- Uau. Que paisagem deslumbrante.Exclamou Jheniffer, ao ver a vinícola com a montanha gelada ao fundo.- Realmente, é um lugar lindo, a mil e duzentos metros acima do nível do mar. Isso torna o solo especial e o clima perfeito para a produção de uvas.- Exatamente, senhor Apollo. A água é puríssima, uma dádiva de Deus, por isso vinhos maravilhosos da Finca Sophenia, os Malbec.- Com certeza, meu amigo.Eles chegaram a vinícola. Jheniffer, Stefany e Daniella colocaram os casacos. Bruno e Wellington colocaram gorros. - Está frio.- Pois é, Wellington. Verão no Brasil e nós aqui, pertinho da cordilheira. Disse Stefany, maravilhada pela paisagem. Poli desceu do carro e gritou.- Hendrigo. Eles chegaram.Hendrigo e sua mãe saíram.- Apollo. Enfim apareceu por esses lados.Apollo abraçou Hendrigo.- Estou sumido mas nunca os esqueci.- Não esqueceu pois levou umas duzentas garrafas daqui.- Por isso voltei, já acabou o meu vinho.- Exportamos para o Brasil. Há Malbec nos supermercados de
- É uma inveja do bem.- Entendi, Jheniffer. Podem ir.Damiana pediu a uma funcionária da vinícola que preparasse o local. Jheniffer e Stefany também queriam ter a sensação de pisar uvas. Pouco depois, as duas advogadas puderam satisfazer a vontade, pisando os cachos de uva.Wellington tirava fotos e Apollo se divertia. Bruno voltou a casa pois queria tomar água. O policial andou até a residência. Ele viu um bebedouro, na entrada do restaurante.- Perfeito. Bruno ouviu vozes.- Eu a quero, mamãe.- Tem a Jheniffer, Hendrigo. Ela é linda.- Pode ser mas a Daniella é profissional.- Tenho dinheiro. Quero ela aqui.- Tudo bem, a vinícola é sua, o restaurante, as empresas e a marca. Tudo é seu, filho.- Mas a sua opinião importa. Muito. O que achou da idéia?- De trazer a Daniella pra cá, em março?- Poderia ser hoje, se o Ramirez não estivesse na Alemanha.- Vai precisar dele?- Sim. Ramirez poderá convencer a moça. Ele tem mais jeito. Quero a Daniella, de qualquer jeito. Vou dar um cam
O cheiro de café e de pão quentinho estava perfumando o ambiente da manhã na vinícola. Apollo acordou mais cedo que os demais. Meia hora depois, Jheniffer veio até o restaurante, onde ele conversava com Hendrigo e Damiana.- Aí está você. Achei que tinha levantado cedinho e voltado a capital a pé, nos deixando aqui.- Não dê idéia que Apollo faz isso.Disse Damiana, abraçando a advogada.- Já estou com saudades daqui. - Já estou com saudades de vocês, Jheniffer. Em março, nos veremos de novo para o desfile e lançamento dos vinhos.- Se Deus quiser, Damiana.Jheniffer abraçou Apollo.- Está cheiroso e bem agasalhado.- O frio é um convite a não querer tomar banho, porém temos de ser fortes e enfrentar o chuveiro. - Verdade, Apollo. Depois que entra no banho, o frio passa. Concluiu Hendrigo. Damiana esfregou as mãos.- Vamos entrar. O café está pronto.Eles entraram. A mesa estava linda e farta. Vários tipos de pães, tortas , queijos, presunto, salames e bolos. Meia hora depois, Stef
- Vamos na limusine, até o aeroporto. Não a devolvi ainda.- Está bem. Nada mais glamouroso que chegar ao aeroporto de limusine, Consuelo.- Estou querendo ir também. Ficar um pouco mais com vocês, Apollo.Stefany e Wellington desceram. Pouco depois, Daniella e Bruno se juntaram a eles. As malas na sala. - Vamos? Já está querendo anoitecer.Consuelo chamou o motorista. Apollo pegou as malas. Wellington e Bruno fizeram o mesmo. Todos entraram na limusine.- Eu decidi colocar uma cláusula no estatuto da fundação Hermann.- Sério, Consuelo? Algo importante.- Para mim sim. Muito importante. Ela garante aos ex presidentes da fundação um ganho vitalício de quatro salários mínimos. Isso não poderá ser retirado, de forma alguma. É uma garantia para que tenhamos condições de nos manter.- Fez isso por mim?Consuelo pegou a mão de Apollo.- Sim. Por você e por mim também. Temos bons salários, graças a Deus mas não tenho muito dinheiro guardado, ao contrário que muitos pensam. Tenho tantos gas
Eles desembarcaram no aeroporto de Guarulhos. A garoa fina.- Eh, São Paulo. São Paulo da garoa, São Paulo, terra boa.Cantarolou Stefany, na pista.- Tem gente feliz ao pisar o chão brasileiro.- Ah, Daniella. Não há lugar melhor no mundo que a nossa terrinha. O Brasil tem muitos problemas mas também muita coisa boa.- Eu concordo com ela. A gente só dá valor quando saímos do país. É diferente. Não sei o que mas o brasileiro é diferente.Disse Apollo. Eles saíram do aeroporto.- Cadê a dona Celeste, com seu fusquinha turbinado?- Stefany. Não vamos caber todos no fuscão da sua mãe.- Eu sei, Jheniffer. Mandei mensagem mas ela não visualizou. Vamos pegar dois carros de aplicativos, mais em conta que táxis.Apollo apontou os táxis parados.- Embora saibamos disso, Stefany, os taxistas precisam ganhar e sustentar a família. Pode ser mais salgado mas é o preço da rapidez e praticidade. Estão logo alí. - Você tem razão. Vamos de táxi.- Olha, eu prefiro táxi. São mais limpos, os motorista
Jheniffer abriu a porta do apartamento. Apollo entrou atrás, com as malas.- Lar, doce lar. Nada melhor que chegar em casa.- Ah, isso é verdade. Concordo em número e degrau, como diz meu primo Lupércio.- Número e degrau. Essa é boa.- A professora de português dele ficava pistola quando ele falava isso. Ela ficava irritada e o corrijia, então ele falava sempre. É como apelido, se ficar bravo aí é que o apelido cola de vez. Jheniffer viu um vaso de girassóis sobre a mesa.- Oba. Girassóis. Foi você que comprou?- Você merece mas não fui eu.Jheniffer pegou um cartão.- Olá, patrõezinhos queridos. Tomei a liberdade de vir limpar o apê. Vocês deveriam viajar mais pois limpei tranquilamente, escutando minhas músicas preferidas dos anos 60, 70 e 80. Afastei as messas, geladeira, fogão, máquina de lavar, a cama, está tudo limpinho. Tirei todas as roupas dos guardas roupas e closet. Passei lustra móveis, brilhando. Ventiladores, plafons, luminárias, porta de vidro da sacada, janelas e por
- Estava na cara que Consuelo faria isso.Bianca colocou a maleta sobre a mesa.- Essa cláusula garante a boa vida, dela e de Apollo, por toda a vida. - Não tem como você tirar do estatuto?- Não tem jeito, Olivares. Temos que aceitar. Ela já intuiu que não darei nenhum cargo de alto escalão ao queridinho dela.- Não vai dar?- Não mesmo. Apollo não será nem coordenador de casas, da fundação Hermann. Na semana que vem, irei assumir a presidência e dar início ao projeto. O dinheiro deve cair também. Esteja atento.- Certamente, querida. Quero ver a cara do Apollo, quando não receber nenhum cargo.- Não seja tão cruel, Olivares.Bianca deixou a fundação e foi para o hotel, onde Velasco estava hospedado.- Minha presidente favorita.Eles se beijaram. Bianca jogou as sandálias pra longe e se jogou na cama.- Estou morta.Velasco sentou-se aos pés dela e começou a massagear suas pernas.- Aí, que delícia. Tenho que ligar para a Renata, no Brasil. Humberto também.- Aqueles dois que nos a
Guilherme olhou sério para Humberto. O instrutor de academia empurrou o coordenador da fundação Hermann.- O que pensa que está fazendo?Humberto ficou constrangido, pálido.- Me perdoe. Você tem uma boca bem desenhada e carnuda. Quer dizer, é linda. - Que ousadia. Eu não gostei.- Mais uma vez, me perdoe.- Eu amei.Humberto mudou de expressão. O nervosismo deu lugar ao riso. Guilherme dava gargalhadas.- Quero um beijo demorado. Dizem que o segundo é melhor que o primeiro.Guilherme o abraçou e o encarou. A mão dele na nuca de Humberto. Os narizes se tocando. Um selinho, um beijinho e o beijasso aconteceu. Alheios ao movimento da pista, eles se deixaram levar pela atração. As línguas duelando, corpos colados e mãos dadas.- Guilherme, preciso de ar.- Sério? Vamos pra mesa.Lucas e Renata tinham ido ao mezanino. Guilherme pediu duas caipirinhas ao garçom.- Eles pediram duas cervejas e saíram. As garrafas estão cheias.- Vou tomar uma gelada. O beijo deu calor.- Está muito fraco,