༺ Carlos Eduardo ༻Sorriu feliz por finalmente resolver tudo. “Daqui por diante, só felicidade até o casamento,” pensei comigo mesmo.No entanto, ainda havia assuntos a resolver em São Paulo com minha mãe e a questão de Bianca, cuja obsessão doentia precisava acabar de vez. Olhando para Louren, notei como ela admirava o anel carinhosamente.— Você gostou do anel? — perguntei, esperando sua resposta.— É lindo, muito obrigada. Deve ter custado caro, não é? — ela respondeu com um sorriso gentil.— O amor que sinto por você não tem preço. O valor não importa, Louren. — declarei, olhando nos olhos dela com carinho.Ela riu suavemente.— Você e terrível sabia?Não me contive e chamei a atenção de todo o restaurante.— Eu te amo muito, Louren! — anunciei alto, fazendo as pessoas ao redor rirem e aplaudirem.Ela corou um pouco, surpresa com minha demonstração pública de afeto.— Por que fez isso? — perguntou, ainda sorrindo.— Não quero mais esconder nosso amor, Louren. Você é oficialmente m
༺ Louren Smith ༻Os dias se passaram rapidamente, e chegou finalmente o tão esperado dia do festival de empreendedorismo.Minha loja estava um verdadeiro formigueiro, com mulheres de todas as idades andando de um lado para o outro, em busca dos vestidos mais lindos. Tive que ir a São Paulo novamente com Luan para comprar mais mercadorias, pois o estoque havia acabado.De repente, ouvi uma confusão perto de um dos cabides. Duas senhoras discutiam acaloradamente.— Vi esse vestido primeiro! — esbravejou a primeira, uma senhora de cabelos grisalhos e óculos na ponta do nariz.— Você só pode estar brincando! Eu o peguei primeiro, você estava do outro lado da loja! — retrucou a outra, uma senhora elegante, de cabelo preso em um coque impecável.Tentei intervir, mas elas continuavam.— Esse vestido é perfeito para o casamento da minha neta! — disse a primeira.— E eu? Minha filha está se formando e não encontro nada que me sirva tão bem! — respondeu à segunda.Chamei Alice rapidamente, que
༺ Carlos Eduardo ༻Alguns dias se passaram e estávamos terminando de tirar as últimas medidas para o meu terno de casamento quando a campainha do meu apartamento tocou. Pedi licença para o alfaiate e atendi a porta. Para minha surpresa, era minha mãe.— O que você está fazendo aqui? — perguntei, surpreso.Ela entrou contrariada, sem esperar convite.— Agora preciso informar toda vez que venho à casa do meu próprio filho? Não posso mais o visitar? — ela respondeu, visivelmente irritada. — Vim falar com você novamente sobre um assunto importante.Suspirei fundo, já sabendo do que se tratava.— Esse assunto já está encerrado, mãe. E, além disso, estou ocupado agora.Ela olhou ao redor e viu o alfaiate trabalhando no meu terno.— O que você está fazendo? — ela perguntou, desconfiada.— Apenas ajustando o terno para um evento importante — respondi, tentando manter a calma.Ela se aproximou do alfaiate, observando os últimos detalhes.— Um alfaiate? E que evento importante seria esse? — ela
༺ Caroline Ávila ༻Indignação fervia dentro de mim ao saber que Carlos Eduardo estava prestes a se casar com aquela garota. Eu sempre quis que ele se casasse com Bianca, uma mulher linda de classe alta, vinda de uma família renomada.Mas ele preferia aquela favelada, que provavelmente nem havia terminado os estudos. Mesmo assim, a notícia de um neto me tocou profundamente.A mulher que ele amava estava grávida dele, algo que já tinha perdido as esperanças que acontecesse, dada a natureza mulherengo do meu filho mais velho.Mas isso não mudava as coisas. Eu não via necessidade alguma dele se casar com aquela garota apenas pela criança. Poderia muito bem pedir a guarda e tomar o bebê para si, e ficar com Bianca. Ela entenderia. Eu precisava fazer alguma coisa.Ao chegar na recepção do prédio, o motorista já estava lá esperando por mim. Entrei no carro pensativa, peguei o celular da bolsa e liguei para Bianca.— Preciso conversar com você. Estou ainda num café no centro da cidade. Pode c
༺ Bianca Madson ༻Caroline partiu, deixando-me pensativa na mesa do café, encarando o convite de casamento na foto da tela do meu celular. Murmurei baixinho para mim mesma:— Você não vai me tirar o Carlos Eduardo, sua favelada. Antes disso, eu acabarei com você.Não revelei meus pensamentos à Caroline. Deixei-a pensar estarmos unidas no plano de separar Carlos Eduardo de Louren. Na verdade, eu tinha outros planos. Daria um jeito de acabar de vez com a presença de Louren na vida de Carlos Eduardo.Decidi ligar para meu pai. Ele era a única pessoa que poderia me ajudar nessa situação. Ele sabia tão bem quanto eu que Carlos Eduardo era um verdadeiro tesouro, algo que não poderíamos deixar escapar.— Pai, por favor, vá para casa. Preciso conversar com você — disse quando ele atendeu.— O que houve, Bianca? — perguntou ele do outro lado da linha.— Apenas vá para casa, por favor — respondi, antes de desligar.Sabia que meu pai entenderia. Ele estava tão determinado quanto eu. Não se trata
༺ Louren Smith ༻ Caminhando ao lado de Carlos Eduardo em direção à minha loja, notei um veículo todo escuro passando lentamente pela rua. Olhei para o carro por um momento, curiosa. Nunca havia visto um veículo assim por aqui. Talvez fosse algum turista, pensei. — O que foi, amor? — perguntou Carlos Eduardo, percebendo minha distração. — Nada, só estou estranhando aquele carro. Nunca vi um desses por aqui — respondi, dando de ombros. Ele também olhou para o veículo e comentou: — Deve ser algum turista passeando. Concordei e seguimos nosso caminho até a loja. Ao entrar, encontramos Alice arrumando algumas roupas nos cabides. Ela se virou para mim com um sorriso e disse: — Ah, Louren, você recebeu um buquê de flores! Já coloquei elas em um vaso estão ali, no balcão tem um cartãozinho também. Carlos Eduardo, que estava ao meu lado, imediatamente demonstrou ciúmes. — Quem está mandando flores para você? — perguntou ele, com o rosto franzido. — Não sei — respondi, tentan
༺ Carlos Eduardo ༻Retornei ao hotel, pensativo, nas palavras de Louren. Não queria acreditar que Bianca estava por trás daquela ameaça, mas não havia outra dúvida. Eu só havia passado o endereço do casamento para minha mãe.Era difícil aceitar que minha mãe tivesse coragem de fazer algo assim, mas, assim que voltasse para São Paulo, teria uma conversa séria com ela.Se ela quisesse ficar do lado da Bianca, então acabaria com qualquer relação possível, especialmente se isso significasse afastar meu filho que logo iria nascer.Não podia mais deixar isso continuar. Peguei o celular e liguei para Arthur, um dos advogados da empresa. Ele atendeu rapidamente, surpreso com a ligação.— O que está precisando, Carlos? — perguntou Arthur.— Preciso falar com você sobre algo importante. Quais são os meios de entrar com uma medida protetiva e afastamento de uma pessoa? — respondi, direto ao ponto.Arthur, sempre preciso, explicou:— Podemos solicitar uma medida protetiva de urgência junto ao jui
༺ Bianca Madson ༻Eu ainda estava furiosa, observando o elevador fechar. Quando fiz menção de seguir até ele, meu pai me segurou pelo braço, comentando:— Já chega, Bianca. Você tem que parar com isso. Está perdendo o controle.— Solte-me! Não vou deixar Carlos Eduardo falar assim comigo e ficar por isso — respondi, tentando me livrar da sua mão firme.Ele me puxou em direção ao nosso quarto, insistindo:— Você não percebe que está perdendo o controle? Piorará as coisas dessa forma. Tem que entender que Carlos é um homem poderoso. Não é assim que se enfrenta um homem como ele. Tudo tem que ser bem-planejado.Indignada, peguei um vaso decorativo do quarto do hotel e o joguei contra a parede, quebrando-o em mil pedaços.— Ele não tinha o direito de falar comigo assim! Mas vou me vingar da Louren. Ele só começou a me tratar mal depois que se envolveu com essa mulher. Mas vou tirá-la do meu caminho!Meu pai se serviu uma dose de uísque e respondeu calmamente:— Agora você precisa se acalm