A respiração saiu pesada de meus lábios assim que eu e Teri atravessamos a entrada da boate. O alívio foi imediato, mas não o suficiente para dissipar a tensão que vinha me acompanhando durante todo o trajeto. Pegamos um Uber naquela noite, algo que quase nunca fazíamos já que não podíamos nos dar ao luxo de pagar algo mais caro do que uma passagem de ônibus, e mesmo assim, cada minuto do caminho foi uma tortura. Eu não conseguia parar de pensar que, de alguma forma, alguém descobriria o que havia na mala que carregávamos. Claro, era paranoia minha, mas a sensação não me deixava em paz.Assim que cruzamos a porta, percebi algo estranho: Pedro não estava no seu lugar habitual. Em vez disso, um segurança novo, que eu nunca tinha visto, ocupava o posto.— Oi, cadê o Pedro? — perguntei, me aproximando.— Ele está com uma virose — respondeu, com um tom neutro, sem sequer desviar o olhar da entrada. — Me chamaram pra cobrir hoje.Suspirei, desapontada, mas não deixei de sorrir.— Logo hoje
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