Luciane desligou o telefone tranquila, pensou que até o momento Gabriela ainda era a ingênua e não sabia quem ela era realmente.— Gabi, minha amiga, que bom que veio me ver! — Luciane disse com um sorriso falso e forçado.— Pode parar de teatro! Eu sei que nunca fomos amigas, na verdade, você dizia que eu não estava a altura do Fábio. Mentiu descaradamente, mas ainda não entendi, porque! — Gabriela não abaixou a cabeça, finalmente enfrentaria sua rival como igual.Luciane se levantou e ficou próxima a ela.— Pelo menos não tenho mais que fingir gostar de você, nunca mereceu o Fábio, ainda não sei o que ele vê em você, ele precisa de uma mulher a altura dele... Aquela sonsa da mãe da fedelha era outra idiota, mas não precisei intervir, morreu por ser seu destino, aí você aparece? Não querida, não é assim, eu já estava aqui, eu já esperava por ele, para consola-lo em minha cama, ele merece uma mulher...— Uma mulher como você? — Gabriela entendeu que havia ali um interesse, m
No dia seguinte Gustavo foi trabalhar, ele havia comprado um carro dias atrás, mas Gabriela se recusava a dirigir, lembrava do recente acidente ao volante, ela terminou de arrumar o que queria levar e chamou um carro por aplicativo.— Bom dia senhorita, posso iniciar a viagem?— Bom dia, pode sim. — Ela respondeu tranquila, sempre checava as informações do carro antes de entrar.Ela estava olhando pela janela, o trajeto parecia ainda maior devido ao trânsito e aos desvios que o motorista fazia.— Senhor, o caminho é esse mesmo?— Sim, estamos só fugindo do trânsito, chegaremos logo senhorita Gabriela.— Claro sem problemas. — Ela disse ainda desconfiada.Gabriela estava ficando assustada, o caminho era muito diferente do que ela costumava fazer. Ainda estava em uma parte movimentada da cidade.— Senhor, pode me deixar por aqui mesmo, vou comprar algumas coisas. — Ela não era boba, tantos desvios, não era comum, pensou em uma desculpa para se ver livre dali.— Senhorita
O julgamento durou horas, jornalistas se amontoaram na porta do tribunal exigindo declarações, foram ouvidos apenas os advogados e promotores, nenhuma testemunha esteve presente, no outro dia dariam continuidade ao processo.Gustavo foi pra casa e Gabriela foi com Fábio para casa dele. Chegaram e estava tudo quieto.— Meu bem, cadê a Fabi?— Ela ficará uns dias com a Marine, cuidar dela, da empresa, do processo e de você, está sendo difícil. A Marine como madrinha se ofereceu de bom grado... E é melhor para preservar a Fabi desse assunto.Gabriela pensou todo estresse que estava causando, não queria isso.— Meu bem, suba e tome um banho, vou fazer algo para comer.Fabio lhe deu um beijo e subiu, Gabriela prendeu o cabelo e foi ver o que tinha na geladeira. Ela sempre comprava coisas frescas para preparar, resolveu fazer alguns pedaços de frango grelhado, uma salada com croutons e ainda tinha um pouco do molho de pimenta, ela usou no frango, montou os pratos e abriu um vinho b
FuturoEles correram para a delegacia mais próxima, Fabio estava transtornado com a ideia do sequestro de Fabíola.— Senhor Diniz, quem poderia querer levá-la? Ou acha que foi algo aleatório atrás de dinheiro?— Eu não sei, apesar da minha vida empresarial nunca fui de fazer inimigos.— Fabio... — Gabriela disse baixo.— Oi Gabi.— O Otávio, ele lhe fez uma ameaça quando saímos do tribunal, será que... — Ela não queria pensar na possibilidade de uma vingança.— Mas ele está preso.— E se ele mandou alguém fazer isso?Eles encararam o investigador que estava em pé, o homem anotou a informação e pediu que eles fossem para casa. Se a pessoa quisesse dinheiro teriam que aguardar um contato.Dois policiais foram com eles e estavam a espera de notícias. Quando passaram pelos portões o segurança estranhou o carro da polícia que chegou junto com eles.— Senhor Diniz, me desculpe a intromissão, mas o que a polícia faz aqui?— Sérgio, a Fabi foi sequestrada, levaram a min
No dia seguinte Sérgio pegou Fabíola na escola mais cedo e ficou esperando Gabriela na entrada da faculdade, buzinou assim que ela surgiu com a amiga Estela ao lado.— Sérgio, eu ia pra minha casa agora, você vai me levar?— Não, você e a senhorita Fabi tem compromisso. — Ele disse e sorriu, a vida parecia entrar finalmente nos eixos.A menina abaixou o vidro, estava com o uniforme xadrez do colégio e óculos escuros, gostava de sentir grande, era uma adolescente já.— Vamos as compras mãe, a Estela pode vir também se quiser. — Disse Fabíola colocando os óculos na cabeça.— Mãe? — Estela repetiu questionando e encontrou um sorriso doce e derretido de Gabriela. Ser chamada de mãe, aquecia o seu coração.— Sim, já faz algum tempo, agora somos mãe e filha...— Vou amar ir com vocês! — Disse Estela.Elas entraram no carro, não sabiam para onde estavam indo.— Sérgio, vamos comprar o que?— Vou te deixar na loja e você vai perceber.Ele parou em frente a uma requintada loja
Gabriela cuidou de cada detalhe do casamento, as flores, a cerimônia ao ar livre e tudo mais que poderia querer, boa parte de tudo foi pago por Fabio, mas Gustavo agora era um empresário também, insistiu em contribuir com o casamento da irmã.Falta uma semana para o casamento e eles tinham a festa da editora. Gabriela propositalmente ficou em uma mesa com as meninas da recepção, foi um pedido de Fábio, depois ele daria um jeito de deixar Sérgio com Kátia. Eles sentaram e as meninas ficaram tímidas, o presidente da empresa na mesma mesa que duas recepcionistas e uma assistente, elas não esperavam por isso. Gabriela estava alegre, se balançava ao som da música.O lugar era uma boate animada reservada apenas para os funcionários do grupo Diniz.— Gabi, eu lembrei da festa do ano passado, todas as meninas ficaram comentando que o presidente estava aos beijos com uma funcionária que ninguém sabia quem era.— Kátia, que vergonha! Era eu mesma... Eu tinha vindo com o Gustavo...— Ele
Sérgio sentou na cama sem entender a ação de Kátia, pensou até que fosse uma brincadeira da parte dela.— É sério? Quer que eu simplesmente vá embora?— Gato, você é realmente muito gostoso, mas eu não deixo ninguém dormir aqui comigo, é segurança... Eu não te conheço. — Isso para ela era comum nunca repetia um homem nenhum, nunca passou a noite em sua casa. Ela gostava da liberdade.Katia nunca falou dos fingimentos, ela fingia chegar ao ápice do prazer para dispensar logo aqueles que ela julgava não saber agrada-la, gostou do fato de não precisar fingir com Sérgio ele realmente sabia dar prazer uma mulher, pensou por um segundo que poderia até repetir a dose.A resposta pareceu até razoável para ele, então Sérgio se vestiu e foi para casa, chegou um pouco depois das 3 da manhã, dormiu pouco e mal. Logo cedo estava na casa de Fábio para o seu turno.— Sérgio, dá um pulo aqui na cozinha. — Disse Fábio.Ele entrou na casa e Fábio estava pegando uma caneca com café, passou uma
— Por que está fazendo isso? Nunca vai conseguir nada com o Fábio sendo uma criminosa. — Gabriela gritou em desespero, seu coração parecia que iria saltar do peito de tão rápido que batia.— Não quero aquele idiota, vocês acabaram com a minha carreira, com a minha vida, eu aceitei uma proposta e vou lucrar o suficiente para seguir minha vida em outro país. — Esse era o pensamento de Luciane, iria recomeçar longe de todos que um dia a feriram.Elas chegaram até a entrada de uma floresta, o local parecia deserto, apenas árvores e uma pequena casa de madeira bem ao fundo.— Sai! Vamos entrar ali. — Disse Luciane abrindo a porta de trás do carro.— Não vou sair daqui!— Ah vai sim, ou eu te arrasto daí. — Essa frase veio de Otávio que abriu a porta do outro lado no banco de trás.— Como? — Gabriela perguntou assustada, pensava que o primo ainda estava na cadeia ou morto. Gelou pensando que aquilo só poderia ser um plano de vingança, um plano para destruí-la.— É priminha,