A semana passou lentamente, como se o tempo tivesse decidido se arrastar, saboreando cada momento. Eu, por minha vez, me perdi nas tarefas diárias, ocupando a mente e o corpo para tentar não pensar no que estava acontecendo, ou melhor, no que “não” estava acontecendo. Cada dia que passava, o vínculo com Caelum parecia se enfraquecer, como uma chama prestes a se apagar. Mas, ao mesmo tempo, havia algo dentro de mim que não deixava essa chama morrer completamente. A presença de Freiren em minha mente, a conexão com o lobo dele, eram inegáveis. E eu sabia que ele também sentia isso, mesmo que se recusasse a admitir. Na cozinha, eu era uma ajudante simples, sem nada que me destacasse entre os outros membros da equipe. A comida era simples, mas nutritiva, e os aromas que preenchiam o ar me lembravam de casa, de tempos mais simples. Não era a vida que eu tinha sonhado, mas pelo menos estava segura. No entanto, não era fácil esquecer de Caelum. Eu sentia o peso de sua ausência, a tensão
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