Ainda com dificuldade em respirar Sara colocou os dedos nos lábios e olhou para a porta. Céus!!! Nunca na vida tinha sido beijada assim com tanta luxuria, desejo. Sentou-se um pouco com esperança que o seu corpo voltasse ao normal. Ela continuava tremente com a estimulação, ainda não podia acreditar no que tinha acontecido. "Seria possível que Rafael estivesse interessado nela? Os sentidos exaltaram, só de imaginar as possibilidades.
Já andava agitada com o desejo que crescia dentro dela desde que o conheceu. Mas a reação do seu corpo foi surpreendente, ele somente a tinha beijado. Ela jamais tinha ficado excitada daquela forma.
Quando Rafael a beijou, o choque a manteve imóvel até que se derreteu e se deixou levar. Depois do primeiro toque dos lábios dele na sua boca, ela não podia ter parado mesmo se quisesse. Ele arrebatou-a e afogou-a em sensações maravilhosas.
Bolas! Aquilo simplesmente a tinha descontrolado totalmente. Saber que nunca poderia satisfazer os desejos que aquele beijo despertou, não fazia nada para aliviar os sentimentos que surgiram. Desejo! Luxúria ! Amor!
__ Amor?
Sara perplexa quase grita a palavra no silencio da sala. "Não...não era amor!!!! "Ela já não acreditava em amor. Luxuria ...desejo selvagem... isso sim.
Há muito que não sentia algo assim por um homem, talvez fosse possível viverem uma grande paixão sem que ninguém saísse magoado no processo. Normalmente era sonhadora. Algo que recentemente tinha deixado de ser, devido aos últimos acontecimentos da sua vida. Raramente perdia a noção daquilo que era fantasia e o que era real. Mas hoje tinha perdido.
O que Rafael fez ameaçava fazê-la cair de joelhos e fantasiar mais além. Mas sabia que nunca iria funcionar, haveria sempre danos sentimentais, pelo menos para ela. Então porque diabo estava a pensar nisso? Eles só se tinham conhecido no dia anterior. Ela só tinha que esquecer isto. Certo. Esquecer ou este novo começo de vida , teria fim antes mesmo de começar.
__ Pára com isso, Sara. - Murmurou varias vezes tentando interiorizar o pensamento de que um homem daqueles era areia demais para a sua camioneta, se ocupando com alguns documentos do escritório que precisavam ser organizados e arquivados no devido lugar.
Ela já tinha arquivado a maior parte dos documentos mais importantes, quando Berta a chamou para o almoço. Como ambas estavam sozinhas nesse dia , aproveitou para a conhecer melhor. Almoçaram juntas e falaram sobre as suas vidas. Depois do almoço Sara retomou o ritmo e continuou o trabalho, animada por se sentir util. Depois de algum tempo ouviu uma batida na porta, levantou a cabeça e ficou de queixo caído.
O homem era espetacular com seu espesso cabelo louro e seus vibrantes olhos verdes. Nunca tinha visto tantos homens atraentes como naquela cidade. Seria da comida , bebida ou somente dos genes?
__ Olá! - O homem sorriu mostrando uma fileira de dentes brancos. _ Posso entrar?
__ Claro! Por favor, entre. – Acenando Sara sorriu de volta. __Marco e Rafael não estão. Mas se eu puder ajudar?
__ Eu não vim ver o Rafael, vim ver-te a ti... Sara.
Ela de imediato arqueou uma sobrancelha, estava ali há umas horas na cidade.
_ A mim? Mas eu nem o conheço? - Perguntou perplexa. __ E como é que sabe o meu nome?
__ Oh! Perdoa-me. - Aproximou-se, estendendo a mão, forte e bem cuidada. __ Meu nome é Gaspar. Aqui as notícias correm depressa. É uma comunidade muito pequena, então... já todos sabemos que anda uma moça bonita por aqui á solta...pronta para ser caçada. - Declarou com um olhar predatório e um sorriso irónico.
Ficando séria Sara movimentou a cabeça descrente pela forma como ele falava sobre ela.
__ Isso é uma maneira um pouco estranha de se referirem a mim, eu não sou nenhum animal para ser caçado.
Gaspar encolheu os ombros, mas seu olhar era enigmático.
__ E só uma maneira de falar.
__ Então o que posso fazer por si? - Sara insistiu com ar cauteloso, sua nuca se arrepiava com o olhar daquele estranho.
__ Oh... por onde deveria começar ?
__ O quê? - Sara clareou a garganta apreensiva . __ Talvez seja melhor começar do inicio mesmo !
Gaspar jogou a cabeça para trás e riu divertido, mesmo Sara não percebendo onde estaria a piada.
__Eu tinha a intenção de passar mais cedo. Tinha que ter a certeza de que o Rafael não estava ele não ia gostar muito de me ver por aqui. Mas queria ter um vislumbre teu e estou contente por ter conseguido.
__ Então talvez seja melhor ir embora, Rafael pode aparecer a qualquer momento. Eu não quero problemas no meu primeiro dia de trabalho. - Sara implorou, apavorada. Não podia perder aquela paz e tranquilidade.
__ Não me rejeites já, doçura? - Ele agitou a cabeça. __ Sei que não me conheces, mas quero que penses em mim como um... Amigo. - Gaspar se aproximou e pegou a mão dela, a beijando com lentidão propositada, sem desviar de seu olhar. Ficando um pouco constrangida pela demora, Sara subtilmente puxa a mão..
__ Desculpe, Sr. Gaspar. Ainda não percebi em que posso ajudá-lo!!! - Ela já estava a ficar impaciente.
__ Escuta, só quero que sejamos amigos. - Ele suspirou. __ Gostaria de sair contigo um dia destes.
__ Então veio só para me convidar para sair? - Incrédula Sara ofegou, não pelo pedido , pois Gaspar não tinha feito uma pergunta e sim declarado algo que desejava.
__ Sim. Existem coisas sobre a cidade que eu poderia explicar. Até fazer uma visita guiada á nossa floresta. - Gaspar esboçou um sorriso, mas este não acompanhava seu olhar, uma expressão fria cruzou seu rosto num segundo.__ Não existe nada que eu desejasse mais nesse momento...que te acompanhar num passeio. Na verdade... existem animais selvagens por aqui...melhor mesmo que não andes sozinha na floresta ...ou o lobo mau ...pode te comer.
__ Animais selvagens? - Sara sustentou a respiração , não tinha ideia de algo assim, a cidade parecia segura. __ Neste momento quem me está a assustar é o senhor!
__Sim! Estou a ver. - Gaspar inalou o ar, sorrindo com vontade.__ Agora... preciso ir antes que os irmãos cheguem. Nos veremos novamente, doçura... é uma promessa.
Enquanto Sara via aquele homem bonito mas extremamente estranho a sair num carro desportivo vermelho, ela simplesmente arqueou a sobrancelha, não seria difícil de o encontrar, aquele carro saltava a vista em qualquer lugar que estivesse.
Depois daquele incidente ao meio da tarde, Sara conseguiu colocar todo o arquivo em dia. O final de tarde indicava que estava quase na hora de jantar e ela simplesmente se espreguiçou satisfeita no alpendre, olhando a lua a querer aparecer. Durante todo o dia Sara não viu sinais de Rafael ou Marco e após a visita estranha de Gaspar não pensou mais no beijo que tinham trocado, o que era bom. Assim dirigiu-se á cozinha, ajudando Berta na preparação do jantar, cuidou da mesa e quando olhou para a comida esfregou as mãos, parecia delicioso.
Sara estava sentada esperando pelos donos da casa quando ouviu a porta da entrada bater na parede. O estrondo era audível por todo lado o que a fez sobressaltar. Rafael e Marco pareciam preocupados quando entraram a passos largos diretamente para a cozinha. Marco deslizou na cadeira próximo a ela e Rafael sentou-se na frente. Completamente perplexa, se manteve quieta e calada. Talvez o dia lhes tivesse corrido mal , sabia que não tinha feito nada para provocar tais reações, mas quando Rafael a encara nervoso, todo o seu corpo tremeu.
__ Parece que tiveste uma visita hoje! - Marco afirmou tentando não demonstrar preocupação. __ O quê? - Olhei-o nervosa, eles não gostavam do Gaspar , por isso ia sobrar para mim. __ Estiveste a conversar com Gaspar . - Rosnou Rafael. __ O que é que ele queria? __ Como é que sabes que era ele? - Sara rapidamente declara com perplexidade . Berta chegou á mesa com o jantar, saudando cada um deles com um sorriso, não desvia o olhar de Sara como se a tranquilizasse.<
Como podia um sonho parecer tão real? Sara não sabia, mas seu corpo ainda vibrava do prazer que Rafael lhe tinha presenteado com sua boca...em sua mente. Droga, ele tinha que sair de seus pensamentos , rapidamente. Não iria voltar a se iludir com algo passageiro, ou estaria perdida de nova em sentimentos dolorosos. Durante os restantes dias a rotina era igual. Poucas vezes via o Rafael ou o Marco, somente ao jantar e ao pequeno-almoço. Mas isso era bom, assim não teria que controlar o seu desejo por ele, que infelizmente crescia dia após dia. Berta informou-a que quando tinham contractos a cumprir, era normal passarem mais tempo na floresta para preparar a madeira.
Naquela manhã, Sara acordou com uma forte dor de cabeça. Era normal, depois de Rafael a ter deixado quente e frustrada, devia ter tomado outro duche, mas desta vez frio. Em vez disso foi para a cama e revirou-se durante horas até adormecer.Ela ouviu vozes do lado de fora, levantou-se e foi até á janela. Abriu as cortinas e viu Marco e Rafael na entrada. Sabia que tinham planeado visitar um cliente e que iam estar fora todo o dia. Ela colocou a mão na boca.__ Maldição! Esqueci-me completamente.
Já tinha passado uma semana desde o segundo beijo e Sara tinha conseguido evitar, com sucesso ficar sozinha com Rafael. Já que ele tinha o hábito de a beijar apaixonadamente e depois a deixar tratar do resto sozinha, ela tinha que se proteger. Sabia que Rafael tinha percebido a distância que ela estava a interpor entre eles. Mas era necessário, porque se ele a beijasse de novo ia obrigá-lo a ir até ao fim e não sabia se era o certo a fazer. Ela queria que ele o fizesse de livre vontade, por ...amor.Ela estava encostada no armário a beber café com estes pensamentos quando Rafael entrou na cozinha, imediatamente ficou tensa. Ele olhou para ela, cauteloso.
Enquanto conduzia a camioneta para a pousada, pensava em como Gaspar era um mistério. Havia algo nele que não batia certo. Sempre que o via, sentia um aperto no estômago e o modo como a olhava metia medo. Quando entrou avisou Berta que tinha chegado e levou as cartas para o escritório. Colocou-as em cima da secretária, menos uma que não tinha remetente ,mas era destinada para ela.Subindo as escadas em direção de seu quarto, a abre de imediato, curiosa no inicio, apreensiva logo em seguida quando descobre que era de seus pais. Parou alarmada, eles nunca lhe escreviam. Ela sempre lhes telefonava uma vez por semana para dar notícias e saber como estavam. Sentou-se nos dois primeiros degraus
Já tinha passado uma hora desde que Sara se tinha ido deitar. Rafael foi ao quarto verificar se tudo estava bem, seu nervosismo estava latente em todo o corpo desde a hora em que ela fugira de seus braços. Sara dormia pacificamente estendida na cama, abraçando uma almofada. Como ele desejava substituir aquele simples objeto.Com aquele pijama minusculo, seu corpo reagia de imediato e ele suspira . Sem conseguir evitar , Rafael senta-se na beirada , alisando seu rosto com carinho, murmurando.__ Minha companheira.Sara remexe-se por momentos e ele para, observando cada detalhe de seu rosto, ouvindo cada batimento de cor
Ele deitou-a na cama e começou a beijá-la até que não podia mais respirar. Sara perdeu até a habilidade de pensar, agora queria somente usufruir de uma noite de sonho nos braços de Rafael, pela manhã poderia refletir sobre tudo o que se passara e suas consequencias. Sentiu seus calções verdes de algodão serem removidos com uma sensualidade desmedida, ele se afastou dos lábios dela e retirou o top branco por cima da cabeça. Mãos cobriram seus peitos, beliscando em seus mamilos duros de excitação provocando a humidade entre as suas coxas. Rafael entrelaçou os dedos com os seus, erguendo os braços acima da sua cabeça, enquanto ele brincava com um mamilo, passando os dentes por cima, a lingua, sua boca fechando sobre cada um deles. Afogada nu
Rafael deslizou de cima dela e deitou-se na cama puxando-a para o seu peito, abraçando-a forte como se tivesse medo que ela desaparecesse.__ Estás bem? - Ele perguntou suavemente antes de seus lábios capturarem os dela num beijo tão possessivo e ao mesmo tempo tão carinhoso.__ Estou ótima, não podia estar melhor... - Sara tinha perdido um pouco de sua energia, estava exausta mas satisfeita. __ Podes acreditar.__ Bom saber! - Rafael riu, acariciando suas costas com a ponta dos