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Todos os capítulos do Casei com o inimigo: Capítulo 61 - Capítulo 70
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Capítulo 61 Você não me ama
(Esmen) Apertei os dedos em seus ombros, disposta a descontar minhas frustrações a qualquer momento. Entretanto, não era seu plano receber algo em troca de suas palavras, de sua rejeição atroz. Ele agiria de acordo com sua vontade, por isso, quis me afastar e empurrá-lo para longe de mim, mas ele não se moveu. Pelo contrário, apertou-me contra ele e tomou meus lábios. Surpresa com o desenrolar da situação, encontrei seus azuis intensos enquanto ele me forçava a fechar os olhos com seu alucinante beijo firme. A pior maneira de cair em uma armadilha era se jogando nela por conta própria, ciente do perigo e das consequências. Eu estava emaranhada na sua rede de caça, envolta com seus braços capazes de matar qualquer ser vivo que desejasse. Desesperada para me livrar do turbilhão que poderia me matar a qualquer momento. Um jogo perdido para mim e uma batalha ganha para ele. Eu cedi, não vigiei, não conseguia mais vigiar se ele estava ou não de olhos abertos, caí na sua armadilha e a
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Capítulo 62 Consumação
(Esmen) Brasas beijavam meu corpo em sincronia com a atenta observação do rei. Suas mãos sobre mim, alisando cada parte possível, e quais acreditei ser impossíveis no meu próprio corpo. Agarrado a necessidade de controle que me fugia cada vez mais, corria os dedos por seu corpo duro. — Vai voltar atrás neste momento? — custou-lhe a pergunta, a rouquidão e a parte mais rochosa do seu corpo naquele momento delataram sua necessidade. Eu me via escorregando em um desejo estranho de tocá-lo e querer sempre mais que tudo aquilo. — Por quê perguntas? — o fitei, mesmo com bochechas quentes por confiar que precisava mesmo do meu marido naquele instante. — Estou sendo benevolente com você, Esmen. E talvez esta seja a única vez que serei. Me afoguei em seus azuis quase brancos por segundos, mas, para mim, foram minutos. — E quando passará a deixar de ser? — Assim que eu começar! “Isso é bom?” Não tinha certeza se ele avisava para me preparar para o depois, relembrando que n
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Capítulo 63 Novos planos
(Esmen) Água, havia muita água. Me impulsionei para cima com desespero, minhas narinas dilataram e eu acabei abrindo a boca e engolindo água, quase me afogando sozinha. Me inclinei sobre a borda da banheira enquanto tossia freneticamente, minha cabeça doía e meus pulmões pareciam estar sendo arrancados, assim como veias cerebrais pulsantes. O quarto teve a minha tosse incessante como som, mesclado a água que caía pela minha pressa de não me afogar, a água ainda estava agitada ao meu redor. Minha garganta doía por cada tosse, não ouvi alguém correndo até mim naquele instante. — Majestade! A loira de olhos gentis agora os tinha preocupados enquanto tentava se aproximar, sem se importar se suas vestes seriam molhadas. — Meu Deus! — Ela me agarrou pelos braços e me ajudou a sair da banheira. Ernest me enrolou em um tecido felpudo me guiando pelos lados até o quarto. — Minha senhora, o que houve? — Ela andou pelo quarto até trazer uma manta e se sentou ao meu lado, muito preocu
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Capítulo 64 Uma raposa astuta
(Esmen) Alguns dias se passaram… Rupher continuava visitando o castelo, com menos frequência que das últimas vezes, mas em uma delas, como hoje, ele decidiu que me daria mais atenção que meu marido, o qual não via muito depois da nossa noite juntos. Parecia me evitar, mas poderia estar realmente ocupado. — Posso dizer que nego sua companhia novamente, nobre senhor! — Tentei afastá-lo de novo, como das últimas vezes, pois preferia estar na companhia de meu rei. Um forte sentimento por Tauron se desenvolveu depois da noite juntos, uma necessidade e um apego incomum. Rupher ficou no segundo plano, quase no esquecimento, se assim ele permitisse. Mas lá estava ele, me pressionando a ficar por perto, tentando me cortejar a todo custo. — Isso fere meus sentimentos, minha senhora! — Suas palavras pareciam ter provocado cócegas em Ernest, que sempre me acompanhava. — Eu disse para desistir. Não disse? Senhor raposa. Rupher levantou um canto do lábio em desdém para a loira; ambos tinham
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Capítulo 65 A verdade
(Tauron) “Ele retornou?” Observei o pátio do castelo, vendo os quatro cavaleiros correrem para fora. Virei de volta para o escritório, colocando os dedos embaixo do queixo, pensativo. “Onde Esmen está agora?” Esperei a chegada de Ghedal para ser informado sobre o ocorrido, o que não demorou muito. — Sua majestade! — Ele voltou? — Perguntei, enquanto traçava a rota mais rápida para o rei de Vitorian. — Sim, majestade. O viram com a rainha e lady Ernest em alguns minutos. — Ghedal me viu deixar o mapa dos reinos. Coloquei as mãos para trás, encarando-o com postura firme. — No mercado? — Perguntei enquanto o analisava. — Além dele. — Disse hesitante, vendo meu rosto escurecer. — Onde? — A raiva me consumia. “Por que Esmen continua com ele?” Apertei a mandíbula, irritado. Eu já havia lhe avisado para ficar longe dele. — Próximo ao penhasco. — Me viu rodear a mesa, com a mão no cabo da espada. — Como isso aconteceu? — Rosnei próximo dele. Ghedal não se moveu, reconhecendo
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Capítulo 66 Quem irá vencer?
(Esmen) Meu coração parecia estar na palma da mão, pulsando dolorosamente, fora do lugar de origem. Receosa com tudo que via ao meu redor, a distância que havia tomado do castelo desta vez, longe de Ernest e perto de Rupher, a quem Tauron disse por tantas vezes que eu deveria manter distância. Infelizmente, havia algo mais em mim. As palavras de Rupher mergulhavam na minha mente, indo e vindo, me levando a querer comprovar sua veracidade. “Quem eu sou para todos eles?” Encarei, de olhos chorosos, o homem que, há pouco, tentava me convencer da sua verdade. Ele quis me tocar, mas me afastei com rapidez, evitando uma tragédia para mim. Rupher balançou a cabeça em negação; seus cabelos castanhos avermelhados estavam com pequenos flocos de neve. Ele tinha um sorriso decepcionado no rosto, não parecia com receio de Tauron. Parecia frustrado, não mostrando malícia para comigo: “Será que me contou a verdade? Ele não quer me utilizar por vingança, mas por estar destinada a ele desde o i
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Capítulo 67 A queda do penhasco
(Tauron) — Tenho a palavra primeiro agora, já que está hesitando. — O meu rival tinha intenção de me desestabilizar através da mente. "Audacioso." Apertei os dentes com chateação. Podia sentir os olhos dela em mim, provavelmente me julgando, amedrontada pelo seu antigo prometido, pois era possível que ele houvesse falado sobre o acordo entre ele e seu pai. "Mas o que mais ele disse?" — Eu não vou lutar, não na frente dela. Estou apenas me defendendo da morte. — Rupher moveu a espada rapidamente quando fiz movimento de ataque. Ele retrocedeu, interceptando minha espada para não se aproximar do seu peito novamente. Continuei o empurrando para a beira do penhasco. Minha irritação estava no limite, pois não conseguia parar de pensar em como Esmen deveria estar preocupada por ele. — Então falhou nisso também! — sibilei irritado. O ruivo riu, olhando para o pouco espaço que tinha entre nós e sua queda. — Vai se render, lutar ou pular? Talvez com uma dessas opções tenha chance de so
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Capítulo 68 Uma raposa ou influência de Tauron?
(Esmen) "Por que ele fez isso?" Tentava me distrair no meio do caminho, tentando conhecer um pouco do trajeto.Rupher me prendia com seus braços apertando de cada lado enquanto segurava as rédeas do cavalo, o mesmo cavalo que levou para o castelo."Ele é realmente uma raposa." Bufei comigo mesma. “I****a! Como pode confiar nele? Um estranho. Quando Tauron avisou tantas vezes.”Não importava quantas vezes pensasse, a agonia de sequer haver uma possibilidade de não vê-lo mais me atormentava profundamente.Sentia que ficaria doente se não tivesse notícias logo. Queria me agarrar à esperança de que ele estava bem e, mesmo depois do que ouvi de Rupher, desejava que Tauron me seguisse e me resgatasse dos domínios do ruivo astuto."Não importa quem ele seja, o que deveríamos ter. Isso tudo foi plano de Vitorian." Seu nome me causava repulsa. — Não se martirize com tantos pensamentos. Tudo logo vai acabar. — A voz dele soou de cima da minha cabeça.Mantive minha concentração no caminho e
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Capítulo 69 Rupher perdeu a compostura
(Esmen)De repente, encontrei clareza. O punhal ali era uma armadilha, e eu precisava me livrar dele. Como haveria algo assim tão fácil? Ele o havia colocado para me submeter a um teste, e eu havia caído muito fácil.Como poderia ganhar sua confiança se tinha falhado na primeira tentativa?Não tinha mais volta. Teria que pensar em algo rápido enquanto ele se aproximava mais.Coloquei a mão no bolso interno e tirei o punhal de lá, sem hesitação. Rupher parou a poucos metros de mim, encarando a cena sem surpresa e com certa decepção.— Agradeço pelo objeto. Ele pode me ajudar muito, principalmente aqui, onde não conheço ninguém. — digo a ele.— Ninguém se atreveria a tocar em um fio de cabelo seu.— Não tenha tanta certeza. Se, de onde me tirou, todos sabem como Tauron faz as coisas, ainda houve quem se atrevesse a me machucar. Como aqui, poderia me garantir isso? — o vi pensar por algum tempo.— Machucaram você? — me vi confusa com sua pergunta.“Ele devia ter aceitado minhas palavras
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Capítulo 70 Sentimentos
(Esmen)— Não devia chorar por um monstro como ele. — Estava frustrado.— Ele representou, por meses, alguém que me protegia de todos, até de si mesmo. — não era mentira, pela sua vigília nas janelas do seu escritório.Pelos soldados me acompanhando, por se afastar de mim quando poderia se aproveitar de minha amnésia, por viver repetindo que não me amava ao invés de me enganar com promessas, como Rupher fez.Tauron estava sempre me machucando, mas nunca me iludiu. Nem mesmo quando cheguei em seu castelo, quando me colocou aquela pulseira de tortura ou me prendeu no quarto.Rupher estava cada vez mais irritado, sua pose de bom homem havia sumido, sua paciência evaporado. — O que d****s tem na cabeça para pensar assim? — gritou comigo, como Tauron nunca fez.Fiquei em alerta, me recostando no vidro da janela gigante. “Ele perdeu a compostura tão fácil, o que ele não faria em outro momento?”Tauron um dia me disse que eu seria sua escrava, mas nunca cumpriu com aquela palavra. Ele me l
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