— Sério, como é que alguém consegue comer tudo isso sem engordar? Eu devo ter engordado meio kilo só experimentando tudo isso aqui. Liam sorriu ladino. — Está tudo tão delicioso. Vocês tem mãos de fada. — Nós agradecemos o elogio. — Porque não leva o restante? As crianças iriam gostar e poderiam experimentar antes do dia da festa. — Podemos? — Claro que sim. Liam quase riu quando viu os olhos verdes brilharem. — Pode ter certeza de que deixaram ela feliz. — Notamos. – Dizem juntas. — Você parece uma criança. — Tudo bem, eu aceito ser uma criança hoje. Liam soltou uma risada. — Tem certeza de que não quer experimentar mais um? — Eu passo. Mas você pode comer quantos quiser. Coma por mim. — Como se fosse necessário pedir. Ele riu novamente, vendo as mulheres a frente dele colocar os doces em uma caixa de papelão para que pudessem ser transportados. — Eu vou comer mais um. — Até irmos buscar os gêmeos, você já comeu metade dessa caixa. Mia o olhou, indign
— Vai ter que prometer que vai fazer um jantar para o meu pai. — Eu já faço o jantar todos os dias. Os pequenos sorriram. — É diferente, porque vai ser só você e o papai, Mia. – Natalie explicou, fazendo Mia se sobressaltar, quase que pulando da cadeira. — O que?! – Chamou a atenção de algumas pessoas, e corou ainda mais, sentando-se. – Que história maluca é essa? — É só um jantar. – Natalie diz, de forma divertida. — É, parece até que está indo pra forca. – Thomas completou. É exatamente isso que parece ser, já que a cada dia meu coração parece saltar de mim cada vez que estou sozinha com o pai de vocês, pensou, desesperada. — Meus amores, isso é bobagem. – Tentou. – Eu fiquei só dois dias fora, não foi como se eu tivesse deixado o pai de vocês sozinho por um mês. Além disso, ele também saiu. — Sim, com a cobra. – Murmurou a moreninha. — Mesmo assim, se tivesse ficado, ele não teria saído. — Thomy... — É só um jantar, Mia, por que foge tanto? – Provocou, gostando muito
Mia adentrou seu quarto, encontrando Natalie sobre sua cama mexendo na caixa onde haviam os convites de seu aniversário. Claro que isso a deixou curiosa. Ela havia escolhido junto ao irmão, então sabia como era, então o que tanto queria com eles? — Querida? A menina a olhou. — O que está fazendo? Ela voltou a olhar para os vários convites nos quais já se encontravam em cima da cama, onde ela jogou para procurar por um em especial. — Eu quero saber se tem o nome dela. — Dela? Dela quem, Naty? – Se aproximou, sentando-se de forma que pudesse ver seu rostinho. — Da... Kearney. Era assim que sua pequena vinha chamando Belle. Kearney. Antes “aquela menina”, depois, “múmia” e agora, “Kearney”. Ela continuava não gostando da outra criança, e o sentimento era recíproco. Havia tentado de tudo. Estava preocupada com aquela rivalidade. Elas se fuzilavam quando se encontravam, não cumprimentavam uma à outra e desde que houve a primeira “briga”, elas vinham brigando mais. Retrucavam uma à
— Ei, casal. Ambos fitaram Killian, um mais constrangido que o outro, ainda que um deles fizesse de tudo para não demonstrar. — Foi mal, não... casal. Lucca riu. — Umas maquinas bem maneiras acabaram de chegar. – O primo de Liam contou. – Vocês sabem onde vai ficar cada uma, ou... — Eu... vou até lá. E a rosada praticamente correu para longe dos “inconvenientes” como Liam dizia sempre; e como ele sentiu vontade de dizer e realmente o fez depois de ficar sozinho com ambos os “irmãos”. — Inconvenientes. Os outros dois não se importaram com as palavras do irmão. — É muito difícil não constranger a Mia? — Ora, mas eu só disse casal. O que há de mal nisso, irmão? — Há, que não somos um casal. — Ainda. – Ambos dizem, e Liam os fuzilou com os olhos. — Eles parecem um casal de verdade, não é? Lucca concordou. — Eu acho que ela está apaixonada por ele. — Impossível não perceber esse fato. — Ela estava corada. — Parecia um pimentão. — Os olhos dela brilham também. — E só
— Liam. Desviou os olhos de Mia e Natalie, e fitou a esposa do primo de uma delas. — Sua mãe está perguntando sobre o parabéns. — Vou chamar os gêmeos. Ela balançou a cabeça com um sorriso e saiu, avisando que falaria sobre com Ivy; quando ao Kavanagh, ele se afastou dos amigos e seguiu em direção á rosada, que continuava com Natalie em seus braços. — Essa é a melhor festa do mundo! Liam não pode deixar de sorrir — ladino — ao escutar a voz entusiasmada de sua garotinha. Era impossível não perceber o quanto ela estava feliz. Ou seu irmão, na verdade. Era a primeira festinha que eles convidavam crianças que não eram os amigos do condomínio ou os primos. Haviam muito mais crianças naquele ano. E a decoração, havia ficado realmente incrível. E sua filha estava encantadora com aquela roupa de sua heroína — que no começo, era uma vilã — preferida. Ela havia até mesmo colocado perucas brancas para ficar ainda mais parecida com a Killer Frost. — Eu fico feliz por ter gostado, amor.
Mia preparava tudo para que quando os gêmeos chegassem, estivesse tudo em seu devido lugar; arrumou o quarto de ambos, a sala, o lugar onde eles brincavam quando chovia, limpou o pó de tudo que era necessário e então seguiu para a cozinha para poder preparar o almoço. Havia decidido por macarrão de panela de pressão; colocou bastante frango e pedacinhos de bacon como eles gostavam. Não haveria salada, mas faria eles comerem algo mais saudável a noite, ainda que soubesse que eles provavelmente tentariam convencer ao pai de comerem uma pizza ou um hambúrguer. Naquele dia ela sentia-se um tanto temerosa com algo. Seu coração estava apertado, e apesar de ela não fazer ideia do motivo, ela sabia que algo ruim acabaria por acontecer. Ela sentia aquelas coisas. Sempre havia sido sensitiva. Aconteceu no dia em que perdeu sua mãe, aconteceu no dia em perdeu Aime, aconteceu no dia em que Samuel a abandonou, aconteceu tantas vezes que ela não conseguia contar nos dedos. E por isso havia passad
— Não se atreva a tocar nela. A rosada abriu os olhos, fitando ao moreno de olhos negros, assim como o ruivo a sua frente, que tinha uma impressão impassível no rosto. — O marido, acredito eu. Liam franziu o cenho, mas mesmo curioso, não questionou. — Não sei quem é você, mas se não der o fora daqui agora... – Se aproximou, se colocando a frente da babá de seus filhos. – Eu vou chamar a polícia. Samuel Callahan respirou fundo para então fitar a antiga parceira. — Isso não acabou, Mia. Não acabou. E então ele deixou a casa, andando a passos firmes até a saída. **--** **--** Liam não questionou, ainda que estivesse extremamente preocupado e curioso; apenas seguiu até a cozinha após acompanhá-la até o sofá de sua sala de TV e pegou um copo d’água, lhe entregando ao voltar, sentando-se a frente dela, na poltrona. Ele a esperaria se recuperar de tudo, em especial do choro; ainda que ela não estivesse fazendo som algum. As lágrimas continuavam a descer por seu rosto, como enxurr
— Sua filha, não é? Ela balançou a cabeça, deixando mais lágrimas descerem. — Minha filha. – Passou a mão no rosto novamente. – Eu descobri estar grávida no mesmo dia em que ele me deixou. E três meses depois... eu a perdi. Ele não se sentiu tão surpreso com aquelas palavras, já que havia desconfiado, mas ainda assim, sentiu seu peito apertar por imaginar a dor dela. — Ela era tudo que eu tinha. — Eu sinto muito. — Ele me culpa. – Contou, chorosa. – Me culpa por ela ter... Me culpa pelo que houve. Como posso ser a culpada? Eu cuidei dela com todo meu amor, eu fiz tudo para que ela fosse saudável. — Ele é um babaca. – Tocou o rosto dela, limpando as lágrimas que desciam. – Você não é culpada por nada. Tenho certeza de que fez tudo que pode por ela. E ele foi um canalha por te culpar pelo que aconteceu. Ele não tem direito algum, principalmente quando te abandonou, então não acredite nessas palavras. Nem por um segundo. Mia tremeu e fungou e quando deu por si, estava abraçand