ThalesDitei o ritmo daquele beijo como desejei desde a última vez. Ela agarrou minha camisa grossa, talvez tentasse rasgar como antes, no entanto, ela era surpreendente. Com um único movimento ela me abraçou com as pernas, sustentei seu peso e senti um enorme prazer por tê-la tão bem encaixada, tão entregue.Explorei sua boca de maneira calma, queria saboreá-la. Suas mãos agarraram meus cabelos e rasparam em minha nuca, arrepiando-me. Encostei-a nas grades empilhadas e cheia de garrafas que se moviam causando o choque entre os vidros. O beijo mais intenso estava me enlouquecendo novamente. Nossas línguas disputavam por domínio, ela era insaciável e naquele momento, eu também.— Por que você me domina dessa forma? Por que não consigo parar? — perguntei assim que afastei meus lábios dos seus.Desci meus beijos para seu pescoço sentindo seu calor, ela tinha as mãos nas minhas costas e apertava com força assim como suas pernas. Empurrei minha ereção em seu centro a fazendo arfar, ela g
Aurora— Eu preciso ir. — Desviei o olhar para frente e puxei minha mão. Por mais que eu sentisse aquele desejo insano por ele, não achava justo trazê-lo para essa loucura. Na verdade, estava com medo dele me rejeitar quando soubesse. Certamente, ele não vai aguentar a realidade de estar com uma mulher que não é normal, que vira um animal. E, eu o entendo, acho que no seu lugar, faria o mesmo. Ele está sendo gentil e quer me conhecer, fazer coisas normais… Como eu poderia fazer coisas normais se agora mesmo estou me segurando para não atacá-lo novamente? Como eu poderia ser normal se quero mordê-lo tanto que minha gengiva chega a doer? Como poderia… se eu sinto aquela febre que nunca passa?Eu não tenho nada além de incertezas para oferecer a ele. Mas sua voz me acalma tanto, seu toque…— Tem certeza que está bem? Eu posso te acompanhar até em casa. — Não. Não quero ocupar mais do seu tempo.— Eu decido o que fazer do meu tempo, Aurora. Abri a boca, mas sua expressão séria me fez
Aurora— Estou tão feliz em te conhecer, Aurora, você é tão linda, assim como sua loba.Olhei para minha mãe e ela estava séria.— Aurora, essa é Adelya, a pessoa que te falei.— Muito prazer em conhecê-la — Adelya disse com um sorriso gentil.Não sabia como agir, não me sentia bem diante de estranhos, no entanto, Adelya parecia diferente.— Oi. Minha mãe falou ao seu respeito.— Não fiquem aí na porta, sentem-se. — Minha mãe disse e voltou a se sentar.Esperei que a visita se sentasse e me acomodei perto de minha mãe. Adelya era exuberante e parecia ter a por volta dos quarenta anos, estava vestida com um longo xale com bordados coloridos que pareciam indígenas, talvez fosse originária desses povos.— Eu vejo que as coisas estão indo bem. — Ela começou e achei estranho. — A aura em sua volta está intensa, é o sinal que está bem próximo do despertar.— O que você sabe sobre isso? — perguntei.— Eu sei o que meu povo conta, sei o que foi me passado de gerações em gerações. Sei o que s
AuroraAdelya foi embora na promessa que me ajudaria quando chegasse a hora. Fiquei em silêncio por um longo tempo remoendo aquelas palavras. Eu não tinha razões para duvidar, na próxima lua cheia, eu seria uma loba. Quando chamaram-me para jantar, apenas fui. Não tinha fome, mas sentei à mesa e belisquei a comida, era como se não tivesse gosto. Minha mãe também não estava bem, mas ela se esforçava por mim e isso era tão desgastante.No fim daquele jantar que mais parecia um velório, arrumei a cozinha para que ela descansasse e quando terminei, sentei na sala e olhei o telefone na mesinha ao lado. Será que ele realmente ligaria? Queria ouvir sua voz.Como será que ele vai reagir se souber?Talvez eu não devesse contar, eu poderia manter segredo, mas era provável que não conseguisse levar uma relação normal, agora mesmo, estava febril e com dor nas articulações, já não me incomodava tanto, me acostumei a sentir dor.O telefone tocou e meu coração disparou, me apressei em atender.— Al
AuroraAlguém chorava e me chamava, parecia minha mãe, mas estava escuro e frio, eu não conseguia levantar.“Ainda está fraca”Virei em direção daquela voz e me assustei. Era a face pouco iluminada de um lobo, os olhos amarelos eram vivos e brilhantes. Eu senti medo.“Eu sei que tem medo. — A voz ecoou na minha cabeça. — E é por isso que está fraca”A loba levantou e veio até mim, só então vi nitidamente sua aparência, era grande de pelos vermelhos. Ela lembrava a mim.“É claro, eu sou você e você sou eu.”Não, eu não sou um animal. Eu não quero…Sua lufada quente bateu em meu rosto, ela rosnou baixo e quando expôs seus dentes grossos e longos. Senti sua fúria.“Não me negue! Você pertence a mim. Olhe ao redor, não há para onde correr. Mesmo que corra, não conseguirá fugir de mim, porque somos uma só.”Ela desapareceu e de repente me vi diante de um espelho. Apenas um lado do meu rosto estava iluminado. Meus cabelos estavam revoltos e os olhos amarelos, mesmo o que estava sob a escuri
Thales— Tente se acalmar — pedi a ela, mas eu também estava nervoso. — Vou ligar para Rubens, vamos organizar uma equipe de buscas.— Não, não envolva ninguém. Eles não podem saber.— Janete, o que realmente está acontecendo?— Não temos tempo agora, por favor, ajude-me a achá-la — suplicou. — Depois eu explico o que está acontecendo, mas por…— Tudo bem — interrompi. — Mas se eu não encontrá-la nas próximas horas, vou reunir um grupo de buscas, você querendo ou não. — Muito obrigada.A deixei na sala e voltei ao quarto. Abri o armário e puxei uma calça com proteção para um frio mais intenso, a vesti por cima da que já estava usando. O que diabos está acontecendo? Por que não pode envolver outras pessoas? E que crise é essa?Não sabia nada sobre Aurora, mas esperava conhecê-la aos poucos e entrar na sua vida de maneira natural, mas sendo sincero, nossa aproximação nunca foi comum. Eu me sentia apenas arrastado por essa atração louca. Depois de bem agasalhado, joguei um casaco lon
Thales— Apenas me avise, por favor. E não a deixe sair, nem ninguém vê-la.— Ok. — Pelo visto não iria arrancar nada dela naquele momento. — Logo pela manhã estarei aí, obrigada por cuidar dela.Janete desligou a chamada sem esperar resposta, ela parecia cansada demais. Ao menos sentia o alívio por Aurora estar bem e em segurança na minha casa.Voltei para o quarto. O que ela queria dizer com mudanças no corpo?Claro que havia algo errado com o seu corpo, afinal, ninguém suporta ficar daquele jeito na neve, no entanto, sua face tranquila me dizia o contrário.Busquei uma muda de roupas confortáveis e saí do quarto, eu não tinha um colchão extra e se eu dormisse no quarto de Rubens poderia não ver se ela saísse, então não me restava outra coisa a não ser o tapete da sala. Voltei ao banheiro e ainda estava manchado de sangue, o que restou de sua roupa estava jogada em um canto. Estiquei o tecido, mas todas as explicações iam contra o corpo intacto dela. Bem, ela rasgou minha camisa g
ThalesAurora grunhiu alto, apertou minhas mãos e a beijei mais uma vez enquanto meu pau entrava cada vez mais em seu canal quente. Soltei suas mãos e suas unhas afiadas romperam a pele das minhas costas no momento que a penetrei mais, indo até o limite possível, sendo esmagado por seu aperto. — Meu… marque-me com teu cheiro, com tua semente.Gemi e em submissão, tirei o suficiente para estocar com força. Meus desejos, meus sentimentos… tudo estava preso a ela. Eu sentia essa conexão inexplicável e insana. Um desejo de possuir, mas principalmente de ser possuído pelo seu domínio.Era instintivo, carnal. Minha cabeça apenas sucumbia àquele prazer louco, meu corpo se movendo rápido… Desde o primeiro encontro não tive dúvidas, ela era intensa demais, sem freios, guiada apenas pelo instinto, quando olhava para Aurora, eu via uma fera.Alguém que eu não seria capaz de domar.Ou, talvez eu não quisesse.Suas unhas afiadas passaram suavemente por minhas costas, me arrepiando por inteiro. T