Eu queria mais que Ernest Abertton morresse. Mas pelo visto outras pessoas tinham o mesmo desejo, porém agiam enquanto eu ficava fazendo ameaças e não dava um passo sequer para que fossem cumpridas.Decidi que não iria para a mansão Clifford naquela noite. Havia sido um dia cheio com Olívia e eu não queria ficar tentado a acalmá-la de alguma forma.Precisava me afastar daquela mulher. Chuchu me deixava um pouco vulnerável e fraco e eu não queria de forma alguma botar tudo a perder por conta do meu pau que não respeitava minha mente.Fui para minha casa e tomei dois copos de uísque antes de dormir. Minha mente dava voltas e voltas e eu precisava descansar, já que no dia seguinte tinha uma importante reunião de negócios.Jorel havia sido convidado a se retirar do Four Season em Nova York e ainda assim não voltou para Noriah Norte. E por algum motivo aquilo me tranquilizou. Nunca o quis tão longe quanto naquele momento. Que ele ficasse nos Estados Unidos para sempre.Eu já estava deitado
Desci pelo elevador particular e quando cheguei no carro falei ao meu motorista:- Me leve até a faculdade de minha esposa. E seja rápido... Bem rápido!- Mas... Onde é a faculdade, senhor Clifford?- Você não fala com o motorista dela, porra? - gritei – A partir de agora vocês estarão conectados, entendeu? Quero que esteja a par de todos os lugares onde ele leva minha esposa para caso precise, saber exatamente onde encontrá-la, em qualquer situação.- Sim, senhor Clifford. Farei isto.Claro que eu sabia que a reunião que deixei para trás era bem importante. Mas Chuchu estava mais uma vez precisando de mim. Aliás, Chuchu precisava de mim o tempo todo, embora parecesse totalmente independente. Me passou pela cabeça que estivesse fingindo, fazendo algo para me levar até ela. E então eu ficaria furioso e a esganaria. Ainda assim já teria perdido uma das reuniões mais importantes da semana. Enfim, só saberia o que realmente tinha acontecido se a visse.Assim que cheguei na faculdade, fui
Não, eu não me deixaria envolver por seu passado traumático. Meu único interesse em saber o que houve com Olívia antes dos dez anos de idade era com o propósito de usar aquilo a meu favor, saber suas fragilidades, já que até aquele momento tudo que parecia fazê-la sentir alguma coisa era o pai.- Ainda assim é jovem, Olívia! Não precisa decidir agora o que deseja fazer da vida. – Troquei de assunto imediatamente.- Claro que preciso. Tenho que sobreviver e ganhar dinheiro.Naquela parte ela estava certa, já que eu não lhe dava nada a não ser o que disponibilizava na mansão.- Como pagou a faculdade? – Perguntei, lembrando que eu não havia dado dinheiro para que ela colocasse as mensalidades em dia.- Como eu disse, daria meu jeito! – Piscou.Lembrei imediatamente dela ao telefone perguntando para alguém com quem precisava dormir para quitar as dívidas da faculdade. Meu sangue pareceu ferver e levantei-me, deixando-a atordoada, com a corpo meio amolecido de não ter onde ser apoiar.- D
- Na verdade conheço uma forma bem mais interessante de perder peso e ficar saudável do que na academia.- E qual é?- Posso lhe mostrar no seu quarto, mais precisamente na sua cama! – Piscou.- Você não é digna do meu pau. Prefiro pagar vagabundas.- Eu preciso de dinheiro. Não sou tão feia. Podemos fazer negócio se quiser. E pense pelo lado bom... Nem precisa sair de casa. E não corre o risco de eu roubá-lo ou abrir a boca na imprensa... Até porque... Espero que ela esteja cheia o bastante para que eu não possa abri-la. – Os lábios dela se entreabriram naquele jogo de sedução no qual eu estava quase caindo – Consegue me manter de boca fechada, Gabe? – Mordeu o lábio inferior, de forma provocante.No momento tudo que Olívia queria era me dar um chá de boceta e daquela forma me fazer ficar viciado nela. Então fodê-la, por mais que me agradasse, não era mais uma possibilidade. Nem que fosse para provar e constatar que ela não era nada do que ladrava.- Você não tem necessidades físicas
- Meu pai não é o tipo de homem a querer entrar numa briga. Foi sempre bem tranquilo. Não soube administrar os bens, o que é uma pena, mas acontece nas melhores famílias. Minha madrasta gasta demasiadamente e eu e minhas irmãs também não fomos nada econômicas com o dinheiro dele. Tirando isto... Meu pai não é um homem ruim, embora tenha seus defeitos, como toda pessoa. O que quer que ele tenha lhe feito, foi de forma involuntária, sem intenção de feri-lo ou magoá-lo.- Não pagarei a dívida de seu pai, Olívia. E não deixarei que ninguém lhe dê dinheiro ou empreste. Ernest pagará o preço por ter pedido dinheiro a agiotas.- Terei que dar meu jeito então, Gabe!- Foder com as pessoas certas? – eu ri, com desdém.- Existe uma coisa chamada emprego. Já ouviu falar?- Sim... Conheço esta palavra desde que eu tinha 16 anos. Por isto sou o dono da maior indústria farmacêutica do mundo atualmente.- Tenha um bom dia, marido! – ela virou as costas e acenou, descendo as escadarias em direção ao
POV OLÍVIAAh, como era bom ter dinheiro! E por que não tive a ideia antes de contratar garotos de programa para ficarem dançando para mim e me mimando? Caralho, quanto tempo perdi comprando vestidos quando tudo que precisava era de um gostoso vestido de caubói, um sarado vestindo um uniforme de bombeiro e um musculoso posando de índio.Seria muito clichê pedir que dançassem “YMCA”?Eu estava chateada naquele dia. Por isto decidi comer balas de goma, crème brulée e ver homens gostosos que poderiam me comer num estalar de dedos.Suspirei quando o “índio” se virou de costas, percebendo que estava sem nada debaixo do tapa-sexo. Pela primeira vez senti um rubor subindo à minha face, me perguntando se ele ficasse duro o tapa-sexo levantaria.Deitei de bruços na minha cama, pondo outra bala de goma na boca enquanto aqueles abdomens sarados se movimentavam na minha frente, como um convite.- Dancem mais tempo de costas, por favor! – pedi, enchendo a boca de balas vermelhas, escolhidas a dedo
- Eu conto... Se você disser que quer saber porque se preocupa comigo. – Cruzei os braços, tentando fazê-lo entender que não adiantava ser um menino mau comigo.- Eu “não” me preocupo com você, porra!- Mas foi me ver na faculdade... E... Ficou comigo no hospital quando eu tive a crise de hipoglicemia.- Eu faria isto até pela minha secretária, Olívia. Você não é importante para mim, entendeu? E nunca será.Dei de ombros. Ele tinha mais era que se foder. E me ver foder com outros.- Eu vendi o seu relógio. – Falei vitoriosa.Gabe arqueou a sobrancelha:- Qual relógio?- Que diferença faz? Você tem vários. E aposto que tem outros na sua casa de verdade.- Qual... Relógio? – Ele pegou meu pulso com força, me machucando, os olhos azuis feito duas tochas que me queimariam viva.- O de marca... Patek Phillippe... Por que... O Rolex... Não valia... Tanto.- Não, Olívia... Você não fez isto! – ele disse, entredentes.- É só um relógio. Você tem tantos outros. Era a vida do meu pai que estava
Passei meus braços em torno do pescoço de Gabe e tentei beijá-lo, mas ele não permitiu, jogando a cabeça para trás.- Quer sentir meu gosto, Olívia?Assenti, de forma inocente. Gabe me entregou a garrafa de uísque que estava ao lado da mesa de vidro, com algumas gotas de resquício do líquido âmbar e disse de forma autoritária:- Beba... E passe a língua onde pus a minha boca.Abri a boca e deixei que a sobra do líquido caísse na minha língua e senti o sabor amargo, fazendo careta. Eu raramente tomava bebida alcoólica por causa da minha doença. Mas aquela era diferente, porque tinha o gosto de Gabe. Depois que engoli, passei a língua no gargalo, de forma provocante, enquanto meus olhos não saíam dos dele. Não tinha certeza se meu marido me deixaria chupá-lo, então simulei um boquete com a garrafa de uísque, sabendo que poderia daquela forma também me preparar um pouco para algo que nunca fiz na vida, mas sonhava conhecer.Com uma mão, Gabe abriu o zíper da minha calça e enfiou os dedos