Aquele era o primeiro dia do ciclo mais importante da Lua dos Antigos, a lua cheia que culminaria com o eclipse aguardado por toda uma geração. A luz prateada filtrava-se suavemente pelas copas das árvores, clareando a floresta. Althea, em sua forma lupina, sentia a terra sob suas patas como uma extensão de si mesma, enquanto Eyle corria ao seu lado. Suas respirações estavam sincronizadas, o ritmo da caça fluindo como uma melodia ancestral. A corsa que perseguiam saltava adiante, ágil e elegante, mas Althea sabia que era só uma questão de tempo até encurralá-la.Elas estavam na floresta desde a noite anterior, e a corrida era mais do que uma mera atividade física; era uma celebração silenciosa de tudo o que haviam compartilhado, da conexão com seus instintos e dos momentos de apoio mútuo. Para Eyle, essa experiência marcava uma aceitação de si mesma e a consciência de que era chegado o momento de fazer suas escolhas. Para Althea, um ato de retribuição, uma oportunidade de cuidar de qu
Ler mais