adivinhou.- Eu sei. – falou ele piscando ironicamente. – Sou mesmo irresistível.- Como você consegue ser assim? – perguntei.- Acredite, não é nada fácil.- Dereck, eu conheci sua mãe... E elas tinham em mãos tudo sobre a minha vida... Isso é surreal.- Isso é o castelo de Noriah, Kat.- Mas... A vida de ninguém é privada?- Creio que não. Tudo que quisermos saber sobre qualquer pessoa é possível.- Eu... Acho isso horrível.- Tem seus benefícios, acredite.- Eu temo n&at
A rainha usava um lindo vestido azul Royal de cetim. Não era nada tradicional ou comum. Ela sempre estava bem vestida. Diziam que ela mandava fazer todas as suas roupas exclusivas com um estilista famoso do País Del Mar. Se eu achava bonito? Sim. Se eu concordava com o luxo e a ostentação? Não. Provavelmente o que ela gastava com aquela vestimenta poderiam alimentar várias famílias na Zona K. Ela fez um discurso breve, comunicando que a escolha foi feita de forma meticulosa, que nenhuma garota foi privilegiada, etc. Eu nunca conseguia acreditar em nada do que ela dizia e sempre acreditava que as palavras que ela proferia não vinham de um discurso previamente feito e sim falado por ela mesma, naquele momento. Ainda assim ela era boa no que fazia e convincente. Depois de mostrar as fotos e entrevistas do jantar oferecido às participantes e seus acompanhantes, que tomou quase uma hora do tempo, ela foi ao que interessava: que dali havia saído 10 finalistas. - Fa
À tarde fui até a casa de Kim, conforme combinei. Ele estava atendendo no salão, mas ainda assim me recebeu com um forte abraço. - Estou atarefado, amiga, mas terminando esta cliente vou fechar. - Não, Kim. Não precisa fazer isso. Eu sei que você precisa trabalhar. Estou aqui com você... Isso basta. - Já cancelei a agenda, baby. Sou todo seu. Não adianta contestar... Está feito. Sorri para ele. Kim era a pessoa mais especial do mundo. E eu tinha além da minha família, o melhor amigo que alguém poderia ter. Ele sempre estava ali para mim, em qualquer circunstância. Ele sempre me dizia o que pensava, não me poupando. Ele, acima de qualquer um, queria o meu bem. Os Lee não era uma família perfeita. Tínhamos tantas coisas por resolver, tantas palavras não ditas, tantas mágoas e agora eu sabia que até segredos. No entanto, minha mãe sempre estava com o ombro à postos para nós. Ela nos criticava quando merecíamos, no entanto, mesmo tentando parecer durona,
Acordei com minha mãe me chamando:- Kat, você pediu para acordá-la.Eu senti uma leve dor na cabeça. Devia ser do espumante que tomei à tarde. Havia praticamente tomado as duas garrafas sozinha.- Sim... Eu vou sair.- Mas... Aonde você vai? Não há mais dinheiro para bancar sua vida social.- Garanto que não vou gastar um centavo onde vou.- Espero que não esteja fazendo nada errado.- Eu não faria isso. – falei me sentindo um pouco culpada por mentir novamente.- Quero que saiba que não contei a verdade a Léo para o seu mal. Ele é um bom rapaz e eu não quero que você o machuque.- Acho que já machucamos, mamãe.- Kat, entenda de uma vez por todas: o amor não é nada comparado a tudo que vivemos nesta vida. Você precisa escolher um bom homem para casar... Algué
Dom continuou:- Temos hoje a presença de pequenos grupos que se juntaram a nós. Esperamos que possam contribuir de alguma forma. Também gostaria de apresentar um novo membro, assim como agradecer a presença de Black. – ele apontou para o rapaz alto e misterioso que estava sozinho escorado. Black levantou a mão e balançou a cabeça, parecendo não se sentir muito à vontade com a manifestação pública de agradecimento. Dom continuou: - Black veio indicado por nosso querido amigo e financiador do grupo, King.Além das máscaras, os nomes eram falsos. Era tudo realmente secreto, para que ninguém se reconhecesse e nem pudesse denunciar nenhum dos presentes caso fosse pego. Senti-me segura, mesmo no meio de todas aquelas pessoas que eu não conhecia. Meu coração estava batendo mais forte, emocionado com tantas palavras fortes que eram di
Não demorou muito para o carro de Léo parou ao meu lado enquanto eu andava amedrontada pela rua. Kim e Diana estavam com ele.- Kat, você está bem? – perguntou Léo preocupado quando sentei ao lado dele.- Sim. – confessei. – Mas tive medo.- Para onde você foi? – perguntou Diana.- Eu... – fiquei incerta do que deveria dizer.- Não precisa contar o que aconteceu, baby. O que importa é que você está bem. – disse Kim percebendo minha confusão.Léo voltou para casa em alta velocidade. Dava para perceber o quanto ele estava nervoso.- Estivemos em perigo. – disse ele. – Eu tive medo por você, Kat.- Por mim? – perguntei.- Sim... Você poderia ter morrido.- Mas... Isso faz parte. Sabemos que os encontros são secretos e que sempre é perigoso. Mesmo na faculdade