Marcela e Nascimento saíram do aeroporto, em Tegucigalpa, capital de Honduras. Ganimedes Fonseca, o engenheiro responsável pelas obras das casas da fundação Hermann, os aguardava.- Bem vindos, amigos.- Obrigado, Ganimedes. Apollo pediu que nos aguardasse no aeroporto. Isso nos tranquiliza.Disse Nascimento, após se apresentar ao engenheiro.- Sim. É um prazer recebê-los. Apollo falou que a sua esposa têm ótimas idéias.- Verdade. Estamos ansiosos em conhecer o canteiro de obras.- Os levarei ao hotel, Nascimento. Retornarei em duas horas e iremos até os locais das casas.- Perfeito. Desde já, muito obrigado.- Estamos no mesmo projeto, com os mesmos objetivos.Johansson e Estela já estavam instalados num hotel cinco estrelas, em Kingston, Jamaica.- Seu quarto tem um vista linda, senhora Estela.- Verdade. Apollo e Humberto certamente pesquisaram esse hotel, onde os melhores quartos estão no décimo oitavo andar, perto da cobertura. A visão é magnífica.- Você é privilegiada. Meu qua
Violeta se aninhou nos braços de Endrigo. As ondas batiam na pedra mas somente a espuma delas tocavam os pés dos dois jovens.- Você veio trazer alegria a ilha.- A ilha ou a você?- A mim também. Passo horas com a paciente, falando sobre a carreira, os shows, as músicas, viagens e amores dela. Ela é muito divertida e simpática.- Parece que se estabeleceu um vínculo entre vocês duas.- De fato, Endrigo. Ela tem o olhar de alguém que sofreu demais. Decidi seguí-la e a servir, sem cobrar nada.- Que gesto nobre. Sabia que a paciente bateu a cabeça e assumiu outra personalidade?- Desconfiava disso. O doutor falou com o capitão, que nos trouxe para cuidar dela. Recebemos uma quantia volumosa e juramos manter segredo de tudo. É um grande mistério. Fui orientada a trabalhar e não fazer perguntas.- Creio que você já é de confiança do capitão e da doutora chefe.- Sou mas não ao ponto de saber a identidade da paciente, além de outras coisas. Não fará diferença na minha decisão.- Eu conheç
Endrigo abriu os olhos. Violeta estava nua, nos braços dele e sobre a pedra, a beira mar.- Violeta. Acorde.- Eu dormi?- Não só você. Também apaguei.Ele pegou o relógio sobre as roupas e o sapato.- Temos que voltar. Por um momento achei que estava em casa, na vinícola. Essa brisa, o barulho do mar e o seu carinho me entorpeceram.- Eu digo o mesmo. Nunca dormi tão gostoso, sabia?Ele a beijou. As carícias recomeçaram e eles se amaram novamente. Umaa hora depois, eles chegaram a casa da ilha. Damiana conversava com Angelita. Violeta ficou para trás, mantendo uma certa distância do rapaz. Endrigo a esperou.- Ficou louco, me abraçando?- Não há motivos para esconder que a gente se gosta. Pra que esconder?Ela sorriu.- Certo. Somos adultos.- Bem adultos, por sinal. A menos que não queira namorar comigo.- Lógico que quero. - Eu também quero. Temos química e me sinto bem com você.Damiana sorriu.- Parece que um novo casal se formou ali. Endrigo e a enfermeira.- Violeta. - É uma
Jheniffer sentou-se ao lado de Apollo.- Será que é ela? Tem muita luz nessa foto.- É como a vi, no meu sonho. Ela estava numa praia, sorrindo. Vivinha da Silva.- Sim, me lembro desse sonho seu. Você me contou com riqueza de detalhes, querido. Pode ser a Consuelo.- É a Consuelo, Jheniffer. Tenho certeza. Essa é a prova que ela está viva.- Apollo. Será que Endrigo não se enganou. Mandou uma foto de um antigo passeio dela?- Já olhei as configurações da foto. Está com a data de hoje. Essa foto é atual.- Já falou com ele?- Tentei mas não responde. Já liguei, o telefone passa aquela mensagem que o celular está sem área de cobertura ou desligado. Nas mensagens, nem aparece o sinal azul de visualização.- Ele está incomunicável.- Assim como a mãe, Damiana. Ela o acompanhou ao Uruguai.- Espero que estejam bem.- Estão bem. Antes da foto veio a mensagem de missão cumprida, estamos bem.- Graças a Deus, querido. Vá se banhar.- Quer sair a conhecer a cidade?- Essa foto o deixou abalad
- Celeste! Falávamos de você.- Bem ou mal, Jheniffer?- Bem, sempre. Estamos com saudades.- Eu também. Abraço ao Apollo.- Vou colocar em vídeo chamada para que nos veja. Ele está aqui na frente.Apollo sorriu e acenou.- Abraço, dona Celeste. Saudades.- Também estou, filho. Abraço. Jheniffer, a Guta me procurou.- Quem é Guta?- A moça que era cozinheira do senhor William, aqui na mansão.- Sei. O que houve?- Walquíria e eu falamos com a Jacira, que será a cozinheira oficial da casa. Já uma vaga para faxineira, que serão duas. A Guta nos procurou e se candidatou.- É aquela do jantar, na área gourmet. Ela mal nos cumprimentou. Parecia definido que não ficaria. Walquíria disse que ela amava os antigos patrões, não estava disposta a ficar.- Isso. Porém, ela foi a casa da Jacira, que estava hiper feliz em ganhar quinhentos a mais de salário. Quando a moça lhe disse que o vale alimentação passaria de trezentos para oitocentos reais, ela não acreditou. Ficou boquiaberta quando Jacira
Jheniffer avançou sobre Apollo, que tentou se segurar no vidro do box. Ele abriu o chuveiro. Ela o beijou com paixão. - Amor em San Juan.Ela beijou o corpo todo de Apollo, o deixando louco de desejo. Grato, ele deu a ela os mesmos carinhos.- Você não está sendo nada original.- Ainda não terminei.Ele se agachou. As mãos dadas. Jheniffer começou a puxar os cabelos do rapaz, a medida que as preliminares se intensificaram. Ainda que quase perdendo o fôlego com a água caindo sobre ele, Apollo não parou. Ela o puxou.- Estou pronta.Com uma das mãos, ele a pegou pelos cabelos enquanto dava tapas fortes nas nádegas da noiva. Os gritos dela eram a comprovação de que ele estava no caminho certo e juntos chegaram ao clímax. - Segundo round na cama?- Pode ser, minha linda.Ele a seguiu, tendo a visão dela rebolando com as nádegas vermelhas dos tapas. Na cama, os beijos apaixonados e demorados reacendeu-lhes a chama. Jheniffer se ajoelhou aos pés de Apollo.- Sei como colocar essa ferrame
Jheniffer e Apollo entraram no avião.- Próxima parada, Cidade do México, querido.Apollo colocou as malas no bagageiro.- Isso aí. Será a primeira vez que almoçarei num vôo. - Eu também. Almoço nos céus. Espero viver muito para contar isso aos meus netos.- Amém. Vai viver, com certeza. Ah, e espero estar ao seu lado.- Estará, desde que não me dê nenhum motivo para divórcio.- Sei. Pensarei nisso e vou me esforçar ao máximo para que isso não aconteça.Ele sentou-se ao lado dela, que sempre preferiu a janelinha nas viagens.- Nas viagens da fundação, prefiro viajar de manhã. Está mais fresquinho e o dia parece render. Esse horário de meio dia nunca me apeteceu.Jheniffer riu.- Apeteceu? Essa palavra existe?- Sim. É antiga mas existe. Era mais usada no Brasil império e nas primeiras décadas da república. Quer dizer agradar.- Você não nasceu no Brasil de dom Pedro II nem em 1920. Onde aprendeu essa palavra?- No seminário, querida. Um padre idoso nos dava aulas de retórica e latim.
Jheniffer e Apollo deixaram o aeroporto, na capital mexicana. Eles tomaram um táxi.- Boa tarde. Queremos ir ao Kingdom Hotel.- Boa tarde. Sim, senhor.O taxista se levantou. Apollo o ajudou a colocar as bagagens no porta malas.- Grato pela ajuda, senhor. São brasileiros?- Sim, meu amigo. Percebeu pelo meu espanhol sofrível?- Ah, não mesmo. Seu espanhol é perfeito. Foi por sua gentileza e sorriso, ao me ajudar com as malas. Notou a minha mão enfaixada e me auxiliou. Muito obrigado.- Somos brasileiros. Eu o ajudaria, ainda que não estivesse assim. Não custa ajudar e as malas são pesadas.- Estou trabalhando desde a madrugada e ninguém me ajudou. O senhor foi o primeiro.Eles entraram no veículo.- O senhor é muito simpático.- A recíproca é verdadeira. México e Brasil têm uma relaxa de irmandade, os maiores países católicos, não? Só nos diferenciamos no futebol.- O Brasil é penta. O México têm ótimos clubes, esteve na maioria das copas do mundo. Também torço pelo México.- Somos