Chelsea
Valerie estava no restaurante esperando por mim. Eram quase duas da tarde. — Ah, finalmente! — Ela disse. Eu me aproximei. — Desculpa… tive que ficar por mais tempo. O sr. Scott e a governanta conversaram um pouco comigo. — Valerie assentiu. — Além disso, o trânsito estava péssimo. Não sei se consigo enfrentar isso todos os dias. — Connecticut é realmente longe, mas não tão longe. — Disse Valerie. — Eu não tenho dinheiro. Não posso gastar com isso. — Eu disse, acomodando-me à mesa. — Além disso, você sabe que odeio carros. Ela riu. — O sr. Malas de Dinheiro sabe bem disso. Eu a encarei com um olhar mortal. Por um instante, me perguntei se eu devia ou não contar a ela sobre a minha descoberta mais recente. O cara de um milhão de dólares era ninguém mais ninguém menos que o meu novo chefe! — O sr. Scott e o sr. Malas de Dinheiro são a mesma pessoa. O garçom entregou um prato de massa a Valerie. Eu pedi o mesmo. Os olhos de Valerie quase pularam para fora das órbitas assim que lhe disse. — Como?! — Sim. Ele é. — Eu disse. — E quer saber? Ele é muito mais babaca do que parecia. Precisava ver como me olhava… era como se me enxergasse como uma garotinha. — Ele tem filhos? — Trixie e Matty. — Eu disse. — Oh, Deus! — Brody Scott — eu disse, fingindo vomitar. — Eu deveria ter recusado seu emprego. — Brody Scott? — Ela franziu a testa. — O nome dele é Brody Scott? — Bom, eu não sei… eu só sei o seu sobrenome. — Oh, Deus, Chelsea! — Valerie deu risada, jogando a cabeça para trás. Os cabelos avermelhados roçaram nos ombros. — Você é tão inocente! — O quer dizer? Eu a encarei sem entender muito bem o que queria dizer. Valerie se recuperou, pegou o celular, inclinou-se na minha direção e procurou alguma coisa. O garçom voltou e entregou o meu pedido. — Este é Brody Scott — ela disse, virando a tela do celular para mim. — O astro pornô do momento. Todas as garotas são enlouquecidas por ele. — Os olhos de Valerie eram enormes e ela cobria a parte de cima da tela para que ninguém visse. — Dizem que toda mulher que ele toca, goza. — O quê? Está brincando? Não. Ela não estava brincando. Eu cliquei numa das fotos. Era mesmo Brody. Ele tinha os mesmos olhos verdes, o mesmo queixo quadrado, a mesma barba por fazer e os mesmos cabelos castanhos. Oh, Deus… e que corpo! Além disso, seu…Pênis…Era enorme. Minhas bochechas coraram. Ardiam tanto que achei que havia levado um tapa. Um calor incomum me invadiu, erguendo-se por entre as minhas coxas e explodindo em minha barriga. Minha pele também ardia, e o coração acelerara. Oh, Deus… Esse era o mesmo homem… Com quem eu iria trabalhar… — Oh, Chelsea! — Ela disse, despertando-me. — Como conseguiu? O que aconteceu? Já contou a Shawn? Ele não vai gostar nada disso. Minha mente estava confusa. Era muito para pensar. Brody Scott era o babaca do trânsito, o meu chefe, e agora, um astro pornô? Minha garganta estava seca. — O que vai fazer, Chelsea? Como aquilo simplesmente poderia acontecer? Quais as chances? — Eu não sei, Valerie, eu não sei. Eu voltei a encarar a foto dele. Será que seria esse o motivo? Ele não queria se mostrar por vergonha? Mas eu sabia quem ele era… Oh, Céus! Eu sabia! O que seria de mim agora? Eu cliquei na foto e fui levada à uma entrevista num site. " Isso aconteceu naturalmente. Quando percebi, era tarde demais. Eu nunca pensei ser assim. Nunca imaginei ser o homem que é desejado pelas mulheres. Isso simplesmente aconteceu" disse ele num trecho. " O prazer sempre fez parte da minha vida. Principalmente porque me privei disso por muito tempo. Quando quis me entregar a esse mundo, entrei de cabeça, e aqui estou eu". — Parece que ele gosta do que faz — Valerie disse. — Eu já assisti a alguns vídeos dele. Chelsea…Esse é mesmo o seu novo chefe? — Perguntou ela. Eu franzi a testa. Nem eu mesma sabia. Era? Era loucura! "Eu quero ajudar as pessoas a sentirem o que o prazer pode proporcionar, tanto sexualmente quanto romanticamente. Ele move o mundo, e é uma das principais diferenças que temos dos animais. Sexo é divino, não infame". Afirmou. "Eu ainda sou o mesmo Brody e sempre irei ser o mesmo Brody, porém todos me conhecem como Brody, o bruto fodedor de bocetas. "Eu desliguei o celular e o coloquei sobre a mesa. Comecei a massagear as têmporas. — Como eu poderei? Ele será o meu chefe...E ele disse coisas sobre mim… A forma como me olhou mais cedo… — eu disse. — Isso é loucura. Valerie pegou as minhas mãos. — Chelsea, você precisa desse emprego. Além do mais, você disse que ele não irá ficar em casa por muito tempo. Por algum motivo, os malditos músculos entre as minhas pernas pulsavam. Só de pensar que iria ficar no quarto ao lado do seu, todo o meu corpo estremecia. Ele era um astro pornô. A droga de um astro pornô! A verdade me atingia em ondas periódicas, e cada onda era como uma enxurrada. Meu cérebro doía. — Eu não posso simplesmente recusar. Saber o que ele é não influenciará em nada. Os filhos dele não merecem, e sinceramente, isso é só o emprego dele. Ele poderia ser qualquer coisa. Eu nunca iria saber… mas não quer dizer que seja tão ruim. Eu sou a babá dos filhos dele. — E ele é lindo. — É o meu chefe. — Isso não é argumento. Eu sabia que não era, mesmo assim, admitir aquilo a mim mesma aliviava um pouco o peso que a m*****a verdade tinha sobre mim. Eu era só uma babá. Ele com certeza tinha mulheres mais lindas que estavam dispostas a fazer qualquer coisa.— Até pode ser, mas eu nunca me deixaria envolver por ele. Brody Scott não passava de uma personalidade alternativa do Brody Scott que conheci mais cedo. Era só um homem, enquanto o outro era pai, e ele nunca faria isso. Eu nunca faria isso. Mas então… quando fechava os olhos, lembrava daqueles malditos olhos verdes, e o maldito rosto lindo. Não, Chelsea! Ele é o seu chefe.BrodyAva passou a mão pela minha barriga e sorriu, então sentou-se na beirada da cama e mostrou-me as costas nuas.O câmera man se aproximou, e ela ergueu-se enquanto eu acariciava o meu pau gozado.Havíamos acabado de gravar uma cena, e lá estava Grace, nos olhando do outro lado do estúdio. Kevin jogou uma toalha para mim.— Limpe-se. — Ordenou. Eu acenei com a cabeça e o diretor fez menção de que as gravações tinham sido perfeitas. Ava virou para mim, os bicos arrebitados dos seios me diziam olá.— Grace me disse que quer quebrar o contrato? Pode me dizer o que está acontecendo? — Ela cruzou os braços à frente do peito e eu franzi o cenho, sentando-me na cama. Limpei minhas coxas e barriga. Joguei a toalha para Ava, e Kevin trouxe nossos roupões. — Brody, você sabe…Se for embora, não demorará muito para que Grace me destrua. Só estou aqui por sua causa.Era verdade, eu sabia que sim. Ava, há dois anos, não passava de uma mulher comu
BrodyEstava chovendo muito.Parecia que o clima decidira ser tão impiedoso quanto taciturno. Eu peguei Trixie na escola e a levei para casa. Graças ao temporal que surgira praticamente do nada, eu estava atrasado. Trixie disse que não conseguia ligar para Chelsea, e que estava preocupada com ela. Lutando contra minha própria raiva, eu decidi que seria certo procurar por ela.Eu tive que acessar os dados de Chelsea para saber como me comunicar com ela; primeiro, liguei para a sua amiga, Valerie, depois, fui ao apartamento. Nada. Ela havia sumido misteriosamente de uma hora para outra. Eu não entendia por que o fulgor de preocupação me inundara, e não entendia toda a minha agitação.Valerie me contou que foram buscar Henry, o amigo de infância de Chelsea, no aeroporto, e que não era para demorar tanto. Eles voltaram para o apartamento, e em seguida, Chelsea saiu, dizendo que tinha que voltar para Connecticut.Eu suponha que sua bateria havia mor
ChelseaBrody me levou para o seu apartamento. Quando chegamos ao seu prédio, quase não acreditei que estava mesmo ali.Oh, Deus… ele era tão gentil.Nada como o homem que conheci no meio do trânsito.Ele me conduziu até o elevador depois de cumprimentar o porteiro. Chegamos a um apartamento luxuoso num prédio no meio da Park Avenue.— Entre — ele disse, abrindo a porta. — Vou ligar para Danna. Assim poderei saber como as crianças estão e avisar sobre o que aconteceu.Eu assenti.Entrei depois dele.— Sente-se, por favor. Vou pegar uma toalha. — Eu andei até um sofá no meio da grande sala de conceito aberto.O lugar todo era muito bonito: branco, com alguns detalhes em cinza e metal; os móveis pareciam ter sido planejados, feitos sob medida para cada cantinho. A vista era glamurosa e deslumbrante, nada que eu havia visto antes poderia ser comparado.Brody se dirigiu na direção do quarto, e volt
BrodyEu não conseguia dormir.Todas as vezes que fechava os olhos, vislumbrava minha doce babá.Eu imaginava seus lindos seios, os mamilos bicando o maldito tecido de seu vestidinho.Me imaginava rasgando-o e reivindicando sua pureza...oh, sim… eu a tomaria em meus braços e faria daquela doce menina a minha mulher. Eu sou sujo por pensar isso dela. Ela logicamente não havia passado por muitos momentos como esse, e logicamente não tinha estado a sós com um homem por muito tempo. Shawn nunca a tocou, e eles eram namorados. Ela não devia saber o que fazer o que fazer a um homem e, não sabia que tinha tanto poder sexual. Isso me deixava tão duro.Isso me deixava louco.Se comporte, Brody.Eu pensei melhor sobre o que aconteceu mais cedo. Eu não sabia se seria melhor dizer a Valerie sobre o que aconteceu, ou simplesmente ignorar. Chelsea nunca diria, e Shawn poderia tentar alguma coisa de novo.Oh, Deus…
ChelseaMinhas bochechas ainda estavam vermelhas.Meu corpo ainda ardia.Oh, Deus…Eu tinha que me controlar.Cada vez que as mãos de Brody reivindicavam meus braços, o toque suave de seus dedos, eu sentia uma espécie diferente de excitação. Mesmo depois de ter dito que aquilo não devia acontecer — que mesmo que se sentisse atraído por mim não iria ceder —, meu corpo se manteve obediente a seus toques, respondendo prontamente à cada roçada, a cada olhar e a cada palavra.— Parece que está bem melhor agora — ele disse. Eu engoli a saliva e deixei o ar que prendia no fundo da garganta escapar. Meus músculos estavam tensos e todo o meu corpo estava enrijecido graças a Brody. Ele olhou para mim e pousou a gaze dentro da caixinha metálica de primeiros socorros. — Não foi um corte profundo. — Observou ele.Eu assenti.— Devia ter mais cuidado. Eu já a salvei mais vezes do que posso contar. — Ele sorriu.Eu senti o
Brody— Decida de uma vez. — Disse Grace. — Não tenho o dia todo, se quer saber. — Ela levantou de sua cadeira de couro chique e alisou a saia lápis vermelha.Eu sempre me perguntava como ela foi parar ali. Grace não parecia ser uma mulher que gostasse disso tudo; ela era elegante, jovem, bonita e tinha um gosto muito refinado para passar seus dias caçando por paus e bocetas.Eu ainda estava sentado à frente de sua mesa enorme de mogno.— Três meses. — Eu disse. Eu apoiei a mão no queixo. — Eu já disse. É o que eu posso fazer. Três meses. Eu não vou cobrar nada se deixar o contrato encerrar em três meses. — Ela passou por mim e andou até a mesinha de canto. Grace serviu-se de uísque com gelo. — Eu não posso continuar com essa merda.Grace me chamou para uma conversa assim que cheguei no set de filmagens. Eu não costumava ficar ali todos os dias, mas sempre havia algo para se fazer.— Sabe qual é o seu problema, Brody? — Perguntou ela.
ChelseaEra sábado, e Danna havia me contado que a mãe de Jenna, a avó das crianças, iria fazer sua visita semanal. Danna pediu para que eu levasse as crianças para tomar sorvete. Katherine nunca vinha à casa porque, segundo ela, trazia recordações demais de sua filha.Eu não fazia ideia de como poderia lidar com Katherine, e não fazia ideia de como lidar com toda a situação. Eu fiz o que Danna pediu e levei as crianças num passeio. Eu marquei numa sorveteria perto do parque que uma amiga babá me indicou. Há uma semana eu começara a tomar conta de Trixie e Matty. Os dois eram divinos. Trixie era um pouco energética, mas Matty era um doce. Ele gostava de brincar e amava quando eu cantava para ele antes de dormir.— Parece que as crianças gostaram de você — Katherine disse. Eu assenti e mergulhei a colher no sorvete de creme e morango. — Mas o que eu deveria esperar? Olhe só para você, minha jovem. — Trixie olhou para ela, os lábios lambuzados de sorvete de
ChelseaEu havia levado uma pequena mala de roupas para a casa de Brody. Quando eu e as crianças voltamos, Danna pediu para que eu trouxesse minhas malas. Brody, eu e as crianças havíamos nos adaptado bem uns aos outros, e não havia motivos para que eu ainda não estivesse lá definitivamente.Eu fui ao apartamento de Valerie depois de ela me garantir que Shawn não estava lá.Eu fiz uma mala com algumas roupas.— Vou sentir a sua falta — Valerie disse, encostando-se à porta do quarto. Eu sorri e balancei a cabeça lentamente. — parece que faz tanto tempo… — eu parei de dobrar as roupas e bati com a mão ao meu lado na cama. Valerie se aproximou.— Onde está Henry?— Bem aqui. — Ele disse, colocando a cabeça para dentro do quarto. — Valerie me disse que iria se mudar. Eu não acredito que vai nos abandonar. Eu mal cheguei… — ele disse, e eu ergui os cantos dos lábios.Eu mal consegui conversar com ele, mesmo tendo chegado há m