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Todos os capítulos do O Rei dos Ladrões : Capítulo 31 - Capítulo 40
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Capítulo 29
Annabeth acordou completamente zonza, sentindo uma forte pontada de dor na nuca. Levou as mãos atrás da cabeça e sentiu algo molhado; ao ver o sangue nos dedos, gemeu de agonia.Foi então que se lembrou do ocorrido. Tinha acabado de sair da casa de Gweneth quando foi capturada por um desconhecido.O lugar onde estava era escuro; parecia estar sob alguma construção, talvez um alçapão de uma casa. Reunindo forças e tentando ignorar a dor, ela se levantou com cuidado e deu alguns passos, até ouvir um barulho. Uma claridade tomou conta do espaço.Com dificuldade para enxergar, Anna viu uma escada ao centro e alguém descendo os degraus. Quando a porta se fechou, ainda restava uma leve claridade.— Ah, então você finalmente acordou? — Um homem disse, segurando uma lamparina nas mãos.Ela notou que seu sequestrador era jovem, talvez um pouco mais velho que ela, da idade de Keenan.— Quem é você? E o que quer comigo? — perguntou.— O que eu quero? — O estranho se aproximou e riu. — Quero just
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capítulo 30
O barulho da Taverna dos Leões era tão alto que quem passava do lado de fora conseguia ouvir as risadas e os brindes dos homens. Keenan nunca gostara muito daquele lugar — frequentado por gente de caráter duvidoso. O andar de cima, onde funcionava o prostíbulo, ele jamais visitara.Escondido nas sombras, Keenan aguardou o momento certo para entrar. Assim que a neblina ficou densa, cobrindo toda Forwood, ele soube que era a hora. Puxou o capuz grosso que escondia seu rosto e desceu silenciosamente do telhado, entrando na taverna.O barulho cessou de repente, e todos o encararam em silêncio enquanto ele se dirigia ao balcão. O atendente veio ao seu encontro e disse:— Não gostamos de estranhos por aqui.— Engraçado, eu ia dizer o mesmo — respondeu, puxando o homem pela camisa. O capuz escorregou, revelando sua roupa característica do Rei dos Ladrões. O atendente ergueu as mãos, assustado. — Diga-me onde está Hakon.— S-senhor, não sei do que está falando. Achei que fosse um de nós.A ra
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Capítulo 31
Annabeth sentia-se fraca e tonta, recusando-se a comer qualquer comida que lhe ofereciam. Eles vinham duas vezes ao dia, de manhã e à noite. Ela não tentava mais fugir, pois ouvia os latidos dos cachorros próximos.Mas não podia desistir. Não sabia quantos dias se haviam passado, mas algo dentro de si dizia que estavam a procurando.O som da porta do alçapão foi ouvido, e, pela escuridão, parecia que era noite. Com uma lamparina acesa, um dos seus sequestradores desceu — por sorte, era o mais gentil deles: Edgar.Ele olhou para as tigelas de pão intocadas e revirou os olhos.— É o que temos, pão e leite. Sei que está acostumada a comer bem, mas é isso o que todos nós comemos há anos. — Edgar colocou a tigela ao lado dela e se sentou em uma cadeira no canto da parede. — Se quiser morrer de fome, é com você. Pelo menos adianta nosso trabalho.Anna suspirou, sentindo seu estômago doer. Olhou para o copo de leite, bebeu tudo de uma vez, pegou o pedaço de pão e comeu de forma brutal, esque
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Capítulo 32
Annabeth escutou vozes do lado de fora, além dos latidos dos cachorros, e supôs que já havia amanhecido. Logo trariam algo para ela comer — e atormentá-la um pouco mais. Precisava pensar em uma forma de sair dali. Sua única chance seria atacar o sequestrador que viesse lhe trazer comida, mas estava fraca e precisava de uma arma. Lembrou-se da cadeira deixada no canto da última vez. Tateando no escuro, a encontrou e, com o máximo de força que conseguiu, a arremessou contra a parede, ouvindo o estalo da madeira se quebrando. Sabia que eles também haviam ouvido o barulho, e, como esperado, a porta se abriu. Pegando um pedaço da madeira partida, Annabeth se escondeu, enquanto o homem descia as escadas com a lamparina nas mãos. — Onde você está, sua vadia? O que acha que está fazendo? — Vadia é a sua mãe! — rebateu ela, surgindo atrás dele e enfiando o pedaço de madeira com força em sua barriga. O homem urrou de dor, e sangue escorreu de sua boca. A lamparina caiu no chão, quebr
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Capítulo 33
Estar em casa parecia surreal para Anna. Depois daquele pesadelo, ela só queria descansar. Seu tornozelo e sua mão, agora enfaixados e cobertos por ervas curativas aplicadas pela curandeira do rei, estavam em processo de cicatrização, o que exigia semanas de repouso. Ainda assim, a dor física não era o que mais lhe incomodava.O verdadeiro tormento estava dentro dela. Ao ver Keenan arriscando tudo para salvá-la, um medo profundo de perdê-lo a consumiu. Era insuportável. Tentava afastar esses pensamentos, mas não podia negar: ainda estava apaixonada por ele. E isso complicava tudo, porque seu coração também batia pelo fora da lei.Ela se via incapaz de escolher entre os dois. Mas, no fundo, ainda preferia o Rei dos Ladrões. As atitudes de Keenan não ajudavam – não podia perdoá-lo pelo sofrimento que causava ao povo.Um barulho suave na janela interrompeu seus pensamentos, fazendo seu coração disparar. Então, ela reconheceu o traje e sorriu, aliviada. Levantou-se com cuidado e caminhou
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Capítulo 34
Para o general Keenan, os dias estavam longe de serem fáceis. Apesar de seu ato heroico ter aliviado a tensão na aldeia e conquistado a confiança do rei, sua relação com Annabeth permanecia delicada. Desde que decidira trabalhar ao lado do monarca, ela o evitava. Mesmo sendo educada, era visível que algo entre eles havia mudado.Ainda assim, Keenan sabia, pela conversa que ela tivera com o Rei dos Ladrões na noite anterior, que ela ainda o amava. Isso deveria confortá-lo, mas só tornava tudo mais complicado.Naquela manhã, ele foi surpreendido por uma mensagem inesperada: o xerife Riley o convocava à mansão. Quando chegou, foi recebido no escritório do homem, que tinha um olhar incomumente amistoso.— Queria falar comigo, xerife? — perguntou Keenan, desconfiado.Edward sorriu e aproximou-se, colocando a mão firme em seu ombro.— Sim, general. Sei que nossa relação não foi das melhores, mas preciso dizer que você me surpreendeu. Admito que estava errado sobre você — declarou, com uma l
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Capítulo 35
Keenan aproveitou o silêncio entre eles, a tensão no ar já densa, porém dessa vez, carregada de algo mais quente. Aproximou-se por trás do sofá, abaixando-se devagar, até ficar próximo ao ouvido dela. A voz grave sussurrou, carregada de provocação:— Quem diria que acabaríamos assim… amarrados um ao outro.Annabeth cerrou os dentes, lutando contra o arrepio que percorreu seu corpo.— Cala a boca, Keenan. Estou a um passo de te estrangular.Ele riu, o tom carregado de malícia.— Parte de você está gostando disso, Aninha. — Ele inclinou-se mais, o hálito quente roçando sua pele. — O que será que o seu rei ladrão vai dizer quando souber?— Keenan… — advertiu, a voz dela carregada de perigo.— Não se preocupe. — Ele sorriu contra o ouvido dela, sussurrando com a voz rouca. — Na nossa noite de núpcias, vou te deixar tão louca, tão entregue, que será impossível pensar em outro homem além de mim.Annabeth engoliu seco, mas forçou-se a manter firme.— Você é tão convencido.— Só um pouco — ad
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Capítulo 36
— Ah, não, não, não, não! — Apito reclamava enquanto andava apressado pelo pátio da aldeia. — Eu não sou babá! — finalmente exclamou. — Quem disse que é para ser babá? É só para cuidar dela por um tempo. Por favor, Apito, você é perfeito para isso. Confio em você. — O que aconteceu com o outro guarda dela? — perguntou com o tom desconfiado. Keenan cruzou os braços ao pararem no centro do pátio. — Foi morto. — Está aí! Não sirvo para isso! Vou acabar sendo morto também! — Por favor, Lewis. Nenhum deles foi treinado pelo Rei dos Ladrões. Você foi! — insistiu Keenan. — Por que eu? — Porque você é o novato! — Sinan comentou casualmente. — Droga! Já não basta me colocarem de vigia, agora tenho que vigiar a mulher do chefe? Eu queria ir para o combate com vocês! — Calma, Apito. É só por um tempo. Não vai precisar olhá-la a vida inteira. Lewis revirou os olhos e suspirou, relutante. — Está bem! Está bem! Eu fico de olho na garota. Keenan riu e bagunçou o cabelo do ra
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Capítulo 37
Sinan acordou novamente assustado. Sua testa estava suada, seu coração acelerado e as mãos trêmulas. Os pesadelos com sua mãe estavam ficando cada vez mais frequentes e intensos. Contudo, dessa vez, o sonho foi diferente: ele se via morrendo em um combate corporal com o rei. Passou a mão na testa para limpar o suor e, quando fez menção de se levantar da cama, a mulher loira e linda ao seu lado despertou. Tina sentou-se, puxando o lençol para cobrir o corpo e olhou para ele com preocupação. — Sin... — Sua voz soou doce, mas cheia de preocupação. — Outro pesadelo? Ele assentiu, ainda ofegante. — Quer me contar? — insistiu, sua expressão sincera e cheia de carinho. Ele hesitou, passando as mãos pelos cabelos, mas acabou cedendo com um suspiro. — Está bem. Vou lhe contar tudo. Ela se ajeitou, sentando-se de frente para ele. — Estou ouvindo. Sinan fitou o chão por alguns segundos antes de começar. — O quanto você sabe sobre o nosso reino e o rei Esteban? — perguntou, s
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Capítulo 38
Anna tocou os próprios lábios ao sentar-se perto da janela da sala de estar, observando o jardim iluminado pelo sol da manhã. A lembrança do beijo de Keenan ainda estava viva, tão intensa que fazia um sorriso tímido se formar em seus lábios. Pressionou o polegar contra o lábio inferior, fechando os olhos para reviver as sensações que ele havia despertado.A língua dele havia possuído sua boca com fome e urgência, algo que jamais imaginara. Keenan sempre lhe parecera doce, calmo e controlado, mas naquela noite ele fora selvagem, sensual e profundamente ousado. O simples pensamento trouxe um arrepio que percorreu seu corpo.Ela soltou um pequeno gemido ao se lembrar das mãos quentes e firmes dele, explorando cada parte de seu corpo com desejo, deixando um rastro de fogo por onde passavam até alcançar seu íntimo. Nunca teria imaginado que Keenan, seu amigo, pudesse despertar algo tão primitivo e excitante nela.Fazer aquilo sozinha era bom, mas sentir o toque do homem que amava e desejav
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