༺ Louren Smith ༻ Caminhando ao lado de Carlos Eduardo em direção à minha loja, notei um veículo todo escuro passando lentamente pela rua. Olhei para o carro por um momento, curiosa. Nunca havia visto um veículo assim por aqui. Talvez fosse algum turista, pensei. — O que foi, amor? — perguntou Carlos Eduardo, percebendo minha distração. — Nada, só estou estranhando aquele carro. Nunca vi um desses por aqui — respondi, dando de ombros. Ele também olhou para o veículo e comentou: — Deve ser algum turista passeando. Concordei e seguimos nosso caminho até a loja. Ao entrar, encontramos Alice arrumando algumas roupas nos cabides. Ela se virou para mim com um sorriso e disse: — Ah, Louren, você recebeu um buquê de flores! Já coloquei elas em um vaso estão ali, no balcão tem um cartãozinho também. Carlos Eduardo, que estava ao meu lado, imediatamente demonstrou ciúmes. — Quem está mandando flores para você? — perguntou ele, com o rosto franzido. — Não sei — respondi, tentan
༺ Carlos Eduardo ༻Retornei ao hotel, pensativo, nas palavras de Louren. Não queria acreditar que Bianca estava por trás daquela ameaça, mas não havia outra dúvida. Eu só havia passado o endereço do casamento para minha mãe.Era difícil aceitar que minha mãe tivesse coragem de fazer algo assim, mas, assim que voltasse para São Paulo, teria uma conversa séria com ela.Se ela quisesse ficar do lado da Bianca, então acabaria com qualquer relação possível, especialmente se isso significasse afastar meu filho que logo iria nascer.Não podia mais deixar isso continuar. Peguei o celular e liguei para Arthur, um dos advogados da empresa. Ele atendeu rapidamente, surpreso com a ligação.— O que está precisando, Carlos? — perguntou Arthur.— Preciso falar com você sobre algo importante. Quais são os meios de entrar com uma medida protetiva e afastamento de uma pessoa? — respondi, direto ao ponto.Arthur, sempre preciso, explicou:— Podemos solicitar uma medida protetiva de urgência junto ao jui
༺ Bianca Madson ༻Eu ainda estava furiosa, observando o elevador fechar. Quando fiz menção de seguir até ele, meu pai me segurou pelo braço, comentando:— Já chega, Bianca. Você tem que parar com isso. Está perdendo o controle.— Solte-me! Não vou deixar Carlos Eduardo falar assim comigo e ficar por isso — respondi, tentando me livrar da sua mão firme.Ele me puxou em direção ao nosso quarto, insistindo:— Você não percebe que está perdendo o controle? Piorará as coisas dessa forma. Tem que entender que Carlos é um homem poderoso. Não é assim que se enfrenta um homem como ele. Tudo tem que ser bem-planejado.Indignada, peguei um vaso decorativo do quarto do hotel e o joguei contra a parede, quebrando-o em mil pedaços.— Ele não tinha o direito de falar comigo assim! Mas vou me vingar da Louren. Ele só começou a me tratar mal depois que se envolveu com essa mulher. Mas vou tirá-la do meu caminho!Meu pai se serviu uma dose de uísque e respondeu calmamente:— Agora você precisa se acalm
༺ Louren Smith ༻Aproveitando a companhia de Carlos Eduardo na hora do almoço, senti um leve enjoo ao cheiro do peixe ao molho. Peguei rapidamente um lenço e levei à boca, tentando conter o desconforto. Carlos Eduardo, preocupado, perguntou:— Está tudo bem?— Só o cheiro do peixe que está fazendo meu estômago embrulhar — respondi, tentando disfarçar o mal-estar.Ele então chamou o garçom e pediu:— Por favor, traga um frango grelhado com batatas para ela.O garçom retirou o prato prontamente, enquanto eu tomava um copo de água, tentando me recompor. Notei o olhar atento e preocupado de Carlos Eduardo e comentei:— É apenas um dos sintomas da gravidez, mas é horrível. Acho que não consigo comer peixe tão cedo.Soltei uma risada leve, e ele concordou:— Espero que você não acabe enjoando de mim também.— Quem sabe? — respondi de forma provocadora. — Talvez você precise se preparar para isso.Ele soltou uma expressão surpresa:— Espero que não, porque eu não vou aguentar.Ri novamente,
༺ Carlos Eduardo ༻Quando chegamos ao restaurante elegante e fino, abri a porta para Louren, um gesto de cavalheirismo. Ela agradeceu e saiu, observando o local.— Este é o restaurante mais caro da cidade — ela comentou, olhando ao redor.— Você merece o melhor — respondi com um sorriso satisfeito.— Você sempre gosta de se exibir como um pavão, não é? — ela disse, rindo.— Não se trata disso. Gosto de elegância e um pouco de luxo — respondi de maneira descontraída.— Como se eu não soubesse desse seu gosto — ela retrucou, rindo.Dei o braço para ela e disse:— Podemos entrar?Ela concordou e me acompanhou. O ambiente do restaurante era sofisticado e elegante, um verdadeiro oásis no interior de São Paulo. O teto era alto, decorado com lustres de cristal que lançavam um brilho suave sobre as mesas bem arrumadas com toalhas brancas impecáveis e talheres de prata.As paredes eram adornadas com obras de arte discretas, e o chão de mármore complementava a atmosfera de luxo. A iluminação er
༺ Louren Smith ༻Olhei furiosa para Bianca, o sangue fervendo em minhas veias. Eu já estava cansada dessa mulher infernizando a minha vida, mas dessa vez, ela ia pagar caro por fazer isso. Não iria mais me controlar com as provocações dessa nojenta.Bianca se levantou, furiosa, e deu um tapa em mim, gritando:— Quem você pensa que é para me bater dessa forma? Pois, receba o seu de volta…Revidando imediatamente, dei outro tapa, e mais outro, até que os lábios de Bianca e o nariz dela começaram a sangrar.— Vou acabar com você! — gritei entre os tapas, enquanto nós duas começávamos a nos pegar na pista de dança.Carlos Eduardo tentou me separar de Bianca, mas eu estava possessa e continuava a estapear-lá. Ela, desesperada, começou a pedir socorro.— Pare… Socorro… alguém me ajude, essa louca está querendo me matar…Lorenzo interveio junto a Carlos Eduardo, ajudando a nos separar.Ainda furiosa, disse:— Isso é só um aviso. No próximo, eu vou te mandar para o hospital!Bianca, sangrando
༺ Luan Smith ༻Sair andando pelos corredores do hospital com passos rápidos e pesados. A preocupação e a raiva se misturavam dentro de mim, enquanto eu tentava processar tudo o que acontecera.Minha mente estava fixa em Bianca e na maneira como ela interferiu na vida da minha irmã.Ao alcançar a entrada do hospital, Alice correu atrás de mim, preocupada e tentando me deter.— Luan, espera! O que está acontecendo? — ela gritou, ofegante.Parei abruptamente e me virei para ela, minha expressão ainda conturbada pela raiva.— Essa situação com Bianca foi longe demais. Eu não posso deixar isso assim. Resolverei isso de uma vez por todas. — Minha voz saiu áspera e determinada.Alice colocou uma mão em meu ombro, tentando me acalmar.— Você precisa se acalmar, Luan. Não pode sair dirigindo assim, acabará fazendo algo de que se arrependerá.Fitei-a por um momento, respirando fundo para tentar controlar minhas emoções.— Eu não posso ficar parado enquanto minha irmã e meu sobrinho estão sofren
༺ Carlos Eduardo ༻Enquanto seguia a viatura, minha mente fervilhava de pensamentos sobre como um jantar que deveria ser feliz se transformou em uma confusão gigantesca. Suspirei fundo, desviando o olhar para o nome de Louren que piscava na tela do meu celular. Decidi não atender.— Você não vai atender? — perguntou Alice, ao meu lado, a voz carregada de preocupação.— Melhor evitar, ela está no hospital. Não quero preocupá-la ainda mais — respondi, a voz firme.Alice assentiu, mas não parecia convencida.— O que você vai fazer sobre o Luan?— Vou verificar a situação na delegacia e ligar para o meu advogado. Precisamos tirar o irmão da Louren de lá quanto antes.Frustrada, Alice murmurou:— Tudo isso é culpa daquela vaca da Bianca. Maldita seja a hora em que essa mulher chegou na cidade para infernizar nossas vidas. Nunca vi o Luan tão transtornado.Ainda dirigindo, refleti sobre as palavras de Alice.— Talvez eu entenda o Luan. O dever dele, como irmão mais velho, é defendê-la. Se e