Nascimento, Marcela e Humberto chegaram a mansão.- Apollo, você que está piloto a churrasqueira? O cheiro está lá na portaria.Gritou Nascimento.- Olha, nem nos esperaram. Já estão a todo vapor.Disse Humberto, cumprimentando Jheniffer e Apollo. Todos apresentados, Stefany levou Humberto até o open bar.- O velho Humberto ia pular de boca nessa mesa e tomar todas sem dó, ia beijar e sentar no colo do barman, tirar a roupa e pular na piscina. Como ele morreu, vou só no suquinho de maracujá com gengibre.Stefany riu.- Quem te viu, quem te vê.- Hum. Quem me viu foi o Apollo, amiga. Me viu sendo espancado por três caras enfurecidos e correu pra me salvar. Eu estaria a sete palmos de terra a essa hora. Jurei nunca mais beber nem consumir drogas.- Nem uma cervejinha?- Amiga, não tenta. Nada de álcool. Posso ter uma recaída pois meu organismo não vai querer só uma, três latinhas. Vai querer duas dúzias.- Tem que ter autocontrole e força.- Eu aguento. Está dando um calor ver esses gar
O filme chegou ao fim. As crianças estavam encantadas, felizes com a diversão. Hélio e a esposa continuaram de mãos dadas. Alaor acendeu as luzes do cinema. Pedro e Matheus correram e abraçaram Apollo.- Obrigado, tio. Adorei o filme.- Hora de ir, mocinhos. Já passa das onze da noite.Pedro olhou pra mãe.- Estava tão bom. Eu quero voltar a essa casa tão gostosa.- Meu pai não vai mais trabalhar aqui pois o dono mudou. O senhor Apollo é muito melhor que o outro pois eu nunca tinha vindo aqui.Disse Lucas, com tristeza na voz. Apollo sorriu para Alessandra e Alaor.- Se as crianças aprovaram, está aprovado. É um ótimo sinal.Na saída do cinema, Kleyton quis um chocolate.- Já está abusando da boa vontade do senhor Apollo e da dona Jheniffer.- Tudo bem, Hélio.Jheniffer pegou barras de chocolate no balcão e as deu para cada criança. Hélio cumprimentou Jheniffer e Apollo.- Muito obrigado pelo jantar. Uma carne maravilhosa. Obrigado pelo bolo, o cinema e as guloseimas para as crianças.
- Walquíria trocou os lençóis e as fronhas, é tudo novo.- É, está tudo cheiroso e macio. Essa cama é enorme, querida.- É king, Apollo.Jheniffer pulou na cama.- Nem se mexe.Apollo se deitou.- Não está esquecendo de nada?Ele olhou para os lados.- Do que? Já apaguei as luzes.Ela apontou para a grande parede de vidro.- Essa luminosidade toda, amor. Feche as cortinas, por favor.- Mesmo. Me esqueci. Por um momento achei que estava no nosso apartamento.- Alô, terra chamando. Estamos na mansão, Apollo.Ele voltou a cama, após fechar as cortinas.- Boa noite, querida. Durma com Deus.- Boa noite. Te amo.- Também te amo muito.Ela virou de um lado para outro. Apollo começou a lhe fazer cafuné. Jheniffer tirou a máscara dos olhos e chutou o lençol.- Que foi? Está com dor de cabeça?- Não. Apenas estranhando a cama, o lugar, sei lá.- A primeira vez é assim mas vamos acabar nos acostumando. É normal.- Eu desceria e tomava uns drinks. Temos uma adega e um bar de balada só pra nós.
Celeste levou dois copos de limonada para Jheniffer e Apollo, na piscina da mansão de Alphaville.- Muito obrigada, mãe.- Uau. Que delícia, dona Celeste. Se colocar uma dose de cachaça aqui, vai virar caipirinha.- Farei isso mais tarde, depois que vocês deixarem a casa e pegarem o avião.Jheniffer e Apollo se olharam.- Olha só. Vai curtir a piscina com a Walquíria, tomando caipirinha? E a gente voando a trabalho, Apollo.- A culpa é sua de dar muita liberdade aos subordinados.Celeste riu.- A Walquíria não queria entrar na piscina. Nunca fez isso nas décadas trabalhando aqui.- Explica pra ela que somos diferentes, Celeste. Lógico que não é pra exagerar. Teimar de andar pela mansão sem roupa, ver tevê toda esparramada no sofá, se depilar no meu banheiro de Cleópatra, por exemplo mas a casa é de vocês.- Já disse a ela, Jheniffer. Que vocês são os meus patrões do mundo. Mais que isso, são amigos, como filhos pra mim. Foi a primeira vez que ela viu um filme no cinema da casa, tamb
Jheniffer e Apollo se despediram de Celeste e Walquíria. O casal entrou no aeroporto e, meia hora depois estavam no avião para Lima, capital peruana.- Partiu, Perú.- Partimos, Jheniffer. Que Deus vá na frente, abrindo os caminhos.Apollo riu e colocou a bolsa dela no bagageiro. Ele sentou-se confortavelmente.- Já vai começar a ler?- Vou pegar o terço primeiro e rezar uma dezena. Depois, vou preferir um romance policial.- Ótima pedida.O avião decolou, deixando o aeroporto. Jheniffer colocou os fones de ouvido.- Maroon 5?- Como adivinhou?- É a sua banda preferida. Temos uma mansão e podemos convidar toda a banda pra ficar na nossa casa.- Olha que eles aceitam. Em Buenos Aires, Bianca e Velasco recepcionaram Estela e Marcela no aeroporto da capital argentina.- Sejam bem vindas a Argentina.Estela beijou Bianca e pegou na mão de Velasco apenas, o cumprimentando rapidamente.- Muito obrigada, presidente Bianca. Essa é Marcela, a juíza.- Seja bem vinda. Já a conheço, Estela.Ma
Jheniffer e Apollo desceram no aeroporto de Lima.- Em Lima, finalmente.- Graças a Deus, o nevoeiro passou e permitiu a descida do avião, Jheniffer.- Bora para o hotel?- Sim. Vamos tomar um táxi. Hotel Embassador, avenida Frida Flores.Eles deixaram a área do aeroporto. Apollo falou em espanhol com um taxista. O casal entrou no veículo.- Mensagem de Humberto. Ele e Nascimento já se reuniram com o engenheiro. Nossa reunião será às quinze horas. Temos tempo de almoçar e descansar um pouco.- Excelente. É a minha primeira vez no Perú.- Vai gostar, querida. As cidades são lindas e o povo é simpático e consciente politicamente.- De fato. Tive alguns colegas de faculdade peruanos. O papo com eles era em alto nível. Era uma briga para tê-los nos grupos de estudos sobre a América Latina. Sabiam tudo de cor e salteado, era incrível.- Sim. Passaram por tantas transformações ao longo da história. Fatos marcantes e lutas por direitos, liberdade, tudo. Não só eles mas chilenos, colombianos,
Lima, Peru. Jheniffer saiu do táxi, pela porta aberta por Apollo, após o rapaz pagar a corrida.- Muito obrigada, cavalheiro.- Por favor, querida.Ela segurou a mão dele, que serviu de apoio para que subisse o meio fio. - Restaurante Salvador Bolívar. Uma referência histórica, sem dúvida.- Uau, tem uma estrela Michelin, sinal que é bom, Apollo.Eles entraram no estabelecimento. O garçom veio até eles.- Boa noite. Sejam bem vindos.- Obrigado. Reservamos uma mesa, Jheniffer e Apollo.- Sim, senhor. Por favor, me sigam.Apollo puxou a cadeira um pouco, para Jheniffer se acomodar. O garçom ficou ao longe, após abrir a pasta do menu.- Que local lindo. Eu amei.- Eu também, querida. A culinária peruana está sendo conhecida. Isso é muito bom. Você disse que a estrela Michelin é um forte indicativo de que a comida é excelente. De fato, eu concordo mas alguns amigos meus abdicaram da estrela.- Não creio! Como assim? É como recusar a estatueta do Oscar.- Certo mas a indicação ao Oscar t
- Acampei muitas vezes com a Stefany. Para onde foram?- Para o Guarujá, num acampamento a beira mar, Jheniffer. No primeiro dia, fizemos macarrão com salsicha. No segundo, também. No terceiro teve variação, macarrão com sardinha. Cansados, os padres resolveram nos levar para um restaurante na cidade. Foi a primeira vez que comi filé a parmegiana.- Que virou seu prato favorito?- Exatamente. Foi um dos primeiros que aprendi a fazer. Nunca imaginei que fazia tanta frio a beira mar.- Realmente, as temperaturas despencam devido a proximidade com o mar.- Não levamos cobertores, nem um lençol. Nas barracas, o frio chegou com força. Por sorte, eu tinha comprado uma toalha de praia enorme, com uns coqueiros desenhados. Foi a minha salvação. Os outros seminaristas dormiram encostados uns nos outros para se aquecer.- Que presepada.- Fomos a praias lindas. Foi legal. Sempre estávamos em bandos, com medo de alguém se perder ou se afogar no mar.- Imagino, um monte de rapazes bonitos ve