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Todos os capítulos do Hannah e Dois Corações : Capítulo 21 - Capítulo 30
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21. PERDIDA ESTOU EU! (Hannah)
Tinha que aproveitar meus quinze minutos de almoço, e não havia muitas pessoas no refeitório, que pena, queria fazer novas amizades, saber das fofocas da empresa. Degustei o meu pedido e fui olhando as mensagens no celular. Lilith diz: “E aí, xodó, como está sendo o seu “first day”? Grupo Mat.ClassOne (13 mensagens) Nem vou abrir agora, em casa eu vejo. Vamos ver o que mais temos aqui…Momy diz: “Esqueceu da mamãe?”Alfredo (pai) diz: “Sua mãe quer saber de você. Tia Catarina diz: “Liga pra sua mãe”Mas gente, será que toda mãe é assim, ou só a minha? Ou eu como ou ligo pra ela. Resolvi colocar mais comida na boca, agora só tinha mais uns sete minutos, nem sei como ia dar tempo de escovar os dentes. — Olá, mocinha, você aceita um suquinho? – Era D. Nina, a gentileza em pessoa. — Estava passando para ir na copa, aqui tem laranja e maracujá. — Ah, D.Nina, mas que amor…— Imagina, o primeiro dia deve ser tão difícil, não é? — Eu estou adorando, sabe, eu estava empolgada para trabal
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22. GASOLINA NA FOGUEIRA.(Tabita)
— Boa tarde, Tabita, como você está? Passei a noite no Hospital 24h, no pronto atendimento, em um soro interminável!— Boa tarde, Apolo, estou bem, e você? – Pergunto por educação, porque já vi que está maravilhoso. Ahhh! Meu Pai, se esse homem me desse bola. Se recomponha, mulher!!!— Estou bem. Vou tomar um café, Carlos está lá em cima, estou com walk e celular. Sempre profissional, nem uma gracinha. Apesar que todos aqui sabem do boato que dorme com a abelha rainha. — Claro, pode deixar – fiz sinal de continência para ele com dois dedos na testa. Mas ele estava tão em outro mundo, acho que nem viu. — Boa tarde, Tabita, vim te cobrir. — Boa tarde, Graça, nem vi a hora passar. Vou subindo, então, obrigada. Chamei o elevador, quando abriu a porta, para minha surpresa o antipático do novato estava ali parado, com uma cara branca que nem fantasma. Ele estava encostado no espelho, parecia tonto e ofegante. Apertei o terceiro andar, onde tinha uma copa mais perto. Melhor levar ele p
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23. MOTOCICLISTA(Lilith)
— Bom, pessoal, por hoje é só – todos bateram palmas depois do último repasse de cena. — Diego, você quer falar mais alguma coisa?— Não, só fiquem de olho no grupo com instruções para o próximo ensaio. — Lili, você tem notícias da Bruna e do Christian? – Uma das atrizes perguntou para mim, fazendo com que eu olhasse o celular. — Não tem nenhuma mensagem deles, mas vou ligar daqui a pouco e posto no grupo. — Ok, valeu. Tchau!!Olhei para o celular e tinha só a mensagem da Hannah sobre levar a amiga Sara lá pra casa. Já tinha respondido que sim, ela tinha uma cópia da chave podia me esperar lá. Diego estava arrumando o palco, e aproveitei para fazer uma chamada de vídeo, para o Chris. Surpreendentemente, Bruna atendeu. — Oi, Lili, desculpa não ter dado notícias antes. Eu até ia mandar uma selfie no grupo, mas não tivemos tempo, sabe, espera que vou mandar.O telefone avisou que chegou mensagem no grupo, sem desligar a ligação eu abri a foto. Bruna estava agarrada no pescoço de Chri
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24. PAOLA E CLARA (Sara)
Eu conheci Paola em um encontro de motos, em uma cidadezinha do interior. Fui com um amigo meu. Estávamos no posto de gasolina abastecendo antes de chegar ao destino e ela estava lavando as mãos no banheiro. — Que tatoo linda você tem no pulso! – Eu vi que era um pássaro azul saindo de uma gaiola enfeitada com lindas flores brancas. — Doeu muito para fazer. — Sim, bastante, aqui é uma área bem sensível. Ela deu um leve sorriso triste para mim e ficou me olhando pelo espelho. — Melhor eu ir, tchau!— Tchau, Sara. Quando ela me chamou pelo nome, fiquei intrigada, mas algo me dizia para não perguntar nada e apenas ir embora dali. Olhei mais uma vez para ela pelo espelho, e sorri naturalmente, não pude evitar. Até coloquei meus cabelos para trás da orelha, com timidez. Passei o resto da viagem olhando a natureza e lembrando da imagem da tatoo e o rosto dela no espelho me olhando. Às vezes, eu imaginava ela sussurrar meu nome, para sentir aquela sensação de novo. Quando chegamos na
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25. BATIMENTOS (Apolo)
— Enfermeira, posso falar com o médico agora, por favor? — Sr. Trindade… — É Apolo, o senhor está no céu. Agora não venha me dizer que o doutor não pode vir por isso ou aquilo. Eu posso me dar alta se eu quiser, porque isso não é uma prisão, certo? — Acontece que o senhor… — Eu já disse…— Desculpa, você não está em condições de andar e se continuar agitado, tenho permissão de aplicar um calmante no seu soro. — Nem pense em uma coisa dessas. Eu tentei mesmo me levantar, imagine, eu preso em uma cama de hospital. Se você pudesse pensar em um pesadelo mais terrível para minha vida, seria isso. Acho que chega a ser uma fobia. Vou tentar de novo. Mas o que é isso, está tudo girando….— Sr. Apolo, pelo amor de Deus… pessoal ajudem aqui!A enfermeira não me aguentava sozinha, coitada, caí sobre ela como uma jaca madura. Depois de dois rapazes me colocarem na cama, e me sedaram, eu dormi por muitas horas. — Bom dia, dorminhoco. Era a cara feia do Maurício me olhando e vindo com um
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26. DANÇA (Rodolfo)
Bruno diz: “E aí, Dolfo, não falou mais comigo.”Bruno diz: “Como você está?”Rodolfo diz: “Estou bem, tato, mas preciso saber se o velho vai estar em casa amanhã.”Bruno diz: “Você vem ver a mamãe?”Rodolfo diz: “Sim, vou ver vocês dois.”Bruno diz: “Podemos nos encontrar em algum lugar. Ele vai estar sim.”Bruno diz: “Que tal no Viennas Bar? Você sempre gostou de lá.”Rodolfo diz: “Depois combinamos, não se preocupe.”Amanhã eu vou falar poucas e boas pra ele. Se ele acha que pode comprar minha vaga dessa forma, é muita humilhação. Já não basta o que ele me fez a vida toda, cada passo, cada palavra que eu pronunciava tinha que estar à altura dos Alcântara Fortunato. Preciso de uma bebida. — Olá, tudo bem? Desci até a recepção do hotel. —Sabe onde tem um barzinho aqui perto, nada muito chique? — Claro, senhor… — Por favor, pode me chamar de Rodolfo. Eu apelei juntando as mãos. A última coisa que queria ouvir era meu sobrenome agora . — Sim, Sr. Rodolfo. É só seguir duas quadras
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27. BRUCH(Nicolas)
— Então Antonella, como está se saindo nossa nova secretária? — Sr. Nicolas, não é lá grandes coisas, mas ainda está muito cedo para avaliar. Eu dei um sorriso arrogante para ela. Antonella sabia ser maldosa quando queria e eu sabia disso, precisava às vezes ser pulso firme, porém ela é essencial pra mim. — Ajude a moça e a trate bem, não quero desavenças no trabalho. — Claro, Sr. Nicolas, se houver, não será da minha parte e sim…— Antonella, eu sei que não haverá. Onde está Hannah? — Ela foi arrumar a sala de reuniões nove. O olhar dela era fulminante agora, até atendeu uma ligação para não falar mais comigo. Acho que não me sai muito bem nessa conversa. Procurei Hannah e a encontrei marcando os lugares na mesa. Nátali tinha razão, ela era encrenca pra mim. Fiquei parado olhando como ela se movia, a maneira como seus lábios pronunciavam sem som os nomes, que procurava antes de colocar achar. Como colocava o cabelo atrás da orelha, quando abaixava a cabeça. Parecia uma sinfoni
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28. COPO DE CHÁ (Hannah)
Hannah diz: “Lili, minha amiga Sara pode ficar hoje na sua casa? Estamos indo à delegacia da mulher. Deu ruim aqui, a namorada apelou de novo.”Lilith diz: “Claro que sim, você está com sua chave? Estou no ensaio.”Hannah diz: “Sim, não se preocupe, eu vou passar em casa e pegar algumas coisas para dormir lá com vocês.”— Sara, vai ficar tudo bem. Eu falei com a Lili e ela vai te receber hoje mesmo. E nem pense em desistir. Olhe para mim. – Ela parecia tão perdida. Tinha que ser forte por nós duas. — Sara, se quiser tirar a queixa depois é por sua conta. Mas tire um tempo para pensar, por favor. Faça a denúncia e fique com a Lili. Veja por si só como você está tremendo.Olhei para o rosto mais apavorado do que quando estava diante da Paola. Limpei uma lágrima que caia no rosto dela e fechei meus olhos para fazer uma prece nos meus pensamentos.“Meu Senhor, ajude essa minha amiga neste momento de aflição. Sei que nossas escolhas nos levam a essas consequências, mas também sei da Sua gra
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29. KARLA (Karla)
Celular tocando – música de despertador.Eu desliguei o despertador às 05:15, nem mais nem menos, e nunca, jamais colocava na soneca.Dobrei os lençóis e guardei. Arrumei a cama e me certifiquei que estava tudo bem esticado. Adorei a combinação de tons roxos degradê até lilás e a cômoda azul, ficou igual a revista. Ainda bem porque estar saindo com aquele QI de me*da, tem que valer alguma coisa.Enfim, colocar minha legging de quinta-feira e partiu para academia. _ Karla, minha filha, pode passar hoje na companhia de luz e verificar aquelas contas em atraso pra mamãe? _ Mãe, ninguém vai nesses lugares, tem aplicativo pra isso agora. E que história é essa de luz em atraso? Aquele imprestável do seu… _ Karla, pelo amor de Deus, minha filha, fale mais baixo, ele está em casahoje. _ Milagre, né, uma vez por mês. Aproveita e pede pra ele consertar otelhado. Sabe que tá chovendo em cima dos filhos dele, já estão todos lascados com bronquite desse mofo horrível nos quartos. _
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KARLA (PARTE 2) ( Karla)
_ Esperando pra começar a partida e não apareceu na jogada? Ele parecia realmente furioso. _ Tá me fazendo de otário, gata, me fez comprar aquele monte de lingerie à toa… _ Hei!! Olha como fala comigo, tá pensando o que, cara mal? Fala direito com sua gata. Sentadinho aí.Como eu tive que falar alto, as meninas correram para meu guichê. _ Karla, cê tá doida.Eu coloquei o celular no mudo e corri para a copa. _ Vocês duas fiquem de olho e não deixe ninguém entrar aqui, eu tenho que resolver isso. _ E como você quer que nós façamos isso? _ Se virem, depois eu compro um presente pra cada… – eu empurrei as duas para fora rapidamente e fechei a porta do cômodo. _ Mas Kar… _ Aí, gata, não começa, cê sabe como eu fico… _ Ca-la-di-nho!!! — Então abri a câmera do celular e apoiei o aparelho na cafeteira.Era só eu começar um showzinho meia boca pra ele se acalmar. _ Karla, não vai rolar. Essas paradas tuas aí de me enfeitiçar e deixar eu pegar fogo pra depois cai
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