Viviane saiu do táxi e parou para admirar o lindo cenário após fechar a porta do veículo. Uma paleta de cores começava a surgir no céu. Tons suaves de rosa e laranja, que se misturavam delicadamente com o azul-claro do céu, refletiam nas cores no espelho d'água da lagoa. O silêncio era quebrado pelo som suave dos pássaros voando sobre as águas e das pedaladas das bicicletas na ciclovia ao redor.Ela suspirou calmamente e então, decidiu atravessar a rua. Acenou para o porteiro do prédio que a atendeu e seguiu direto para o apartamento onde sua mãe morava desde que saiu da prisão. Após ficar encarcerada por alguns anos, Otávia cumpria o restante de sua sentença em prisão domiciliar.Vivian era a única que a visitava e na maioria das vezes, trazia os remédios receitados pelo médico de sua mãe. — Mamãe, cheguei — a voz serena avisou.— Estou aqui, — Otávia respondeu.A senhora de cabelos brancos estava de costas. Otávia estava na varanda, regando as plantas.— Trouxe os seus remédios.Viv
O jantar na mansão da família Bittencourt estava permeado por risadas, conversas animadas e sabores exóticos. Elizabeth, uma jovem inteligente e encantadora, sentia-se um tanto introvertida naquele ambiente luxuoso, mas não podia deixar de aproveitar a ocasião para socializar com os amigos de seus pais. Enquanto circulava pela sala, Elizabeth avistou uma figura familiar atravessando o salão. Seus olhos se encontraram com os do homem com o porte físico bem cuidado. Alex estava ainda mais bonito naquela camisa social branca e sua calça preta. Ele avistou a garota que havia mudado bastante desde a última vez que a viu no hospital. Apesar do belo vestido preto que realça o seu corpo esguio, ele apreciou o sorriso tímido que ela lhe deu. O coração de Liz deu um pequeno salto. À medida que a noite avançava, Elizabeth percebeu que Alex continuava a observá-la furtivamente. Seu olhar carinhoso parecia lhe revelar um interesse genuíno. Doutor Alex sempre foi um rapaz adorável e inteligente,
A sala de jantar luxuosa no estilo clássico era um verdadeiro oásis de elegância e requinte. Os detalhes meticulosamente trabalhados nos móveis e na decoração criavam uma atmosfera sofisticada. Todos estavam sentados nas cadeiras estofadas com tecidos luxuosos e ornamentos delicados, em volta da mesa de jantar imponente, feita de madeira rica, com acabamentos dourados e entalhes intrincados. Uma linda cúpula de cristal pendia do teto iluminando suavemente o ambiente, lançando reflexos cintilantes em cada canto da sala de jantar. Nas paredes, painéis de madeira esculpidos e pinturas clássicas adicionavam um toque de arte refinada. As cortinas pesadas vermelhas em tecidos opulentos conferiam um ar de exclusividade. — Como vocês duas estão depois do acidente? — O velho doutor Bittencourt perguntou para Elizabeth e Mellanie, logo em seguida, ele sacudiu a perna embaixo da mesa após levar um beliscão de sua esposa Nicole. — Estou ótima, tio, — Mellanie esboçou um sorriso lascivo. Inc
Viviane e Gabriel se despediam do atencioso casal Nicole e Alexander, que lhes ofereceram um agradável jantar. O senhor Welsch estaria com a feição mais animada se não fosse pela demora de Mellanie no quarto de Alex.Do outro lado da sala, Nicole estava rendendo elogios a Elizabeth e expressando o seu orgulho por vê-la trabalhando para conquistar o seu próprio dinheiro. Elas ainda conversavam quando os risos de Mellanie interromperam-nas. O braço direito da garota estava em torno do pescoço forte de Alex que a auxiliava a descer da escada, já que Mellanie ainda usava o compressor de tornozelo.Vendo que Elizabeth estava com os olhos caídos, a mãe de Alex deu-lhe o braço e a acompanhou até a varanda. Ainda que estivesse triste, Liz deu um leve aceno se despedindo dos outros e acompanhou Nicole.Enquanto Gabriel caminhava para a porta na companhia do doutor Bittencourt carro, Viviane se aproximou da outra filha que ainda estava apoiada em Alex.— Mellanie, querida, venha se despedir de
— Fui conhecer o quarto dele! — Elizabeth respondeu ao pai.Gabriel fechou os olhos ao suspirar profundamente. As suas mãos estavam fechadas ao lado do corpo. O motorista e o segurança, que estavam no banco da frente, trocaram olhares. O chefe parecia uma bomba que estava a ponto de detonar tudo à sua volta.— Não seja tão rude, — Viviane tocou o joelho do marido. — Tenho certeza que Alex é um homem educado e cavalheiro, nunca passaria dos limites com nossas filhas.— Até parece que você não conhece homens, — a voz carregada de raiva rebateu.— O Alex não fez nada, pai! Só me mostrou o antigo quarto de infância dele.— Do mesmo jeito que ele foi apresentar para a sua irmã.— Gabriel! — Viviane comprimiu os olhos repreendendo o marido pela atitude boçal.Se pudesse, Elizabeth sairia daquele carro e dormiria em qualquer quarto de hotel onde não tivesse o pai por perto. A superproteção de Gabriel estava cada vez mais sufocante. No instante em que o veículo estacionou ao lado dos outros
A luz delicada iluminava o rosto de Viviane quando ele a puxou para si, parando quando o rosto alvo estava bem próximo ao dele. Gabriel piscou os olhos algumas vezes, avaliando a fisionomia da esposa. Ele punhos fechados ao lado do corpo.— Saia do caminho, — O coração de Viviane ficou acelerado.Os ciúmes de Gabriel estavam cruzando a fronteira da obsessão.— Ainda não terminamos de conversar.— Essa discussão pode esperar até amanhã, agora, eu só quero tomar um banho e descansar.Ela deu um passo para o lado, mas ele continuou bloqueando a porta com o corpo.— Se você não me deixa ir para outro quarto, então, é melhor você sair daqui.— Não vou sair, porra nenhuma! Você mentiu sobre as reuniões, omitiu tudo sobre a sua mãe desde que ela saiu da cadeia e nunca me contou que estava financiando os remédios e as visitas daquele médico no apartamento em frente a Lagoa. O que queria que eu pensasse?Já tinha algumas semanas que o detetive havia lhe enviado o relatório. Gabriel estava tent
Gabriel se inclinou para a frente, sem tocá-la, o calor de seu peitoral era ameaçador, os olhos negros imediatamente baixaram para os mamilos duros de Vivian. — Espere, — ela lambeu o lábio inferior ao notar a espessura considerável que o marido exibia. — Tem certeza? — Emitiu um grunhido.— Deite-se! — Plantou a mão no peitoral de Gabriel e o empurrou na cama.— Seja gentil, — rosnou.Deitado, continuou observando-a. Ansiava por entrar em sua boca e sentir a deliciosa sensação do calor de sua língua passeando em torno do membro que continuava latejando. Inclinando-se sobre o senhor Welsch, ela depositou beijos em torno do umbigo, aumentando a tensão. Ergueu o rosto e trocou olhares com o homem que a admirava através das pálpebras semicerradas. Estagnou na parte de formato em V e avaliou a ereção avantajada, nunca se cansou de sentir cada centímetro de Gabriel abrindo-a noite após a noite e dia após dia. Sorriu maliciosamente ao vê-lo lançar cabeça para trás, — Caralho! — Gabriel
Gabriel desceu as escadas com cautela, o barulho alto na varanda já havia alertado a sua atenção, mas naquele instante, a discussão entre Giovanni e os seguranças estava prestes a atingir seu ápice.— Gabriel, onde você está? — Os berros de seu filho era como uma faca perfurando o seu peito. — Por que você mandou os seus seguranças me impedirem de entrar na casa? Está com medo de mim, pai?Gabriel observou o jardim em ruínas, os jarros de flores destroçados e as grades do portão arrebentadas pelo carro de Giovanni.O rosto do senhor Welsch se contorceu numa mistura de choque e fúria. Ele tentou manter a calma, mas a raiva começou a tomar conta de seu corpo. O ar frio da noite o atingiu de imediato no instante em que abriu a porta. Vendo o pai parado na frente a casa, Giovanni o desafiou:— Venha aqui me impedir se você for homem.Gabriel caminhou pelo gramado bem aparado do jardim destruído, observando os destroços causados pelo carro de Giovanni. A cada passo, a tensão aumentava. —