Para o general Keenan, os dias estavam longe de serem fáceis. Apesar de seu ato heroico ter aliviado a tensão na aldeia e conquistado a confiança do rei, sua relação com Annabeth permanecia delicada. Desde que decidira trabalhar ao lado do monarca, ela o evitava. Mesmo sendo educada, era visível que algo entre eles havia mudado.Ainda assim, Keenan sabia, pela conversa que ela tivera com o Rei dos Ladrões na noite anterior, que ela ainda o amava. Isso deveria confortá-lo, mas só tornava tudo mais complicado.Naquela manhã, ele foi surpreendido por uma mensagem inesperada: o xerife Riley o convocava à mansão. Quando chegou, foi recebido no escritório do homem, que tinha um olhar incomumente amistoso.— Queria falar comigo, xerife? — perguntou Keenan, desconfiado.Edward sorriu e aproximou-se, colocando a mão firme em seu ombro.— Sim, general. Sei que nossa relação não foi das melhores, mas preciso dizer que você me surpreendeu. Admito que estava errado sobre você — declarou, com uma l
Keenan aproveitou o silêncio entre eles, a tensão no ar já densa, porém dessa vez, carregada de algo mais quente. Aproximou-se por trás do sofá, abaixando-se devagar, até ficar próximo ao ouvido dela. A voz grave sussurrou, carregada de provocação:— Quem diria que acabaríamos assim… amarrados um ao outro.Annabeth cerrou os dentes, lutando contra o arrepio que percorreu seu corpo.— Cala a boca, Keenan. Estou a um passo de te estrangular.Ele riu, o tom carregado de malícia.— Parte de você está gostando disso, Aninha. — Ele inclinou-se mais, o hálito quente roçando sua pele. — O que será que o seu rei ladrão vai dizer quando souber?— Keenan… — advertiu, a voz dela carregada de perigo.— Não se preocupe. — Ele sorriu contra o ouvido dela, sussurrando com a voz rouca. — Na nossa noite de núpcias, vou te deixar tão louca, tão entregue, que será impossível pensar em outro homem além de mim.Annabeth engoliu seco, mas forçou-se a manter firme.— Você é tão convencido.— Só um pouco — ad
— Ah, não, não, não, não! — Apito reclamava enquanto andava apressado pelo pátio da aldeia. — Eu não sou babá! — finalmente exclamou. — Quem disse que é para ser babá? É só para cuidar dela por um tempo. Por favor, Apito, você é perfeito para isso. Confio em você. — O que aconteceu com o outro guarda dela? — perguntou com o tom desconfiado. Keenan cruzou os braços ao pararem no centro do pátio. — Foi morto. — Está aí! Não sirvo para isso! Vou acabar sendo morto também! — Por favor, Lewis. Nenhum deles foi treinado pelo Rei dos Ladrões. Você foi! — insistiu Keenan. — Por que eu? — Porque você é o novato! — Sinan comentou casualmente. — Droga! Já não basta me colocarem de vigia, agora tenho que vigiar a mulher do chefe? Eu queria ir para o combate com vocês! — Calma, Apito. É só por um tempo. Não vai precisar olhá-la a vida inteira. Lewis revirou os olhos e suspirou, relutante. — Está bem! Está bem! Eu fico de olho na garota. Keenan riu e bagunçou o cabelo do ra
Sinan acordou novamente assustado. Sua testa estava suada, seu coração acelerado e as mãos trêmulas. Os pesadelos com sua mãe estavam ficando cada vez mais frequentes e intensos. Contudo, dessa vez, o sonho foi diferente: ele se via morrendo em um combate corporal com o rei. Passou a mão na testa para limpar o suor e, quando fez menção de se levantar da cama, a mulher loira e linda ao seu lado despertou. Tina sentou-se, puxando o lençol para cobrir o corpo e olhou para ele com preocupação. — Sin... — Sua voz soou doce, mas cheia de preocupação. — Outro pesadelo? Ele assentiu, ainda ofegante. — Quer me contar? — insistiu, sua expressão sincera e cheia de carinho. Ele hesitou, passando as mãos pelos cabelos, mas acabou cedendo com um suspiro. — Está bem. Vou lhe contar tudo. Ela se ajeitou, sentando-se de frente para ele. — Estou ouvindo. Sinan fitou o chão por alguns segundos antes de começar. — O quanto você sabe sobre o nosso reino e o rei Esteban? — perguntou, s
Anna tocou os próprios lábios ao sentar-se perto da janela da sala de estar, observando o jardim iluminado pelo sol da manhã. A lembrança do beijo de Keenan ainda estava viva, tão intensa que fazia um sorriso tímido se formar em seus lábios. Pressionou o polegar contra o lábio inferior, fechando os olhos para reviver as sensações que ele havia despertado.A língua dele havia possuído sua boca com fome e urgência, algo que jamais imaginara. Keenan sempre lhe parecera doce, calmo e controlado, mas naquela noite ele fora selvagem, sensual e profundamente ousado. O simples pensamento trouxe um arrepio que percorreu seu corpo.Ela soltou um pequeno gemido ao se lembrar das mãos quentes e firmes dele, explorando cada parte de seu corpo com desejo, deixando um rastro de fogo por onde passavam até alcançar seu íntimo. Nunca teria imaginado que Keenan, seu amigo, pudesse despertar algo tão primitivo e excitante nela.Fazer aquilo sozinha era bom, mas sentir o toque do homem que amava e desejav
Quando Bozena voltou à sala de estar, não veio apenas com Tina, mas trouxe também seu pai e o general. Para a surpresa de Anna, os dois homens entraram rindo juntos.Ela os encarou abismada, tentando ignorar as batidas rápidas do próprio coração.O que estava acontecendo ali? Seu pai e Keenan se divertindo juntos. Aquilo só podia ser um sonho.— Essa piada foi ótima, garoto! Não soltava uma gargalhada dessas há anos — comentou Edward, olhando para a filha. — Oi, filhota, como está esse pé?— Ótimo — respondeu, movimentando-o bem devagar.— Annabeth — Keenan aproximou-se e a cumprimentou com um beijo na mão. — Me daria a honra de dar uma volta comigo pelo jardim? Claro, se o senhor Riley concordar.— Claro, Keenan pode levá-la. E já combinamos que pode me chamar de Edward.Anna suspirou ao sentir o toque das mãos dele. Um calor familiar espalhou-se pelo seu corpo com o contato da pele dele.— Tina, vá com eles e leve Samantha junto — pediu Bozena.Anna quase fez uma careta para a mãe,
— Sabe que precisamos parar com isso, né? — Gweneth disse entre suspiros, enquanto ele deslizava os lábios pela pele quente do pescoço dela. — É sério, Urick.Ele riu baixo.— Hmm… por quê? Você gosta de fazer as coisas escondido tanto quanto eu — sussurrou com uma voz provocativa —, isso só torna tudo mais interessante. — Ele a pegou pela cintura com facilidade e a colocou sobre a pia de madeira da cozinha. — Nosso garoto não vai voltar agora. Temos um tempinho... ainda não compensamos todo o tempo perdido.Apolo passou a língua pelo pescoço dela, sentindo a veia jugular pulsar sob sua língua. Com cuidado, puxou-a pela cintura até a beira da pia, levantando o vestido dela e esfregando sua excitação no local úmido que clamava por sua atenção.— Você não muda, continua o mesmo safado — Gweneth sorriu e gemeu baixo —, igualzinho ao seu filho.— E você adora que eu seja assim, não é? — Ele provocou mais, a voz rouca no ouvido dela, enquanto libertava sua ereção e deslizava a ponta do mem
Keenan voltou à sua ideia, como se estivesse flutuando. Annabeth causava esse efeito estranho nele, algo que nenhuma outra mulher havia feito antes. Era muito óbvio que ele estava completamente apaixonado, e admitia isso para si mesmo. Não adiantava negar, muito menos dizer que tudo era só desejo.Claro que havia desejo, e muito, mas era algo muito mais profundo do que isso. Queria dar carinho e atenção a ela. Era bom estar com ela, mesmo sem estarem nus. E esse sentimento era único, algo que ele nunca havia experimentado com outra mulher, exceto com Anna.Suspeitava que sempre fora apaixonado por ela, mas não entendia seus sentimentos. Por isso ficava tão irritado, porque ela não voltava. Ele já a queria para si, mesmo sem ter plena consciência disso na época.Passou pela segurança do túnel e olhou para Apito e Luca, que estavam vigiando.— Que sorriso é esse? — Luca perguntou.— Sorriso? Não tem sorriso nenhum. — Keenan disse, voltando a ficar sério.— Sei, agora que está noivo da r