MEGAN
Ainda estava olhando para o meu dedo, meio sem acreditar naquele anel. Era lindo demais, parecia ter sido moldado de uma forma muito carinhosa. Estava realmente encantada. Um garçom passou ao meu lado me oferecendo uma taça de champanhe, e eu aceitei prontamente, tinha bebido somente uma naquela noite, e mais uma não faria tanto efeito assim.
Alex tinha me prometido que nossa noite não terminaria quando todos fossem embora, que iríamos prolongar por muitas e muitas horas, madrugada afora, em um hotel. E eu já imaginava que isso tinha a ver com muito sexo, quente, forte… do jeitinho que Alex sabia que eu gostava.
— Então, Megan, como você conheceu Alex? — uma das convidadas me questionou. Se eu não estivesse enganada, ela se ch
MEGANUma semana havia se passado, e todos os meus traumas estavam bem guardadinhos em uma caixinha que eu faria questão de nunca mais abrir. Olhei para o anel em meu dedo e senti um aperto em meu coração. Quem diria que o homem que me dera ele estava há uma semana sem me visitar.Estava ficando na casa de Katherine, pois a minha estava quase setenta por cento destruída. Ele disse que queria me deixar pensar, para que eu não decidisse ficar com ele só por ter aceito o seu pedido de casamento.O problema era que Alex não entendia que mesmo com o que sua família tinha feito comigo, não mudavam meus sentimentos por ele. Aquele homem cabeça dura não compreendia que eu o amava e não desistiria dele tão cedo.
ALEXEra uma loucura? Talvez! Mas era a melhor coisa que eu já tinha cometido. Pensei que os dias que havia passado ao lado de Megan na ilha onde estávamos naquele momento seriam os melhores da minha vida, mas ainda teríamos muitos para chamarmos de perfeitos.Mas ninguém havia me preparado para ser sequestrado da minha própria empresa em uma plena quarta-feira e estar com o pôr do sol a nos receber, em frente a um juiz de paz, esperando a mulher da minha vida aparecer.Eu usava uma bata, que Katherine havia alugado para mim, de cor areia, para combinar com um casamento realizado em praias, além de uma calça branca. As ondas batiam, e conforme elas rugiam, eu sentia meu coração disparar mais.Eu sabia que a
MEGANO café não parava, tínhamos nos tornado muito famosas quando o meu nome passara a ser O’Donnell. Eu ia no estabelecimento só para ver se tudo estava funcionando bem. Havia aberto duas filiais em Nova Iorque, e o Delicatto se tornara um ponto de encontro para os jovens.Resolvi visitar o nosso lugar de origem, e depois iria dar uma passadinha na casa da minha mãe, que mesmo depois de termos boas condições financeiras quis se manter em sua casa, pois segundo ela ali era sua essência e ali ela ficaria até o fim da sua vida.Senti uma pequena pontada em minha barriga e sabia muito bem que era Abigail me dando um leve chutinho. Minha barriga já estava se tornando pequena para ela morar, mas faltava muito pouco para ela vir ao mundo. Exat
ALEXNova Iorque havia amanhecido com o céu escuro e com um clima nada agradável para sair da cama. Estava frio, chuvoso, e eu só queria fingir que não tinha compromissos na joalheria. Coloquei minha gravata, observando o ambiente da janela do meu quarto.Talvez eu pudesse falar que o dia tinha gosto de nostalgia, ou só preguiça mesmo. Soltei um longo suspiro, terminando em seguida de colocar a gravata. Peguei meu blazer, que completava o terno caríssimo feito sob medida para mim, e caminhei até a porta do quarto.O corredor estava quieto, o que me fez agradecer mentalmente. Sinceramente, estava de saco cheio das cobranças que vinha recebendo. Eu era adulto, gerenciava a empresa da minha família como ninguém, mas isso não era suficient
MEGANEra sempre assim. Conversas, cheirinho de café, gargalhadas de amigos, algumas trocas de beijos entre os casais que visitavam meu lugar preferido no mundo. Isso me rendia um sentimento quase nostálgico. Eu amava tudo o que via e sentia durante todos os dias da semana, as experiências que me proporcionavam alegrias.E também tinha certeza de que quem visitava o Delicatto – o nome que meus pais escolheram anos atrás para o café – saía daqui com as mesmas emoções que passavam por meu corpo e com os bons momentos que eu também apreciava na memória.Sempre estava cheio, a minha rotina era agitada, e eu até que gostava disso tudo, po
ALEXEstava analisando alguns documentos pela quarta vez, afinal, desde que vi Megan aceitando o meu convite para o jantar, não consegui mais pensar com coerência. Droga! Eu estava enfeitiçado por aquela mulher e não podia negar esse fato.O nosso almoço já havia me tirado dos eixos, pois nunca tinha tomado a coragem necessária para chamá-la para sair, então ter tido ao menos um pouco de tempo sozinho com ela me fez ficar extremamente contente.Só que não estava preparado para o que ia acontecer na minha tarde, já que eu estava feliz demais, animado demais. Então, alguma coisa tinha que estragar o meu humor.E por isso, quando minha mãe surgiu no meu escrit&oa
MEGANAinda estava tentando entender tudo o que havia acontecido. Eu não era idiota, sabia que se aquela maldita fruta não tivesse nos atrapalhado teríamos nos beijado. Meu Deus! Eu quase havia beijado Alex. Isso parecia irreal.Terminei de subir as escadas ainda sem acreditar. Nunca imaginei que nós dois chegaríamos a tal ponto. Ele sempre foi algo que eu considerava distante demais do meu alcance. Um obstáculo que nunca pensei atravessar, e agora estava ali: chocada, por termos quase nos beijado.Tentei tirar da minha mente o que havia acontecido, já que não queria demonstrar para a minha mãe o quanto estava afetada. Coloquei minha máscara de indiferença e caminhei até a sala. Dona Kristen estava na poltrona cochilando, e
ALEXUm filme estava sendo transmitido em minha mente em um looping que eu não conseguia evitar. Haviam se passado ao menos uns dez minutos que eu jogara a pergunta para Megan. Ela me olhava com os olhos arregalados e a cada segundo que se passava, e ela percebia que eu estava realmente falando sério, a mulher engolia em seco.Eu não queria ter ido tão direto ao ponto, mas estava um pouco ansioso demais, então, quando vi a oportunidade surgir simplesmente falei. Sabia que Megan precisava de dinheiro e eu precisava me casar. Já que toda a minha tarde fora permeada por uma pressão psicológica da minha mãe, onde dizia: Ou você arruma uma mulher rápido ou perderemos todo o nosso legadoÚltimo capítulo