Perto do início das aulas, faltando duas semanas, a Emiliana teve uma inesperada visita. Ela nem imaginava que um dia veria aquele homem de novo. -Como é que é possível?-pensou. O homem vinha na sua direção, com um sorriso surpreso. Ele ficava dizendo, enquanto caminhava -Emiliana... Emiliana... Querida Emiliana.-Querida?-pensou-Voce é um cão idiota.-disse a si mesma no íntimo. Ele não tinha o direito de de a chama dessa forma. Ele me abandonou e nem sequer me despediu. Ela lá vem ele, fingindo não tem acontecido nada. A Emiliana não podia destratá-lo, pois nunca mais o vira e ser desnatural com ele seria desospitalidade e maldoso, principalmente porque ela estava dentro do seu local de trabalho, onde havia um público que não se importava em espalhar informações sobre qualquer movimento. Nem se importavam em aumento um ponto a qualquer assunto. Por isso, a Emiliana decidiu fingir que tudo estava bem, por isso, ela sorria para desfalsar o ódio que tinha por ele.-Como tens estado?-perguntou, sentado no balcão e fixando a atenção nas palavras da Emiliana.- Estou bem. E tu?-perguntou.Ele disse que estava bem e que tinha voltado para cuidar da mãe que estava doente. Eles conversaram por minutos, porém, pouco depois, chegou um cliente e enquanto a Emiliana saía do balcão para atendê-lo, ele fez uma pergunta que deixou a Emiliana constrangida e chorona no íntimo.-A tua irmã já apareceu?-perguntou.Realmente, ele não tinha como saber se a irmã dele aparecerá, pois ele estava a três anos fora de Angola, desde os 17 anos.A Emiliana fingiu não ouvir, mas ela ouviu muito e esperava que ele não repetisse a pergunta. Porém, ele repetiu. Mas dessa vez alguns lá na Hambúrgaria ouviram a pergunta. - Emiliana, tens uma irmã? Disseste que só tens um irmão!-disseram alguns clientes, que já eram frequentes na Hambúrgaria. - Eu...hum...bem...-gaguejava a Emiliana. Ela ficou a olhar naquele jovem e nas pessoas que estavam a espera da sua resposta. Ela não sabia o que dizer. - Bem, acho que isso não é importante!-disse enquanto se virou para atender o cliente.Após anotar o pedido do cliente, ela se virou e as pessoas não lhe parecem dar atenção. Mas, ela ainda sentia a sensação de lhe estarem a observar, as pessoas falavam com voz baixa, murmurando. A Emiliana ficou muito mal sentida quando percebeu que as pessoas faziam comentários.-O que ela esconde?-ouviu-lhes dizer enquanto passava.Depois de atender os clientes, ela ficou parada no balcão. Ela estava chateada -Porque vieste aqui? Só para me perguntar isso?- ela dizia repetidamente, muito chateada. Ela parecia uma garrafa de Coca Cola agitada. Por um pouco, ela explodiu. -Epá... Desculpe aí! Eu só quero saber da sua irmã!-disse ele,com uma voz baixa e abaixado no balcão para tentar acalmar o estresse dela. -Cala a tua boca e vai embora!- respondeu a Emiliana. Ela ficou estressada!Mas, ela pediu um favor. -Me faz um favor!-disse ela, olhando os olhos dele com atenção. -Sim!-respondeu.- Vou responder a tua pergunta e, depois, vai embora e nunca mais volte, por favor!-disse a Emiliana, com uma voz meio que grave. Ele não teve opção, ele sabia que quando a Emiliana põe aquela voz, só significa que aquela seria única opção. -Emiliana, por favor!- suplicou. -Nico, eu odeio você e não te quero ver nunca mais!-falou a ele com um voz ameaçadora.O Nico era alguém especial para a Emiliana até que, a cinco anos atrás, ele se foi embora sem se despedir dela. Ele era o grande amor da Emiliana, foi ele quem a deu o primeiro beijo e ele foi o único que a Emiliana deixou tocar nela com romantismo. A Emiliana amava-la de coração e sonhava ter uma família com ele.Então, um dia, a Emiliana foi até a casa do Nico, ela queria dar a ele um presente por ele ter aprovado. Quando ela chega ao portão da casa dele, a irmã do Nico gritava para a Emiliana -O Nico foi embora! Já não vive aqui!A Emiliana ficou na dúvida e achou que fosse brincadeira, por isso, ela decide chegar até a casa. Ela batia, batia até que a vieram atender. De repente, ela vê a mãe do Nico -O que você quer?-disse ela, com voz ríspida e desnaturada. - Vim ter com o Nico- respondeu a Emiliana, feliz e com respeito. -Então não sabes, né!?-ria com desdém. A Emiliana não entendeu porque ela se ria. Ela começou a se sentir mal e com desconforto, porém, ela achou que fosse mais uma das suas proscrições contra os sentimentos dela com o Nico. Por isso, ela pergunta novamente -O que está?-Não está. Pensei que ele te despediu!-disse a mãe do Nico. -Como assim? Onde ele foi?-Perguntou a Emiliana.-Ele...bem...ele foi a Portugal para fazer a Universidade.Nesse instante, o terror tomou conta da Emiliana. -Como assim? Porque...porque...mas... quê?-perguntou a Emiliana. Ela não conseguia acreditar nela, não podia ser verdade. -Mas ele...eu disse que vinha e ele...ele me disse para vir.-dizia.A mãe do Nico tentava explicar a ele porque ele tinha de ir. Nesse instante, a mãe da Emiliana liga para a Emiliana -Onde estás? Vem para casa agora!
A Emiliana foi-se embora. Durante o caminho ela ficou imaginando nos momentos que passou junto com o Nico -Como ele foi capaz? Me deixou...nem disse Tchau!
A Emiliana ficou muito triste e amargurada. Ela trancou o seu coração.
-Bem, o que você me fez foi demais e para mim é triste lembrar. Por isso, não te quero ver de novo.-dizia a Emiliana com tristeza e desprazer. - A minha irmã não apareceu e...bem, acho que não vai voltar.-dizia.
O Nico ouviu a Emiliana, ela parecia angustiada, mas, ela já não o confiava. Ela, poucos minutos depois, pediu que ele se fosse embora -Ele nem sequer me pediu desculpas!-pensou a Emiliana. -Por favor, vai embora!-disse a ele -E já não me procure mais!- disse a ele enquanto se levantava da cadeira e se virava. Ele nem sequer disse nada, só se virou e foi-se.Aquele dia foi muito estranho para ela, pois, num momento ela estava bem. Noutro ela viu o seu grande antigo amor e desilusão que ela teve. Depois, a Emiliana teve de ir enfrentar grande resmungou da sua mãe. Ela sempre a chateava.Enquanto a Emiliana estava a se preparar para o início das aulas, ela estava preocupada com as aulas - Como será esse ano? -pensava. Enquanto ela estava nesse pensamento agonizante, um cliente que não era novo chegou.-Bem, ela está sozinha. Essa é a minha chance!-pensou. Ele se endireitou e ficou andando em direção ao balcão, onde estava a Emiliana apoiada sobre o balcão usando o telefone. Ela estava sorrindo, vendo as fotos dos seus colegas nas redes sociais. -Eles tiveram umas férias espamtosas!-pensou. Porém, quando levanta os olhos, ela vê aquele homem. -Meu Deus! Esse chato de novo!-ficou olhando, com um olhar aborrecido.-Olá, boa tarde.- cumprimentou.-Boa tarde sim. O que vai querer?-disse a ele, bom um falso sorriso. -Ela está feliz por me ver-pensou o homem. -Bem-continuou-eu vou querer um...-pensava em voz alta -O que me sugeres fofinha?-Te sugiro a comprar tudo!-disse ela, com sorriso maldoso.-Se você quer comer, escolha pai!-dizia, de forma mal
Por volta das 10 horas do dia seguinte, a Emiliana estava na cama, deitada, imaginando como poderia ser encontrar a sua irmã. -Seria ótimo!-pensava-vou ter alguém para chamar de mana!Do nada, ela começou a pensar no que tinha visto na casa da Edna, ela levantou-se e foi até ao quarto da sua mãe, pois a lembrança deixava-a perturbada, assustada.Enquanto caminhava entre o corredor dos quartos, de repente, ela entra no da sua mãe. Então, ela vê fotos espalhadas no chão.-O que houve aqui?-pensou. Realmente, o quarto estava péssimo. Parecia que fora revirado, porém, quando pega em algumas fotos, ela percebe que as fotos, que eram antigas, foram todas amassadas.-Meu Deus! Mas...-pensava ela em voz alta, olhando e pegando as fotos, cada uma-Mas, porque...-mesmo antes de terminar o seu raciocínio, sua mãe gira a maçaneta da porta com o telefone nos ouvidos, falando com alguém. Sem saber onde se esconder, pois não quis chatear a sua mãe, ela pôs
Já haviam se passado semanas desde que a Emiliana começou as aulas. Na escola nada era novo:os colegas continuavam chatos e cruéis e os professores sempre bom as suas manias e obrigações, o que mudou só foi a classe. Esse era o último ano, haveria tanto para se fazer.-A carteira médica, o estágio e a a defesa final-pensava a Emiliana, enquanto estava no táxi de volta para casa.A EMILIANA DIZ:Em uma sexta, dia 22, eu estava na rua, caminhando até a minha escola. Daí, minha mãe me ligou e falou que eu tinha de chegar cedo para a festa. "Pois é,", pensava eu. "lá vem mais uma festa de loucos!"Era uma festa incomum. Tudo mudou quando minha irmã, a primogénita, desapareceu a 16 anos atrás, quando ela tinha 3 anos. Tudo o que sei é que eu estava no ventre da minha mãe e, que, minha mãe perdeu de vista minha irmã quando foi dar luz a mim.E nunca me conta muita coisa sobre aquela época. Ela está sempre a repe
Após a festa ninguém queria sair, todos passaram o dia juntos.No dia seguinte a Emiliana tinha de ir a escola e de tarde ir atender na Hambúrgaria, pois as férias já haviam terminado. Ela decidiu descansar para recuperar as as forças. Mas os seus planos são desfeitos.Enquanto assistem, naquele Domingo, o telefone da Emiliana toca.- Quem será, nesse Domingo?, dizia a Emiliana a si mesma enquanto ia a correr até seu quarto pegar o telefone. Quando chega, a chamada já tinha-se perdido. Então, ela pede o telefone do pai e liga para aquele número.- Alô, Mara, tudo bem?, disse a Emiliana.- Txê... Ó senhora onde estás? Estou a tua espera pá!, disse a Marinela, aos gritos e desatenta enquanto falava por outrem, que estavam com ela lá onde estava.- A espera p'ra quê?, pergunta a Emiliana, curiosa e confus
Elas atravessaram a estrada, antentas, olhando antes nos dois lados, e, no momento oportuno, foram ao outro lado e chegaram ao portão do condomínio Vida Pacífica.- Boa tarde moças!, cumprimentou um dos dois seguranças. Eles não nos podia deixar entrar assim, do nada!- Boa tarde sim, viemos ter com a Edna, na rua 16, edifício 4.-respondeu a Marinela, com precisão e pressa.- Vocês vieram ter com a Edna, a filha do tio Felgueira?-perguntou o segurança, pegando no seu rádio e dando um sinal nos outros seguranças. Parece que ele a conhecia mesmo bem. -Como te chamas?- questionou o outro segurança.- Meu nome é Marinela Felgueira, sou a irmã da Edna. Porque tantas perguntas? Normalmente eu entro sem autoriza&cced
A noite foi longa e agradável. Visto que foram abandonadas na porta da casa da Emiliana, então, elas dormiram lá, na casa da Emiliana.De manhã, quando o galo da casa da Emiliana cantava, a Edna já estava em pé, abordando a Marinela para se irem embora, pois, tinham de ir arrumar a casa, onde teve a festa, e, ao meio dia, ir a escola.- Vai só! Me deixe em paz! Eu disse-te que não te ia ajudar!- dizia a Marinela, acomodada debaixo do cobertor e cobrindo-se com a almofada na cabeça. A Edna puxava a almofada, mas a Marinela sempre se cobria.- Calem as bocas!- gritou a Emiliana, revolvida no cobertor azulado, com o seu casado de lã rosa.-Se decidem, mas não façam barulho!Por volta das 10 horas, a Emiliana se levantou e foi fazer o matabicho. Seu irmão estava na escola, levado pela sua
Por volta das 10 horas do dia seguinte, a Emiliana estava na cama, deitada, imaginando como poderia ser encontrar a sua irmã. -Seria ótimo!-pensava-vou ter alguém para chamar de mana!Do nada, ela começou a pensar no que tinha visto na casa da Edna, ela levantou-se e foi até ao quarto da sua mãe, pois a lembrança deixava-a perturbada, assustada.Enquanto caminhava entre o corredor dos quartos, de repente, ela entra no da sua mãe. Então, ela vê fotos espalhadas no chão.-O que houve aqui?-pensou. Realmente, o quarto estava péssimo. Parecia que fora revirado, porém, quando pega em algumas fotos, ela percebe que as fotos, que eram antigas, foram todas amassadas.-Meu Deus! Mas...-pensava ela em voz alta, olhando e pegando as fotos, cada uma-Mas, porque...-mesmo antes de terminar o seu raciocínio, sua mãe gira a maçaneta d
Já se havia passado dois dias e a Emiliana estava preocupada o insucesso das investigações. Eles poderiam ser expulsos.-Quê faremos agora?-perguntou a Emiliana, muito preocupada com o seu futuro. -Ó que diria a minha mãe? E o meu?-pensava, amedrontada com as respostas dos seus pensamentos. Ela não sabia o que fazer.-Bem,-dizia o professor Kudissadila-Ja que a cantina foi roubada na hora das aulas, então, tem de ser alguém que não estava na sala de aula!-concluiu.A Emiliana ficou meio pensativa -Então quer dizer que...-dizia entrecortadamente -Teria de ser alguém que saiu para ir ao banheiro-concluiu.-Até porque o banheiro é perto da cantina, no corredor a curva direita.-acrescentou o professor.Eles concluíram que se calhar alguém que ia ao banheiro viu a cantina aberta e foi para lá, aproveitando roubar sem ninguém o ver. Por isso, para descobrir quem terá sido, eles perguntaram aos professores quem terá saído para o banheiro naquele dia