Estela demorou algumas horas para acordar, quando abriu os seus olhos, se viu deitada em uma cama de hospital com Gustavo ao seu lado. Ele por sua vez, estava sério parecia desgostoso com algo.— Gustavo o que aconteceu? Eu... Nosso bebê, nosso bebê está bem? — Ela perguntou aflita, lembrou-se da dor que sentiu dentro do carro e de como passou mal durante todo o dia, mas mesmo assim Gustavo permaneceu quieto sem dizer uma palavra sequer. Ele abaixou a cabeça e suspirou, pensou que Estela ainda estava fingindo mesmo, depois de tudo, mesmo depois de sua farsa vira à tona, ela ainda fingia tristeza.— Estela, eu já sei o que você fez... — Seu tom era frio, seco sem o carinho que sempre demonstrou.— O que eu fiz?— Como assim "o que eu fiz". Não se faça de inocente! Eu já sei de tudo, nunca Estela, nunca esperei isso de voce. Nesse momento, Gustavo tirou a aliança de seu dedo, colocou em cima do móvel ao lado da cama junto com o folheto da clínica que ele achou na bolsa dela.— Gu, me
Na semana seguinte Gabriela foi para faculdade e depois para o bistrô. Pela primeira vez ela chegou e viu todos correndo de um lado para o outro, segunda deveria ser um dia tranquilo, mas o local estava sendo preparado para o grupo de empresários.— Chefe Fontini, podemos falar um instante?— Claro Gabriela, seja rápida, hoje é um dia corrido.— Posso ficar na cozinha? Eu ajudo na liberação dos pratos...O chefe deu um sorriso e entendeu o pedido.— Não quer servi seu marido?— Não quero misturar as coisas, acho melhor assim.— Não vou me opor, pode ficar com a liberação dos pratos hoje.O grupo de empresários chegou e primeiro pediram vinho e outras bebidas, debatiam sobre materiais e quantidade de impressos para um autor internacional, além de entrarem no mundo digital, estavam fechando com uma empresa que lançaria todos os seus autores online.Depois começaram a pedir, Sandra comandava o serviço dos garçons naquela hora, estava servindo ela mesmo os pratos.Gabriela
Gabriela pegou a mão de Fábio e eles subiram as escadas correndo.— Amor deixa eu tomar um banho antes, estava na cozinha até agora. — Ela disse trancando a porta.— Nem pensar, está com aquele aroma delicioso de quando cozinha, sinto ainda mais fome de você.Fábio tirou a camiseta e a bermuda, ele puxou a blusa de Gabriela e a calça que ela estava. Admirou a mulher amada e suspirou, aquela sensação, aquele sentimento nunca iria passar.— Tem que voltar a cozinhar de saia, pra eu não precisar tirar sua roupa toda.Gabriela ria do gosto do marido em deixá-la com um pouco de roupa. Fábio a virou de costas e tirou seu sutiã, apertou seus seios enquanto beijava seu pescoço, deu um tapa em sua nádega indicando para ela ir para cama.Ela se jogou na cama e ele tirou sua calcinha, foi beijando suas pernas até chegar a sua intimidade, os movimentos que fazia com a língua a fazia gemer. Ele circulou durante um bom tempo aquele ponto inchado, sentiu seus dedos ficarem úmidos pelo desej
Passou-se alguns dias, Estela se afundou no trabalho, recusava as ligações e visitas de Henri, pois seu coração ainda estava em Gustavo. O novo pretendente ainda insistia, não lhe dava descanso e ainda tinha a aprovação dos pais dela para importuna-la.Naquela tarde, Estela estava saindo do trabalho, passou o dia cabisbaixa como sempre, mas cumpriu seu dever, ao sair, notou o carro elegante na porta, sabia de quem se tratava.— Fábio? — Ela disse e bateu no vidro, um fio de esperança imediatamente surgiu em seu coração. Ele abaixou e sorriu amistoso.— Vim te avisar que um certo empresário estará na boate da quinta avenida hoje a noite... É lá que ele tem bebido, desculpe a demora em descobrir o endereço. — Ele subiu o vidro e partiu, sua parte havia sido feita.Gustavo enquanto isso se afundava em trabalho, dor e amargura. Passou todos esses dias fazendo a mesma rotina, trabalhava até tarde, bebia em uma boate enquanto via pessoas dançando e se divertindo, não saiu com ninguém, no m
Gustavo ficou de pé, mas ao se ver completamente nu, pegou o travesseiro para se esconder.— Laura, como chegou aqui?— Como assim? Saímos daquele bar juntos, você insistiu em me trazer para cá e de resto, bom... Olhe para nós, está óbvio o que fizemos.— Não Laura, ontem eu estava com a Estela. Eu dormi com a Estela! — Gustavo disse confuso, tinha resquícios de uma noite de amor, mas não era Laura em sua visão.Ela se levantou e passou os braços em volta do pescoço de Gustavo, sorriu com malícia enquanto se aproximava para beija-lo.— Meu amor, ontem foi ótimo! Confesso que não gostei de tê-lo me chamando de Estela, mas amei estar nos seus braços. — Laura tentou beija-lo, mas Gustavo virou o rosto. A culpa lhe atingiu, sentia-se culpado mesmo tendo terminado com Estela, mesmo ferido sentiu que traia seus ideais, que estava fazendo algo que nunca faria.Gustavo soltou o travesseiro para tirar os braços de Laura de seu pescoço.— Laura, saia daqui, se houve algo entre nós, isso foi um
— Pois eu aceito! Nós casamos o quanto antes e para todos os efeitos, esse filho é meu, por estamos apressando o casamento.Estela apenas balançou a cabeça concordando, deixou que Henri colocasse o anel em seu dedo. Ele se aproximou e tentou beija-la, mas Estela virou o rosto, aquilo já era demais para ela.— Champanhe! Vamos fazer uma festa, uma grande festa! — O pai disse, afinal, aquele casamento seria muito vantajoso na opinião dele.— Vou para o meu quarto... — Estela deixou os pais e o noivo comemorando. Não tinha motivos para isso.Depois de alguns minutos Henri partiu, o seu objetivo já havia sido conquistado.A mãe bateu no quarto, encontrou Estela chorando deitada, ela alisava a própria barriga pensando na desilusão com Gustavo.— Então fez a besteira de se deitar com aquele rapaz novamente? E ainda ficou grávida de novo? Não dá Estela, não dá, eu e seu pai não podemos resolver todos os seus. problemas, dessa vez não!Aquelas palavras magoaram e ao mesmo tempo acenderam uma l
Os preparativos do casamento de Estela não demoraram muito, pois ela queria estar casada antes que a barriga começasse a aparecer, se assim fizesse poderia dizer que o filho era de Henri um mês a mais ou menos passaria desapercebido.Naquela tarde Gabriela estava junto da amiga, as duas estavam se arrumando para o casamento, assim como a mãe de Estela, a mulher estava feliz, muito feliz por sinal, seu sorriso, suas atitudes deixavam isso claro.— Gabriela, quer um champanhe? Beba querida, beba... a Estela não pode beber, então vamos beber por ela. — A mãe dizia colocando mais champanhe na taça.A fala de Hilda chamou a atenção de Gabriela por qual motivo, Estela não poderia beber? El se virou para a amiga que tinha seus cabelos sendo cuidados por um famoso cabeleireiro. Tudo absolutamente todos os detalhes do casamento exalavam luxo e riqueza.— Estela, por que não pode beber? está doente? — Gabriela perguntou erguendo uma sobrancelha.Estela pensou em esconder, pensou em falar de um
Gustavo correu o maximo que pôde, tinha que impedir Estela de cometer o maior erro de sua vida, se casar com um homem que ela não amava.Ele pegou seu carro e saiu pelas ruas da cidade, o local do casamento era distante e não podia perder um minuto sequer.Ele estava há poucos quarteirões do local, a grande avenida era o seu último obstáculo até a igreja. Mas o tempo não estava ao seu favor. Um acidente bloqueava a passagem, e assim que notou que não sairia dali tão rápido outros carros já estavam parados atrás dele impedindo-o de seguir em frente.Gustavo buzinou e xingou, mas não adiantava, estava parado, travado no mesmo lugar.Uma ideia maluca passou por sua cabeça, ele pensou que era loucura, pois o endereço do casamento não estava tão perto assim, mas loucura maior era permitir que Estela se casasse com outro, então era melhor cometer essa loucura.Gustavo desceu do carro e começou a correr, correria como nunca em sua vida, correria até a exaustão, mas não permitiria que Estela