A parte que eu usava para treinar na academia da Clifford era reservada. Ficava somente eu e o personal trainer. O lugar era amplo e eu tinha acesso aos aparelhos que melhor se encaixavam com os meus exercícios diários. O espaço era de vidro, onde eu podia observar quem estava do lado de fora, mas não podia ser visto.Enquanto eu concluía os exercícios na barra olímpica, me preparando para as anilhas, a vi. Parei, atordoado. Não tinha como Olívia estar treinando na academia da Clifford. Não bastava ter que aturá-la pessoalmente agora eu também a via como se fosse uma assombração em todos os lugares?Fechei os olhos com força e os abri de novo. E não podia ser uma ilusão... Era ela. Eu conhecia aquela bunda redondinha e arrebitada e as pernas finas e perfeitas de longe! E quem se exercitaria de cabelos soltos? O meu Chuchu, sem dúvida, que não prendia os cabelos por nada, certamente por conta da cicatriz que tinha na nuca.O personal ainda falava comigo quando abri a porta e saí do res
E as cicatrizes? Uma linda mulher de 22 anos com marcas tão intensas, que provavam o quanto havia sofrido no passado. Inicialmente achei que ela pudesse ter sido obrigada a se prostituir, devido ao mundo em que foi criada. Mas me certifiquei de que era virgem, como sempre afirmou. Por que não foi tocada antes por outro homem? Ela queria sexo, ela exalava luxúria e desejo... E optou por fazer comigo. Sim, porque algo me dizia, no fundo do coração que eu não tinha, que ela jamais ousaria transar com os três fantasiados que contratou. Ou ousaria? Até que ponto eu conhecia Olívia?Balancei a cabeça, confuso, pois olhava para a foto de Mônica e só conseguia pensar na minha esposa. Se Olívia conhecesse Courchevel, acharia incrível? Teria coragem de esquiar? E de entrar nas piscinas aquecidas com neve caindo? Ela ficaria linda numa roupa de esqui... Mesmo com toda sua beleza escondida debaixo de tantos tecidos. E certamente escolheria um traje laranja.Eu estava mesmo sorrindo enquanto pensa
A pus na cama e ela virou-se para o lado, gemendo. Realmente estava cansada ou caso contrário teria tentado me puxar para a cama ou algo do tipo. Olhei para a mesa de cabeceira e vi o porta-retrato com uma nova foto. Era nós dois. Não tinha mais Jorel ali.Peguei o objeto e não contive o riso. Ela era criativa. E tinha uma questão não resolvida com relação a fotos. O motivo eu não sabia... Ainda. O braço esquerdo dela estava no travesseiro e vi que não usava a aliança. Peguei sua mão e me certifiquei de que realmente Chuchu havia se livrado da aliança que lhe dei.A sacudi, mas ela reclamou algo inaudível e sequer abriu os olhos. Olívia não tinha o direito de não usar a aliança. Aquela era a prova de que ela era a minha esposa. Ou seria... Os papéis que assinamos?Fiquei ali, um tempo relativamente longo observando-a dormir, velando seu sono, como diriam os mais românticos. Depois saí e fui para o meu quarto. Não voltaria para casa naquela noite. Precisava me certificar de que o home
Fiquei praticamente cego de ódio. Peguei Olívia e joguei-a sobre o meu ombro, levando-a dali para um lugar o qual eu não sabia. Tudo que eu queria era escondê-la de todo o mundo... E me esconder junto, depois de todo o vexame que ela havia me feito passar.Chuchu foi indicando o caminho, enquanto o queixo batia nas minhas costas durante o movimento que eu fazia com seu corpo ao caminhar. Não parecia estar nenhum pouco abalada com a situação.Li na porta SALA DO CAFÉ e quando a abri deparei-me com duas mulheres, que deram um sobressalto ao me ver, apavoradas.- Saiam daqui, agora! – gritei, fazendo com que desaparecessem da minha vista em segundos.Pus Olívia sobre o balcão, ao lado da máquina de café e encarei-a:- Vou matá-la! – Falei entredentes, devagar, saboreando cada palavra como se realmente pudesse exterminá-la da minha vida.Ela pegou minha mão e pôs em seu pescoço. O olhar era fixo no meu, convidativo, provocante, cheio de intenções.- Eu gosto assim... – A voz soou lânguida
Afastei-me um pouco e pus minha mão sobre a dela, ajudando-a nos movimentos, fazendo com que a mão fosse de uma extremidade a outra do meu pau, os dedos firmes, mas não com força.Conforme seguíamos num mesmo ritmo, percebi o sorriso no rosto dela. E então deu um beijo na minha bochecha, talvez como agradecimento pelo orgasmo que a fiz ter anteriormente. Quando eu estava prestes a gozar, tirei meu chuchu da bancada, pondo-a de costas para mim, fazendo sua barriga encostar no móvel em mármore travertino. Deitei sua cabeça na pedra, arredei a calcinha minúscula e me enfiei nela, fodendo-a com toda minha força, ouvindo-a gemer conforme minhas estocadas.Peguei suas mãos e as imobilizei para trás, sobre a própria bunda, enquanto via meu pau entrando e saindo de dentro dela. Caralho, por que mesmo eu não a fodia o tempo inteiro? Por que eu não morava na porra da mansão Clifford e ficava 24 horas dentro daquela mulher?Não aguentei muito tempo e gozei dentro dela, urrando de prazer enquanto
POV OLÍVIAEsperei por Gabe naquela noite, mas ele não veio. Tentei ligar e o número não existia. Ele realmente havia trocado, como disse que faria.Deitei no sofá da sala e fechei os olhos, lembrando da nossa transa logo cedo. Minha boceta latejava só de lembrar. Havia sido perfeito. E até o depois, quando Gabe me contratou para trabalhar próximo dele. Para mim não havia dúvidas de que ele morria de ciúme de mim. Mas o que houve no passado, que eu talvez jamais soubesse, o impedia de seguir em frente e se entregar ao que sentia.Gabe não era gentil, pelo contrário, tentava me magoar. Até a forma como ele me fodia era um pouco violenta e grosseira, como se quisesse me punir, e que no fim descobri era o que me dava mais prazer, o que jamais a psicologia poderia explicar. Ainda com tudo conspirando para eu não sentir nada por aquele homem, já que não fazia praticamente nada para me agradar, eu gostava de Gabe Clifford, meu marido.E o que me fazia ficar totalmente entregue a ele era exa
Assim que cheguei na antessala de Gabe o vi entrando por uma porta lateral. Nossos olhos se encontraram e em seguida ele analisou-me de cima abaixo, sem dizer nada. O olhar dele me fazia o estômago contorcer-se. E dava um misto de fome com ansiedade.Uma nova mesa, igual à das duas outras secretárias, estava na lateral oposta delas, especialmente para mim.- Bom dia! – Gabe falou de forma geral.Eu não respondi. Simplesmente porque não estava com vontade. Ele não havia ido para casa e não merecia um cumprimento de “bom dia”.Fui para minha mesa e sentei-me na cadeira, girando-a para um lado e depois para o outro. Em seguida fiz uma volta de 360º, para conferir sua potencialidade.- Senhora Clifford, isto é uma cadeira, não um brinquedo de um parque de diversões. – Ouvi a voz de Gabe ao meu lado, tão baixa quanto um sussurro, a mão descansando na madeira de lei escura.Então avistei sua aliança no dedo esquerdo. E sorri, não contendo o gesto de alisar sua mão carinhosamente. Encarei-o
A parte da justificativa por parte do laboratório eu já sabia: a medida citava mudanças no portfólio devido aos desafios globais na cadeia de suprimentos de medicamentos, que impactavam diretamente o fornecimento de insulinas mundialmente. E orientavam os pacientes afetados a buscarem "alternativas terapêuticas, conforme orientação médica.Enquanto eu lia tudo atentamente, uma mulher morena entrou na sala e cumprimentou Ingrid, sem sequer olhar na minha direção. Era alta, magra, tinha a pele clara e cabelos castanhos, assim como os olhos, num tom puxado para o mel.- Ele está em reunião? – Perguntou para Ingrid, apontando para a porta de Gabe.- Não, ele já atendeu o cliente e espera por outro, mas isto será em torno de – olhou no relógio – Vinte minutos. Irei anunciá-la. – Ingrid levantou-se.- Não, nã