Capítulo 35Aslan e Valentina deixaram o hotel, caminhando de mãos dadas enquanto o ar fresco da noite os envolvia. Os dois andavam pelas ruas iluminadas, rindo de forma descontraída, trocando olhares cúmplices enquanto a cidade ao redor vibrava cheia de vida.— Você percebe como está tudo perfeito hoje? — Valentina comentou, olhando para o céu. — A cor do céu... é como se ele soubesse que esta noite seria única.Aslan sorriu, observando-a com ternura. — Talvez o céu esteja apenas refletindo o que estou sentindo agora. — Ele respondeu, apertando levemente sua mão. Ela riu de leve, mas sabia que ele falava sério.O casal seguia em direção ao restaurante em que fizera uma reserva assim que soube que faria aquela viagem.“Valentina, minha amada, você não imagina o que preparei para essa noite.” Com um sorriso nos lábios, Aslan pensou.Ao entrar no restaurante, foram recebidos por um maitre simpático que os conduziu até uma mesa reservada à beira de uma janela. A vista dali era espetacul
Capítulo 36As velas espalhadas pelo quarto. Havia luxuria e tesão entre eles, uma energia que se manifestava em cada olhar trocado, em cada palavra dita com o coração acelerado. Após um jantar romântico que havia sido perfeito em cada detalhe, desde os pratos exóticos até o vinho que aquecia seus corpos, voltaram para o hotel em uma deliciosa caminhada banhada pelo luar. Entraram no hotel entre risos e olhares furtivos.Enquanto caminhavam pelo corredor, os corações batiam em um ritmo que parecia sincronizado. A expectativa era palpável e o casal ansioso para o que viria com a chegada ao quarto.Valentina estava deslumbrante. O vestido que ela usava se moldava perfeitamente ao seu corpo, acentuando suas curvas e refletindo sua confiança. Seus olhos brilhavam com uma mistura de excitação e provocação, e ela mordeu levemente o lábio enquanto olhava para Aslan. O quarto estava preenchido com o som suave da música que tocava ao fundo, criando um clima perfeito para a noite.Ela se aprox
Capítulo 37Tomás despertou com um impacto suave, mas insistente. Algo pequeno e enérgico pulava sobre ele com a força de um pequeno furacão. Ao abrir os olhos lentamente, viu o rosto sorridente de Felipe, pulando animadamente na cama. A risada contagiante do garoto preenchia o quarto.— Vamos, tio Tomás! Acorda! Temos que nos arrumar para a escola! — Felipe exclamava, com o entusiasmo de uma criança serelepe. Ele havia mudado muito depois que Valentina chegou na vida dele e de seu pai. No começo Tomás pensara que somente Aslan tinha mudado, entretanto, agora percebia que o garoto que não parava um segundo de pular em sua cama havia ficado mais extrovertido e passou a demonstrar mais seus sentimentos.Tomás, ainda se espreguiçando, sorriu, esfregando os olhos sonolentos. — Calma, pequeno furacão! Já estou levantando. — Ele levantou-se devagar, com a exaustão dos últimos dias pesando em seus ombros, mesmo assim deu um leve sorriso para que o garoto não se preocupasse.“Ele tem a ener
Capítulo 38O relógio marcava o fim do dia escolar, o que para Felipe era motivo de tristeza, totalmente ao contrário de seus colegas que saíam em disparada, correndo para os braços de seus pais ou cuidadores. Felipe, com sua mochila balançando nas costas, esperava pacientemente por Tomás. Ele chutava pequenas pedras no chão, imaginando as aventuras que iria contar a Tomás no caminho de volta para casa.Enquanto olhava para a rua à espera de um rosto familiar, uma mulher que ele nunca tinha visto antes se aproximou. Seus passos eram decididos, mas algo em seu olhar fez Felipe sentir um arrepio estranho, algo que ele nunca tinha sentido antes. Ela parou na frente dele, sorrindo de forma estranha e um tanto macabra na opinião dele, mas muitos diriam que era quase forçada. Ele franziu o cenho, recuando um passo instintivamente.— Olá, Felipe! — Ela disse, sua voz doce demais, como se mascarasse uma tensão oculta. — Meu nome é Agnes. Eu sou sua mãe.Felipe congelou. A palavra “mãe” ecoou
Capítulo 39Aslan e Valentina desembarcaram do avião, exaustos após horas de viagem. O peso da preocupação estampada em suas expressões e gestos. O que deveria ser um retorno para casa agora era uma corrida contra o tempo para encontrar Felipe o quanto antes. Assim que pisaram no chão familiar, Valentina sentiu uma onda de determinação misturada à angústia.— Vamos logo — Aslan disse, sua voz firme, mas com um tremor sutil que revelava a apreensão que se encontrava. — Precisamos nos organizar e fazer as ligações necessárias.Valentina assentiu sabendo o quão era difícil para Aslan. O casal seguiu para casa em um silêncio sepulcral, nem mesmo o motorista ousou abrir a boca, o que gerou nela um desconforto momentâneo. A situação em que se encontravam era estritamente preocupante e seria, Felipe havia sido sequestrado por sua mãe que havia desaparecido das vidas de Aslan e Felipe há mais de 7 anos.Ao entrarem em casa, Valentina imediatamente pegou o telefone e acionou a polícia. Sua mão
Capítulo 40Tomás e Aslan atravessaram a porta de casa, o coração acelerado com a revelação que estavam prestes a compartilhar com Valentina. A sala estava silenciosa, e Valentina estava imersa em um livro, ela tentava distrair a mente para não endoidar em meio a tantas coisas ruins que estavam acontecendo, as páginas viradas suavemente sob seus dedos. Mas ao notar a expressão séria dos dois homens, ela fechou o romance que tentava ler e se levantou, a preocupação estampada em seu rosto.— O que aconteceu? — Perguntou, a voz trêmula de ansiedade.Aslan respirou fundo, o peso da notícia quase sufocante. Ele sabia que a informação que trazia era pesada, mas a urgência da situação não permitia hesitações.— Encontramos pistas sobre a Agnes — Ele disse com os olhos fixos nos dela. — Ela está em um galpão da máfia.Valentina franziu a testa, a ansiedade crescendo.— E o Felipe? Está com ela? — A voz de Valentina era um sussurro, como se temesse a resposta, ela passou a gostar e se importar
Capítulo 41Carl estacionou a viatura policial em frente à casa de Aslan, o motor ainda roncando enquanto ele desligava as luzes. Aslan abriu a porta da frente de sua casa enquanto Carl se aproximava, a postura rígida e calculista de um homem acostumado a lidar com situações de risco.Carl tomou a frente, sua expressão dura, mas profissional.— Precisamos ser rápidos e estratégicos — começou Carl, o tom de voz firme e autoritário. — O galpão da máfia é bem guardado, mas temos uma vantagem importante: sabemos que Agnes está lá, e possivelmente com Felipe. Precisamos entrar, resgatá-lo e sair sem sermos vistos. Qualquer erro pode colocar todos em risco, inclusive Felipe.Aslan cruzou os braços, engoliu em seco mantendo os olhos fixos em Carl, absorvendo cada palavra. Ele sabia que não podiam falhar, que a vida de Felipe estava por um fio. — Eu conheço algumas rotas alternativas — um policial que viera com Carl se pronunciou, quebrando o silêncio com uma voz controlada, mas carregada de
Capítulo 42Carl, Hiro, Samuel e Ebraim avançavam pelas ruas silenciosas em direção ao galpão da máfia. Cada um deles estava concentrado, sabendo que a missão exigia precisão e calma. Mas por trás da fachada controlada, a tensão crescia. Carl, ao volante, tinha as mãos firmes, mas seu olhar se desviava constantemente para o retrovisor, analisando o silêncio dos colegas.— Estamos perto — Carl disse, quebrando o silêncio, seus olhos cravados no galpão que surgia à frente. O lugar era sombrio, iluminado por apenas algumas lâmpadas que piscavam de maneira intermitente, quase como um prenúncio de algo sombrio que estava para acontecer. — Fiquem atentos. Hiro, sentado no banco do passageiro, verificou sua arma e murmurou: — Isso vai acabar rápido. Se tudo der certo, levamos Felipe de volta para casa em segurança. — E de preferência com Agnes sob custódia. — Carl disse firme, mas Carl sentia uma inquietação, uma sensação incômoda que crescia em seu peito. Algo estava errado, e ele sabia