Uma moça entrou no jardim de inverno do restaurante.- Perdão. Nao quero atrapalhar.Apollo e Jheniffer estavam abraçados.- Estávamos de saída. Poderia tirar uma foto nossa, por favor?Pediu Jheniffer.- Posso, com prazer.Jheniffer tirou seu celular da bolsa e apertou o ícone da câmera. Apollo a abraçou. - São um lindo casal.- Obrigada. Agora uma foto beijando.Pediu Jheniffer, fazendo biquinho. Apollo colou seus lábios nos dela. - Vou tirar duas fotos, pra garantir.- Muito obrigada. Esse momento está eternizado.O casal retornou a mesa, de mãos dadas. Agora coladinhos e dedos entrelaçados, estavam alheios ao movimento do local. Jheniffer acariciava o rosto de Apollo e o beijava a todo instante. - No meu ou no seu apê?- Creio que seja melhor no seu, querido. Assim, o motorista ficará mais tranquilo, deixando-o em sua residência. - Está bem. Concordo com tudo.- Assim que eu gosto. Já vai se acostumando.Apollo pediu a conta. O casal se levantou e se dirigiu ao caixa. Eles cum
Jheniffer livrou-se dos braços de Apollo.- Eu ficaria o dia inteiro, nessa cama contigo, sabia? Preciso de um banho. Estou faminta, Apollo.- Eu também, querida.Ela se levantou. Apollo a segurou pelo braço.- Larga o osso. Meu Deus, quanto vigor! - Não largo. Como dizia aquela canção, eu demorei muito pra te encontrar, agora eu quero só você. Que aliás, está mais pra filé mignon, minha linda.- Vou encarar isso como elogio. Não me siga ou não respondo por mim.Ela foi para o banheiro. Apollo entrou logo em seguida.- Trouxe -lhe uma toalha nova.- Muito obrigada. Estou molhada e só agora notei que não tem sabonete.- Sério? Caraca, que vacilo meu.Ele abriu uma gaveta no armário e pegou uma caixinha de sabonete. Jheniffer abriu o box. Apollo foi lhe entregar o sabonete mas Jheniffer o puxou. O chuveiro aberto. Apollo escorregou e quase caiu.- É pegadinha.- Não acredito. Caí como um pato.- Banho e prudência nunca é demais. Já que está aqui, vou abusar de você. Que tal esfregar mi
O carro de Stefany parou em frente ao portão do edifício, onde Jheniffer morava. Ela abriu a bolsa e pegou o molho de chaves, onde também estava o controle remoto do portão. - Chegamos, amiga. Está entregue, sã e salva. - Não sei o que seria da minha vida sem você, Stefany. - Eu sei. Seria uma chatice. A minha vida também seria assim, sem você. Eu te amo. - Eu também te amo. É tão fácil falar, essa frase se tornou banal. Nos conhecemos há tempos e tem me ajudado tanto. É mais que amizade, é amor. - Porquê está falando isso? Apollo disse que a ama? No primeiro rala e rola, igual ao Bruno, o Charles e todos os outros? - Como assim, todos os outros?! Do jeito que fala, parece que já saí com metade da torcida do Palmeiras. - E não foi? - Metade não. Uns dez por cento eu admito. Falando sério, Apollo foi demais, o melhor mas, logo de manhã já veio querendo dar as cartas, falando em namoro, compromisso, se a gente ia se ver a noite? Perguntou qual o nosso status, acredita? Já trat
A catedral da Sé estava linda, numa tarde de sábado. O corredor central com tapete vermelho e flores brancas nos pilares de gesso, junto aos bancos. Os músicos de terno vinho, tocando os sucessos de Maroon 5, Bee Gees e Genesis. A entrada dos padrinhos da noiva. Stefany, linda num vestido deslumbrante. Nascimento e Marcela, impecáveis. Bruno. Guilherme , da academia. Os pais da noiva, emocionados. Os padrinhos do noivo, todos de terno azul marinho, lindos e sorridentes. Júlio César e Estela, elegantes. Humberto e Caíque, da fundação Hermann. Os pais do noivo, já idosos, recebendo atenção especial. A entrada do noivo, ao som de um sucesso do tenor Andréa Bocelli. Apollo foi até o altar e se virou. Estava lindo, bem maquiado. O penteado impecável. O terno do noivo foi trazido de Milão, feito por um dos maiores nomes da moda. Os sapatos, também italianos. O noivo não parava de sorrir. As mãos suando. O tempo passando e nada da noiva aparecer. Quinze minutos de espera. O padre enx
O filme escolhido por Stefany terminou exatamente às vinte e três horas. - Acabou no fim. Eu gostei. Adrenalina e uma vilã que não deixa barato. Matou os bandidos, se vingou. - Eu também gostei, Stefany. Ela acabou com a cidade mas cumpriu a promessa. A tela do celular de Stefany acendeu. - Mensagem de boa noite do grupo da família. Ao menos não era o mala do Fernando. Jheniffer riu e pegou seu celular. - Mensagem do Apollo. Só escreveu saudades e boa noite. - Que lindo. Ele não a esqueceu. - Vou responder apenas boa noite. - Não vai responder: sonhe com os anjos, um dia trocarei de lugar com eles? - Essa cantada é velha, Stefany. Já dormimos juntos. - Não foi bom? - Foi ótimo. Na verdade, dormi pouco com ele. Estava entorpecida de vinho. Apaguei. Stefany bocejou. - Vamos dormir? - Ótima idéia. Elas se recolheram, minutos depois. Stefany e Jheniffer se abraçaram. O quarto na penumbra. Jheniffer programou uma música com barulho de chuva no celular. - Amo dormir co
Jheniffer e Stefany tiraram a mesa do almoço. - Eu precisava dessa lasanha, mamãe. Matei a saudade. Voltei a minha infância. - Fico feliz de ouvir isso, filha. Para nós pais, os filhos nunca crescem. Você será sempre a nossa menina. - Como sinal de gratidão, vou lavar a louça. Stefany foi pra sala. Após uma longa conversa com Ana e Roberto, ela perguntou sobre a infância de Jheniffer. Roberto foi ao quarto e voltou com alguns álbuns de fotos. - Vai ver a meiguice de Jheniffer, quando criança. Tem o álbum do nosso casamento também. Ao ouvir o pai, Jheniffer veio até eles. - Que legal. Faz tempo que não vejo essas fotos. Stefany se divertiu. - Esse cabelo tigelinha?! Eu também cortei assim, quando tinha sete anos, Jheniffer. - Eu tinha dez anos. Estava sem um dente. Os pais de Jheniffer se emocionaram ao rever o álbum de casamento. A filha fez um monte de perguntas a eles. - Deu tudo certo no dia de nosso casamento. Foi mais uma cerimônia comunitária. A festa contou com a
O relógio marcou dezoito horas em ponto. Jheniffer e Stefany estavam prontas pra deixarem Ribeirão Preto.- Te amo, papai. - Também te amo, filha. Boa viagem de volta pra capital.- Pra Sampa. A terra da garoa.- Espero que dê tudo certo pra gente passar juntos o natal.- Vai dar certo. Já marcamos na agenda.Jheniffer deixou o abraço do pai. Ela puxou Stefany.- Solta que a mãe é minha.- Ei, quando você agarra a minha mãe, não falo nada. Jheniffer abraçou sua mãe. Stefany se despediu de Roberto. O casal as acompanhou até o estacionamento. Jheniffer entrou no carro e colocou o cinto de segurança. Stefany correu e abraçou Ana novamente.- Adoro deixá-la furiosa. - Sei que você cuida bem dela. Jheniffer dormia quando balbuciou Apollo. Quem é?- Sério? É um rapaz lindo. Depois eu lhe mandarei fotos e detalhes. Ela não admite mas está apaixonada.Jheniffer gritou.- Vamos, bicho preguiça. Vou te deixar em Ribeirão.Elas deixaram a cidade. Estavam na rodovia quando a noite estendeu se
Wellington chegou a casa de Stefany.- Chegamos. É aqui que me escondo.- Adorei te conhecer. Bruno falou muito bem de você e de Jheniffer. Ele omitiu o quanto você é maravilhosa, Stefany.- Ah, Wellington. Ele foi gentil. Bruno é mais amigo de Jheniffer, eu o vejo só na academia.- Jheniffer é realmente linda. Você não fica atrás.- Bruno e Jheniffer já foram para os finalmente, entende? Não tem compromisso nem sentimento. Ao menos da parte dela.- Entendi. Se eu encontrasse alguém especial, ia querer compromisso na hora. Sair, ficar juntos. Cumprir as etapas de namoro, noivado, casamento. As conquistas. Os filhos. Dever ser legal. Lógico que tem os perrengues mas o amor deve prevalecer.- Legal pensar assim. Parece careta mas é o sonho da maioria de nós. É que a realidade é cruel.- Fato. Numa relação há duas opções, ter razão ou ser feliz. Se os dois quiserem ter razão, sempre vai ter briga. Ser feliz é perdoar, ter paciência e respeito. - Que lindo.Eles se olharam, sorrindo. -