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Todos los capítulos de Um Sorriso Para o CEO: Capítulo 51 - Capítulo 60
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Celina - Capítulo 51
Minha inteligência sempre foi um problema. Eu não conseguia fazer amigos. Era sempre muito doloroso me encaixar no mundo dos outros, preferia sempre ficar sozinha. Agora que era o momento de usá-la em todo o seu esplendor, estava agindo como uma tonta me deixando perturbar por um toque de um homem solitário e enlutado. Peguei Sofia na escola e passamos o final da tarde conversando e brincando. Depois jantamos. Eu tinha acabado de colocá-la na cama às vinte horas, conforme orientações dispostas na agenda diária. Eu sabia que ela estava fingindo dormir. Assim que saí do quarto, ouvi suas risadinhas e os passinhos correndo pelo cômodo. Achei divertido e fingi não saber de nada. Gabriel não estava em casa, então não teria problemas. Pelo menos por enquanto. Eu não o via desde ontem… desde aquele momento. Nem sei como descrever o que foi aquilo. Mas aquela conversa com Joana me deixou ainda mais apreensiva. Eu não tive coragem de contar tudo a ela. Não contei que Gabriel deslizou os
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Gabriel - Capítulo 52
Precisava me explicar com ela, eu tinha sido tão impulsivo e imprudente. Eu era o chefe dela, me comportei muito errado. Eu suspirei fundo e tirei a gravata de vez, mas a sensação de estar sufocando ainda permanecia. Repeti mais uma vez o nome dela, para me dar tempo de encontrar as palavras certas. — Celina. — Sim senhor. — Me desculpe pelo que aconteceu no escritório. Foi completamente impróprio… — Eu entendo, senhor. Não precisa se preocupar com isso. Não pense nisso. Então por que eu continuava pensando? — Mesmo assim — continuei, tentando convencer a mim mesmo tanto quanto a ela —, garanto que não vai se repetir. Eu estava confuso… — Sim, eu sei. O senhor tinha bebido, não estava em plenas faculdades. Me admiro até que se lembre. Eu me lembrava. Cada detalhe. Estava completamente lúcido. Toquei os lábios dela, e toquei o rosto dela porque quis, porque desejei sentir sua pele. Mas não deveria. Não deveria nem pensar nela agora, do jeito que eu pensei. — Foi o momento — afi
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Gabriel - Capítulo 53
Já tinha passado alguns dias desde meu comportamento idiota no quarto de Sofia, e eu havia decidido que não trataria Celina com frieza, nem agiria de forma cruel com ela. Não poderia me permitir ser esse tipo de homem. Eu controlaria minhas emoções, era isso o que faria. Controle. O que eu sentia não era nada além de uma atração passageira, apenas um impulso. Algo normal, comum — sou homem, e Celina era uma mulher atraente. Era só isso. Aos poucos, as coisas voltaram ao normal, ou ao mais próximo disso. Eu estava começando a interagir com ela de maneira mais tranquila, sem aquele peso, sem aquele conflito interno. Era apenas uma questão de manter a compostura. O trabalho me ocupava o dia inteiro, mas eu sempre fazia questão de dar meu beijo de boa noite em Sofia, como se fosse uma rotina que eu nunca mais deixaria de cumprir de novo. Assim que saí do quarto aquela noite, fui pego de surpresa ao ver Celina ali sentada no sofá, lendo um livro. Hesitei por um instante, mas me aprox
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Celina - Capítulo 54
Finalmente, a véspera da festa havia chegado. Sofia estava ansiosa, e eu já tinha separado um lindo vestido do armário dela para o grande dia. Ao me dirigir para o meu quarto, a governanta me chamou, apressada, informando que Penélope, mãe de Maria – a amiga de escola de Sofia –, estava ao telefone. Um aperto surgiu no meu peito. Será que a festa tinha sido cancelada? — Sim? — Celina? É a senhora Penélope, mãe de Maria. — Muito prazer. — Estou entrando em contato porque a presença de Sofia foi confirmada, e, como a pobrezinha não tem mãe, né? E o pai... bem, acho que não preciso dizer nada sobre isso. Você deve saber bem o quanto ele é difícil. Enfim, gostaria de saber se Gabriel vai comparecer. Seria muito bom se ele viesse… — Ele é muito ocupado, provavelmente não poderá. — Entendo. Só queria dizer que o traje é gala, está bem? — Certo. Obrigada. Desliguei e liguei para Joana, aquela mulher estava tentando pregar uma peça em mim? Tr
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Gabriel - Capítulo 55
Celina seria massacrada naquela festa. Eu sabia que ela era inteligente, mas, como minha babá, jamais seria vista como igual por aquelas mulheres da alta sociedade. Elas a devorariam com sorrisos falsos, olhares refinados e indiretas angustiantes. Já tinha visto isso acontecer antes: com Lívia. Minha esposa nunca pertenceu ao nosso círculo, e por mais que tentasse, sempre a trataram com condescendência. Comentários sutis, risadas contidas, olhares que a mediam como se nunca fossem suficientes. Eu sabia o peso disso. Eu vi o brilho nos olhos dela se apagar aos poucos. Não deixaria que acontecesse de novo. Peguei o celular, deslizei o dedo até a agenda e, com um clique, fiz a chamada. Do outro lado da linha, a voz de Madalena atendeu. — Senhor Gabriel, como posso ajudá-lo? — Sei que está tarde, Madalena. Mas preciso de um vestido. E é para amanhã, no máximo até as dezessete horas. — Ora, Senhor Gabriel! Nunca é tarde para o senhor! — Excelente! Qu
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Sofia - Capítulo 56
— Basta usar o pincel assim e você verá como as árvores ganham vida. Sua vez — me explicou Celina, diante da tela cheia de cores com uma paisagem de arvore que eu tentava pintar. Eu dei batidinhas rápidas com o pincel com o verde-claro e a árvore pareceu ganhar vida. Fiquei radiante. — Celina, deu certo! Deu certo! Eu adorava esse momento com ela. Sempre que o papai saía, a gente corria para o quarto dela para pintar. Celina escondia tudo na outra sala do quarto, onde só a gente entrava. Papai nunca ia lá, e mesmo que fosse, não ia notar os desenhos que a gente deixava na parede da antessala. O quarto dela era enorme, com um lustre gigante e móveis bonitos, mas o que eu mais gostava era esse cantinho escondido, onde parecia que só existia a gente duas. — Será que papai me deixaria ter essas coisas de pintura que você tem?— perguntei à Celina. — Hum… podemos tentar falar com ele. Mas até lá pode usar meus pincéis e tintas. — Ah, obrigada
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Gabriel - Capítulo 57
Quando deixei o escritório, minha mente ainda estava inquieta. Cheguei em casa, subi direto para o meu quarto, tomei um banho e vesti meu smoking, ajeitando a gravata no espelho com mais cuidado do que o habitual. Algo estava diferente naquela noite, embora eu ainda não soubesse exatamente o quê. Fui até a sala, mas a Celina ainda não tinha aparecido. Caminhei até o sofá, checando o relógio mais vezes do que gostaria de admitir. Quando levantei os olhos, ouvi o som de passos leves na escada. Lá estava ela: minha princesa. Sofia descia as escadas com a delicadeza de uma bailarina, envolta em um vestido rosa com detalhes em pérola que pareciam brilhar sob a luz suave do lustre. Ela era o rosto do amor. O tecido fluía como um sonho, com pequenas flores bordadas na saia que balançavam a cada passo. Ela segurava a barra do vestido com as mãos delicadas, um sorriso tímido iluminando seu rosto enquanto seus cachos dourados molduravam sua expressão de pura alegria.
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Celina - Capítulo 58
Gabriel estava impecável, o corte do tecido ajustando-se perfeitamente aos ombros largos e à postura altiva. A gravata borboleta adicionava um toque clássico, enquanto os cabelos levemente despenteados pareciam um contraste deliberado, quase desafiador. Havia algo nele que ia além da aparência. Talvez fosse a confiança tranquila com que ele se movia, ou o olhar penetrante que parecia enxergar além de qualquer máscara. Por um momento, me senti vulnerável, como se ele pudesse ver através de mim, mas mantive a compostura. Quando me aproximei, eu disse: — Me perdoe, senhor. Estou atrasada. — Você está linda! — Ele pigarreou e completou — Quero dizer, as duas estão. Quanto ao atraso, não há problema. Nunca é bom chegar no horário nessas festas. Nunca é bom o quê? O que aconteceu com o senhor pontualidade? — Espero que tenha gostado do vestido. — É realmente maravilhoso! — Eu tinha esse… costume… de trazer uma rosa para Sofia em ocasiões es
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Celina - Capítulo 59
— Não precisa temer nada, Celina. — Senhor Gabriel, eu… não sei se consigo fazer isso. — Minha voz saiu quase em um sussurro, trêmula. — Você vai conseguir, Celina. Porque, se não o fizer, elas serão cruéis e tentarão te rebaixar. Não permita isso. Eu não vou permitir. Levantei o olhar para ele e percebi que aquilo não era apenas sobre mim. Gabriel queria me proteger, sim, mas parecia carregar um peso antigo, uma culpa que o seguia. Arrisquei perguntar: — Tentaram fazer isso com a mãe da Sofia?Ele engasgou, como se não esperasse a pergunta, e respondeu com a voz carregada de amargura: — Sim. Sempre faziam isso com ela. Depois do que aquela mulher disse hoje, imagino que tenha ficado claro para você que minha esposa não fazia parte do mesmo círculo social que eu. Lívia sofria muito tentando se adaptar mas não davam a ela nenhuma chance. Ele suspirou profundamente, o peso da lembrança evidente em sua expressão. — No início, eu acha
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Celina - Capítulo 60
No começo estava nervosa mas depois de saber como essas pessoas eram, me enchi de uma coragem de rebatê-las. De repente, uma vontade inesperada brotou em mim, como se eu tivesse algo a provar, não para elas, mas para mim mesma. A ideia de recuar, de deixar que me intimidassem, se tornou inaceitável. E naquele momento, eu decidi: se era para estar naquele jogo, então eu jogaria – e jogaria bem. E a minha primeira prova já estava a caminho, avançando em minha direção como uma tempestade anunciada. Penélope, aproveitando a oportunidade de Gabriel ter me deixado sozinha, vinha acompanhada de duas madames tão altivas quanto ela. Sem a menor cerimônia, Penélope se acomodou na cadeira à minha frente, ocupando o espaço com a confiança de quem estava em seu território. Suas seguidoras se sentaram logo depois, como se cumprissem um ritual ensaiado. Levantei o olhar e percebi Gabriel a certa distância. Ele tinha interrompido a conversa para nos observar, seu olhar fixo
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