Quando chegamos no hotel peguei meu celular para ligar para Marco e quando ele atendeu percebi seu nervosismo. “Oi gata, só você para me alegrar nesse dia de merda.” Ele diz e eu pergunto o que estava acontecendo mesmo já sabendo. “São coisas de trabalho, não se preocupe. A que devo a honra da sua ligação?”“Liguei, porque você disse que me mostraria a sua coleção rara, o convite ainda está de pé?” Torço para que sim, pois senão teria que ir para o plano B. “Está sim, vou lhe dar o endereço e mandarei o pessoal da cozinha preparar algo especial para você.” Meu amigo fez um sinal de positivo. “Nos encontramos à noite.” Desliguei o celular e sorri para meu amigo. Com o plano dando certo o plano dando certo, ficamos no quarto até a hora de irmos trabalhar, no horário marcado eu estava na casa de Marco Santoro, assim que toquei a campainha o mordomo atendeu, só de entrar em sua mansão contei sete pessoas trabalhando, não posso fazer o que vim por que senão eu teria que tirar a vida de
A madrugada estava densa, e uma tensão silenciosa pairava no ar enquanto nos aproximávamos da mansão de Marco Santoro. A decisão de seguir adiante com nosso plano era inevitável. No mundo em que vivíamos, a vida de Marco Santoro representava uma ameaça constante para muitos. Atravessar sua linha de defesa seria a nossa última investida."Está pronta?" Romulo perguntou, sua expressão séria refletindo a gravidade da situação.Assenti, apertando firmemente o cabo da minha arma. "Sempre estou. Vamos acabar com isso e voltar para casa."Juntos, nos infiltramos na casa. Nossos passos eram suaves e calculados, nossos sentidos aguçados para qualquer sinal de perigo iminente. A sensação de urgência nos guiava, sabíamos que não havia espaço para erros.Chegamos à sala onde o cofre estava localizado. O desafio agora era superar as camadas de segurança e acesso. Retirei meu dispositivo e comecei a digitar a primeira senha. O som suave de um clique indicou que eu havia feito certo. A porta do cofr
A noite havia caído quando finalmente pousamos no Brasil O ar úmido da cidade nos saudava e eu não podia estar mais feliz por isso. Descemos do avião, passando pelos trâmites de segurança com a agilidade de quem conhece cada procedimento de cor e salteado.A ferida em meu braço estava contida, mas a dor pulsava constantemente. A dor física era suportável e eu sabia que em breve teria apenas mais uma marca de batalha. Ao sairmos do aeroporto, a noite nos engoliu com seus segredos e promessas, enquanto esperávamos Cibele chegar Romulo acendeu um cigarro, seu rosto iluminado pelo fósforo por um breve instante. A fumaça subiu lentamente, se misturando com a névoa noturna."Vai demorar um pouco para nos recompormos totalmente, não é?" ele perguntou, quebrando o silêncio. "Acho que sim. Mas vamos superar isso, como sempre fazemos."Romulo assentiu, a fumaça do cigarro se dissipando lentamente. "Você é uma peça rara, Ohana. Poucas pessoas têm a coragem e a força que você tem."Sorri levem
Assim que cheguei ao térreo, encontrei Maurício e Ana à minha espera. Saudei Aninha em língua de sinais, e ela me respondeu animada antes de me abraçar. Maurício se aproximou de mim e me deu um beijo sorridente.“Senti sua falta, como foi a viagem?” Ele perguntou.“Foi maravilhosa, muitas obras de arte magníficas.”“Não sabia que você era fã de artes.”“Sou sim, um amigo me convidou para a exposição em Paris, e como tenho créditos no hospital, eles me liberaram tranquilamente.”“Parece que você relaxou.”“Um pouquinho.” Maurício pegou a mão de Ana e colocou a outra mão em minhas costas para nos guiar até o carro que estava à nossa espera.A viagem até o restaurante foi preenchida com risos e conversas animadas. Ana falava com suas mãos ágeis, compartilhando histórias de sua semana na escola, enquanto Maurício e eu nos perdíamos em olhares significativos.No restaurante, as luzes suaves criavam um ambiente acolhedor. Sentamos à mesa e continuamos nossa conversa enquanto desfrutávamos d
Pensamentos rápidos passavam pela minha mente, considerando todas as possíveis complicações que uma gestante no quinto mês poderia enfrentar.Quando entrei na sala, deparei-me com a paciente, deitada na maca, parecendo frágil e assustada. Lúcia estava ao lado dela, tentando acalmá-la. "Doutora Ohana, ela está sentindo muitas dores e começou a sangrar", explicou Lúcia com urgência.Minha experiência me dizia que essa situação era extremamente delicada. Perguntei rapidamente sobre o histórico médico da paciente e examinando-a com atenção. O sangramento era preocupante, indicando que algo estava seriamente errado. "Vamos levá-la para a sala de cirurgia imediatamente", ordenei, minha voz firme tentando transmitir confiança à paciente.Equipei-me rapidamente, chamando os outros membros da equipe cirúrgica. Cada segundo era crucial. Preparando-me para a cirurgia de emergência, meu coração batia forte, uma mistura de responsabilidade e tensão.A cirurgia começou, e a equipe trabalhava em har
Três dias se passaram desde a minha conversa com Ezra, e minha semana de descanso parecia um sonho distante. Se por um lado eu estava sem trabalho na organização, por outro, a clínica estava uma verdadeira loucura. Parece que todas as mulheres resolveram dar à luz nesta semana, e eu estava imersa em um frenesi de atividades na clínica. Cada dia começava antes do amanhecer e se estendia até tarde da noite, com poucos momentos de pausa.O som do despertador soava implacável, e eu me levantava com uma mistura de cansaço e determinação. Eu sabia que precisava dar o meu melhor para atender às necessidades das mães e dos bebês que dependiam de mim.Os dias se desenrolavam em um borrão de consultas, exames e procedimentos. Minha agenda estava repleta de pacientes, e eu me esforçava para garantir que cada uma delas recebesse o cuidado atencioso e dedicado que merecia.Naqueles três dias, além das consultas regulares, fui chamada para realizar uns sete partos. Testemunhei a força e a coragem d
A noite estava agradável, a brisa suave soprava, e o céu estrelado era como um manto cintilante sobre nós. Sentada à mesa de um restaurante aconchegante, dividindo o jantar com Maurício, Cibele e Rogério, eu me permiti relaxar e aproveitar a companhia.No entanto, enquanto nós jantávamos, algo chamou minha atenção. Uma troca de olhares entre Maurício e Rogério, um sorriso compartilhado, um comentário breve quase como se eles estivessem se comunicando de uma forma codificada. Eram momentos sutis, mas não passaram despercebidos pelos meus olhos atentos. A sensação de que havia algo mais acontecendo ali começou a crescer em minha mente, como uma coceira persistente. Por que eles estariam conversando daquela maneira? Será que estavam discutindo algo que não queriam compartilhar comigo e Cibele?Incomodada com a dúvida, decidi agir de maneira discreta. Troquei um sinal com Cibele, um olhar que dizia que precisávamos conversar, e ela respondeu com um discreto aceno de cabeça antes de se des
Um mês se passou desde que Maurício e eu oficialmente começamos a namorar. Lembro-me da alegria estampada nos rostos dos meus amigos quando mostrei a eles o meu anel de compromisso, e o apoio que recebemos foi genuíno e caloroso."Nem acredito que minhas duas amigas loucas finalmente estão namorando. Fico muito feliz por vocês." Rômulo expressou sua alegria, mas seus olhos também carregavam um toque de tristeza que eu reconhecia bem.No entanto, eu sabia que algo estava incomodando Rômulo, e eu não poderia ignorar a sensação de que havia algo que ele não estava compartilhando conosco. Eu olhei para Cibele, que também parecia preocupada com o que Rômulo estava prestes a dizer."Rômulo, quero que fale tudo agora. Me conte o que aconteceu com você enquanto esteve fora", disse, firme e direta, encarando-o com seriedade.Ele suspirou profundamente, parecendo pesaroso, antes de começar a compartilhar conosco o que havia revelado durante nossa missão em Paris. Cibele e eu ouvimos atentamente