FuturoEles correram para a delegacia mais próxima, Fabio estava transtornado com a ideia do sequestro de Fabíola.— Senhor Diniz, quem poderia querer levá-la? Ou acha que foi algo aleatório atrás de dinheiro?— Eu não sei, apesar da minha vida empresarial nunca fui de fazer inimigos.— Fabio... — Gabriela disse baixo.— Oi Gabi.— O Otávio, ele lhe fez uma ameaça quando saímos do tribunal, será que... — Ela não queria pensar na possibilidade de uma vingança.— Mas ele está preso.— E se ele mandou alguém fazer isso?Eles encararam o investigador que estava em pé, o homem anotou a informação e pediu que eles fossem para casa. Se a pessoa quisesse dinheiro teriam que aguardar um contato.Dois policiais foram com eles e estavam a espera de notícias. Quando passaram pelos portões o segurança estranhou o carro da polícia que chegou junto com eles.— Senhor Diniz, me desculpe a intromissão, mas o que a polícia faz aqui?— Sérgio, a Fabi foi sequestrada, levaram a min
No dia seguinte Sérgio pegou Fabíola na escola mais cedo e ficou esperando Gabriela na entrada da faculdade, buzinou assim que ela surgiu com a amiga Estela ao lado.— Sérgio, eu ia pra minha casa agora, você vai me levar?— Não, você e a senhorita Fabi tem compromisso. — Ele disse e sorriu, a vida parecia entrar finalmente nos eixos.A menina abaixou o vidro, estava com o uniforme xadrez do colégio e óculos escuros, gostava de sentir grande, era uma adolescente já.— Vamos as compras mãe, a Estela pode vir também se quiser. — Disse Fabíola colocando os óculos na cabeça.— Mãe? — Estela repetiu questionando e encontrou um sorriso doce e derretido de Gabriela. Ser chamada de mãe, aquecia o seu coração.— Sim, já faz algum tempo, agora somos mãe e filha...— Vou amar ir com vocês! — Disse Estela.Elas entraram no carro, não sabiam para onde estavam indo.— Sérgio, vamos comprar o que?— Vou te deixar na loja e você vai perceber.Ele parou em frente a uma requintada loja
Gabriela cuidou de cada detalhe do casamento, as flores, a cerimônia ao ar livre e tudo mais que poderia querer, boa parte de tudo foi pago por Fabio, mas Gustavo agora era um empresário também, insistiu em contribuir com o casamento da irmã.Falta uma semana para o casamento e eles tinham a festa da editora. Gabriela propositalmente ficou em uma mesa com as meninas da recepção, foi um pedido de Fábio, depois ele daria um jeito de deixar Sérgio com Kátia. Eles sentaram e as meninas ficaram tímidas, o presidente da empresa na mesma mesa que duas recepcionistas e uma assistente, elas não esperavam por isso. Gabriela estava alegre, se balançava ao som da música.O lugar era uma boate animada reservada apenas para os funcionários do grupo Diniz.— Gabi, eu lembrei da festa do ano passado, todas as meninas ficaram comentando que o presidente estava aos beijos com uma funcionária que ninguém sabia quem era.— Kátia, que vergonha! Era eu mesma... Eu tinha vindo com o Gustavo...— Ele
Sérgio sentou na cama sem entender a ação de Kátia, pensou até que fosse uma brincadeira da parte dela.— É sério? Quer que eu simplesmente vá embora?— Gato, você é realmente muito gostoso, mas eu não deixo ninguém dormir aqui comigo, é segurança... Eu não te conheço. — Isso para ela era comum nunca repetia um homem nenhum, nunca passou a noite em sua casa. Ela gostava da liberdade.Katia nunca falou dos fingimentos, ela fingia chegar ao ápice do prazer para dispensar logo aqueles que ela julgava não saber agrada-la, gostou do fato de não precisar fingir com Sérgio ele realmente sabia dar prazer uma mulher, pensou por um segundo que poderia até repetir a dose.A resposta pareceu até razoável para ele, então Sérgio se vestiu e foi para casa, chegou um pouco depois das 3 da manhã, dormiu pouco e mal. Logo cedo estava na casa de Fábio para o seu turno.— Sérgio, dá um pulo aqui na cozinha. — Disse Fábio.Ele entrou na casa e Fábio estava pegando uma caneca com café, passou uma
— Por que está fazendo isso? Nunca vai conseguir nada com o Fábio sendo uma criminosa. — Gabriela gritou em desespero, seu coração parecia que iria saltar do peito de tão rápido que batia.— Não quero aquele idiota, vocês acabaram com a minha carreira, com a minha vida, eu aceitei uma proposta e vou lucrar o suficiente para seguir minha vida em outro país. — Esse era o pensamento de Luciane, iria recomeçar longe de todos que um dia a feriram.Elas chegaram até a entrada de uma floresta, o local parecia deserto, apenas árvores e uma pequena casa de madeira bem ao fundo.— Sai! Vamos entrar ali. — Disse Luciane abrindo a porta de trás do carro.— Não vou sair daqui!— Ah vai sim, ou eu te arrasto daí. — Essa frase veio de Otávio que abriu a porta do outro lado no banco de trás.— Como? — Gabriela perguntou assustada, pensava que o primo ainda estava na cadeia ou morto. Gelou pensando que aquilo só poderia ser um plano de vingança, um plano para destruí-la.— É priminha,
Otávio deu um tiro no peito de Sérgio. Se ele tinha alguma chance de ajudar Gabriela, essa chance se esvaiu naquele segundo.— Não! — Gabriela gritou desesperada.Sérgio tentou olhar para ela, mas seus olhos fecharam antes que encontrasse seu rosto. Era o fim, o fim de uma vida, de alguém bom que nem ao menos teve chance de encontrar o amor.Do lado de fora Fábio e Gustavo chegaram na parte indicada por Sérgio, eles desceram do carro e não viram ninguém, Fábio então resolveu ligar para Sérgio.Dentro da casa um telefone começou a tocar, estava na mão de Luciane, ela estava atônita com a cena a sua frente, tremia e não sabia o que fazer, nunca havia presenciado a morte tão de perto. Já havia visto Sérgio diversas vezes, pensou que aquela morte também estava em suas mãos.Otávio encostou a arma na cabeça de Gabriela e fez sinal para ela ficar em silêncio.— Atende sem falar nada! — Disse Otávio.Ela atendeu a chamada.— Sérgio, chegamos ao local que indicou, onde você está?
Na semana seguinte o casamento foi marcado, a cerimônia seria no jardim da casa de Fábio, apenas os mais próximos foram convidados, parecia mais uma reunião de amigos do que uma festa de casamento.Fizeram um caminho com flores que ia da porta até o pequeno altar improvisado, a decoração ainda era nas tonalidades de rosa e branco, e o arco de flores sobre o altar estava lá, ao fundo tinham um muro coberto por folhas, a recepção seria na sala, alguns móveis foram movidos para fazer o espaço parecer maior, o bolo foi feito por Estela, mas a mesma estava proibida de usar nozes. Marine colocou sua equipe para trabalhar a todo vapor, fizeram do zero um outro vestido ainda mais bonito para Gabriela.Kátia chegou tímida, ela foi acompanhada por Laura, a única pessoa que aceitou ir com ela.— Kátia, a Gabriela vai ficar feliz em te ver. — Disse Gustavo ao notar sua presença.— Obrigada!— Ka, quem é esse gatinho? — Perguntou Laura.— Laura ele é irmão da Gabriela, o antigo assiste
Acordaram cedo e foram para o aeroporto.— Fábio, ainda não disse onde vamos...— Gabriela minha querida vamos para Itália, conhecer os melhores restaurantes.Ela ficou de boca aberta, não imaginou que faria a viagem de seus sonhos em sua lua de mel.— É quase uma viagem gastronômica então?— Sim, só que boa parte do tempo passarei provando você.Gabriela riu e deu um pequeno tapa no ombro de Fábio, eles chegaram em Veneza ao anoitecer, ficaram hospedados no hotel The Gritti, um dos mais caros e badalados da cidade, tinha a vista das águas que cortam a cidade e o quarto era enorme.— Fábio, isso não é um pouco de exagero?— O que? Nosso conforto? Nunca... — Ele disse e piscou para ela dinheiro não era problema.Eles se trocaram e desceram, jantaram no restaurante do hotel, era igualmente fino, para jantar as pessoas pareciam estar em uma festa de gala. No outro dia conheceriam a cidade.Gabriela tirou várias fotos na ponte de Rialto, na praça de São Marcos e na Basílica