༺ Bianca Madson ༻Eu ainda estava furiosa, observando o elevador fechar. Quando fiz menção de seguir até ele, meu pai me segurou pelo braço, comentando:— Já chega, Bianca. Você tem que parar com isso. Está perdendo o controle.— Solte-me! Não vou deixar Carlos Eduardo falar assim comigo e ficar por isso — respondi, tentando me livrar da sua mão firme.Ele me puxou em direção ao nosso quarto, insistindo:— Você não percebe que está perdendo o controle? Piorará as coisas dessa forma. Tem que entender que Carlos é um homem poderoso. Não é assim que se enfrenta um homem como ele. Tudo tem que ser bem-planejado.Indignada, peguei um vaso decorativo do quarto do hotel e o joguei contra a parede, quebrando-o em mil pedaços.— Ele não tinha o direito de falar comigo assim! Mas vou me vingar da Louren. Ele só começou a me tratar mal depois que se envolveu com essa mulher. Mas vou tirá-la do meu caminho!Meu pai se serviu uma dose de uísque e respondeu calmamente:— Agora você precisa se acalm
༺ Louren Smith ༻Aproveitando a companhia de Carlos Eduardo na hora do almoço, senti um leve enjoo ao cheiro do peixe ao molho. Peguei rapidamente um lenço e levei à boca, tentando conter o desconforto. Carlos Eduardo, preocupado, perguntou:— Está tudo bem?— Só o cheiro do peixe que está fazendo meu estômago embrulhar — respondi, tentando disfarçar o mal-estar.Ele então chamou o garçom e pediu:— Por favor, traga um frango grelhado com batatas para ela.O garçom retirou o prato prontamente, enquanto eu tomava um copo de água, tentando me recompor. Notei o olhar atento e preocupado de Carlos Eduardo e comentei:— É apenas um dos sintomas da gravidez, mas é horrível. Acho que não consigo comer peixe tão cedo.Soltei uma risada leve, e ele concordou:— Espero que você não acabe enjoando de mim também.— Quem sabe? — respondi de forma provocadora. — Talvez você precise se preparar para isso.Ele soltou uma expressão surpresa:— Espero que não, porque eu não vou aguentar.Ri novamente,
༺ Carlos Eduardo ༻Quando chegamos ao restaurante elegante e fino, abri a porta para Louren, um gesto de cavalheirismo. Ela agradeceu e saiu, observando o local.— Este é o restaurante mais caro da cidade — ela comentou, olhando ao redor.— Você merece o melhor — respondi com um sorriso satisfeito.— Você sempre gosta de se exibir como um pavão, não é? — ela disse, rindo.— Não se trata disso. Gosto de elegância e um pouco de luxo — respondi de maneira descontraída.— Como se eu não soubesse desse seu gosto — ela retrucou, rindo.Dei o braço para ela e disse:— Podemos entrar?Ela concordou e me acompanhou. O ambiente do restaurante era sofisticado e elegante, um verdadeiro oásis no interior de São Paulo. O teto era alto, decorado com lustres de cristal que lançavam um brilho suave sobre as mesas bem arrumadas com toalhas brancas impecáveis e talheres de prata.As paredes eram adornadas com obras de arte discretas, e o chão de mármore complementava a atmosfera de luxo. A iluminação er
༺ Louren Smith ༻Olhei furiosa para Bianca, o sangue fervendo em minhas veias. Eu já estava cansada dessa mulher infernizando a minha vida, mas dessa vez, ela ia pagar caro por fazer isso. Não iria mais me controlar com as provocações dessa nojenta.Bianca se levantou, furiosa, e deu um tapa em mim, gritando:— Quem você pensa que é para me bater dessa forma? Pois, receba o seu de volta…Revidando imediatamente, dei outro tapa, e mais outro, até que os lábios de Bianca e o nariz dela começaram a sangrar.— Vou acabar com você! — gritei entre os tapas, enquanto nós duas começávamos a nos pegar na pista de dança.Carlos Eduardo tentou me separar de Bianca, mas eu estava possessa e continuava a estapear-lá. Ela, desesperada, começou a pedir socorro.— Pare… Socorro… alguém me ajude, essa louca está querendo me matar…Lorenzo interveio junto a Carlos Eduardo, ajudando a nos separar.Ainda furiosa, disse:— Isso é só um aviso. No próximo, eu vou te mandar para o hospital!Bianca, sangrando
༺ Luan Smith ༻Sair andando pelos corredores do hospital com passos rápidos e pesados. A preocupação e a raiva se misturavam dentro de mim, enquanto eu tentava processar tudo o que acontecera.Minha mente estava fixa em Bianca e na maneira como ela interferiu na vida da minha irmã.Ao alcançar a entrada do hospital, Alice correu atrás de mim, preocupada e tentando me deter.— Luan, espera! O que está acontecendo? — ela gritou, ofegante.Parei abruptamente e me virei para ela, minha expressão ainda conturbada pela raiva.— Essa situação com Bianca foi longe demais. Eu não posso deixar isso assim. Resolverei isso de uma vez por todas. — Minha voz saiu áspera e determinada.Alice colocou uma mão em meu ombro, tentando me acalmar.— Você precisa se acalmar, Luan. Não pode sair dirigindo assim, acabará fazendo algo de que se arrependerá.Fitei-a por um momento, respirando fundo para tentar controlar minhas emoções.— Eu não posso ficar parado enquanto minha irmã e meu sobrinho estão sofren
༺ Carlos Eduardo ༻Enquanto seguia a viatura, minha mente fervilhava de pensamentos sobre como um jantar que deveria ser feliz se transformou em uma confusão gigantesca. Suspirei fundo, desviando o olhar para o nome de Louren que piscava na tela do meu celular. Decidi não atender.— Você não vai atender? — perguntou Alice, ao meu lado, a voz carregada de preocupação.— Melhor evitar, ela está no hospital. Não quero preocupá-la ainda mais — respondi, a voz firme.Alice assentiu, mas não parecia convencida.— O que você vai fazer sobre o Luan?— Vou verificar a situação na delegacia e ligar para o meu advogado. Precisamos tirar o irmão da Louren de lá quanto antes.Frustrada, Alice murmurou:— Tudo isso é culpa daquela vaca da Bianca. Maldita seja a hora em que essa mulher chegou na cidade para infernizar nossas vidas. Nunca vi o Luan tão transtornado.Ainda dirigindo, refleti sobre as palavras de Alice.— Talvez eu entenda o Luan. O dever dele, como irmão mais velho, é defendê-la. Se e
༺ Louren Smith ༻Mal havia pregado os olhos durante a noite ao saber pela boca de Alice que Luan havia sido preso após ter invadido o quarto de Bianca e ameaçado.Desde que aquela mulher chegou à cidade, não tive um pingo de paz. Mas isso não ficará assim. Provarei que quem está por trás daquelas ameaças e bilhetes é a Bianca.Ao perceber que eu estava acordada, Alice se aproximou, ainda com olheiras de cansaço e sono.— Você não conseguiu dormir, não é? — perguntou, preocupada. — Você precisa descansar um pouco.Respondi de um jeito irônico:— Como posso descansar sabendo que meu irmão está preso por causa daquela vaca?Alice, ao lembrar que Luan ainda estava na delegacia, também respondeu furiosa:— Até eu já quero dar uma surra nessa Bianca. Desde que essa mulher desgraçada chegou à cidade, não temos paz.Suspirei, tentando me acalmar.— Sim, mas precisamos fazer alguma coisa. Não deixarei essa mulher infernizar minha vida e a da minha família.Alice se sentou na poltrona em frente
༺ Carlos Eduardo ༻Após deixar Louren em casa, decidi voltar ao hotel para trocar de roupa e descansar. A noite havia sido agitada e turbulenta. Enquanto o motorista dirigia, peguei o celular e liguei para minha mãe. Na primeira tentativa, ela não atendeu. Tentei novamente e, logo, ela atendeu surpresa.— Carlos, o que você quer? Você não costuma ligar.Sério, fui direto ao ponto.— Só vou perguntar uma vez. Você passou o endereço da Louren para a Bianca?Percebi a indignação na voz dela, quando respondeu.— Claro que não! Nem falei com a Bianca essa semana.Indignado e com raiva, não pude me conter.— Deixe de ser mentirosa!— Respeite-me, Carlos. Ainda sou sua mãe. — ela rebate contrariada.— Não é porque você é minha mãe que vou aceitar que se meta na minha vida. Já cansei dessa insistência em me empurrar para a Bianca. Ontem, coisas horríveis aconteceram, e pode piorar daqui para frente.Houve um silêncio do outro lado da linha. Então, ela perguntou calmamente.— O que aconteceu?