32. Decisão
MalloryO peso da conversa caía sobre mim como uma tempestade prestes a desabar. Meu corpo ainda tremia, tomado por um misto de raiva e medo. Eu sentia minha loba inquieto sob minha pele, querendo reagir, querendo lutar contra a pressão esmagadora da situação.Mas lutar contra aqueles lobos era inútil.O silêncio na sala era opressor. Eu podia ouvir o ritmo constante da minha respiração, entrecortado pelo som da madeira estalando na lareira.Meu pai estava parado diante de mim, os braços cruzados, seu olhar severo deixando claro que não aceitava desculpas. Ragnar permanecia ao seu lado, sua postura imponente e o olhar calculista, analisando cada mínimo detalhe da conversa. Gabriel, por outro lado, mantinha-se mais afastado, mas ainda assim atento, pronto para intervir caso fosse necessário.E eu?Eu sentia como se estivesse presa no meio de uma arena, prestes a ser julgada.— Você poderia ter me dito antes, Mallory. — Meu pai quebrou o silêncio, sua voz baixa, mas carregada de frustra
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