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Todos os capítulos do Uma noiva para o Magnata Turco: Capítulo 51 - Capítulo 60
61 chapters
Capítulo Cinquenta e um!
Ferman AksoyCheguei ao cassino de Kemal com o estômago revirado. Já era irritante o suficiente saber que Leyla poderia estar ali sem me dizer nada, mas vê-la parada na porta, como se o mundo ao redor não existisse, fez algo dentro de mim explodir. Desci do carro e caminhei em sua direção, minha voz saindo mais ríspida do que eu pretendia. — Imaginei que estivesse aqui. Você quer me deixar louco, Leyla? Como vem até aqui sem me dizer nada? Ela me lançou um olhar indiferente, fingindo que nem me escutava. Um táxi se aproximava, e, sem hesitar, ela estendeu a mão para pará-lo. — Leyla! Estou falando com você! — gritei, mas ela já abria a porta do táxi. Antes que eu pudesse entrar também, ela fechou a porta com força e ordenou ao motorista que seguisse. Pisquei incrédulo por um segundo antes de correr para o meu carro. Liguei o motor e segui o táxi, minha irritação apenas crescendo a cada quilômetro percorrido. "Como ela ousa me ignorar assim?"pensei, o volante quase sendo e
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Capítulo Cinquenta e dois
Leyla Ylmaz Quando Ferman me soltou, por um instante pensei em afastá-lo, em reerguer a muralha que sempre mantive entre nós. Mas, em vez disso, fiz o que meu coração gritava há tempos. Segurei seu rosto entre as mãos e o beijei. Foi um beijo carregado de dor, desejo e todas as palavras que não consegui dizer antes. Quando nos separamos, seus olhos brilharam com uma intensidade que quase me fez recuar, mas eu não podia perder o foco agora. — Preciso ir até a sala da Eliza — disse, tentando recuperar o controle. Ele levantou, mas não me impediu. Apenas assentiu, observando-me sair com o mesmo olhar que sempre me desarmava. Ao entrar na sala de Eliza, ela levantou os olhos, surpresa, mas manteve sua habitual expressão desdenhosa. Fechei a porta atrás de mim e coloquei a pequena caixa sobre a mesa dela. — Não se preocupe, não é uma bomba. — Minha voz saiu fria, mas controlada. — Eu não sou o tipo de pessoa que tenta assassinar inocentes. E esse bebê que está no seu ventre é um
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Capítulo Cinquenta e três
Ferman Aksoy Leyla. Sempre Leyla. A mulher era um enigma envolto em caos, e naquele dia, o caos parecia ter decidido se instalar no meu hospital. Desde a manhã, ela havia sido o tema recorrente na minha mente. E não por boas razões. As lembranças da nossa última discussão estavam frescas, cortantes. Eu tentava afastá-las enquanto analisava relatórios, mas a cada palavra que lia, sentia a irritação crescer como uma febre. —Ferman, estás sempre a complicar.— ela dizia, como se eu fosse o problema. Não importava que fosse ela a desafiar tudo, desde protocolos a bom senso, tinha nela como se fosse algo tão difícil e complicado se casar. O hospital estava cheio, mas não era só o movimento que me incomodava. Havia uma inquietação no ar, uma sensação de que algo estava para acontecer. Eu sabia reconhecer esses sinais, mesmo sem querer. Passei o dia com a cabeça cheia, tentando lidar com pacientes e ignorar o incômodo crescente que Leyla estava me causando com sua necessidade de não cas
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Capítulo Cinquenta e quatro
Leyla Ylmaz Eu estava entre os bombeiros, ajudando os feridos a sair do prédio. As sirenes misturavam-se com gritos e o estalar das chamas, enquanto o cheiro de fumaça impregnava cada pedaço de ar. Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer na minha empresa, e a culpa era como um peso nos meus ombros. — Mais um aqui!— gritei, apontando para uma mulher com queimaduras graves. Dois bombeiros correram para ajudá-la, e eu virei-me para procurar outro sobrevivente. O coração batia acelerado, mas mantinha-me focada. Foi então que o vi. Do outro lado do caos, a maca. Dois paramédicos carregavam alguém, e o mundo pareceu parar quando reconheci quem era. —Ferman! Não pensei. Larguei o que estava fazendo e corri até ele. — Não!— gritei, sentindo as pernas fraquejarem. Ele estava inconsciente, o rosto manchado de fuligem, o peito subindo e descendo de forma irregular. Atirei-me para o lado dele antes que o colocassem na ambulância. — Ele vai ficar bem, não vai?— perguntei aos
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Capítulo Cinquenta e cinco
Leyla Aksoy Os dias seguintes foram um teste de paciência, mas também de fé. Ver Ferman tão vulnerável, dependente de máquinas e medicação, era um contraste com o homem confiante e teimoso que eu conhecia. Ele recuperava lentamente, cada dia uma pequena vitória. — Sabes, Leyla,— disse ele numa manhã, enquanto os enfermeiros ajustavam a cama. — Não gosto de depender de ninguém. Sentei-me ao lado dele, segurando a mão que já começava a recuperar a firmeza. — E achas que eu gosto de depender de ti?— provoquei, tentando aliviar o ambiente. — Mas estamos juntos para tudo e por tudo. Ele riu baixinho, mas os olhos dele estavam sérios. — Me salvou, não foi? — Os bombeiros que ajudaram.— Evitei o olhar dele, mas sabia que não conseguiria fugir por muito tempo. — Não estou a falar dos bombeiros.— A voz dele era mais firme. — Eu te ouvi Leyla. Mesmo quando estava inconsciente. Eu sabia que estava lá. As palavras dele fizeram-me engolir em seco. Não esperava que ele se le
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Capítulo Cinquenta e seis!
Leyla Ylmaz A felicidade parecia ter alcançado seu ápice. Era como se todo o sofrimento e as batalhas tivessem ficado para trás. Mas, no fundo, sempre soube que a vida tinha uma maneira cruel de testar até mesmo os momentos mais doces. Estávamos no salão de festas do meu casamento, cercados de amigos e familiares, brindando ao futuro. Ferman estava ao meu lado, segurando minha mão como se nunca mais fosse soltar. Eu estava prestes a me levantar para cumprimentar uma amiga quando os oficiais entraram. A conversa no salão parou abruptamente, e todos os olhares se voltaram para eles. — Leyla Aksoy? — perguntou o mais alto, com uma expressão indecifrável. Levantei-me, ainda tentando processar o que estava acontecendo. — Sim, sou eu. — Precisamos conversar. É sobre o incêndio na sua empresa. Senti como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés. Ferman, ao meu lado, ficou imediatamente tenso. Ele deu um passo à frente, colocando-se quase como um escudo entre mim e os oficia
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Capítulo Cinquenta e sete
Leyla Ylmaz Aksoy A viagem até a delegacia foi um silêncio absoluto. Ferman segurava minha mão com força, como se temesse que eu fosse desaparecer a qualquer momento. Eu, por outro lado, estava tentando manter a cabeça erguida, mas a verdade era que meu coração estava um caos. Cada palavra dita pelos oficiais ecoava na minha mente como um sino insistente. Chegando lá, fomos levados para uma sala fria e iluminada por uma luz artificial que parecia drenar qualquer resquício de calor humano. O oficial que falara comigo no salão abriu uma pasta e colocou algumas folhas sobre a mesa. — Antes de começarmos, quero que saibam que temos motivos para acreditar que o incêndio foi premeditado e que o alvo era específico. Senti o corpo de Ferman enrijecer ao meu lado. Ele nunca fora um homem paciente, e o tom evasivo do oficial estava claramente testando seus limites. — Vamos direto ao ponto, então — ele disse, com os olhos firmes. — Quem foi o responsável? O oficial suspirou, como se
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Capítulo Cinquenta e oito!
Leyla Ylmaz Aksoy Depois de uma dança que parecia interminável sob os olhares atentos dos convidados, Ferman e eu deixamos a festa. Subimos no carro decorado com flores brancas, o silêncio preenchendo o espaço entre nós. Ferman dirigia calmamente, mas eu sabia que ele estava esperando que eu quebrasse o silêncio. Finalmente, respirei fundo e falei: — Ferman, eu não posso ir para a lua de mel agora. Ele olhou para mim, surpreso, mas sem tirar os olhos da estrada. — Leyla, você precisa de descanso. Depois de tudo o que passamos hoje... — Não. Eu preciso descobrir onde está o filho da Eliza. Ela estava grávida, Ferman, e ninguém mencionou o bebê depois do incêndio. Eu achei que ela estivesse viajando, mas ela morreu, e o bebê dela pode ser o meu irmão, apesar de tudo que ela fez, eu não posso fingir que não me importo com o bebê. Ele apertou os lábios, claramente contrariado, mas não discutiu. Em vez disso, assentiu lentamente. — Certo. Já sei por onde começamos! Na manhã
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Capítulo Cinquenta e nove!
Leyla Ylmaz Aksoy Só tinha um lugar que eu precisava ir, naquele momento, dirigi até lá sem pensar em nada. Assim que a porta se abriu, Kemal estava sentado em sua poltrona usual, o olhar frio e desconfiado. Não havia traço de arrependimento em seu rosto. Ele parecia mais irritado por eu estar ali do que preocupado com o que estava prestes a ouvir. — O que você quer, Leyla? — ele perguntou, a voz cortante como uma lâmina. Eu respirei fundo, sentindo o peso das palavras que estavam prestes a sair. Miguel estava em casa, sob os cuidados de Ferman, e seu sobrinho, e eu sabia que precisava de toda a coragem que tinha para enfrentar aquele momento. — Eu vim para te dizer que acabou, Kemal. Você nunca foi e nunca será meu pai. Ele franziu a testa, mas não disse nada. Talvez fosse a primeira vez que alguém ousava enfrentá-lo. — Eu descobri tudo. Seus segredos, suas mentiras... Tudo o que você fez para manipular minha vida e a de Nazli. Mas agora chega. Você não vai mais nos mach
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Capítulo Sessenta!
Leyla Ylmaz Dois anos depois... A luz da manhã entrava suavemente pela janela da sala, iluminando a bagunça que agora era rotina em nossa casa. Brinquedos espalhados pelo chão, uma fralda esquecida sobre o sofá, e no meio de tudo isso, Marc, o nosso pequeno furacão de um ano e dois meses, e Miguel que já tinha quase três anos, rindo enquanto tentava alcançar o nosso cachorrinho que fugia dele com uma mistura de pânico e diversão. — Marc, não puxes o rabo do cachorro!— gritei da cozinha, mas sem conseguir segurar o riso. — Leyla! Ele está ganhando habilidade de estrategista!— A voz de Ferman ecoou pela sala enquanto ele entrava, carregando um copo de café e observando a cena com aquele sorriso de pura adoração que só um pai coruja consegue ter. — Estrategista ou terrorista?— perguntei, arqueando uma sobrancelha, mas não consegui manter o tom sério por muito tempo. A verdade é que a energia de Marc era contagiante, e por mais cansados que estivéssemos, ele e Miguel faziam
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