Não, eu não me deixaria envolver por seu passado traumático. Meu único interesse em saber o que houve com Olívia antes dos dez anos de idade era com o propósito de usar aquilo a meu favor, saber suas fragilidades, já que até aquele momento tudo que parecia fazê-la sentir alguma coisa era o pai.- Ainda assim é jovem, Olívia! Não precisa decidir agora o que deseja fazer da vida. – Troquei de assunto imediatamente.- Claro que preciso. Tenho que sobreviver e ganhar dinheiro.Naquela parte ela estava certa, já que eu não lhe dava nada a não ser o que disponibilizava na mansão.- Como pagou a faculdade? – Perguntei, lembrando que eu não havia dado dinheiro para que ela colocasse as mensalidades em dia.- Como eu disse, daria meu jeito! – Piscou.Lembrei imediatamente dela ao telefone perguntando para alguém com quem precisava dormir para quitar as dívidas da faculdade. Meu sangue pareceu ferver e levantei-me, deixando-a atordoada, com a corpo meio amolecido de não ter onde ser apoiar.- D
- Na verdade conheço uma forma bem mais interessante de perder peso e ficar saudável do que na academia.- E qual é?- Posso lhe mostrar no seu quarto, mais precisamente na sua cama! – Piscou.- Você não é digna do meu pau. Prefiro pagar vagabundas.- Eu preciso de dinheiro. Não sou tão feia. Podemos fazer negócio se quiser. E pense pelo lado bom... Nem precisa sair de casa. E não corre o risco de eu roubá-lo ou abrir a boca na imprensa... Até porque... Espero que ela esteja cheia o bastante para que eu não possa abri-la. – Os lábios dela se entreabriram naquele jogo de sedução no qual eu estava quase caindo – Consegue me manter de boca fechada, Gabe? – Mordeu o lábio inferior, de forma provocante.No momento tudo que Olívia queria era me dar um chá de boceta e daquela forma me fazer ficar viciado nela. Então fodê-la, por mais que me agradasse, não era mais uma possibilidade. Nem que fosse para provar e constatar que ela não era nada do que ladrava.- Você não tem necessidades físicas
- Meu pai não é o tipo de homem a querer entrar numa briga. Foi sempre bem tranquilo. Não soube administrar os bens, o que é uma pena, mas acontece nas melhores famílias. Minha madrasta gasta demasiadamente e eu e minhas irmãs também não fomos nada econômicas com o dinheiro dele. Tirando isto... Meu pai não é um homem ruim, embora tenha seus defeitos, como toda pessoa. O que quer que ele tenha lhe feito, foi de forma involuntária, sem intenção de feri-lo ou magoá-lo.- Não pagarei a dívida de seu pai, Olívia. E não deixarei que ninguém lhe dê dinheiro ou empreste. Ernest pagará o preço por ter pedido dinheiro a agiotas.- Terei que dar meu jeito então, Gabe!- Foder com as pessoas certas? – eu ri, com desdém.- Existe uma coisa chamada emprego. Já ouviu falar?- Sim... Conheço esta palavra desde que eu tinha 16 anos. Por isto sou o dono da maior indústria farmacêutica do mundo atualmente.- Tenha um bom dia, marido! – ela virou as costas e acenou, descendo as escadarias em direção ao
POV OLÍVIAAh, como era bom ter dinheiro! E por que não tive a ideia antes de contratar garotos de programa para ficarem dançando para mim e me mimando? Caralho, quanto tempo perdi comprando vestidos quando tudo que precisava era de um gostoso vestido de caubói, um sarado vestindo um uniforme de bombeiro e um musculoso posando de índio.Seria muito clichê pedir que dançassem “YMCA”?Eu estava chateada naquele dia. Por isto decidi comer balas de goma, crème brulée e ver homens gostosos que poderiam me comer num estalar de dedos.Suspirei quando o “índio” se virou de costas, percebendo que estava sem nada debaixo do tapa-sexo. Pela primeira vez senti um rubor subindo à minha face, me perguntando se ele ficasse duro o tapa-sexo levantaria.Deitei de bruços na minha cama, pondo outra bala de goma na boca enquanto aqueles abdomens sarados se movimentavam na minha frente, como um convite.- Dancem mais tempo de costas, por favor! – pedi, enchendo a boca de balas vermelhas, escolhidas a dedo
- Eu conto... Se você disser que quer saber porque se preocupa comigo. – Cruzei os braços, tentando fazê-lo entender que não adiantava ser um menino mau comigo.- Eu “não” me preocupo com você, porra!- Mas foi me ver na faculdade... E... Ficou comigo no hospital quando eu tive a crise de hipoglicemia.- Eu faria isto até pela minha secretária, Olívia. Você não é importante para mim, entendeu? E nunca será.Dei de ombros. Ele tinha mais era que se foder. E me ver foder com outros.- Eu vendi o seu relógio. – Falei vitoriosa.Gabe arqueou a sobrancelha:- Qual relógio?- Que diferença faz? Você tem vários. E aposto que tem outros na sua casa de verdade.- Qual... Relógio? – Ele pegou meu pulso com força, me machucando, os olhos azuis feito duas tochas que me queimariam viva.- O de marca... Patek Phillippe... Por que... O Rolex... Não valia... Tanto.- Não, Olívia... Você não fez isto! – ele disse, entredentes.- É só um relógio. Você tem tantos outros. Era a vida do meu pai que estava
Passei meus braços em torno do pescoço de Gabe e tentei beijá-lo, mas ele não permitiu, jogando a cabeça para trás.- Quer sentir meu gosto, Olívia?Assenti, de forma inocente. Gabe me entregou a garrafa de uísque que estava ao lado da mesa de vidro, com algumas gotas de resquício do líquido âmbar e disse de forma autoritária:- Beba... E passe a língua onde pus a minha boca.Abri a boca e deixei que a sobra do líquido caísse na minha língua e senti o sabor amargo, fazendo careta. Eu raramente tomava bebida alcoólica por causa da minha doença. Mas aquela era diferente, porque tinha o gosto de Gabe. Depois que engoli, passei a língua no gargalo, de forma provocante, enquanto meus olhos não saíam dos dele. Não tinha certeza se meu marido me deixaria chupá-lo, então simulei um boquete com a garrafa de uísque, sabendo que poderia daquela forma também me preparar um pouco para algo que nunca fiz na vida, mas sonhava conhecer.Com uma mão, Gabe abriu o zíper da minha calça e enfiou os dedos
Gabe apertou meu pescoço, com os olhos fixos nos meus e aos poucos os dedos foram afrouxando e descendo ao longo do meu corpo, em câmera lenta, minha pele arrepiando-se a cada centímetro que ele percorria.- A melhor coisa da vida é dizer “não” para você, Chuchu! – recitou de sensual.- Diga não... Me beijando... – Implorei.- Isto, implore, Chuchu... Implore por um beijo... Que jamais terá...- Quero sua língua... – choraminguei.Gabe levantou as mãos e me encarou, com um sorriso safado e de certa forma cruel. Imaginei que fosse sair dali e me deixar naquele estado, queimando a ponto de incendiar o quarto inteiro. Ele sabia meu ponto fraco, que era querer ser sua.Dobrei as pernas, pondo meus pés para cima do colchão novamente. Suspirei, incerta sobre como seria dali por diante, nós dois completamente nus sendo que nenhum dos dois se movia, num jogo de olhares tórridos, como se fosse uma competição de quem aguentava mais tempo.- Caso decida... Continuar... – engoli em seco – Seja ge
POV GABEEu sabia que Olívia estava ao meu lado na cama e tinha medo de abrir os olhos e ela estar acordada, achando que éramos um casal.Fingiria para mim mesmo que tudo foi por conta da bebida e diria à ela que eu não lembrava de nada. Aquilo não só a magoaria, mas a faria se sentir péssima de cama.No fim, tudo aconteceu como deveria ser... Olívia vendeu o relógio que ganhei de Mônica e me fez ficar puto, tanto que bebi e decidi fazer sua vontade e fodê-la. E não foi difícil perceber que Chuchu me desejava ardentemente, que implorava pelos meus beijos e toques. E talvez aquela fosse a melhor tática para seguir em frente: fazê-la se apaixonar. Uma pessoa apaixonada era fácil de ser magoada e machucada.E de quebra eu iria ainda mais longe... Faria um filho nela. E quando a criança nascesse me divorciaria e tomaria a guarda, destruindo Olívia e consequentemente o paizinho que a amava mais do que tudo.Foi preciso que Chuchu se desfizesse do que eu tinha de mais importante para que eu