O sol já iluminava o apartamento amplo em Goiânia, mas Isabele ainda não tinha conseguido tirar Davi da cama. O café da manhã estava sobre a mesa, intacto, e o relógio marcava a hora exata em que ele já deveria estar se preparando para sair. Mas, como nos últimos dias, a resistência dele era absoluta. — Davi, levanta, filho. Você vai se atrasar para a escola. Ele permaneceu deitado, de costas para ela, abraçando o travesseiro com força. — Eu não quero ir. A voz dele soava emburrada, mas por trás da teimosia, Isabele reconhecia o que realmente estava acontecendo: Davi não estava apenas fazendo birra. Ele estava magoado. E, dessa vez, ela não sabia como consertar isso. Suspirando, ela se sentou na beira da cama e passou a mão pelos cabelos dele, mas o menino afastou sua mão com um gesto brusco. — Por favor, filho... — Sua voz saiu baixa, cansada. Finalmente, Davi se virou, e Isabele sentiu o impacto daqueles olhos azuis que sempre a faziam lembrar de Álvaro. Eram idênticos aos do
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