— Bom, eu vou dormir. Amanhã tenho que ir até o buffet. Eles ligaram, disseram que... havia algo que precisavam tratar sobre a festa dos gêmeos. — Algum problema? – Se preocupou, afinal, faltavam apenas em dois meses. — É sobre os doces, pelo que entendi. — Vou com você. E tudo que ela fez foi balançar a cabeça, vendo-o se levantar. — Eu deixo os gêmeos na escola e te busco. — Eu vou com você levar os pequenos. Assim, de lá, podemos passar no buffet. Marquei às 8h30. E as crianças entras às 8h. — Tudo bem. Chegaram em frente a um dos quartos — no caso, o de Mia. — Boa noite. — Boa noite. E então, após vê-la adentrar, deu um longo suspiro antes de seguir para o próprio quarto, desejando ardentemente não ter mais nenhuma crise de ciúmes naquela noite ou pelos próximos dias. Minha vida virou de cabeça para baixo, ele pensou enquanto se deitava. **--** — Isso está delicioso. Liam apenas observava Mia degustar os doces a frente dela. Deles. Duas mulheres sorriam enqu
— Sério, como é que alguém consegue comer tudo isso sem engordar? Eu devo ter engordado meio kilo só experimentando tudo isso aqui. Liam sorriu ladino. — Está tudo tão delicioso. Vocês tem mãos de fada. — Nós agradecemos o elogio. — Porque não leva o restante? As crianças iriam gostar e poderiam experimentar antes do dia da festa. — Podemos? — Claro que sim. Liam quase riu quando viu os olhos verdes brilharem. — Pode ter certeza de que deixaram ela feliz. — Notamos. – Dizem juntas. — Você parece uma criança. — Tudo bem, eu aceito ser uma criança hoje. Liam soltou uma risada. — Tem certeza de que não quer experimentar mais um? — Eu passo. Mas você pode comer quantos quiser. Coma por mim. — Como se fosse necessário pedir. Ele riu novamente, vendo as mulheres a frente dele colocar os doces em uma caixa de papelão para que pudessem ser transportados. — Eu vou comer mais um. — Até irmos buscar os gêmeos, você já comeu metade dessa caixa. Mia o olhou, indign
— Vai ter que prometer que vai fazer um jantar para o meu pai. — Eu já faço o jantar todos os dias. Os pequenos sorriram. — É diferente, porque vai ser só você e o papai, Mia. – Natalie explicou, fazendo Mia se sobressaltar, quase que pulando da cadeira. — O que?! – Chamou a atenção de algumas pessoas, e corou ainda mais, sentando-se. – Que história maluca é essa? — É só um jantar. – Natalie diz, de forma divertida. — É, parece até que está indo pra forca. – Thomas completou. É exatamente isso que parece ser, já que a cada dia meu coração parece saltar de mim cada vez que estou sozinha com o pai de vocês, pensou, desesperada. — Meus amores, isso é bobagem. – Tentou. – Eu fiquei só dois dias fora, não foi como se eu tivesse deixado o pai de vocês sozinho por um mês. Além disso, ele também saiu. — Sim, com a cobra. – Murmurou a moreninha. — Mesmo assim, se tivesse ficado, ele não teria saído. — Thomy... — É só um jantar, Mia, por que foge tanto? – Provocou, gostando muito
Mia adentrou seu quarto, encontrando Natalie sobre sua cama mexendo na caixa onde haviam os convites de seu aniversário. Claro que isso a deixou curiosa. Ela havia escolhido junto ao irmão, então sabia como era, então o que tanto queria com eles? — Querida? A menina a olhou. — O que está fazendo? Ela voltou a olhar para os vários convites nos quais já se encontravam em cima da cama, onde ela jogou para procurar por um em especial. — Eu quero saber se tem o nome dela. — Dela? Dela quem, Naty? – Se aproximou, sentando-se de forma que pudesse ver seu rostinho. — Da... Kearney. Era assim que sua pequena vinha chamando Belle. Kearney. Antes “aquela menina”, depois, “múmia” e agora, “Kearney”. Ela continuava não gostando da outra criança, e o sentimento era recíproco. Havia tentado de tudo. Estava preocupada com aquela rivalidade. Elas se fuzilavam quando se encontravam, não cumprimentavam uma à outra e desde que houve a primeira “briga”, elas vinham brigando mais. Retrucavam uma à
— Ei, casal. Ambos fitaram Killian, um mais constrangido que o outro, ainda que um deles fizesse de tudo para não demonstrar. — Foi mal, não... casal. Lucca riu. — Umas maquinas bem maneiras acabaram de chegar. – O primo de Liam contou. – Vocês sabem onde vai ficar cada uma, ou... — Eu... vou até lá. E a rosada praticamente correu para longe dos “inconvenientes” como Liam dizia sempre; e como ele sentiu vontade de dizer e realmente o fez depois de ficar sozinho com ambos os “irmãos”. — Inconvenientes. Os outros dois não se importaram com as palavras do irmão. — É muito difícil não constranger a Mia? — Ora, mas eu só disse casal. O que há de mal nisso, irmão? — Há, que não somos um casal. — Ainda. – Ambos dizem, e Liam os fuzilou com os olhos. — Eles parecem um casal de verdade, não é? Lucca concordou. — Eu acho que ela está apaixonada por ele. — Impossível não perceber esse fato. — Ela estava corada. — Parecia um pimentão. — Os olhos dela brilham também. — E só
— Liam. Desviou os olhos de Mia e Natalie, e fitou a esposa do primo de uma delas. — Sua mãe está perguntando sobre o parabéns. — Vou chamar os gêmeos. Ela balançou a cabeça com um sorriso e saiu, avisando que falaria sobre com Ivy; quando ao Kavanagh, ele se afastou dos amigos e seguiu em direção á rosada, que continuava com Natalie em seus braços. — Essa é a melhor festa do mundo! Liam não pode deixar de sorrir — ladino — ao escutar a voz entusiasmada de sua garotinha. Era impossível não perceber o quanto ela estava feliz. Ou seu irmão, na verdade. Era a primeira festinha que eles convidavam crianças que não eram os amigos do condomínio ou os primos. Haviam muito mais crianças naquele ano. E a decoração, havia ficado realmente incrível. E sua filha estava encantadora com aquela roupa de sua heroína — que no começo, era uma vilã — preferida. Ela havia até mesmo colocado perucas brancas para ficar ainda mais parecida com a Killer Frost. — Eu fico feliz por ter gostado, amor.
Liam Kavanagh se encontrava no escritório da empresa de sua família, na qual comandava, mas diferente do que deveria estar fazendo, seus olhos se encontravam no porta-retrato a sua frente em cima de sua mesa; nela, uma fotografia de ambos seus filhos, juntos e abraçados. Com apenas vinte e três anos, o moreno de olhos ônix era pai de um casal de gêmeos. Apesar de ser muito cansativo, adorava passar as horas com eles ou mesmo apenas colocá-los para dormir, como fazia sempre. Ambos eram muito parecidos consigo, com a única exceção dos olhos, que eram verdes-oliva; a mesma cor dos olhos de sua mãe; se é que podia chamá-la dessa forma, já que a mulher por quem havia se afeiçoado durante a gravidez, havia os abandonado. Se lembrava como se fosse ontem do dia em que tudo começou. Havia terminado o colegial, e todos iriam comemorar na casa de um dos colegas de classe. Apesar de seus pais, em especial sua mãe, pedir para que ele não fosse, não os escutou. Sabendo que beberia, pediu para que
— Cara, eu estou morrendo de fome. — Isso não é nenhuma novidade. – Noah provocou o cunhado. — Vou te ignorar. — Ignore mesmo, temos que terminar isso. – Liam diz, apontando para os livros em cima da mesa. – Eu estou exausto e não estou reclamando. — Reclamou agora. Liam mostrou o dedo do meio rapidamente. — Lindo. – Shay debochou. – Quando vocês vão amadurecer? — Só porque é um ano mais velho que agente, e está namorando a irmã do Connor, não quer dizer que possa nos dar sermão. Os outros apoiaram o Kavanagh. — Mas não vamos falar sobre esse namoro, por favor, porque ainda não me acostumei. — Eu te entendo muito bem. – Noah diz após o ruivo, olhando para o amigo loiro. – Você não está dando suas escapadas, não, né? — Você sabe muito bem que eu nunca machucaria a Aurie. – Retrucou. — Não diga nunca, porque você já ficou com a Ruby uma vez, durante o namoro. — Eu estava bêbado! – Praticamente gritou. – Sacanagem, eu já expliquei isso, Noah. E eu nem tive culpa, aquela do