Maebi se remexeu no trono — Você tem certeza que eu posso fazer isso? — Perguntou desconfiado.
— Seu pai foi muito claro. Eu estou no comando e preciso te treinar. Qual a melhor maneira de fazer isso? Isso eu que decido — Seus olhos verdes tinham um leve tom de divertimento.
Maebi deu um sorriso torto — Mas ele não queria eu tomando as decisões da coroa.
— E você disse ser capaz de fazer isso. Mudou de opinião?
Fechou a cara — Não, não mudei.
Vladimir sorriu para o príncipe — Ótimo! Você se sairá bem. Mande o primeiro entrar.
O soldado perto da porta, a abriu, entrando um homem grande e redondo e uma criança suja e magricela. A diferença física entre eles era constrangedora.
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Daenor acordou incomodado com a luz do Sol batendo em seus olhos, às vezes se perguntava como isso era possível, algo tão distante ter uma mira tão perfeita. Ele estava dormindo em seu quarto antigo ainda, não se sentia pronto para se mudar para o quarto principal de Inular, que um dia pertenceu a seu pai. Aquela manhã foi difícil, logo ao levantar-se se viu completo de deveres e para pior tudo uma dor de cabeça por causa da noite anterior e as poucas horas dormidas. Mesmo assim, obrigou-se a levantar e fazer o que tinha de fazer. Meu primeiro dia como rei, não posso simplesmente ficar o dia todo no quarto dormindo.Ao sair da cama procurou algo para tomar de desjejum e para sua surpresa já tinha passado do horário do almoço. Comeu algo simples na cozinha, e aproveitou para conversar um pouco com as cozinheiras e o chefe de cozinha. Depois desceu para a cidade, onde passou a mai
Seus olhos faiscavam de angústia ao examinar os muros de Yhorn. Suas paredes pareciam impenetráveis e sua rocha impossível de escalar. Escalar durante a noite foi o melhor que tinha conseguido pensar até então, depois do fracasso que foi o plano original. Agora vendo a defesa da cidade a luz do dia, Ladros até se surpreendeu por ter conseguido chegar até os muros na noite anterior. A lua nova ajudou em muito a escondê-los na escuridão. Esperava que ajudasse Daenor nesta noite também.Daenor e os outros lordes tinham confiado a ele a missão de entrar pelo canal subterrâneo da cidade e abrir os portões de Yhorn, possibilitando a invasão mesmo com um número reduzido de homens. O plano era simples, entrar à espreita, abrir o portão, tomar a cidade. Porém, para a surpresa de todos, os canais foram selado por imensas barras de ferro, possibilitando
Daenor olhou para o céu, o sol estava começando aparecer, mas tinha tanta coisa para fazer. Sentia sua mente apagando e seu corpo doendo, mas não podia ceder, precisava permanecer firme por mais alguns instantes. Suas roupas escuras estavam cobertas de sangue. Não apenas as roupas, mas também conseguia sentir em seu rosto sangue seco, mas não era dele, era sangue de seus inimigos.A batalha por Yhorn foi muito rápida e inesperada. Aconteceu tudo de forma muito melhor que qualquer umpoderia ter imaginado. Após Daenor e seus homens invadiram a cidade, os soldados Rullys apesar de estarem andando lado a lado dos soldados Sonnes, pareceram confusos diante da situação, visto que a maioria sempre lutou pelos Mesiacs, assim muitos decidiram por não lutarem, entregando suas armas. Alguns soldados até mesmo decidiram lutar a favor de Daeonor, desta maneira foi questão de tempo para a coroa
Seus olhos começaram ase abrir. Sentia o corpo ainda fraco, tinha passado por sérios riscos. Forçou as pernas para se levantarem, cada músculo parecia pulsar, mas apesar disso o que mais o incomodava era sua cabeça latejando em uma dor contínua. Se perguntava como tinha sobrevivido.Gared olhou seu reflexo na água e viu seu rosto mais magro, debaixo de seus olhos tinha olheiras roxas e sua barba estava desgrenhada. As imagens turvas em sua cabeça começaram a ganhar sentido, lembrou de ser traído por Janna e ser atacado por Arthur Sonne. Cob… o pobre garoto agora estava morto. Ele que não tinha nada haver com isso, agora tinha morrido por causa de ratos traiçoeiros. O Imparável se questionou se não era melhor ter morrido também. Já fazia muito tempo que lutava, participou de suas primeiras batalhas apenas com 12 anos. Tinha sido abençoado com um c
Lyliane respirou fundo e sentiu o ar fresco entrando em seus pulmões, olhou ao redor e viu o verde, as plantas rasteiras, as árvores grandes e floridas que existiam apenas após a Divisa. Era quase como voltar a casa, mesmo que ainda estivessem dentro do território de Aldebaran. A sensação de estar cavalgando novamente era indescritível, quase conseguia ouvir sua alma gritando por liberdade, mesmo sabendo dos limites. Havia a tentação de pegar o cavalo e fugir durante a noite ou até mesmo no meio da viagem. Afinal de contas Lyliane era boa na arte de cavalgar, melhor que seus irmãos, mas Maegor se planejou contra isso. Deixava dois guardas a vigiando toda a noite, e durante a viagem na estrada havia arqueiros ao seu redor prontos para disparar no animal a qualquer sinal de rebeldia. Não lhe restou muitas opções além de aproveitar a viagem como podia.Durante os dias de viag
O sol se escondia atrás das nuvens deixando o céu cinzento. Razar Dragontooh e Harald Ulric tinham chegado no dia anterior com quase 20 mil homens. Não eram todos os soldados disponíveis em Razalon, mas era mais do que o suficiente para assegurar a defesa de Yhorn contra um possível ataque. Logo que eles chegaram Daenor foi submetido a uma interminável lista de informações, número de soldados em cada cidade, armamento, estimativas de inimigos. Não apenas informações quantitativas, mas também foi submetido a opiniões e desavenças. Ferris e Harald em poucos minutos juntos, já estavam brigando.Entretanto, era indiscutível que ambos pareciam o respeitar muito mais agora. Seu plano ousado e certeiro aumentou muito sua reputação entre os Senhores de Razalon. Especialmente com Harald que o elogiou repetidas vezes por sua coragem e não mai
No final das contas para seu alívio não era um ataque. Era apenas uma mensageira, mas honestamente, talvez fosse a última pessoa que Daenor gostaria de ver agora. O rei Mesiac e seu Conselho se reuniram em uma sala do castelo Rully, além deles Gared e Diran os acompanhavam juntos com a mensageira.Sentaram-se em volta de uma mesa retangular, sobre ela havia algumas frutas e petiscos, Daenor permaneceu de pé olhando por uma janela a cidade de Yhorn e a chuva caindo fortemente, estava de costas para as outras pessoas da sala. A mensageira estava na extremidade oposta do lugar vazio dedicado ao rei.— Onde está minha mãe? — Questionou a mensageira — Se todo o Conselho está aqui, onde ela está? — Tinha uma leve perturbação na voz dela.Daenor deu uma curta olhadela a examinando. Ele a conhecia bem de algumas visitas da família Rully em Idalon e de quando tinha
O sol estava no topo do céu, tornando aquela tarde quente e ensolarada. O calor não chegava a incomodar tanto pois o vento fazia seu trabalho contribuindo para um clima mais ameno, porém os soldados ainda estavam suando em suas armaduras expostas ao Sol. Apesar do número grande de pessoas ali reunidas, tudo estava em silêncio. O som do vento mexendo as folhas e o gramado do campo aberto era audível. Aquele silêncio incomodava Daenor, naquele momento se arrependeu de não trazer Ladros juntos, sentiu falta de um bom comentário sarcástico.Daenor sentia-se mal por ter posto ele na prisão, mas tinha decidido por não trazer o irmão, seu temperamento explosivo poderia afetar o andamento de qualquer negociação, quanto mais uma com Maegor. Se a simples ideia de negociar com aquele homem foi o suficiente para deixá-lo irritado, o que ele poderia fazer se encontrasse pessoalmen