Jheniffer sentou-se ao lado de Apollo.- Será que é ela? Tem muita luz nessa foto.- É como a vi, no meu sonho. Ela estava numa praia, sorrindo. Vivinha da Silva.- Sim, me lembro desse sonho seu. Você me contou com riqueza de detalhes, querido. Pode ser a Consuelo.- É a Consuelo, Jheniffer. Tenho certeza. Essa é a prova que ela está viva.- Apollo. Será que Endrigo não se enganou. Mandou uma foto de um antigo passeio dela?- Já olhei as configurações da foto. Está com a data de hoje. Essa foto é atual.- Já falou com ele?- Tentei mas não responde. Já liguei, o telefone passa aquela mensagem que o celular está sem área de cobertura ou desligado. Nas mensagens, nem aparece o sinal azul de visualização.- Ele está incomunicável.- Assim como a mãe, Damiana. Ela o acompanhou ao Uruguai.- Espero que estejam bem.- Estão bem. Antes da foto veio a mensagem de missão cumprida, estamos bem.- Graças a Deus, querido. Vá se banhar.- Quer sair a conhecer a cidade?- Essa foto o deixou abalad
- Celeste! Falávamos de você.- Bem ou mal, Jheniffer?- Bem, sempre. Estamos com saudades.- Eu também. Abraço ao Apollo.- Vou colocar em vídeo chamada para que nos veja. Ele está aqui na frente.Apollo sorriu e acenou.- Abraço, dona Celeste. Saudades.- Também estou, filho. Abraço. Jheniffer, a Guta me procurou.- Quem é Guta?- A moça que era cozinheira do senhor William, aqui na mansão.- Sei. O que houve?- Walquíria e eu falamos com a Jacira, que será a cozinheira oficial da casa. Já uma vaga para faxineira, que serão duas. A Guta nos procurou e se candidatou.- É aquela do jantar, na área gourmet. Ela mal nos cumprimentou. Parecia definido que não ficaria. Walquíria disse que ela amava os antigos patrões, não estava disposta a ficar.- Isso. Porém, ela foi a casa da Jacira, que estava hiper feliz em ganhar quinhentos a mais de salário. Quando a moça lhe disse que o vale alimentação passaria de trezentos para oitocentos reais, ela não acreditou. Ficou boquiaberta quando Jacira
Jheniffer avançou sobre Apollo, que tentou se segurar no vidro do box. Ele abriu o chuveiro. Ela o beijou com paixão. - Amor em San Juan.Ela beijou o corpo todo de Apollo, o deixando louco de desejo. Grato, ele deu a ela os mesmos carinhos.- Você não está sendo nada original.- Ainda não terminei.Ele se agachou. As mãos dadas. Jheniffer começou a puxar os cabelos do rapaz, a medida que as preliminares se intensificaram. Ainda que quase perdendo o fôlego com a água caindo sobre ele, Apollo não parou. Ela o puxou.- Estou pronta.Com uma das mãos, ele a pegou pelos cabelos enquanto dava tapas fortes nas nádegas da noiva. Os gritos dela eram a comprovação de que ele estava no caminho certo e juntos chegaram ao clímax. - Segundo round na cama?- Pode ser, minha linda.Ele a seguiu, tendo a visão dela rebolando com as nádegas vermelhas dos tapas. Na cama, os beijos apaixonados e demorados reacendeu-lhes a chama. Jheniffer se ajoelhou aos pés de Apollo.- Sei como colocar essa ferrame
Jheniffer e Apollo entraram no avião.- Próxima parada, Cidade do México, querido.Apollo colocou as malas no bagageiro.- Isso aí. Será a primeira vez que almoçarei num vôo. - Eu também. Almoço nos céus. Espero viver muito para contar isso aos meus netos.- Amém. Vai viver, com certeza. Ah, e espero estar ao seu lado.- Estará, desde que não me dê nenhum motivo para divórcio.- Sei. Pensarei nisso e vou me esforçar ao máximo para que isso não aconteça.Ele sentou-se ao lado dela, que sempre preferiu a janelinha nas viagens.- Nas viagens da fundação, prefiro viajar de manhã. Está mais fresquinho e o dia parece render. Esse horário de meio dia nunca me apeteceu.Jheniffer riu.- Apeteceu? Essa palavra existe?- Sim. É antiga mas existe. Era mais usada no Brasil império e nas primeiras décadas da república. Quer dizer agradar.- Você não nasceu no Brasil de dom Pedro II nem em 1920. Onde aprendeu essa palavra?- No seminário, querida. Um padre idoso nos dava aulas de retórica e latim.
Jheniffer e Apollo deixaram o aeroporto, na capital mexicana. Eles tomaram um táxi.- Boa tarde. Queremos ir ao Kingdom Hotel.- Boa tarde. Sim, senhor.O taxista se levantou. Apollo o ajudou a colocar as bagagens no porta malas.- Grato pela ajuda, senhor. São brasileiros?- Sim, meu amigo. Percebeu pelo meu espanhol sofrível?- Ah, não mesmo. Seu espanhol é perfeito. Foi por sua gentileza e sorriso, ao me ajudar com as malas. Notou a minha mão enfaixada e me auxiliou. Muito obrigado.- Somos brasileiros. Eu o ajudaria, ainda que não estivesse assim. Não custa ajudar e as malas são pesadas.- Estou trabalhando desde a madrugada e ninguém me ajudou. O senhor foi o primeiro.Eles entraram no veículo.- O senhor é muito simpático.- A recíproca é verdadeira. México e Brasil têm uma relaxa de irmandade, os maiores países católicos, não? Só nos diferenciamos no futebol.- O Brasil é penta. O México têm ótimos clubes, esteve na maioria das copas do mundo. Também torço pelo México.- Somos
Bastian entrou no refeitório, onde estavam Endrigo, Damiana, Angelita e Violeta.- Boa tarde. Obrigado por se reunirem aqui.- Deu tudo certo com a equipe médica. Estão cientes da nossa volta pra casa.- Ótimo, doutora. Quando chegarmos a Medina, farei o pagamento a cada um deles. Estarão dispensandos totalmente e a par de guardarem segredo sobre a paciente da ilha.- Não se preocupe quanto a isso, capitão.Bastian olhou para a doutora, que aumentou a voz ao falar a patente, ao invés de chamá-lo de pai. Eles evitavam o tratamento familiar na ilha. O capitão abriu um mapa na mesa.- Em Medina, nos despedimos da equipe médica. Nós, aqui reunidos, partiremos de barco com a Diva até Porto Alvarado, uma vila de pescadores, na Argentina. Evitaremos a capital, onde Consuelo é muito conhecida. Um carro nos levará a Rosário, de onde voaremos até Mendoza.- É o senhor quem manda, capitão. Nós obedecemos.- Não manda nem em mim mesmo, Endrigo. Angelita falará com Diva. Dirá a ela que vamos volt
O barco de Bastian deixou Medina, com destino a Argentina. Além do capitão, a doutora Angelita, Damiana, Endrigo, Diva (Consuelo), Violeta e dois homens do capitão.- Nossa paciente dorme tranquila, desde a ilha, sob efeitos de soníferos. - É melhor assim, Angelita. - Sem dúvida, senhora Damiana. Ela não sofrerá com enjôos, muitos menos com o perigo de lembrar de algo tão traumático, como a explosão do iate. O movimento das ondas poderia lhe trazer amargas lembranças.- Certo. Foi uma ótima idéia fazê-la dormir. Vai acordar na minha casa, na paz.- Paz é tudo que precisamos e queremos.Angelita e Damiana se abraçaram.- Acho que ganhei uma filha.- E eu, uma mãe.Endrigo entrou na cabine.- Já ficaram amigas, assim tão rápido?- Ela é sua meia irmã, sabia? É minha meia filha.- Existe essa classificação, meia filha?- Acabei de inventar, Endrigo.O rapaz sentou-se.- Os dois homens do capitão estão fortemente armados. Será que seremos recebidos a bala?Angelita riu.- Não. É apenas
Apollo pediu para o garçom juntar duas mesas, a fim de reunir toda a sua equipe para o jantar. Ele foi atendido.- Como foi no Panamá, Humberto?- Ah, maravilhoso, Apollo. Melhor que o esperado. Tivemos alguns contratempos, burocracia e atrasos mas nada que a diplomacia e o apoio do Caíque não resolvessem. Tudo voltou aos trilhos, como o projeto determina. - Que falsa modéstia desse camarada, Apollo. Não acredita nele, não. Humberto é que foi incrível, conduzindo as reuniões com os engenheiros e operários. Fez um esboço fenomenal, com ilustrações dele mesmo. Depois lhe mostrarei as fotos. Eu servi apenas de apoio. Aprendi muito nessa viagem.Humberto se emocionou. Todos os aplaudiram.- Agora a dupla mais romântica, experiente, inteligente e linda da equipe. Marcela e Nascimento.- Quando Apollo diz experiente, entendam por velhos. Romântica e inteligente, aceitamos mas linda já é demais. Dá pra ver que a dupla mais linda é dele com a Jheniffer. Nascimento passou longe da fila da bel