O celular de Jheniffer tocou.- É a minha prima Jéssica, Apollo.- Aquela que mora em Campo Grande?- Ela mesmo.Apollo riu ao ver a noiva sussurrando, antes de atender a ligação.- Alô, Jéssica. Há quanto tempo.- Prima. Quando vai cumprir a sua promessa e visitar os pobres de Mato Grosso? A parte ralé da família trapo.- Não fale assim. Vocês têm tanta importância como qualquer um da família. Gosto muito de você.- Vou fingir que acredito. Se gostasse mesmo, viria pra cá, passar uns dias com a gente. O Evandro comprou uma chácara, tem piscina e coqueiros onde as araras pousam e fazem barulho. Você vai amar.- Que bom. Fico feliz com o sucesso de vocês dois.- Você já não vinha antes, quando estava solteira. Agora que está noiva é que não vem mesmo. - Engano seu, cara pálida. Eu e Apollo estamos em Rio Branco, no Acre. Ele é o CEO da fundação Hermann. Não sei se viu nas minhas redes mas sou a nova vice presidente no Brasil.- Sério? Você é a vice do Lula?- Está me tirando? Sou a vi
Jheniffer e Apollo encerraram a reunião com Hermes, Kaleo e Johansson, no barracão de madeira do canteiro de obras.- Em duas semanas não teremos mais esse barro mas sim, grama verdinha e as casas praticamente prontas.- Está me deixando ansioso, Hermes.Apollo apertou a mão do empreiteiro.- Tem a minha palavra. Com a ajuda de Johansson e seus homens, vamos terminar rápido.- Não há tanta pressa, contanto que seja bem feito e com carinho que os refugiados merecem. Quero que me enviem as conquistas e as etapas alcançadas.- Pode deixar. Apollo se despediu de Johansson.- E a equipe do Rio?- Adiantadas, meu amigo. Creio que serão as primeiras a serem entregues. Scott e vinte homens estão lá, curtindo a cidade maravilhosa.- Excelente, Johansson. Vamos comemorar depois.- Com certeza. Você já está me devendo uns dez almoços.- Só isso? Estou lhe devendo almoço pelo resto da minha vida. Só Deus pra lhe pagar por tanta generosidade e desprendimento.Apollo o abraçou.- Você já pagou, lá
Stefany e Humberto surgiram no saguão do aeroporto, em São Paulo. Os dois jovens, empurrando os carrinhos com as malas, sorriram ao ver Celeste e Wellington.- Mamãe. Amor.Ela abraçou com força a mãe, se jogando sobre ela. - Filha, que saudades.- Eu também estava morta de saudades de vocês dois.Ela beijou Wellington e o abraçou. Dona Celeste abraçou Humberto.- Eu chego da Europa com a minha sogrinha e cadê a minha noiva? Viajando pela Ásia e Austrália.- Viu, que chique. Amor, que saudade.Eles se abraçaram de novo.- Como foi a viagem de vocês?- Maravilhosa, Stefany. Daniella e Bruno cuidaram muito bem de nós, né Wellington? Uns amores. Não deixaram a gente pagar nada, nem um café ou sorvete. - Verdade, querida. Tiramos centenas de fotos da Itália e de Portugal. Deu tudo certo na sua viagem de trabalho?- Graças a Deus. Humberto me ajudou muito. O senhor Kim ficou cuidando de tudo. O projeto está andando muito bem e em breve nossas casas estarão prontas.- Dona Celeste, vou qu
Jheniffer correu ao ver a prima. Ela e Jéssica deram um abraço caloroso e demorado. Evandro esticou a mão para Apollo e o puxou.- Você é forte e bonitão mas não é meu tipo. Pode me abraçar sem medo.Os dois rapazes se abraçaram.- Finalmente conheci o famoso Apollo, o homem que conquistou e derreteu o coração de gelo da prima Jheniffer. Jéssica se pendurou no pescoço de Apollo, quase o sufocando.- Apollo, a lenda.- Não sou tudo isso. Jéssica, Evandro, que tremenda recepção.Jéssica olhou para Evandro.- Recepção! Isso aqui? Você ainda não viu nada. Evandro vai lhe jogar na piscina e o embriagar. Vai passar a noite bebendo conhaque e jogando truco com os homens da família.- Eu aceito.Jheniffer o beliscou.- Ah, não vai mesmo. Já participei dessas noitadas. Começam com assuntos leves, depois que a mulherada vai dormir, eles falam cada barbaridade.Evandro beijou e abraçou Jheniffer.- Bem vinda, Jheniffer. A vida não é só trabalho. Sabemos que estão aqui a trabalho mas tirem um e
Rinaldo chegou a chácara de Jéssica e Evandro. O contra mestre estava ansioso para conhecer Apollo, o novo CEO.- Boa tarde. Pelo cheiro agradável, eu teria marcado essa reunião antes. Apollo?- Boa tarde, Rinaldo. Agradeça ao Evandro. A chácara é dele e o churrasco também.O visitante cumprimentou Evandro.- Fiz muito bem em não almoçar na obra. Muito obrigado, Evandro.- Os amigos de Apollo são meus amigos. Fique a vontade.Evandro abriu uma lata de cerveja para Rinaldo.- Tudo bem se eu beber, chefe?- Ora. Onde está vendo chefe aqui. Ouviu o Evandro, fique a vontade. Enquanto comemos, você me diz como estão as obras.- Está bem. É uma honra conhecê-lo pessoalmente, Apollo. Agora que está no comando, tudo vai fluir.- Assim espero.Jheniffer, Jessica e suas irmãs se aproximaram. Evandro apresentou-lhes Rinaldo. Apollo o levou para a cozinha, onde ele se serviu.- Jheniffer é a vice presidente. Parece ser uma pessoa inteligente e proativa. - Sim. É minha noiva também.- Sério? Que
São Paulo, inverno brasileiro.- Hora de voltar a realidade, bebê.Jheniffer saiu da cama, dando as costas para Bruno, o rapaz de ombros largos e abdômen trincado, esparramado na cama. Ele admirou o corpo dela. Uma perfeição. Uma grande tatuagem se destacava nas costas da moça. - Linda essa tattoo. O que significa?Ela se virou.- É um nó celta, um amuleto. Significa trindade, unidade e eternidade.- Que profundo.Ele abraçou o travesseiro.- Quero fazer um mantra no braço direito, Bruninho.Jheniffer esvaziou a taça de champanhe. Em seguida, vestiu a lingerie preta.-Seria capaz de ficar a vida inteira aqui, Jheniffer.Ela sorriu.- A vida não é só prazer e glamour.- Seus treinos têm dado resultado. Você está com um corpo incrível.- Sei disso. Você não é o único que repara. Tenho que voltar ao trabalho. Vou passar no fórum pra recolher uns documentos.Ela sentou-se na cama pra calçar as sandálias. Bruno a abraçou.- Foi mara. Teremos um replay?Ela colocou o relógio, a pulseira e
- Sou Alfredo Nascimento, advogado e fiscal do concurso. Que Deus lhe dê em dobro o que fez por mim.Jheniffer estendeu a mão.- Amém. Prazer, sou Jheniffer Stuart, estudante de Direito e, se passar nessa prova, talvez uma funcionária do INSS.Nascimento riu. Ela bateu no ombro dele com a palma da mão, uma de suas manias.- Pode rir. Sei que meu nome remete a personagens de livros de romance americano ou daquelas séries policiais. Acho que foi de onde meus pais tiraram meu nome.- É um nome forte, diferente. Você se expressa muito bem. Já comprovei que é uma pessoa gentil e bondosa. Trabalha onde?-Era garçonete mas fiz um acordo. Forneci o traseiro, a empresa forneceu o pé. Fui despedida por me atrasar. Estou desempregada. Preciso de um emprego pra ajudar meus pais a pagarem minha facul.Nascimento tirou um cartão do bolso.- Nascimento e Gomes Advocacia. Passe lá, na segunda feira. Temos uma vaga de secretária, se quiser. Poderá também me auxiliar nos processos. Ela tremia ao pegar
- Terminei minha rotina, Stefany. Faria uma aula de pilates, se não tivesse que pousar no hospital, como acompanhante do Nascimento.Como de praxe, o movimento da academia aumentou no fim da tarde. Jheniffer e Stefany foram até a área das bicicletas ergométricas.- Vamos pedalar um pouco. Apreciar o movimento e a música.- Você quer dizer paquerar.- Isso, Stefany. Ver se tem carne nova no açougue. Um boy magia ou um novinho.- Esse é o horário dos bombados. Disfarça, Stefany. Tem três deles nos secando, na prancha abdominal. Melhor olhar para a recepção. O próximo que entrar, é seu. Se for um gato, é meu.Stefany lidava bem com o fato dos rapazes terem mais olhos pra Jheniffer, que realmente era linda e chamava muito a atenção.- Jheniffer, você é terrível. Passa o rodo geral. Tirando os instrutores, que são gays por imposição do Michel, todos pagam pau pra você.- Esqueceu das mulheres. Não é minha praia mas respeito. Por enquanto, não.- Olha. Novidade isso. Ficaria com outra mul