Natalie reclamou da presença de Belle e o pai o caminho inteiro até em casa. Ela estava realmente com implicância com a outra criança; pelo menos era o que Mia achava. Não havia motivos para a moreninha falar tanto mal da filha de seu mais novo amigo. A garotinha era um encanto, uma boneca de linda, e extremamente carinhosa, então por qual motivo sua pequena insistia em não gostar dela? Será que apenas ciúmes? Ou havia outro motivo que a fazia não gostar da menina? Mia até tentou saber, mas a menina só sabia reclamar e reclamar, tanto, que até mesmo seu irmão a chamou de exagerada. Surpreendentemente, Thomas havia cumprido com sua palavra sobre ajudar Belle na escola, pois ele havia contado a irmã sobre aquela ideia e se indignou. Mia tentou convencer sua garotinha de toda forma possível, teve a ajuda do irmão dela, falou que a menina poderia ser sua amiga, mas nada a fazia mudar de ideia. Nem mesmo por ela, a criança queria aceitar. E a rosada já não sabia mais o que fazer para que
Thomas tinha um sorriso nos lábios enquanto se vestia. Ele havia planejado algo incrível para se divertir. Aquele estava sendo um dia muito chato; não tinha nada para fazer, principalmente por estar chovendo muito e dando trovoadas. Era irritante não poder ir ao jardim e mais ainda não poder usar a piscina, algo que vinha fazendo muito quando aparecia aquele solzinho gostoso. Sua irmãzinha não tinha ideia de seu plano. Ele sabia que ela poderia dizer a sua babá preferida — vulgo, em breve mamãe — e por isso havia planejado tudo sozinho. Não era nada que pudesse machucá-la, claro, ou algo que a fizesse fugir dele e de sua família, afinal, era exatamente o contrário que ele desejava de agora em diante. Mas, ele não podia deixar de brincar com ela de vez enquando ou mesmo ser implicante, porque ele era Thomas Kavanagh. Pegou aquela máscara horripilante de cima de sua cama e colocou em seu rosto, dando uma risada só por imaginar o susto da Lafferty. Ele já havia planejado tudo certinho p
Liam e Mia estavam com uma lista em mãos e já dentro do carro afim de chegar a primeira parada do dia. Tudo havia sido organizado por Ivy. Ela apareceu com um sorriso enorme no rosto, e sem demoras, avisou que aquele seria o dia em que eles iriam começar a organização para a festa dos gêmeos. Claro que Liam foi pego totalmente de surpresa. Era seu dia de folga e não estava nos planos dele sair de casa — a não ser que as crianças desejassem muito. Ainda que tivesse tentado convencer a mãe de que iria outro dia — ainda naquela semana —, a mulher não aceitou. Teimosa como era, Liam não se surpreendeu com a insistência de sua amada mãe. Ela explicou tudo que precisariam fazer, deu números de telefones de buffet’s — alguns nos quais havia não só o bolo e os doces, como também os salgados e a decoração de mesa junto aos brinquedos que seriam espalhados pelo jardim da mansão naquele dia especial de seus netos. E ambos escutaram com atenção, ainda que estivessem tremendo na base por ter de pa
— Vai ligar para quem? — Minha cunhada. – Colocou no viva-voz, escutando chamar duas vezes. – Allison. — Olá, cunhado. Se divertindo? O outro franziu o cenho. — Por que eu acho que você sabe onde estou? — Porque eu sei. — Hum. Bom, o que quero saber... Nos aniversários anteriores, quem encheu aquelas caixinhas que ficavam em cima da mesa do bolo? — Sua mãe. Novamente franziu o cenho. — Oi? — Ela disse que distrai ela. – Diz rindo. – Por que? — Porque a Mia acabou de ver as regras aqui do pessoal da decoração... – A fitou, vendo-a balançar a cabeça. – E eles entregam tudo, mas quem preenche as caixinhas não são eles. Ou seja..., eu preciso de alguém que faça isso. — E você quer que eu pergunte para sua mãe se ela fará isso esse ano também? — Não mesmo. Eu quero um número de telefone de alguém que faça isso por nós. — Bom..., conheço uma pessoa que está precisando de trabalho. Acho que ela aceita fazer isso. Pagando bem, como ela mesmo diz. – Riu. — Ótimo. Fale com
— Eu fico feliz pelos gêmeos não passarem por nenhum problema na escola. Por não ter ninguém que implique com eles ou que os humilhe. — Até onde eu sei, eles se dão bem com a grande parte da turma deles. São amigos de quase todos, se enturmam fácil. Os professores dizem que são ótimas crianças. — Sim, me disseram o mesmo na reunião de pais. Disseram que são inteligentes demais e que deveriam pular um ano. — E o que você acha? — Fiquei pensativo sobre isso. Orgulhoso, mas pensativo. Eu não os quero separados dos amigos. Eu cresci com Ryan e Connor, você sabe. E eles me fizeram um bem danado na época da escola. — Bem, se é essa a sua opinião, então deixe como está. – Deu de ombros. – Eu também tive a oportunidade de pular uma turma. — Bom, me disseram que sempre foi muito inteligente. Mia ficou curiosa: quem havia contado a ele? — Mas por que não pulou? — Eu não queria ficar sem meus amigos. E Liam sorriu. — Minha mãe entendeu e deixou como estava. O silêncio reinou por
— Andrew e Ezra interviram. — Ezra? O pai do Connor? — Ele mesmo. Por pouco seu pai e seu tio não levaram uma suspensão. — Então isso foi na escola? — Nosso último ano. Quase perto da formatura. – Suspirou. – Sua mãe já estava apaixonada por seu pai. Encantada com tudo que ele dizia, que ele dava a ela... Ele notava tudo de novo nela. E de repente, ela estava terminando tudo com Oscar. Ele aceitou, por ela, claro. Aceitou porque sabia que nenhum dos dois seriam felizes se realmente se casassem. — E então ela se casou com meu pai. — E desde então não a vi mais. Ela saiu em lua-de-mel... e nunca mais a vi. O silêncio reinou. Por vários e vários minutos. E Ivy, mesmo preocupada com a mulher a frente dela, achou melhor não dizer uma palavra. Podia imaginar o que a moça estaria pensando, o que se passava em sua cabeça. Ela mesma pensou várias coisas na época, e se preocupou. Então se ela, a amiga, pensou e se preocupou, imagina a filha. — Meu coração aperta toda vez que penso em
A rosada então se apressou para chegar logo a enfermaria, ainda que apenas o rapaz soubesse onde era. Adentrou primeiro, extremamente preocupada. E então seus olhos encontraram a garotinha de cabelos negros sobre uma maca; em seus lábios um biquinho, mas Mia não se focou nisso; estava mais interessada em saber como ela estava. — Meu amor, como você está? — Mia. A mais velha a olhou de cima a baixo, encontrando algumas partes de seu corpo — incluindo ambos os joelhos — ralados. — Está doendo muito? — Um pouquinho só. — Me conta como isso aconteceu. E então a menina fitou a outra que estava em outra maca, com seu pai preocupado frente a ela; ele tocava o rosto infantil. — Ela é uma desastrada. Mia fitou a filha de seu “amigo”, vendo-a fitar sua garotinha, com uma carranca. — A desastrada é você. — Você me derrubou. — Você estava na minha frente. — Meninas, não precisam brigar. – Mia pediu, toda carinhosa. Ambas fizeram um biquinho. — Belle, você empurrou sua amiga? — Nã
Mia já havia estado ali, e ainda assim, sempre se impressionava com a grandiosidade daquela empresa. Deveria ter uns trinta andares. Poderia estar muito exagerada, mas parecia, pela forma como era alta. Percebeu que estava enganada quando adentrou o elevador — mas só após passar por um segurança alto e forte. Havia dez andares, e o andar no qual seguiria ao lado dos gêmeos era o penúltimo. Ao que tudo indicava o último era para reuniões; pelo menos ela pensava que sim. As crianças falavam sobre como o pai era importante e como todos o respeitavam naquela empresa. Podia ter certeza disso, afinal, ele era o CEO; comandava tudo e todos; era natural que ele fosse respeitado. E conhecendo-o como o conhecia, não acreditava que era por ele ser carrasco. Pelo menos não achava que esse fosse o motivo. Respirou fundo ao encontrar a secretária a poucos passos de si após as portas do elevador se abrir. Olhou atentamente; observadora como era, não conseguia deixar de fitar a moça atentamente; el