Daenor entrou na Sala de Guerra. Estava acompanhado dos três membros do Conselho e Ladros. A Sala de Guerra era umas dos cômodos do castelo de Inular, voltada para formar estratégias e fazer reuniões. Havia uma mesa retangular no centro na qual era desenhado todo o mapa de Arqueham. Desde Porto Solar na costeira leste, passava pela A divisa, floresta de Gündil. Ao norte estava cravado na madeira da mesa os desenhos da terras de Atalar e viajam até o extremo oeste de Razalon, onde se encontrava a cidade de Godar.
Em volta da mesa havia cinco cadeiras, uma na extremidade destinada ao rei e mais duas de cada lado para os membros do Conselho. Em cima da mesa havia algumas peças representando os exércitos. Daenor sentou na cadeira do rei, os outros membros sentaram em suas cadeiras. Ladros ficou de pé em um canto da sala deixando a cadeira da casa Rully vazia.
— Me informem de tudo — ordenou.
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Elrom olhava para aquelas páginas pensando consigo mesmo o que Balder esperava ele entender com aquele livro. Apesar do mistério de suas lições, já tinha se acostumado com isso e até certo ponto gostava do método do bibliotecário, o fazia pensar e criar um pensamento crítico por si só. E isso não tinha preço. Por outro lado, às vezes se tornava totalmente desgastante, gastar horas e horas de página em página. Seria muito simples apenas ouvir logo a moral da história sem antes ouvir a história. Esse tempo poderia estar sendo investido a fazer tantas outras coisas que gostava como lutar, correr atrás das meninas nobres, apesar que até isso tinha se tornado desgastante para Elrom. Nos últimos dias tinha dedicado muito esforço para se aproximar de Lyliane e nada parecia fazer efeito. Ele não a culpava por isso, entendia a situação dela e sabia se tivesse em seu lugar, provavelmente não faria diferente. Ele ouviu um barulho a curta distância, a porta do seu cômodo se abriu.
— Uma taverna? Sério? Você me tirou da cidade para ir até uma taverna? Esperava um pouco mais de criatividade vindo de você.— Eu não teria problema em visitar uma taverna dentro de Idalon, mas todos conhecem esse seu rostinho bonito, então receberíamos mais atenção do que gostaria hoje. Acho que aqui ninguém deve te reconhecer nesse canto mais afastado. — Ladros deu um sorriso amigável. — Eu espero.— Bem. Vamos entrando então. Rosie você tem certeza que quer vir com a gente? No seu lugar eu não confiaria no Ladros — Daenor disse com um tom leve de divertimento.— Até parece que eu vou ficar de fora. O dia que o rei de Razalon saiu para beber uma breja na Taverna do Malte Majestoso. — E cruzou os braços mostrando como estava decidida. — Não vou perder mesmo. — Abriu um sorriso de ponta a
Maebi se remexeu no trono — Você tem certeza que eu posso fazer isso? — Perguntou desconfiado. — Seu pai foi muito claro. Eu estou no comando e preciso te treinar. Qual a melhor maneira de fazer isso? Isso eu que decido — Seus olhos verdes tinham um leve tom de divertimento. Maebi deu um sorriso torto — Mas ele não queria eu tomando as decisões da coroa. — E você disse ser capaz de fazer isso. Mudou de opinião? Fechou a cara — Não, não mudei. Vladimir sorriu para o príncipe — Ótimo! Você se sairá bem. Mande o primeiro entrar. O soldado perto da porta, a abriu, entrando um homem grande e redondo e uma criança suja e magricela. A diferença física entre eles era constrangedora.&
Daenor acordou incomodado com a luz do Sol batendo em seus olhos, às vezes se perguntava como isso era possível, algo tão distante ter uma mira tão perfeita. Ele estava dormindo em seu quarto antigo ainda, não se sentia pronto para se mudar para o quarto principal de Inular, que um dia pertenceu a seu pai. Aquela manhã foi difícil, logo ao levantar-se se viu completo de deveres e para pior tudo uma dor de cabeça por causa da noite anterior e as poucas horas dormidas. Mesmo assim, obrigou-se a levantar e fazer o que tinha de fazer. Meu primeiro dia como rei, não posso simplesmente ficar o dia todo no quarto dormindo.Ao sair da cama procurou algo para tomar de desjejum e para sua surpresa já tinha passado do horário do almoço. Comeu algo simples na cozinha, e aproveitou para conversar um pouco com as cozinheiras e o chefe de cozinha. Depois desceu para a cidade, onde passou a mai
Seus olhos faiscavam de angústia ao examinar os muros de Yhorn. Suas paredes pareciam impenetráveis e sua rocha impossível de escalar. Escalar durante a noite foi o melhor que tinha conseguido pensar até então, depois do fracasso que foi o plano original. Agora vendo a defesa da cidade a luz do dia, Ladros até se surpreendeu por ter conseguido chegar até os muros na noite anterior. A lua nova ajudou em muito a escondê-los na escuridão. Esperava que ajudasse Daenor nesta noite também.Daenor e os outros lordes tinham confiado a ele a missão de entrar pelo canal subterrâneo da cidade e abrir os portões de Yhorn, possibilitando a invasão mesmo com um número reduzido de homens. O plano era simples, entrar à espreita, abrir o portão, tomar a cidade. Porém, para a surpresa de todos, os canais foram selado por imensas barras de ferro, possibilitando
Daenor olhou para o céu, o sol estava começando aparecer, mas tinha tanta coisa para fazer. Sentia sua mente apagando e seu corpo doendo, mas não podia ceder, precisava permanecer firme por mais alguns instantes. Suas roupas escuras estavam cobertas de sangue. Não apenas as roupas, mas também conseguia sentir em seu rosto sangue seco, mas não era dele, era sangue de seus inimigos.A batalha por Yhorn foi muito rápida e inesperada. Aconteceu tudo de forma muito melhor que qualquer umpoderia ter imaginado. Após Daenor e seus homens invadiram a cidade, os soldados Rullys apesar de estarem andando lado a lado dos soldados Sonnes, pareceram confusos diante da situação, visto que a maioria sempre lutou pelos Mesiacs, assim muitos decidiram por não lutarem, entregando suas armas. Alguns soldados até mesmo decidiram lutar a favor de Daeonor, desta maneira foi questão de tempo para a coroa
Seus olhos começaram ase abrir. Sentia o corpo ainda fraco, tinha passado por sérios riscos. Forçou as pernas para se levantarem, cada músculo parecia pulsar, mas apesar disso o que mais o incomodava era sua cabeça latejando em uma dor contínua. Se perguntava como tinha sobrevivido.Gared olhou seu reflexo na água e viu seu rosto mais magro, debaixo de seus olhos tinha olheiras roxas e sua barba estava desgrenhada. As imagens turvas em sua cabeça começaram a ganhar sentido, lembrou de ser traído por Janna e ser atacado por Arthur Sonne. Cob… o pobre garoto agora estava morto. Ele que não tinha nada haver com isso, agora tinha morrido por causa de ratos traiçoeiros. O Imparável se questionou se não era melhor ter morrido também. Já fazia muito tempo que lutava, participou de suas primeiras batalhas apenas com 12 anos. Tinha sido abençoado com um c
Lyliane respirou fundo e sentiu o ar fresco entrando em seus pulmões, olhou ao redor e viu o verde, as plantas rasteiras, as árvores grandes e floridas que existiam apenas após a Divisa. Era quase como voltar a casa, mesmo que ainda estivessem dentro do território de Aldebaran. A sensação de estar cavalgando novamente era indescritível, quase conseguia ouvir sua alma gritando por liberdade, mesmo sabendo dos limites. Havia a tentação de pegar o cavalo e fugir durante a noite ou até mesmo no meio da viagem. Afinal de contas Lyliane era boa na arte de cavalgar, melhor que seus irmãos, mas Maegor se planejou contra isso. Deixava dois guardas a vigiando toda a noite, e durante a viagem na estrada havia arqueiros ao seu redor prontos para disparar no animal a qualquer sinal de rebeldia. Não lhe restou muitas opções além de aproveitar a viagem como podia.Durante os dias de viag