Todos os capítulos do O filho secreto do Beta - Livro 4: Capítulo 31 - Capítulo 35
35 chapters
31. O Confronto
MalloryEu queria falar.Queria explicar tudo ali mesmo, no meio da floresta, antes que meu pai e Ragnar ficassem ainda mais irritados. Mas assim que tentei abrir a boca, Jordan me lançou um olhar cortante, sua postura de Alfa irradiando uma ordem silenciosa.— Não aqui. — Sua voz veio baixa e firme. — Vamos para casa.Minhas orelhas baixaram.Ragnar manteve-se em silêncio, mas seu olhar severo indicava que ele também queria explicações.Então, sem mais nenhuma palavra, nos viramos e seguimos de volta para casa.***Assim que cruzamos os limites da propriedade, meu pai acelerou os passos e rosnou, sua presença dominando o ambiente. Eu conhecia aquele som.Ele estava furioso.— Explique.Minha respiração ficou presa na garganta.Ainda estávamos todos em nossa forma lupina. Meu pai mantinha a postura rígida, os olhos fixos em mim, exigindo uma resposta. Ragnar estava ao lado dele, seu lobo imponente observando a cena com um olhar calculista.Engoli em seco e dei um passo à frente.— Eu.
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32. Decisão
MalloryO peso da conversa caía sobre mim como uma tempestade prestes a desabar. Meu corpo ainda tremia, tomado por um misto de raiva e medo. Eu sentia minha loba inquieto sob minha pele, querendo reagir, querendo lutar contra a pressão esmagadora da situação.Mas lutar contra aqueles lobos era inútil.O silêncio na sala era opressor. Eu podia ouvir o ritmo constante da minha respiração, entrecortado pelo som da madeira estalando na lareira.Meu pai estava parado diante de mim, os braços cruzados, seu olhar severo deixando claro que não aceitava desculpas. Ragnar permanecia ao seu lado, sua postura imponente e o olhar calculista, analisando cada mínimo detalhe da conversa. Gabriel, por outro lado, mantinha-se mais afastado, mas ainda assim atento, pronto para intervir caso fosse necessário.E eu?Eu sentia como se estivesse presa no meio de uma arena, prestes a ser julgada.— Você poderia ter me dito antes, Mallory. — Meu pai quebrou o silêncio, sua voz baixa, mas carregada de frustra
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33. Sobrevivência
KarevA madrugada era fria e silenciosa quando cheguei ao centro da clareira. A luz pálida da lua filtrava-se entre as copas das árvores, lançando sombras distorcidas no chão irregular. O chamado veio pouco tempo depois que deixei o alojamento, e agora, junto aos outros competidores, eu estava prestes a descobrir o motivo de tanta urgência.Meus sentidos estavam aguçados. A tensão no ar era vibrante.Meu lobo, sempre inquieto, se retesou assim que meus olhos pousaram em Jackson e Modrik. Eles estavam do outro lado da clareira, conversando em tons baixos, os sorrisos presunçosos nunca deixando seus rostos.Meu instinto gritou para atacá-los.A lembrança do que aconteceu na floresta ainda estava viva em minha mente. Eles não tinham apenas me provocado naquela noite. Tinham desrespeitado Mallory. Tiveram a audácia de falar dela como se fosse uma posse, algo a ser tomado.Meus punhos se fecharam, a raiva crescendo em meu peito.Mas não.Não aqui.Não agora.Respirei fundo e forcei meus mú
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34. Armadilha
KarevO primeiro passo para dentro da floresta foi como atravessar uma barreira invisível. A clareira, iluminada pela lua, ficou para trás enquanto a escuridão da mata me envolvia completamente. O silêncio era esmagador, quebrado apenas pelo farfalhar das folhas ao vento e pelo som distante de animais se movendo na vegetação.Cada fibra do meu corpo estava alerta. Meu lobo vibrava sob minha pele, ansioso para tomar o controle, para se libertar e lidar com qualquer ameaça que surgisse. Mas eu o mantive sob controle. Essa não era uma prova para o meu lobo. Era uma prova para mim.Meus olhos se ajustaram rapidamente à penumbra, absorvendo cada detalhe do ambiente ao meu redor. A lua mal conseguia atravessar a copa das árvores, criando sombras distorcidas que pareciam se mover quando eu piscava.Respirei fundo, filtrando os cheiros ao meu redor. Terra úmida, madeira, a presença de animais próximos… e algo mais.O cheiro de Jackson e Modrik.Eles estavam perto.E, pelo jeito, não estavam p
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35. A Noite da Decisão
KarevA noite estava mais densa agora. O ar frio roçava minha pele enquanto eu caminhava em meio à vegetação alta, cada passo cuidadoso para evitar fazer barulho desnecessário. Depois de sair daquele buraco miserável, meu corpo ainda pulsava com a irritação. O tempo perdido ali dentro poderia ter custado minha vantagem.Mas agora eu estava livre.E precisava encontrar a porra da minha prova antes do amanhecer.Meus olhos varreram a floresta, atentos a qualquer sinal de movimento. Eu já havia aprendido que nada aqui acontecia por acaso. Essa floresta estava viva, cheia de presenças ocultas, observando, esperando. Meu lobo vibrava sob minha pele, inquieto, querendo emergir e lidar com isso de um jeito mais direto.Mas eu não podia me transformar.Isso fazia parte do teste.A lógica do torneio era clara: antes de provar que eu podia liderar outros lobos, eu precisava provar que podia controlar o meu próprio.Eu me abaixei atrás de uma formação de pedras, minha respiração estabilizando en
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