Meu espírito saiu do corpo para fazer uma viagem mística além da minha compreensão. Sua jornada para o olhar leste do sol se encabulou para ser procurado onde ninguém pudesse encontrá-lo. Ele queria ouvir um chamado especial que só os aflitos um dia escutaram com toda a pureza necessária de seus corações. As notas do piano erguiam o triunfo de uma música no céu e ele voava sem ser notado, como um querubim destemido e perdido pelas fronteiras dissipadas pelo mar.
Eu ouvi o choro do meu bebê num lugar longínquo, onde havia um descanso. Via os reflexos das águas brilhantes azuladas e cristalinas tocando em sinfonia com seus sons calmos. Os ecos que eram gritados pela minha voz desconhecida até então, se revelavam diante do pôr-do-sol...
Eu queria encontrá-lo sossegado, dormindo, sem dores latentes. E quando eu vi aquela criança deitada
Lord Pierre encontrou sua amiga Aurora e resolveu dizer algo pelo qual estava pronto. Aquele dia Pierre estava extasiado pelo orvalho das plantas, tinha dedicado uma música ao piano para ela e a atmosfera calma do dia o deixava mais encontrado consigo mesmo. As aves pousavam nas árvores e pareciam falar com ele, encorajando com a sua declaração.Ele andava pensativo e sentia saudades fortes dela, queria encontrá-la para dizer o que sentia. Era uma chance para a felicidade abrir a sua porta. Ou então, poderia deixar seu coração em pedaços. Mas agonia já tinha passado, a neblina se dissipara para o raiar de um sol que mesmo tímido, estava sempre apontando para as passagens do céus.Pierre pediu para falar com a senhorita num lugar de ar fresco. Orou à Deus para que desse tudo certo e sabia que anjos estavam presentes com eles. Disse que era importante para ele ela o ouvi-lo. Sentar
O amor é uma fonte inesgotável de vidaUma cura avassaladora que vem substituir o vazio nos coraçõesSe esfria e se exalta,Nas primaveras onde não floresce, ele pode vir crescerEle é a única esperança para se quebrar as forças ocultasÍdolos não lhes darão nadaPortanto não se deixe enganar pelas noites obscuras.Nem pelos outros homens.As suas orações precisam se curvar para o Salvador do universoEle tocará sua mão e o guiará pelas suas veredasNão sinta medo por estar em suas asasÉ a cura das cicatrizes das almasÉ a rocha que não se derruba,Que firma a Terra com a doçura do mel mais puro.Deixe-me livre para lhe servirDeixe eu me humilhar para te exaltar nas alturasEm todos os
Uma vida é o bastantePara caminhar e aprender as liçõesAinda que as garras do medo e as falhas do homem venham preencher um espaço dentro do peitoElas vão definhar como uma relva seca no meio da florestaSe houver uma súplica para que Deus o socorra em meio à névoaAs chuvas vão descer do alto e criarão rios por onde se passam os nossos barcosPor isso o tempo vem para avisarQue o Rei das alturas está acima de todos os outros reis e rainhas da terraPor isso corra, corra,Como os lobos na mata para longe dos demôniosE adore, adore quem é o único digno de ser louvado.
Eu me inclino, me ajoelho sob os seus pésTento escutar as vozes debaixo da terra,Onde não há ninguémNão se ouve nada, não há uma poça de lama para cobrir os dons dos inseparáveisE é aí que minhas mãos se levantam em direção aos céusNessas lutas ardilosas,A minha caminhada tem sido constante.Eu clamo pelo retorno do SenhorPara ver a sua ternura de pertoEm seu nome eu vi dissipar as trevasE aprendi a aceitar as injustiças do vasto mundo contra mimE hoje me vejo com um testemunho caminhando contra as ilusões que ele me apontouE hoje meu corpo ainda não desaparecido suplica para ouvir Deus, para escutar a sua bondosa voz eterna.
Por onde passo, vejo as janelas e portas da mente tão fechadas para os corpos estenderem a mão ao próximo, vivendo na ignorância, se escravizando com os desejos do mundo e se afastando se Deus, acabamos nos deparando com uma realidade dolorosa. São milhares de informações atacando; alienação por todos os lados, um Império querendo controlar a todos para escravizar. Impurezas obscurecendo até mesmo os sons, não falando mais de sentimentos, nem de emoções. O autoconhecimento pareceu ser bem desprezado por muitos. Parece que boa parte da humanidade perdeu o sentido de existir. Muitos parecem até psicopatas, porque não falam do que poderia nos mover para a profundidade, mas vivem na superfície rasa em meio à sujeira, tornando as águas da vida um verdadeiro lodo. Não ensinam nada, não ajudam a pensar além, se envolvem em prazeres egoístas e só pecam. O inimigo deseja a morte, as guerras e semeia o mal por onde passa. O Império já falido quer tornar o homem submisso aos se
“A fé cristã é uma grande catedral com vitrais divinamente pintados. Contemplando-os de fora, nenhuma glória vemos nem sequer podemos imaginá-la. Contemplando-os de dentro, cada raio de luz revela a harmonia de indescritíveis esplendores”. – NATHANIEL HAWTHORNE. Aquilo soava como um delírio. Era como se fosse parte de uma atmosfera onírica na qual se encontra um paraíso onde muitos acham seu caminho depois de estarem envoltos por uma névoa. Não é de se pensar que muitos procuravam o Cabaret de la Mort por trazer surpresas mórbidas aos seus fregueses naquelas noites em que se busca algo visto como anormal. Um tanto esquisito, curioso e ao mesmo tempo aterrorizante, que faz seus corpos tremerem e os seus dentes rangerem. É de se sentir arrepios. Nada mais inusitado que esperar sentar às mesas e ver uma sala lotada de caixões. Os retratos nas paredes de pedras negras e cinzentas celebravam artes de defuntos, de seres vampirescos e de espíritos talvez vingativo
A rainha Vitória enchia os olhos de emoção com a apreciação que tinha pelo teatro. Conheceu Aurora em belos palcos e teve o prazer de convidá-la para uma celebração na corte onde existiria uma festa de máscaras. Aurora lhe foi apresentada como uma atriz de sucesso, estando entre as figuras mais famosas da Inglaterra. Ela estava com uma máscara dourada cheia de enfeites sublimes, ondulados, pareciam até deixam a aparência da máscara como uma armadura metálica; havia umas penas nela negras esverdeadas, lembrando as aves mais raras dos jardins de deuses da mitologia grega e a maquiagem de seus olhos brilhavam como a lua, lembrava purpurina carnavalesca. Suas vestes contemplavam o ar arrefecido da noite nos bosques mais densos, pois eram pretas. Aurora ainda que estivesse de luto, – com o seu isolamento social – deixara um pouco tudo um pouco de lado para viver a magia de um convite raro desses. Era preciso refrescar os dias com um baile, por causa de uma convocação da rainha.
Aurora tinha um vizinho chamado Lord Pierre. Ele era um talentoso artista; religioso, frequentava a igreja cristã e adorava compor músicas e escrever histórias com toques sombrios.Ele costumava a dizer que era um servo de Cristo. Que todas as vezes que ele se sentia vazio, clamava por ele, e confessava sua fé por onde passava. Ele era forte e corajoso, tinha um gosto pelas artes invejável, não costumava amar a vida de uma forma tão exagerada, mas, embora dissesse ser pecador, se humilhava para seguir o caminho do Salvador. E seus gestos de bondade eram agradáveis aos olhos de Aurora, que compartilhava bons momentos com sua companhia. Ele orava e sempre pedia bênçãos para sua amiga, dizia que ela era um presente de Deus.A madame se perguntava se ela um dia teria um dom assim, de ajudar as pessoas a se tranquilizarem. Não era fácil passar pelas provações que a vida d