Uma Presa Indefesa

Thales

Encarei a madeira escura ainda sem conseguir raciocinar direito. O que foi tudo isso?

— Aurora, abra a porta — pedi.

— Vai embora ou vou chamar a polícia!! — Foi sua única resposta.

Respirei fundo tentando recuperar a calma. Inacreditável. Foi ela quem começou, se ofereceu, me atacou. Como ela pôde me jogar para fora desse jeito? O que ela está pensando?

E eu? Onde foi parar meu juízo?

— Ah, que se foda!

Saí a passos duros, não ia ficar me humilhando depois de levar um pé na bunda. Poderia ter outra mulher quando quisesse, uma normal que começa e termina; e principalmente, uma que não me enfeitiçasse daquela maneira. Agora eu estava com frio e com as bolas doendo e pior, minha ereção não queria diminuir. Aquela sensação inquietante continuava.

— Que porra!

Entrei no carro assustando Diego.

— Thales? — Engasgou-se com a bebida que estava tomando no pequeno cantil e tossiu algumas vezes. Eu tomei o objeto de sua mão dando grandes goladas, a bebida desceu queimando. — O que diabo
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