Liam e Mia estavam com uma lista em mãos e já dentro do carro afim de chegar a primeira parada do dia. Tudo havia sido organizado por Ivy. Ela apareceu com um sorriso enorme no rosto, e sem demoras, avisou que aquele seria o dia em que eles iriam começar a organização para a festa dos gêmeos. Claro que Liam foi pego totalmente de surpresa. Era seu dia de folga e não estava nos planos dele sair de casa — a não ser que as crianças desejassem muito. Ainda que tivesse tentado convencer a mãe de que iria outro dia — ainda naquela semana —, a mulher não aceitou. Teimosa como era, Liam não se surpreendeu com a insistência de sua amada mãe. Ela explicou tudo que precisariam fazer, deu números de telefones de buffet’s — alguns nos quais havia não só o bolo e os doces, como também os salgados e a decoração de mesa junto aos brinquedos que seriam espalhados pelo jardim da mansão naquele dia especial de seus netos. E ambos escutaram com atenção, ainda que estivessem tremendo na base por ter de pa
— Vai ligar para quem? — Minha cunhada. – Colocou no viva-voz, escutando chamar duas vezes. – Allison. — Olá, cunhado. Se divertindo? O outro franziu o cenho. — Por que eu acho que você sabe onde estou? — Porque eu sei. — Hum. Bom, o que quero saber... Nos aniversários anteriores, quem encheu aquelas caixinhas que ficavam em cima da mesa do bolo? — Sua mãe. Novamente franziu o cenho. — Oi? — Ela disse que distrai ela. – Diz rindo. – Por que? — Porque a Mia acabou de ver as regras aqui do pessoal da decoração... – A fitou, vendo-a balançar a cabeça. – E eles entregam tudo, mas quem preenche as caixinhas não são eles. Ou seja..., eu preciso de alguém que faça isso. — E você quer que eu pergunte para sua mãe se ela fará isso esse ano também? — Não mesmo. Eu quero um número de telefone de alguém que faça isso por nós. — Bom..., conheço uma pessoa que está precisando de trabalho. Acho que ela aceita fazer isso. Pagando bem, como ela mesmo diz. – Riu. — Ótimo. Fale com
— Eu fico feliz pelos gêmeos não passarem por nenhum problema na escola. Por não ter ninguém que implique com eles ou que os humilhe. — Até onde eu sei, eles se dão bem com a grande parte da turma deles. São amigos de quase todos, se enturmam fácil. Os professores dizem que são ótimas crianças. — Sim, me disseram o mesmo na reunião de pais. Disseram que são inteligentes demais e que deveriam pular um ano. — E o que você acha? — Fiquei pensativo sobre isso. Orgulhoso, mas pensativo. Eu não os quero separados dos amigos. Eu cresci com Ryan e Connor, você sabe. E eles me fizeram um bem danado na época da escola. — Bem, se é essa a sua opinião, então deixe como está. – Deu de ombros. – Eu também tive a oportunidade de pular uma turma. — Bom, me disseram que sempre foi muito inteligente. Mia ficou curiosa: quem havia contado a ele? — Mas por que não pulou? — Eu não queria ficar sem meus amigos. E Liam sorriu. — Minha mãe entendeu e deixou como estava. O silêncio reinou por
— Andrew e Ezra interviram. — Ezra? O pai do Connor? — Ele mesmo. Por pouco seu pai e seu tio não levaram uma suspensão. — Então isso foi na escola? — Nosso último ano. Quase perto da formatura. – Suspirou. – Sua mãe já estava apaixonada por seu pai. Encantada com tudo que ele dizia, que ele dava a ela... Ele notava tudo de novo nela. E de repente, ela estava terminando tudo com Oscar. Ele aceitou, por ela, claro. Aceitou porque sabia que nenhum dos dois seriam felizes se realmente se casassem. — E então ela se casou com meu pai. — E desde então não a vi mais. Ela saiu em lua-de-mel... e nunca mais a vi. O silêncio reinou. Por vários e vários minutos. E Ivy, mesmo preocupada com a mulher a frente dela, achou melhor não dizer uma palavra. Podia imaginar o que a moça estaria pensando, o que se passava em sua cabeça. Ela mesma pensou várias coisas na época, e se preocupou. Então se ela, a amiga, pensou e se preocupou, imagina a filha. — Meu coração aperta toda vez que penso em
A rosada então se apressou para chegar logo a enfermaria, ainda que apenas o rapaz soubesse onde era. Adentrou primeiro, extremamente preocupada. E então seus olhos encontraram a garotinha de cabelos negros sobre uma maca; em seus lábios um biquinho, mas Mia não se focou nisso; estava mais interessada em saber como ela estava. — Meu amor, como você está? — Mia. A mais velha a olhou de cima a baixo, encontrando algumas partes de seu corpo — incluindo ambos os joelhos — ralados. — Está doendo muito? — Um pouquinho só. — Me conta como isso aconteceu. E então a menina fitou a outra que estava em outra maca, com seu pai preocupado frente a ela; ele tocava o rosto infantil. — Ela é uma desastrada. Mia fitou a filha de seu “amigo”, vendo-a fitar sua garotinha, com uma carranca. — A desastrada é você. — Você me derrubou. — Você estava na minha frente. — Meninas, não precisam brigar. – Mia pediu, toda carinhosa. Ambas fizeram um biquinho. — Belle, você empurrou sua amiga? — Nã
Mia já havia estado ali, e ainda assim, sempre se impressionava com a grandiosidade daquela empresa. Deveria ter uns trinta andares. Poderia estar muito exagerada, mas parecia, pela forma como era alta. Percebeu que estava enganada quando adentrou o elevador — mas só após passar por um segurança alto e forte. Havia dez andares, e o andar no qual seguiria ao lado dos gêmeos era o penúltimo. Ao que tudo indicava o último era para reuniões; pelo menos ela pensava que sim. As crianças falavam sobre como o pai era importante e como todos o respeitavam naquela empresa. Podia ter certeza disso, afinal, ele era o CEO; comandava tudo e todos; era natural que ele fosse respeitado. E conhecendo-o como o conhecia, não acreditava que era por ele ser carrasco. Pelo menos não achava que esse fosse o motivo. Respirou fundo ao encontrar a secretária a poucos passos de si após as portas do elevador se abrir. Olhou atentamente; observadora como era, não conseguia deixar de fitar a moça atentamente; el
— Eu não queria causar problemas. — Como você é boa samaritana. — Thomas! – O pai repreendeu, ainda que tivesse segurado uma risada por conta de suas palavras. – Onde é que está aprendendo isso? O menino não respondeu. — Bem..., eu já estou indo embora, podemos ir juntos. — Mesmo? – Ambos perguntaram, e o pai confirmou, balançando a cabeça. — Oh, acabei de me lembrar... Os Kavanagh fitaram a rosada. — Não temos nada para o jantar. — Podemos pedir comida. — Ou... – Deu um sorriso. – Podemos ir ao mercado. Imediatamente Liam franziu o cenho. — O que acham, crianças? — Seria legal..., não é, irmão? O menino olhou para o pai e para a babá preferida e sorriu. — Vai ser como... – Levou a mão ao queixo, representando. – Um momento em família... – Viu ambos os adultos se assustarem, e ele gostou muito da reação de ambos. – Certo? Liam pigarreou, fitando Mia, que desviou os olhos no mesmo instante em que seus olhos se encontraram, constrangida. — Nós nunca fomos ao mercado,
Mia se divertia com o humor — ou seria mal humor — de Liam enquanto passavam por algumas sessões do mercado. Já era o terceiro, por conta das crianças. O problema dele era a quantidade de gente dentro dele, se incomodava bastante; ele não conseguia entender como um lugar podia estar tão cheio, principalmente sendo na metade da semana. Para a rosada, não era tanta, mas para o moreno, que gostava de lugares mais tranquilos, sem tantas pessoas em volta e principalmente o falatório, não estava sendo nada suportável. E ela sabia que ele só estava ali ainda porque seus filhos pareciam se divertir passando em todas aquelas sessões que só tinha bobagens. Desde que Mia começou a trabalhar para ele, eram raros os dias em que eles comiam salgadinhos ou biscoitos, ainda que tivesse o sorvete quase todos os dias, e por isso ele deixaria os pequenos escolherem o que quisessem naquele para levar para casa. Iria pedir para que Mia o ajudasse a controlar os dias daquelas bobagens todas, mas claro qu