Apollo e Jheniffer entraram no restaurante. O Luxor tinha um ambiente impecável, perfeito para um jantar especial a dois. A hostess veio até eles. - Boa noite. Sejam bem vindos ao Luxor. - Boa noite. Jheniffer e Apollo. Respondeu Jheniffer, gentil. A recepcionista deu uma olhada rápida na agenda. - Perfeito. Mesa oito. Me acompanhem, por favor. Jheniffer já conhecia o local. Apollo puxou um pouco a cadeira, para que ela se sentasse. Ele deu a volta na mesa e tomou seu lugar, após desabotoar o paletó. - Gostou do lugar? - É lindo. Você tem bom gosto. - Não se anime, é você que vai pagar a conta. - Tudo bem. Minha companhia merece. Além disso, o combinado não sai caro. - Repita isso quando ver o valor da conta. Apollo sorriu. Uma chuva fina começou a cair. Um garçom veio até a mesa deles. - Boa noite. O que vão querer pra beber? - Vinho, por favor. Eles, sentados lado a lado, responderam juntos. - Perfeito. Estrangeiro ou nacional? Jheniffer apontou para Apollo,
Uma moça entrou no jardim de inverno do restaurante.- Perdão. Nao quero atrapalhar.Apollo e Jheniffer estavam abraçados.- Estávamos de saída. Poderia tirar uma foto nossa, por favor?Pediu Jheniffer.- Posso, com prazer.Jheniffer tirou seu celular da bolsa e apertou o ícone da câmera. Apollo a abraçou. - São um lindo casal.- Obrigada. Agora uma foto beijando.Pediu Jheniffer, fazendo biquinho. Apollo colou seus lábios nos dela. - Vou tirar duas fotos, pra garantir.- Muito obrigada. Esse momento está eternizado.O casal retornou a mesa, de mãos dadas. Agora coladinhos e dedos entrelaçados, estavam alheios ao movimento do local. Jheniffer acariciava o rosto de Apollo e o beijava a todo instante. - No meu ou no seu apê?- Creio que seja melhor no seu, querido. Assim, o motorista ficará mais tranquilo, deixando-o em sua residência. - Está bem. Concordo com tudo.- Assim que eu gosto. Já vai se acostumando.Apollo pediu a conta. O casal se levantou e se dirigiu ao caixa. Eles cum
Jheniffer livrou-se dos braços de Apollo.- Eu ficaria o dia inteiro, nessa cama contigo, sabia? Preciso de um banho. Estou faminta, Apollo.- Eu também, querida.Ela se levantou. Apollo a segurou pelo braço.- Larga o osso. Meu Deus, quanto vigor! - Não largo. Como dizia aquela canção, eu demorei muito pra te encontrar, agora eu quero só você. Que aliás, está mais pra filé mignon, minha linda.- Vou encarar isso como elogio. Não me siga ou não respondo por mim.Ela foi para o banheiro. Apollo entrou logo em seguida.- Trouxe -lhe uma toalha nova.- Muito obrigada. Estou molhada e só agora notei que não tem sabonete.- Sério? Caraca, que vacilo meu.Ele abriu uma gaveta no armário e pegou uma caixinha de sabonete. Jheniffer abriu o box. Apollo foi lhe entregar o sabonete mas Jheniffer o puxou. O chuveiro aberto. Apollo escorregou e quase caiu.- É pegadinha.- Não acredito. Caí como um pato.- Banho e prudência nunca é demais. Já que está aqui, vou abusar de você. Que tal esfregar mi
O carro de Stefany parou em frente ao portão do edifício, onde Jheniffer morava. Ela abriu a bolsa e pegou o molho de chaves, onde também estava o controle remoto do portão. - Chegamos, amiga. Está entregue, sã e salva. - Não sei o que seria da minha vida sem você, Stefany. - Eu sei. Seria uma chatice. A minha vida também seria assim, sem você. Eu te amo. - Eu também te amo. É tão fácil falar, essa frase se tornou banal. Nos conhecemos há tempos e tem me ajudado tanto. É mais que amizade, é amor. - Porquê está falando isso? Apollo disse que a ama? No primeiro rala e rola, igual ao Bruno, o Charles e todos os outros? - Como assim, todos os outros?! Do jeito que fala, parece que já saí com metade da torcida do Palmeiras. - E não foi? - Metade não. Uns dez por cento eu admito. Falando sério, Apollo foi demais, o melhor mas, logo de manhã já veio querendo dar as cartas, falando em namoro, compromisso, se a gente ia se ver a noite? Perguntou qual o nosso status, acredita? Já trat
A catedral da Sé estava linda, numa tarde de sábado. O corredor central com tapete vermelho e flores brancas nos pilares de gesso, junto aos bancos. Os músicos de terno vinho, tocando os sucessos de Maroon 5, Bee Gees e Genesis. A entrada dos padrinhos da noiva. Stefany, linda num vestido deslumbrante. Nascimento e Marcela, impecáveis. Bruno. Guilherme , da academia. Os pais da noiva, emocionados. Os padrinhos do noivo, todos de terno azul marinho, lindos e sorridentes. Júlio César e Estela, elegantes. Humberto e Caíque, da fundação Hermann. Os pais do noivo, já idosos, recebendo atenção especial. A entrada do noivo, ao som de um sucesso do tenor Andréa Bocelli. Apollo foi até o altar e se virou. Estava lindo, bem maquiado. O penteado impecável. O terno do noivo foi trazido de Milão, feito por um dos maiores nomes da moda. Os sapatos, também italianos. O noivo não parava de sorrir. As mãos suando. O tempo passando e nada da noiva aparecer. Quinze minutos de espera. O padre enx
O filme escolhido por Stefany terminou exatamente às vinte e três horas. - Acabou no fim. Eu gostei. Adrenalina e uma vilã que não deixa barato. Matou os bandidos, se vingou. - Eu também gostei, Stefany. Ela acabou com a cidade mas cumpriu a promessa. A tela do celular de Stefany acendeu. - Mensagem de boa noite do grupo da família. Ao menos não era o mala do Fernando. Jheniffer riu e pegou seu celular. - Mensagem do Apollo. Só escreveu saudades e boa noite. - Que lindo. Ele não a esqueceu. - Vou responder apenas boa noite. - Não vai responder: sonhe com os anjos, um dia trocarei de lugar com eles? - Essa cantada é velha, Stefany. Já dormimos juntos. - Não foi bom? - Foi ótimo. Na verdade, dormi pouco com ele. Estava entorpecida de vinho. Apaguei. Stefany bocejou. - Vamos dormir? - Ótima idéia. Elas se recolheram, minutos depois. Stefany e Jheniffer se abraçaram. O quarto na penumbra. Jheniffer programou uma música com barulho de chuva no celular. - Amo dormir co
Jheniffer e Stefany tiraram a mesa do almoço. - Eu precisava dessa lasanha, mamãe. Matei a saudade. Voltei a minha infância. - Fico feliz de ouvir isso, filha. Para nós pais, os filhos nunca crescem. Você será sempre a nossa menina. - Como sinal de gratidão, vou lavar a louça. Stefany foi pra sala. Após uma longa conversa com Ana e Roberto, ela perguntou sobre a infância de Jheniffer. Roberto foi ao quarto e voltou com alguns álbuns de fotos. - Vai ver a meiguice de Jheniffer, quando criança. Tem o álbum do nosso casamento também. Ao ouvir o pai, Jheniffer veio até eles. - Que legal. Faz tempo que não vejo essas fotos. Stefany se divertiu. - Esse cabelo tigelinha?! Eu também cortei assim, quando tinha sete anos, Jheniffer. - Eu tinha dez anos. Estava sem um dente. Os pais de Jheniffer se emocionaram ao rever o álbum de casamento. A filha fez um monte de perguntas a eles. - Deu tudo certo no dia de nosso casamento. Foi mais uma cerimônia comunitária. A festa contou com a
O relógio marcou dezoito horas em ponto. Jheniffer e Stefany estavam prontas pra deixarem Ribeirão Preto.- Te amo, papai. - Também te amo, filha. Boa viagem de volta pra capital.- Pra Sampa. A terra da garoa.- Espero que dê tudo certo pra gente passar juntos o natal.- Vai dar certo. Já marcamos na agenda.Jheniffer deixou o abraço do pai. Ela puxou Stefany.- Solta que a mãe é minha.- Ei, quando você agarra a minha mãe, não falo nada. Jheniffer abraçou sua mãe. Stefany se despediu de Roberto. O casal as acompanhou até o estacionamento. Jheniffer entrou no carro e colocou o cinto de segurança. Stefany correu e abraçou Ana novamente.- Adoro deixá-la furiosa. - Sei que você cuida bem dela. Jheniffer dormia quando balbuciou Apollo. Quem é?- Sério? É um rapaz lindo. Depois eu lhe mandarei fotos e detalhes. Ela não admite mas está apaixonada.Jheniffer gritou.- Vamos, bicho preguiça. Vou te deixar em Ribeirão.Elas deixaram a cidade. Estavam na rodovia quando a noite estendeu se