ThalesA coleira de ferro foi jogada dentro da jaula e a peguei calmamente antes de travar no meu pescoço, a tranca elétrica se armou, emitindo um ruído baixo. Em silêncio, andei até a porta daquela jaula. Antes que abrissem, coloquei as mãos na abertura maior para que as algemas fossem colocadas e quando a porta foi aberta, deitei voluntariamente na maca onde me prenderam. A focinheira foi encaixada.Logo a maca foi empurrada para dentro e apenas observei o teto. Eu tinha que aproveitar a força momentânea, mesmo que o lobo estivesse furioso, ainda podia sentir seu poder. Ele entendia meu plano, mas sua fúria em vê-la daquele jeito não o deixava aceitar. Eu precisava esperar pelo momento certo, não era tão simples sair. Além disso, Rubens estava perto e não estava sozinho. Eu sabia que ele não ia ficar de braços cruzados, ele nunca fica. Carmem não parece saber que o perdeu de vista. O grande elevador desceu devagar e contei os andares, não dava para colocar abaixo, seria suicídio,
AuroraAs luzes vermelhas piscavam e a água caía de vários pontos do teto, algo tinha acontecido na superfície e isso causou um tremor, mas antes, eu já tinha decidido me mover. Thales estava pronto, eu podia sentir, ele iria me caçar, como um macho faminto por sua fêmea. A água ajudava a limpar o sangue do meu corpo, o alarme soando alto irritava até as profundezas do meu ser, fazia meus dentes rangerem, mas eu não tinha tempo para me preocupar com isso. Apressada, subi as escadas de emergência, havia um desconforto em meu corpo. Calor. Minha forma de lobisomem não era tão veloz, mas tinha força, eu não podia ser enterrada nesse lugar, não merecíamos morrer aqui. Antes de chegar ao próximo andar, parei por um momento, estava excitada e era bom. Então era assim estar no cio? Um prazer doloroso…Sorri.Apurei meus sentidos, porém, antes que desse mais um passo a porta foi aberta, o tiro veio antes que eu pudesse reagir. Não sei se fui atingida, mas no momento seguinte, minhas garras
ThalesO domínio de Aurora fez meu corpo tremer através do seu grito, eu parei muito próximo daqueles dois homens, havia corrido cegamente por isso não percebi.— Rubens. — Thales, meu Deus — Abraçou-me e respirei fundo, acalmando-me. — Achei que nunca o encontraria.Meus músculos relaxaram e o olhei quando se afastou, ele estava bem. Sua roupa volumosa com colete e equipamentos de segurança quase não me deixavam vê-lo direito. Fiquei feliz em revê-lo e agradecido por sua ajuda, mas aborrecido por ter sido interrompido.— Desculpe e obrigado pela ajuda. — Eu não podia deixá-lo. Que bom que estão bem. Olhei o homem atrás dele e percebi seu olhar para Aurora que já estava ao meu lado. Rosnei e ele se assustou, mas Aurora apertou meu braço. Eu devia me conter.— Vamos sair daqui. — Rubens manteve sua atenção em mim. — A estrutura desse lugar foi comprometida e conseguimos encurralar ela em um dos níveis, mas agora a pouco, perdemos o contato com a equipe. — A raiva subiu em mim e fech
ThalesO carro perdeu o controle e saiu da estrada descendo o barranco, ele bateu em uma árvore e seus ocupantes rapidamente saíram. As armas foram apontadas e agilmente, avançamos, eram apenas dois e Carmem. Ela correu, mas Aurora pulou sobre ela.As patas de Aurora sobre seu peito não a deixava se mover, a boca cheia de dentes afiados estava próximo só seu rosto, mas Carmem não demonstrava medo, ela parecia apenas fascinada.Aurora rosnou forte, salivando por cima de seu rosto, mostrando seu domínio e Carmem ousou. Ela alisou os pelos do rosto da loba antes de ter seu pescoço mordido. Eu fiquei longe, deixando que Aurora terminasse com aquilo. A loba permaneceu com a boca travada sobre o pescoço fino de Carmem. Ouvi sua dor com satisfação e frieza de um predador, eu não sentia nada em ver a loba matando aquele ser. Racionalmente era errado e cruel, mas os animais não matam por prazer, é uma questão de sobrevivência e por hora, não poderíamos contar com justiça.Aurora se afastou e
AuroraSenti sua fome, nosso vínculo se fortalecendo.Farejei o ar e apurei minha audição, ele estava perto, mas não tinha pressa.Voltei a correr na direção que escolhi, as folhas úmidas farfalhavam sob minhas patas, mas ainda assim, era bastante silencioso. Thales estava saboreando aquela caçada, me deixando mais ansiosa, desejosa. Eu tinha orgulho dele, ao contrário de mim que neguei no início, Thales abraçou seu lobo, o aceitou e criou uma forte conexão desde o ínicio, ele obteve a sabedoria, as memórias. Nosso vínculo era forte, no entanto, ainda não estava completo, eu o marquei, mas ele não. O cio fazia a energia vibrar em meu corpo, ele desencadeou isso quando o vi novamente, quando senti seu lobo forte como não imaginei que estaria. Eu tinha pressa e necessidade, ainda assim, era nosso instinto ser conquistada, fazê-lo se esforçar. Brincar.Percebi ela na minha direita e desviei a tempo, o lobo negro passou a me perrsegui de perto e senti toda a euforia da loba. Ele mordeu
Aurora— Thales… — Gemi em meio ao prazer que aumentava. Ele estava sendo duro e quando atingiu aquele ponto, senti que não suportaria nem mais um minuto. Puxei Thales, exigindo. Ele cobriu minha boca para engolir meus gemidos quando me desmanchei sobre seu pau que diminuiu o ritmo para saborear meu gozo, meu tremor em volta dele. — Porra… — Thales xingou em um murmúrio sôfrego ao deixar minha boca. Seus olhos estavam escuros novamente provando sua força e domínio sobre o lobo. — Você sempre me deixou louco, mas isso está longe de acabar, amor. Ofeguei quando ele deu uma estocada bruta antes de sair e me virar. Thales me colocou de quatro e estocou novamente, tão forte como antes. Eu estava sensível, mas o prazer era quente, doloroso e bom. Precisava de mais.— Mais… — exigi.Thales me deu exatamente o que pedi. Seu domínio me rodeou, suas mãos me mantendo firme. Eu estava molhada e suja de terra, mas meu corpo estava terrivelmente quente, atordoante. — Exija, fêmea, eu lhe darei.
AuroraDias depois…O carro parou na frente da minha casa e quando saí, minha mãe passou pela porta e veio até mim quase correndo. Eu a abracei, sentindo o alívio de vê-la novamente. — Aurora… — Seu choro foi de alívio e saudades, eu me emocionei junto. — Mãe, senti sua falta. — Cheirei sua roupa e me senti em casa.— Deixe-me vê-la. — Ela se afastou e conferiu meu rosto, sorrindo entre lágrimas. — Estou bem, mãe. Vamos entrar, está frio aqui fora.Thales parou do meu lado segurando uma mochila que era nossa pequena bagagem. Mamãe também o abraçou e Thales foi gentil em retribuir. A viagem tinha sido longa, mas não estava muito cansada. Nós entramos em casa e Thales tomou a liberdade de ir para a cozinha e preparar um chá. Na sala, sentei ao lado dela. Alisei sua mão um pouco fria e agradeci por ter voltado, sendo sincera, teve momentos que achei que não a veria mais nessa vida.— Fiquei tão desesperada, pensei que nunca mais a veria, filha. Aquelas pessoas…— Já passou, mãe. Estou
Thales— Não quero ir, mas preciso. — Cheirei seu pescoço e Aurora suspirou.— Vamos nos ver depois. — Seus dedos deslizaram mais uma vez por entre meus cabelos. — Não quer ir comigo? — perguntei esperançoso ao roçar meus lábios em sua orelha, Aurora gemeu manhosamente.— Quero, inclusive, tirar minha roupa e montar em você.— O que? — Quase engasguei e olhei para ela. — Agora? — Seria bom, mas prometi à mamãe que jantaria com ela e você precisa ir ao bar. — Não fica dizendo essas coisas assim, meu pau está sempre em alerta, agora mesmo, está duro.— Então aguente. — Sorriu, sapeca.— Aguentar? — Enchi a mão com seus cabelos e apertei, inclinando sua cabeça para trás. — Não pode estar falando sério, fêmea. — O rosnado baixo vibrou em minha garganta.— Quando me chama assim, fico ainda mais molhada. — Sua voz saiu manhosa e arrastada.— Por Deus, Aurora, você me põe louco.— Então vá logo.Suspirei, aborrecido. Aurora não tinha pena do meu pau dolorido, ela me provocava o tempo to